Copo de 3: janeiro 2005

30 janeiro 2005

Mas qual rivalidade de zonas qual quê

Aprecio bastante quando se fala da rivalidade entre zonas, Douro Vs Alentejo, pois acho que tal coisa não faz qualquer sentido pois são duas realidades completamente diferentes.
Como se pode comparar uma região onde o Cooperativismo é quase nulo Douro, com outra onde apenas uma Coop lança por ano milhões de garrafas ?
O clima, o tipo de vinho produzido, as castas mesmo que algumas sejam as mesmas o produto final nunca é igual, como se pode comparar tal coisa ?? É claro que temos gostos para tudo, uns gostam de Douro outros de Alentejo e ainda bem...
Tal não faz qualquer sentido comparar vinhos que de idêntico apenas têm ser tinto branco ou rosé, mas uma coisa é certa, os bons exemplares aparecem de ambos os lados e isso não tenho qualquer dúvida.
Em vez de comparar entre os nossos devíamos comprar com os estrangeiros e tentar aprender com eles, mas também não devemos copiar tudo porque corremos o risco de perder a nossa identidade como País produtor e ficarmos tipo Austrália B ou França B ...
Aumentar a qualidade dos nossos produtos, com preços competitivos, onde é que já ouvi isto :)

22 janeiro 2005

Encontro de Titans

Esta prova é o encontro dos dois símbolos da enologia Portuguesa, que à muito tempo se queria fazer, e finalmente a conseguimos realizar. Mitos para muitos, a realidade fez com que se juntassem dois autênticos TITANS numa prova que seria para ser Douro Vs Alentejo mas dado o nível dos vinhos e o perfil completamente diferente fez com tal idiotice se metesse de lado e apenas contou o prazer e o desfrutar destes dois Senhores Vinhos.

Barca Velha 1995

Decantado duas horas antes e servido a 16 graus.

No copo mostrou uma bonita cor granada, nada de grandes concentrações. Para mim tal indicou logo que seria vinho delicado e com muita finesse. Mostrando-se muito fechado de início com cheiro a caixa de cartão e algum sulfuroso, que com o tempo foram desaparecendo. Com o aquecer do vinho até aos 18º, começou a mostrar-se completamente diferente do inicial.

Passadas 2h30m os aromas a fruta vermelha e preta com compota e a madeira bem metida lá pelo fundo, resultando um belo casamento de conjunto, ligeiro toque floral com tabaco muito discreto, vinho com um bouquet muito delicado quase de cristal a partir a qualquer instante.

Na boca está como no nariz, afinadinho, bem seguro de si, nada de concentrações alarves, mostra um final de boca mineral e algum vegetal seco. Com uma boa persistência final bastante agradável

Conclusão: Este vinho foge claramente dos novos padrões do Douro, carregados de fruta e álcool, neste Barca Velha temos uns 12,5º e aqui trabalha-se mais ao nível de relojoaria Suíça. Não sei, mas para quem nunca bebeu um Barca Velha o estar à espera de um vinho diferente pode muito bem sair ao lado. Para mim ficou um pouco fora do meu gosto, mas não deixou de ser um vinho muito bem feito onde dá lugar a uma elegância e deixa as loucuras de potências e batidos de fruta para outros lados. 18

PÊRA MANCA 1995

Decantado duas horas antes, com filtro servido a 16 graus.

Revela um granada escuro, com um bordo cor de tijolo que indica a idade de 10 anos.

Entramos dentro do copo e as notas verdes da Trincadeira mandam neste vinho, esperando como bom Alentejano vai abrindo e surgem então as notas da Aragonês já com fruta vermelha e negra em compota, ligeiro toque de madeira que está perfeitamente ligada no casamento das duas castas. Tudo em grande harmonia.

Na boca o vinho mostra notas da idade confirmando completamente o seu nariz, mais uma vez a elegância toma conta da prova, sem excessos e castas extremamente bem ligadas. Um PERA MANCA no seu melhor.

