Copo de 3: dezembro 2006

31 dezembro 2006

PROVA Quinta dos Quatro Ventos Reserva 2001

Produzir vinhos de elevada qualidade nas regiões onde se tem adegas é algo que não está ao alcance de todos, as Caves Aliança será um exemplo do que falo pois conseguem ter uma gama de vinhos invejável, do Douro ao Alentejo, passando pelo Dão até às Beiras... onde a qualidade e a respectiva relação preço/qualidade são uma realidade nos seus vinhos e ainda bem.
Em prova está o topo de gama das Caves Aliança no Douro, depois de um Quinta dos Quatro Ventos que tem feito as delícias dos consumidores, o primeiro Reserva foi lançado com a colheita de 2001 (já anda no mercado a de 2002) e colocado numa pesada e imponente garrafa, foram engarrafadas 15,753 garrafas a um preço que ronda os 30€.

Quinta dos Quatro Ventos Reserva 2001
Castas: 50% Tinta Roriz 35% Touriga Nacional e 15% Tinta Barroca - Estágio: 14 meses Carvalho Francês - 13,5% Vol.

Tonalidade granada escuro de concentração média/alta.
Nariz de boa intensidade com fruta negra e vermelha bem madura e com alguma compota tudo de excelente qualidade, a ligação com a madeira está muito bem conseguida, inicialmente alguma baunilha e torrado com anotação de ligeiro balsâmico em fundo com toque vegetal, as notas derivadas do estágio em madeira aparecem com o passar do tempo no copo, quando é bom vale a pena esperar, caramelo de leite, cacau em pó, tabaco, tudo acompanhado de uma brisa fresca e especiada.
Boca de grande arquitectura, acidez a dar frescura suficiente, fruta em compota em companhia de caramelo, café, tabaco, especiaria, fino, elegante e macio, a proporcionar uma grande passagem pela boca onde tudo se mostra bastante afinado e no seu devido sítio, final médio/longo com boa persistência.

Este continua a ser um dos grandes vinhos de Portugal, a ligação fruta/madeira é de realçar tal como o nível do seu bouquet, tem tudo no seu sítio e mostra-se com taninos mais que domesticados, num ponto alto da sua forma é um vinho que dá um enorme prazer durante a prova. A excelência do Douro num copo de vinho.
18,5

PROVA Campolargo Bical 2004

Se pensarmos em inovação e em Bairrada, certamente que o nome Campolargo se encaixa perfeitamente.
Entre os inúmeros vinhos que já conta na sua lista, obviamente que cada um merece destaque a solo e com a devida e merecida prova, destaco neste momento um branco, o Campolargo Bical 2004 não é um branco qualquer, com uma reduzida produção (1630 garrafas) este vinho foi considerado pela sua qualidade e também por ser diferente (como são todos os vinhos deste produtor, o que só temos de agradecer) como um dos melhores brancos de Portugal pelo crítico João Paulo Martins num dos seus últimos guias.

Campolargo Bical 2004
Castas: 100% Bical - Estágio: fermentado em madeira oriunda de Bordéus - 13% Vol.

Tonalidade amarelo dourado de leve concentração, ligeiramente glicérico.
Nariz com entrada de boa intensidade, fruta bem madura em pleno destaque com flores de segundo plano, nota-se frescura no conjunto aliada a suaves notas de baunilha com torrados muito elegantes, em segundo plano podemos encontrar um aroma que lembra chá com mel em fundo de flores como já tinha sido dito.
Boca com entrada de corpo médio, acidez presente e a dar boa frescura ao vinho, bela passagem de boca, ligeira fruta em calda dá a noção de ligeira untuosidade presente com leve floral e mineral, a frescura acompanha até ao final que se mostra com boa persistência.

Um vinho diferente sem dúvida, tudo bem alinhado e a cumprir o seu papel, pelo preço de 8€ vale bem a pena conhecer este vinho, que se não é dos melhores de Portugal anda lá perto.
16,5

30 dezembro 2006

PROVA AZAMOR Petit Verdot 2004

É mais um vinho deste recente produtor, relembro que se lançou o seu primeiro vinho da colheita de 2003, e entram agora no mercado os da colheita de 2004.
Mas este vinho é especial pelo motivo que representa o primeiro varietal de Petit Verdot pelas terras do Alentejo, em Portugal contam-se apenas 3 varietais desta casta, um situado na Bairrada outro no Ribatejo e este no Alentejo.
Este vinho já tinha sido provado em amostra juntamente com os responsáveis pelo projecto, foi dado a provar novamente aos participantes do último jantar do Copo de 3 e chega agora a vez de ser aqui colocada a respectiva nota de prova.

