Copo de 3: Prova Cega serve para ?

12 dezembro 2005

Prova Cega serve para ?

Quando se prova um vinho ou vários vinhos, sozinho ou em grupo, um dos possíveis tipos de prova a ser utilizada é a Prova Cega. Quem não sabe a Prova Cega é uma prova em que o provador não sabe que vinho está a provar uma vez que as garrafas se encontram tapadas. Dentro do estilo temos também a prova cega dupla, onde não sabemos nada sobre os vinhos em prova, como ano, zona, tipo de vinho…

Este tipo de prova é bastante útil, e permite ao provador descobrir melhor os seus gostos, e perder certos medos ao analisar algo que desconhece, sendo este um acto de bastante humildade e que se torna bastante educativo.Quando os vinhos provados são completamente diferentes seja em castas, estilo ou ano, recomenda-se uma prova normal dos mesmos.
E como se prepara uma prova cega ou uma dupla cega?Neste caso, temos de ter sempre alguém que nos prepare a prova, caso a prova seja em casa de um amigo, ou se levam as garrafas já tapadas, sabendo cada um o vinho que leva, ou é o nosso amigo que conhece todos os vinhos em prova, mas o objectivo é sempre tapar as garrafas, esconder tudo o que dê informação sobre o vinho em prova, como cápsulas, rolhas… numerar cada garrafa e cada decanter, e mesmo os copos para evitar possíveis trocas. Cada provador, anota a sua opinião sobre cada vinho e no final é discutido por todos.

Nos casos de concursos de vinhos, lançamento de guias… nestes casos a prova cega é mais que obrigatória, e torna-se essencial para o provador manter uma imagem imparcial e isenta, afastado de qualquer ajuda a um possível rótulo amigo. Mas será que uma pessoa como é o crítico, auto-denominado especialista em vinhos, não tem a capacidade para se abstrair do peso de marca, nome do produtor e todos os restantes factores que podem influenciar uma prova?Será que depois será acusado de não ser isento? Normalmente um crítico que se seja digno desse nome, prova sozinho, mas aí mete-se um problema... como é que uma pessoa provando a sós, consegue que a prova seja cega? Deste modo não está a ser isento, pois sabe o que está a provar. É nestes casos necessário alguém que lhes prepare as provas, e se não tiver, então dificilmente consegue fazer com que a prova seja cega.

Imaginemos um crítico sentado no seu sofá, depois de ter numerado todas as suas garrafas, virar-se para o filho mais novo e dizer: Rapaz, tira aí um papel da caixa, mostra à tua mãe e ela que vá buscar a garrafa, mas que venha com o rótulo tapado. Enquanto isto, a filha mais velha tapa os olhos do pai com uma venda, para que assim se evitem possíveis tentações. Claro está que não se pode correr o risco de pedir à mulher ou aos filhos para escolherem uma garrafa ao acaso, porque arriscamos a dar de caras com a jóia da nossa garrafeira aberta para acompanhar umas espetadas de porco com arroz branco.

Faz-se a pergunta: E se o vinho é uma novidade, ou nos é desconhecido, tanto faz ser prova cega ou não?Imaginemos um vinho vindo da China ou da África do Sul, ou mesmo da Grécia, o facto de ter o rótulo visível penso que em nada vai influenciar a prova. Se tal for possível, não se entende então a razão da prova ser cega, mas esta conversa pode dar pano para mangas. Podemos perfeitamente provar um vinho do Douro, Dão ou Alentejo, cara a cara com o rótulo e seriamente avaliar o prazer que o vinho nos proporciona, as suas qualidades... mas será que o rótulo não vai ter sempre um peso na nossa consciência?