Conclusão: Sinceramente este vinho raramente passa incógnito em prova tal as vezes que já se provou... Tendo o privilégio de ter provado e acompanhado a sua evolução ao longo do tempo, direi que o seu melhor já passou e dentro de pouco começa a descida, à coisa de 3 anos estava um Super Vinho dos melhores que provei até hoje. Mas o estilo não engana, e dentro do copo provar uma delícia destas vale bem a pena... Pois e o preço ??... isso não posso falar porque todos os que tenho foram comprados no produtor e custaram cerca de 30 euros...

Comentários sobre a prova: As provas deste calibre servem para aprender e não para entrar em jogos de a ver quem vai ganhar... Duas realidades diferentes, o mesmo ano e dois excelentes vinhos... na minha opinião e dentro do meu gosto pessoal leva a dizer que gostei mais do Pera Manca 95 mas isso já é outro assunto... 18

18 janeiro 2005

PROVA Vinhos de Fátima Tavares

Mais um encontro do grupo, mais uma prova cega, e será que mais umas surpresas ? Pois bem servidos mais uma vez com um autêntico repasto real, repleto de belas iguarias os vinhos foram sendo colocados na mesa cada um em seu decanter. Digamos que a coisa estava a animar.
Aqui vou colocar a prova tal como eu a passei:

Quinta da Leda 2000: Bastou pelo aroma e prova de boca para certificar que não era Alentejo, fruto vermelho, madeira um bocado em demasia, e um final de boca que nunca apreciei, apesar de estar melhor do que da última vez que provado. 16,7

Campo Largo 2002: Não entendi muito ese vinho, pouco concentrado em aromas, tímido de mais para se mostrar, lá consegui encontrar umas framboesas e pouco mais, com alguma madeira na mistura. Na boca mostrou acidez e uma adstrigência que não é do meu agrado, também não era Alentejo. 15

Herdade Grande Colheita Seleccionada 1999 1º Prémio Confraria Alentejo: Mostrou claros sinais de evolução pela côr e aroma, vinho mais quente e claramente um Alentejo. Fruto vermelho madura, compota, notas verdes (Trincadeira ??), leve madeira, tudo muito leve num conjunto que pouco mais tem de bom.
Na boca nota-se o peso da idade, mas ainda se aguenta. Talvez numa fase esquisita ou mesmo já a cair, leve ponta adstrigente, mas mesmo assim melhor que o anterior. 16,5

Quinta da Viçosa 2003 Petit Verdot-Aragonez: Ataque de nariz superior a qualquer outro vinho da prova, mostra ser mais jovem que os anteriores, promete muito no copo, rodar o copo e cheirar este vinho é uma delícia. Fresco, com mentol e mt fruta vermelha, alguma nota mineral e tambem madeira presente mas bem ligada no conjunto.
Na boca tem uma óptima entrada, saboroso, guloso... mas o pior vem no fim, notando-se demasiado a juventude e os 14,5º estão lá, marcando adstrigência por pena nossa, quer dizer que mais um tempo de garrfa e ficamos com um excelente vinho. 17

09 janeiro 2005

PROVA PRIORATOS

Nas nossas vidas temos momentos melhores que outros, desta vez ficou marcado e bem, uma prova que não se faz todos os dias, algo que se pode ter em sonhos, mas desta vez foi bem real, fazer uma prova de vinhos do Priorato, zona muito em moda de Espanha e em que os preços proibitivos já reinam a cada esquina...
Foram escolhidos a dedo estes meninos, com alguma ajuda lá fomos encontrando a bons preços vinhos que fossem estandartes da zona. Pois bem a prova foi cega, apenas se sabia que eram Prioratos, o resto seria cega sempre pois nunca se tinha provado qualquer dos vinhos presentes.