Azamor Petit Verdot 2004
Estágio: 50% estagiou 12 meses em carvalho francês - 13,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de média concentração.
Nariz de intensidade média, destaque inicial para a fruta bem madura, seguido de toque herbáceo e especiarias (pimenta verde), ervas aromáticas tudo em grande sintonia com as notas derivadas do estágio em madeira, inicialmente com baunilha abre para torrados, fumo, caramelo de leite, tabaco presente mas muito suave com cacau ligeiro, tudo em harmonia bem interligado dando grande envolvência ao conjunto, final com lembrança de musgo com ligeiro toque balsâmico.
Boca com entrada fresca e lado vegetal em ligeiro destaque, fruta em segundo plano mostrando-se madura e de bom nível, suavidade e elegância com boa estrutura em que a acidez presente dá uma frescura muito agradável que nos acompanha durante toda a prova de boca, no final apresente um pequeno toque de secura vegetal, com balsâmico ligeiro em final mineral, em final médio/longo.

Um vinho onde a fruta e vegetal estão lado a lado mas o segundo se tenta impor de maneira muito civilizada, o trabalho de madeira está muito agradável dando uma bela envolvência ao conjunto, tornando-o bastante apetecível.
A consumir agora e tentar resistir às que tenha guardadas, preço a rondar os 12€.
17

29 dezembro 2006

PROVA Coop Borba Touriga Nacional & Syrah 2005

A Coop de Borba nos últimos anos tem acostumado os consumidores a uma série de varietais e bi-varietais coroados de sucesso, vinhos acima de tudo com uma boa relação preço/qualidade em que alguns se destacam mais de outros, alguns vão ficando outros vão variando conforme o ano de colheita, neste caso temos um bi-varietal feito com Touriga Nacional e Syrah.

Coop Borba Touriga Nacional & Syrah 2005
Castas: Touriga Nacional e Syrah - Estágio: 4 meses em carvalho francês e americano - 13% Vol.

Tonalidade ruby escuro de mediana concentração.
Nariz com boa intensidade, conjunto de fruta vermelha bem madura e floral (violetas) bem presente, tudo muito fresco e directo ao nariz, ligeiro toque especiado com ligeira baunilha e torrado, tudo muito bem colocado e pronto a dar uma boa prova.
Boca com estrutura mediana, frescura suficiente, equilibrado e a precisar de afinar alguns taninos mais mariolas, apesar de tudo mostra suavidade no palato com fruta presente, persistência média com ligeira secura vegetal no final.

Um vinho que se mostra pronto a ser consumido, mas que vai ganhar claramente com um tempo na garrafeira para amaciar alguns taninos mais traquinas que por lá aparecem. É mais um bom bi-varietal da Coop de Borba a um preço que ronda os 7€
15

28 dezembro 2006

PROVA Herdade do Portocarro 2003

Paixão pela diferença, este é o lema deste novo produtor das Terras do Sado.
Segundo o que se pode ler no seu press release, os vinhos da Herdade do Portocarro possuem uma personalidade de grande intensidade e complexidade, associada a uma extraordinária elegância e frescura. Elegância e frescura provenientes do seu «terroir», a principal característica que os distingue e tornam diferentes.
Uma diferença que se sente numa região apaixonante, na paixão do produtor José da Mota Capitão, e na paixão pela forma de produção.
Situada na região demarcada «Terras do Sado», junto à aldeia de São Romão, local de romagem a caminho de Santiago de Compostela, entre Álcacer do Sal e o Torrão.

Herdade do Portocarro 2003
Castas: Aragonez, Alfrocheiro e Cabernet Sauvignon. - Estágio: Carvalho Francês - 13,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de mediana concentração.
Nariz de intensidade média alta, fruta bem presente bem madura e de grande qualidade, ligeira geleia de morango com alguma marmelada, com o tempo surge baunilha seguida de elegantes torrados derivados da madeira, leve balsâmico de fundo com flores, fresco com ligeiro vegetal e balsâmico com toque especiado em conjunto muito bem conseguido e cativante.
Boca com boa estrutura, entrada fresca e com suavidade, fino e elegante na boca, sensação de cremosidade com algum doçura, fruta presente em boa quantidade em conjunto com marmelada, compota e compota, algum tabaco e torrado suave em final mediano.

Um vinho muito equilibrado e afinado, que dá bastante prazer durante a prova, de realçar que uma decantação prévia é muito bem vinda, um vinho que se mostra pronto a ser consumido apesar de não virar costas a mais um tempinho de garrafa, é sem dúvida alguma um produtor a seguir com atenção nos próximos lançamentos e uma das boas revelações do ano no panorama nacional. 16

Como novidade apresento a nota de prova do próximo Herdade do Portocarro, neste caso a sua versão 2004 que deverá ser lançado no mercado em Março-Abril deste ano.