A hipótese de se querer beber um dito vinho numa noite, e fazer a prova do mesmo, será escusado de fazer prova cega, não seria bonito dizer: Maria hoje vamos provar o Mouchão novo, traz a garrafa mas tapa o rótulo que a prova é cega... Não, este exemplo não será o mais correcto. Provar sozinho parece um pouco complicado, completamente diferente do que provar em conjunto com os amigos, onde aí sim, podemos organizar as provas cegas ou dupla cega, com mais rigor. Apesar de tudo uma prova cega, obriga-nos a concentrar e a confiar inteiramente no que os nossos sentidos apreendem – e não no que diversas pré-concepções sugerem que devem apreender.

É questão de dizer que: quem já sabe aprecia, quem não sabe aprende.

Fica ao critério de cada um... mas fica a sugestão, faça uma prova cega com os seus amigos dedicada a um tema, por exemplo uma prova de Touriga Nacional 2003, Grandes do Alentejo, por brincadeira podem colocar um «vinho intruso» que nada tenha de semelhante com os outros, por exemplo um Tinta Roriz numa prova de Touriga Nacional, divirtam-se e aprendam com algumas partidas que os vinhos nos pregam, será sempre algo útil e didáctico.

21 comentários:

Anónimo disse...

Tantas palavras para no fim não dizer nada de nada! É o que se chama um texto completamente vazio.

João de Carvalho disse...

Penso que o texto fala um pouco sobre o que é a prova cega, com uma breve definição do conceito para quem não sabe ficar com uma breve ideia.
Agora a sua opinião sobre o texto é basicamente como nos vinhos, depende do gosto de cada um.

Anónimo disse...

Tantas palavras para no fim não dizer nada de nada


Pois é escreveu e nada disse

Anónimo disse...

Abençoada ignorância

Anónimo disse...

Prova do "Prova Cega serve para?"
Nova produção do apreciador com data de 12 de Dezembro.
Tem uma entrada pouco madura com uma tonalidade não muito precisa.
Algumas notas de humor(?) que nada trazem ao conjunto, que fica pouco apelativo e com um final pouco conseguido.
O apreciador já nos habitou a algumas boas produções, pelo que a próxima (espero) deverá ser mais conseguida, a fim de valer a pena guardar.9

Anónimo disse...

Enquanto leitor atento deste blog quero manifestar o meu agradecimento ao anónimo (será o mesmo?)pelo seu extraordinário contributo no melhoramento do mesmo, ao escrever esta eloquente frase:

"Abençoada igorância"

Pois é, tanto que escreveu e tanto que disse.

João de Carvalho disse...

Com tanta crítica séria, fundamentada e construtiva com que estas mentes brilhantes nos brindam, certamente que o Mundo na mão destes Anónimos seria um lugar melhor...


Santa Paciência

Anónimo disse...

Falam falam, falam falam, mas eu não os vejo a fazer nada...

Anónimos desta praça, mostrem trabalho feito, porque fácil é criticar, mostrar obra feita é sempre mais difícil.

BEJA

Anónimo disse...

Eu nao posso deixar de me associar aos outros anonimos - tanta palavra escrita e nao disse rigoramente nada! Um feito dificil de alcancar, a bem da verdade!

Caro Apreciador - o que e' uma prova cega? O que e' uma prova duplamente cega? Era o minimo que se pedia: que definisse claramente o objecto sobre o qual se debruca!

Anónimo disse...

Caro Apreciador

Sendo o seu blog cada vez mais conhecido e apreciado, o que está a dar origem ao aparecimento de alguns (anónimos), não sei com que intenções, e que a pretexto do livre pensamento num estado democrático, o tentam denegrir, não contribuindo em nada para aquilo que parece pretender,obriga-o a ser cada vez mais exigente e cuidadoso naquilo que escreve. É o risco de se expor e ser conhecido.
Penso, no entanto, que está no bom caminho e a prova disso é que tento que as suas provas também sejam as minhas.

Saudações

João de Carvalho disse...