Cims de Porrera 2001

De cor granada intenso, mostrou no nariz muita fruta vermelha e preta bem madura com notas de madeira ainda muito presente. Em fundo notas de chocolate e leve mentol acompanhado de bombom de ginja, muito parecido com o MonCherry.
Na boca mostrou-se elegante com corpo médio, acompanha o nariz, acidez equilibrada, bom final sem grandes exageros.
Mostrou-se um vinho fácil de beber, sem grandes concentrações, elegante e que fica penalizado pela madeira que se nota muito para o meu gosto. Preço elevado de 40€ para a qualidade apresentada, neste caso a zona PRIORATO é a responsável pela especulação. 17,6


Clos Garsed 2001

cor rubi, comparando com os restantes vinhos não é tão potente em aromas, destacando-se fruta madura em aroma muito fino com elegantes notas tostadas da madeira, mas ainda que lhe falta uma suavidade que não tem, muita nota de café.
No boca mostrou-se um vinho potente, com fruta madura, redondo e boa estrutura, equilibrado com alguma adstringência que vai ao lugar com o tempo, finaliza muito bem na boca.
Muito bom vinho, mas não chega para os restantes em prova dada a alta qualidade dos mesmos.


Clos Erasmus 2001

Nariz muito intenso com muitos aromas de frutos vermelhos e negros bem maduros aliadas a umas notas de menta. Muito chocolate e torrados com leve toque a madeira bem integrada com o conjunto, e um final de Mon Cherry (bombom Ginja )
Na boca é cheio de força e garra, com um belo esqueleto a dar estrutura, com fruta em quantidade, boa acidez mas ainda algo adstringente, nota-se bem que ainda lhe falta tempo para tudo se harmonizar. Final de boca ficamos com a mesma sensação do nariz do tal bombom Ginja.
Ficou muito próximo do Vall llach, apenas perdeu pela tal adstringência ainda a notar-se facto que o penalizou. Falta-lhe tempo para se tornar um Senhor Vinho.
Vinho de culto para muitos, o preço não ajuda em nada já que ronda os 100 € , mas se pensarmos no que se pode vir a transformar este pequeno Sapo... Se bem que o nome também cobra uns bons Euros. Pessoalmente fico com outros...


Vall Llach 2001

Provado novamente, desta vez mostrou-se mais equilibrado, diferente para melhor. Apresentou-se com uma côr granada intensa e brilhante.
No nariz os ditos frutos vermelhos e negros bem maduros em grande dose, madeira presente em conjunto com notas torradas, chocolate, café e tabaco. Final com ligeiro toque a mina de lápis, os tais aromas minerais.
Potente na boca, mas ao mesmo tempo elegante, encontramos o chocolate a fruta e uma leve ponta de mentol, tudo bastante equilibrado. Grande persistência final mas a mostrar que ainda lhe falta tempo de garrafa para atingir o seu melhor.
Pessoalmente gostei muito deste vinho, parece que mais um tempo esquecido no escuro da garrafeira só lhe veio fazer bem, e ajudou a afinar mais um pouco.
Como tal a nota subiu de 18 para 18,5
Considerado dos grandes de Espanha, entende-se bem o porquê, o seu preço ronda os simpáticos 60 €, não é barato pois não, mas comparando com tantos outros até é justo face à qualidade apresentada. 18,5


Doix 2002

Nariz em que se encontra fruta vermelha e negra bem madura, começa a ser marcante nestes vinhos esta presença, acompanhada de notas de mentol (balsâmicas), leve sensação de mina de lápis (mineral) e torrados da madeira.
É um vinho com boa estrutura, boa acidez, potente e muito concentrado a ver pela quantidade de fruta e torrados que aparecem. Final de boca muito bom mas ainda com os 15% a notarem-se bem.
Este vinho mostrou-se muito bem, e agradou bastante a todos os provadores, talvez a razão seja porque se mostrou mais pronto a beber do que os seus colegas, com mais harmonia de conjunto, por isso ficou à frente de Vall llach e Erasmus.
A fama deste vinho é grande do outro lado da fronteira, o motivo é porque estamos com um grande vinho à frente e porque não temos de esperar muitos anos para o beber no ponto, pronto um pouco menos de tempo é verdade, mas por vezes esperar cansa e eu neste momento gostei bastante desta pinga. 18,7


Finca Dofí 2001

Nariz com aroma de fruta vermelha e preta madura, que com o tempo vai-se misturando com umas notas de tabaco e café e uns suaves toques de madeira muito bem integrada em todo o conjunto e torrados vindos da mesma. Fundo com refrescante mentol e uma ponta mineral a grafite e o tão famoso bombom ginja também a marcar presença na prova.
Na boca é muito frutado com uma excelente entrada, vinho guloso, com madeira e fruta em excelente equilíbrio e ligação mostrando um sábio trabalho de enologia. Vão surgindo com o tempo chocolate e o dito mentol, acompanham com uns toques de torrados. Acidez excelente com um final muito persistente e com alguma frescura.
É um Vinho com V grande, muito expressivo e que fala com a gente, aprecio vinhos destes, com quem se pode ter sempre uma interessante conversa e aprender sempre algo.
Elaborado por um Senhor do Vinho Álvaro Palácios pai do mítico L´Ermita este é o irmão do
meio e o nível é mais que muito.
São 75 € de vinho que se justificam e muito e a nota também, quanto ao L´Ermita resta continuar a sonhar... 19


Clos Martinet 2001

Potente e Intenso, com aromas de fruta vermelha e preta bem madura, envolvidos entre aromas de madeira muito bem integrada.
Surgem também chocolate, café, notas balsâmicas de mentol, especiarias com canela e baunilha, tabaco e uma ponta de pimenta preta.
Este vinho com um excelente Bouquet, muito harmonioso onde todos os seus aromas parecem estar ligados entre si.
Na boca podemos contar com o mesmo do nariz, potente e cheio de harmonia, redondo, guloso, dotado de uma persistência magnífica.
Acidez e adstringência ?? O que é isso ?? Gostei mais do nariz, que maravilha, do que a boca, ficou penalizado por tal por isso ficou em segundo. Temos tudo o que se pode encontrar num grande tinto Extraordinário.
Custou cerca de 45€, acho que não preciso de falar muito mais... para um vinho com esta qualidade e preço. 19.2


Clos Mogador 2001

Apresenta-se Granada com toques roxos.
Mais uma bomba de aromas de grande qualidade e elegância.
A fruta vermelha e preta madura marcam presença, a estas juntam-se com o tempo no copo tabáco, chocolate, café e notas excelentemente integradas de torrados da madeira de altíssima qualidade.
Fundo de especiarias (baunilha, pimentas) e ligeiramente balsâmico (mentol).
Como não podia deixar de ser no final temos o famoso e quase sempre presente Mon Cherry.
Este vinho dá vontade de cheirar e voltar a cheirar, simplesmente súblime.
Na boca o que se pode esperar de um grande vinho... Potência excelentemente controlada, digamos que deve ter ABS, com uma entrada frutada, aparece chocolate, leves notas de madeira dão a restante elegância ao conjunto sendo o final igual ao do nariz.
Grande em todos os sentidos, fiquei apaixonado por este vinho, por 60 € um bocadinho do céu dentro do copo... e ainda vai melhorar dentro da garrafa. 19.5


Após a prova concluímos que:

-À presença das castas Garnacha\Carinhena se juntam outras como Cabernet Sauvignon, Syrah e Merlot.

-São vinhos de elevadas graduações 14%-15% salvo raras excepções Finca Dofí com 13,5%

-Que a prova é dominada por fruta vermelha e negra, licôr, mineral e fundo mentolado.

TOP 20


  1. Niepoort Vintage 2005 - 19,5
  2. Clos Mogador 2001 - 19,5
  3. Taylors Vintage 2003 - 19
  4. Clos Martinet 2001 - 19
  5. Finca Dofí 2001 - 19
  6. José de Sousa Rosado Fernandes Tinto Velho 1961 - 19
  7. Quinta dos Quatro Ventos Reserva 2001 - 18,5
  8. Royal Tokaji Blue Label, Aszú 5 puttonyos 1996 - 18,5
  9. Doix 2002 - 18,5
  10. Vall Llach 2001 - 18,5
  11. Pêra Manca 1997 - 18,5
  12. Anima L4 - 18
  13. Redoma Reserva Branco 2005 - 18
  14. Geyser Peak Reserve Alexander Valley Chardonnay 2000 - 18
  15. Barca Velha 1995 - 18
  16. Pêra Manca 1995 - 18
  17. Zambujeiro 2002 - 18
  18. Cockburn´s Vintage 1960 - 18
  19. Grandjó Late Harvest 2002 - 18
  20. Domingos Soares Franco Colecção Privada Moscatel 2001 - 18