Sr Anónimo será que quando pergunta: O que é uma prova cega ? não deve ter reparado bem no artigo... pois bem no início diz « Entende-se por prova cega, uma prova em que o provador não sabe que vinho está a provar uma vez que as garrafas se encontram tapadas. » sobre o mesmo tema, ainda explico qual o objectico da mesma « Este tipo de prova é bastante útil, quando queremos provar um conjunto de vinhos, em que o objectivo seja, fazer uma comparação entre vinhos. Nestes casos a prova cega é mais que fundamental, e muitas vezes bastante educativa.» ainda mais à frente pode lêr o seguinte « Apesar de tudo uma prova cega, obriga-nos a concentrar e a confiar inteiramente no que os nossos sentidos apreendem – e não no que diversas pré-concepções sugerem que devem apreender.»

Sobre a prova duplamente cega não falei pois o objectivo era apenas focar o tema na PROVA CEGA e não nos vários tipos de prova, como a Duplamente Cega, prova vertical, prova horizontal...

Oops,parece que as respostas às suas questões, afinal estão todas no texto...

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

O que assusta no blog, e que se vê muito bem neste texto tão fraquinho sobre provas cegas, é que o autor nem se apercebe das calinadas que escreve. Aqui fala e fala, e não diz nada de importante ou informativo sobre a prova cega e as razões par aa utilizar. Para nem falar do português, dos milhoes de erros de concordância, genero, erros ortograficos e a mania de escrever em maisuculas no meio das frases.
Antes de escrever sobre um assunto deve perceber se sabe do que vai falar ou não. Se não sabe, mais vale não escrever, senão cai no ridículo e ninguem ganha com isso.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
João de Carvalho disse...

E pronto, o artigo foi alterado, eu mesmo reconheço que não estava grande coisa, espero que esteja melhor desta vez.

Foram removidos dois comentários, que penso não se enquadram dentro do espírito do Copo de 3.

Anónimo disse...

Ó Jeropiga, antes de criticares os erros dos outros, corrige primeiro os teus... que não são poucos.

Conjurado

Anónimo disse...

"Nos casos de concursos de vinhos, lançamento de guias… nestes casos a prova cega é mais que obrigatória, e torna-se essencial para o provador manter uma imagem imparcial e isenta, afastado de qualquer ajuda a um possível rótulo amigo"

Nos guias de vinhos é obrigatória a prova cega? Nesse caso coitados do Parker, Hugh Johnson, Bettane, Oz Clarke, João Paulo Martins que são uns batoteiros. Penso que devia ter mais cuidado com as coisas que escreve, porque assim só perde credibilidade. O blog tem uma ou outra coisa que vale a pena, mas perde-se sempre num português muito mau e em tricas que afastam qualquer pessoa responsável. Escreva sobre o que sabe e não se aventure no que não domina, e seja sério nas coisas que escreve. Se for essa a sua vontade. Porque ainda não percebi se quer ser levado a sério ou se apenas quer brincar ás coisas do vinho! Desta forma é impossível ser lido com o mínimo de respeito. Digo isto com boa intenção.

João de Carvalho disse...

Quando digo que a prova cega seja obrigatória é uma opinião pessoal, apesar de ser defendida por uns e rejeitada por outros. Como sabe neste mundo do vinho como em tudo o resto não podemos agradar a todos os gostos. Algumas pessoas pensam que se deve fazer prova cega outros prova normal, até mesmo quem defenda uma dupla prova do mesmo vinho, uma cega e uma normal, como é o caso do crítico José Peñín. Não acho que uma pessoa vá perder credibilidade por ter uma ideia diferente mas pronto.
Fique sabendo que em alguns artigos que sei que não domino o assunto a 100% tenho sempre uma consulta prévia de algumas fontes incluindo alguns sites bem conhecidos e com prestígio, nem que seja por vezes para reforçar aquilo que tinha em mente.
Quanto aos erros, ou o Word está estragado ou não entendo...

Anónimo disse...

Não se entende certas coisas da nossa society... apontar o dedo é muito fácil meus amigos Anónimos, mas digam onde estão os erros, os motivos porque se perde credibilidade quando por vezes são sitados as fontes de informação, comentem sériamente se assim o souberem fazer.
Comentem as notas de prova, confrontem opiniões sobre vinhos, ou apenas se limitam a emitir baboseiras sobre alguns dos artigos ?
O Apreciador não sabe do que fala ? Com que autoridade o dizem, quem são para o dizerem, onde aprenderam tanto que depois não tenham a coragem de colocar o seu nome ? Tanta sabedoria escondida sem rosto, tanta gente que diz mal, tanto crítico de vinhos neste Portugal e no final tanta gente sem obra feita.
Eu tenho algo que me diz que este simples Copo de 3 , anda a incomodar algumas pessoas... talvez esses anónimos. Uma coisa é bem verdade, para andarem a dizer mal têm de cá vir, e andar a dizer mal da maneira que dizem é porque incomoda.
Amigo João Pedro, os meus parabéns pelo teu trabalho, não ligues e continua, que a maioria gosta, pois o número de visitas em menos de um ano , penso que são 7 meses de vida, vai quase em 7000.

E como está na moda também vou querer ser Anónimo...

Anónimo disse...

Parece-me que o apreciador tem de fazer um editorial, explicando o que pretende com o seu blog, pois pelos vistos alguns participantes andam confusos.
Quando o apreciador faz um comentário sobre um vinho, não é sério no que escreve? Porquê?
Numa procura de melhorar os seus conhecimentos, não se pode aventurar no que não domina? Porquê?
Este blog não foi criado para que através de comentários correctos "todos" possamos continuar a aprender?
O português utilizado pelo apreciador é sempre muito mau? Com franqueza, esta táctica pretensamente vexatória, tão utilizada neste e noutros blogs, não é mais do que uma manobra de diversão, não obstante um meu comentário já publicado nesta página.
De qualquer modo, tenho de dar os parabéns ao apreciador por conseguir juntar tantos puristas da língua portuguesa neste seu blog o que o torna, ainda mais, bué (?) de interessante.

Sobre vinhos:
- Onde poderei encontrar o Esporão branco (Private Collection 2003?), pois está esgotado no produtor.
- Quais os vinhos que me aconselha para acompanhar os tradicionais pratos da noite de natal (bacalhau, peru e doces da época).

Feliz Natal

João de Carvalho disse...

Caro CC, o nome correcto será Esporão Private Selection 2003, este vinho está certamente esgotado, e pelo que me foi dito a sua nova versão 2004 também já esgotou.

Sobre a pergunta para os vinhos a beber no Natal, sempre depende do tipo de convivas que vai ter nessa noite. Pois se grande parte dos convivas não der o real valor ao vinho que coloca na mesa, mais vale guardar as melhores garrafas para outra ocasião, caso os convivas sejam apreciadores de um bom vinho então está à vontade.
Sobre os vinhos a recomendar, deixo aqui uma regra que um amigo uma vez me disse: Tenta fazer a harmonia dos aromas do vinho, com os aromas da comida e tens uma ligação fabulosa.

Para o prato de bacalhau apesar de se poder fazer a ligação com um tinto, deixo algumas opções com a escolha de um bom Chardonnay, um Alvarinho, pode também escolher um Redoma ou mesmo um Redoma Reserva.
Do Dão um Encruzado, e do Alentejo indo para marcas, um Pêra Manca Branco ou um Dolium Escolha Antão Vaz.

Para o Perú, pode ter vários vinhos, no meu caso a escolha está difícil, mas vou tentar escolher um vinho que se mostre equilibrado, evitando vinhos ainda a precisar de estágio em garrafa como é caso de muitos que andam no mercado.
Um 4 Ventos Reserva 2001 será uma excelente aposta, ou um Alíon 2001, Marques de Borba Reserva 1997, Tapada Coelheiros Garrafeira, T Terrugem, um Quanta Terra será também uma aposta mais em conta mas de grande qualidade.

Para as sobremesas, escolha entre um bom LBV ou um Moscatel Roxo, se quiser fazer uma surpresa então pode arranjar um DSF Colecção Privada Moscatel com Armagnac 2001.

Um Feliz Natal também para si, e boas provas.

 
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