05 janeiro 2005

TOP VINHÕES DE 2004

Aqui fica a minha pequena selecção dos vinhos Portugueses que mais gostei e me acompanharam durante o ano de 2004:

Brancos e Rosés
Quinta da Alorna Rosé Touriga Nacional 2003 - Porque Rosé também é vinho, e feito de uva para quem não sabe, este consegue ser o que mais gostei, após provados alguns dos nacionais. Uma grande casta e o saber fazer um belo vinho que durante o Verão passado foi companheiro de mais do que um almoço e jantar... pelo seu preço de 5€ foi uma excelente compra.


Montes Claros Antão Vaz 2002 - Podem perguntar que raio de escolha foi esta, pois bem, para mim foi uma grande surpresa da Coop Borba e um vinho bastante agradável por sinal, só tenho pena que não tenha sido repetida a sua produção. Preço de 4.60€.

Dolium Escolha Antão Vaz 2003 - Para mim um dos melhores brancos de Portugal com uma das grandes castas brancas, Antão Vaz. Este vinho tem uma boa ligação entre casta e madeira sendo o trabalho do conjunto que me cativa e muito, untuoso com toques claros da casta e ao mesmo tempo fresco. Adoro esta pinga pronto... custo de 11€.

João Portugal Ramos Antão Vaz 2003 - Não se compara com a restante oferta, vinho muito mais fresco e mineral, onde se nota o Ananaz e as frutas tropicais juntamente com os toques de mel e flor da Antão Vaz, vinho diferente mas que não me deixa indiferente... preço cerca de 4-5 €.

Baron B Reserva 2003 - Mais um dos Grandes, feito de Antão Vaz, difere no estilo e fica bem diferente dos restantes, aproxima-se mais do Dolium, o que o torna interessante e ao mesmo tempo um dos nossos melhores vinhos. 11 €

Quinta da Alorna Reserva 2003 - Vem do Ribatejo e é um vinho diferente, mas bastante agradável, gosto bastante do perfil do mesmo, custou cerca de 4€

Herdade Grande Colheita Seleccionada 2003 - Ganhou a Talha de Ouro da Confraria Enófilos Alentejo, e não se deixa ficar mal, excelente vinho da Vidigueira com um carácter bem diferente dos restantes mas mesmo assim de alto nível. 6€

Tintos

Esporão Touriga Nacional 2001 - É sem dúvida um marco na região do Alentejo, um Touriga Nacional com esta qualidade, é um vinho grande em todos os aspectos, tem a casta muito bem trabalhada e fica como um dos melhores vinhos de Portugal provados. Por 13 € não é pedir muito a este excelente vinho. E ainda vai afinar mais, portanto vamos ficar muito atentos...

Quinta dos 4 Ventos Reserva 2001 - Este Vinho é um dos Douro que provei e mais gostei nos últimos tempos, provado a primeira vez no Encontro Dão Douro, este vinho é afinado, equilibrado e cheio de elegância. Sinceramente é de aplaudir esta qualidade a um preço de 23 € .

T Terrugem 2001 - Mais um vinho das Caves Aliança, mais um Grande do Alentejo e mais um dos vinhos que mais gosto em Portugal, grande trabalho com a madeira, e mais uma vez grande nariz que nos deixa caídos de amores por este vinho, o que pesa mais é o seu custo 40€ .

Zambujeiro 2001 - Mais um vinho, este muito concentrado, sai diferente dos outros, muitos aromas, muito corpo, e muito tempo para crescer na garrafeira. Se os estrangeiros compram e dizem maravilhas por alguma coisa deve ser. Eu aprecio bastante, depois do grande 99 vem este 2001, mas o 2002 já com Touriga Nacional vai prometer ainda mais, apesar de o estilo mudar um pouco. Grande vinho. Preço de 40€

Charme 2002 - Depois de um Batuta 2000 este novo vinho da casa Niepoort vem dar cabo da cabeça e carteira a muito boa gente. Se tem razões para isso?
Muitas mesmo, o nome diz tudo, super elegante, um vinho Top Model... Vale a pena provar e se puder comprar ainda melhor, os preços variam entre os 120 € por algumas das nossas garrafeiras e os 45-60 € por
terras de Espanha.

Envio de Amostras para prova

O Copo de 3, projecto dedicado à crítica e divulgação de vinho na Internet, tem todo o prazer em provar e dar a conhecer todo e qualquer vinho que lhe seja enviado.
Se é produtor ou distribuidor e desejar que o seu vinho seja provado pelo Copo de 3, é favor contactar através de:

Telemóvel: (+351) 967344226

E-mail
: copo_de_3@hotmail.com

Para regras de prova do Copo de 3 consultar aqui.

Com os melhores cumprimentos
João de Carvalho

04 janeiro 2005

Mais um ano que se foi...

Passou mais um ano, cheio de bons e maus momentos, momentos em que se aprende sempre qualquer coisa, mas nem tudo foi mau, no que toca a vinho muito aprendi neste último ano, para tal contribuíram os amigos, as provas, os Encontros e aquela curiosidade da minha parte de saber sempre mais.
Conhecimentos que se vão adquirindo, perspectivas que se vão tomando, tanta coisa que se passa neste mundo do vinho.
Com o passar do tempo o gosto vai-se refinando, ai penso quando tudo começou, quando se falava de um tal vinho Espanhol muito bom que seria muito caro, quase 2 contos diziam, um tal Marquês de Cáceres, ui e então o Reserva era de chorar por mais...
Onde é que o Marquês Cáceres já vai, e com esta febre sempre a subir, o grupo de amigos também se começa a interessar cada vez mais por vinhos, passamos a doença ao amigo e ao outro e num dia já estamos todos a correr ao Pingo Doce para a Feira do Vinho e a discutir que os aromas deste são mais intensos ou que não se gosta dos vinhos com muita madeira... enfim é um evoluir saudável, um ganhar de conhecimentos que faz com que a amizade fique mais forte, arranja-se um motivo para petiscar ou jantar, sim vamos lá fazer uma prova... epa comprei uma pomada que temos de lá ir provar.
E com tudo isto aumentam as viagens aos produtores, vamos de viagem para uma zona que tem vinho e toca a informar sobre as adegas que se encontram nessa zona, se vamos para Espanha ver os vinhos que estão a dar que falar para provar, comprar, os da zona que vamos... enfim.
Com o passar do tempo vamos também tomando o nosso próprio gosto, deixamos de ter a influência de peso dos críticos, quantas vezes não se comprou porque este ou aquele diziam que era o melhor, pois mas depois realmente não era...
Também se tem visto um aumento de qualidade dos nossos vinhos... alguns já dão que falar, e mesmo algumas dores de cabeça por esse mundo fora, começamos a acreditar que somos bons e temos de ir em frente sem medo.
Durante todos estes ano, e principalmente durante este último as coisas tem sido cada vez melhores, espero que este ano continue no bom caminho...

03 janeiro 2005

Está servido o Copo de 3...


Das mãos de um apaixonado pelo vinho, surge em Junho o projecto Copo de 3, em que o principal objectivo é dar a conhecer o vinho e seu universo, onde pode aprender as noções mais básicas de como provar um vinho, lêr reportagens de alguns dos mais importantes produtores de vinhos de Portugal, entrevistas a apaixonados pelo vinho, enólogos...

Fica então a decantar, a vêr como vai evoluindo. Espero que gostem e participem, pois o vinho é factor de comunhão e convívio entre pessoas... fico à vossa espera.

Copo de 3

 
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