Herdade do Portocarro 2004 (amostra)

Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta.
Nariz com aroma inicialmente um pouco escondido, mostra-se um vinho ainda em obras, ligeiramente mais rústico que o 2003, algo compreensível mas que passa com o tempo, com este mesmo tempo surgem notas de madeira já a mostrar-se bem trabalhada com a fruta de boa qualidade, a baunilha a tosta, café, fumo e chocolate preto mostram-se de boa qualidade em conjunto com herbáceo e balsâmico fino, leve especiaria. Tudo no seguimento da colheita anterior.
Boca a mostrar boa estrutura, cremosidade já em boa percentagem, algum álcool ainda por se ajustar, fruta madura, ligeiro verdasco no final.

Apesar de tudo dá para ver que temos um 2004 no seguimento do belo 2003 provado anteriormente, falamos a quando do seu lançamento para nova prova, para já fica com 15,5

27 dezembro 2006

PROVA Quinta do Alqueve - Brancos

É uma das casas de referência no que toca a vinhos do Ribatejo, a Quinta do Alqueve conta com uma completa gama de vinhos dos quais se destacam os dois varietais brancos aqui provados:

Quinta do Alqueve Fernão Pires 2005
Casta: Fernão Pires - Estágio: Inox - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino muito leve, com toques esverdeados.
Nariz de boa intensidade, sem deslumbrar mostra-se correcta, com fruta tropical (abacaxi) e citrinos (anona), mostra alguma frescura de conjunto em companhia de um fundo que lembra uma mistura de aniz branco com ligeiro fumo.
Boca com boa entrada, corpo médio, suave e com acidez de bom tom, final mineral e de persistência média.

Um pouco fora do perfil Fernão Pires que podemos encontrar noutros vinhos, com pouca exuberância, suave e discreto um vinho que não desperta grandes amores. 14,5

Quinta do Alqueve Chardonnay 2005
Castas: Chardonnay - Estágio: não indicado - 14% Vol.

Tonalidade a mostrar um suave dourado, de mediana concentração.
Nariz com claro destaque para a fruta tropical, citrino e ligeira sensação de amanteigado durante a prova, o fundo é mineral tudo muito bem ligado com frescura presente e uma leve baunilha que abraça todo o conjunto.
Boca com corpo médio, ligeiro pico na boca, fruta tropical presente na boca em sintonia com alguma untuosidade e cremosidade, acidez a dar boa dose de frescura, final de boca com nova presença de fruta (citrino) e mineral.

Um dos bons exemplares da casta Chardonnay em Portugal, com a madeira muito bem integrada com a fruta, é uma pena que estes vinhos não sejam fáceis de encontrar principalmente no interior de Portugal. 15,5

26 dezembro 2006

PROVA Herdade Paço do Conde Reserva 2004

Chegou o momento de provar o topo de gama da Sociedade Agrícola Encosta do Guadiana Lda , que depois de um Reserva 2003 que deu que falar lança o Reserva 2004.

Herdade Paço do Conde Reserva 2004
Castas: Syrah, Touriga Nacional, Aragonez, Cabernet Sauvignon - Estágio: 10 meses carvalho Francês - 14,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta.
Nariz com boa entrada, mostrando boa intensidade de aromas com destaque para a fruta bem madura com ligeira compota (marmelada e geleia de morango) em conjunto com ligeira baunilha, alguma doçura presente no conjunto durante a prova, abre para torrados, café, tabaco, vegetal e um especiado de fundo em companhia de ligeiro balsâmico, tudo muito bem acondicionado num conjunto se mostra bastante apelativo neste momento e vai melhorar com algum tempo de estágio.
Boca a mostrar empatia com a prova de nariz, de corpo mediano dá uma boa prova, mostrando-se afinado, redondo, algo guloso, tabaco, compota, frescura presente com balsâmico de fundo, persistência média/alta.

Um vinho que dá bastante prazer durante toda a prova, tudo muito afinado e muito certinho, madeira muito bem colocada ao lado da fruta, um vinho que apetece beber e se torna um bom companheiro da mesa. Preço a rondar os 9€. 16,5

PROVA Herdade da Figueirinha Pinot Noir 2005

Se à coisa de uns anos atrás alguém viesse dizer que em Beja se ia lançar um Pinot Noir o mais certo era começar a rir, mas a verdade é que aqui está ele:

Herdade da Figueirinha Pinot Noir 2005
Casta: 100% Pinot Noir - Estágio: 6 meses em Carvalho Americano e Francês - 13,5% Vol.

Tonalidade granada de média concentração.
Nariz com inicio a mostrar fruta muito madura de boa qualidade (amora, framboesa, cereja), abrindo para caramelo com torrados leves, cacau, torrados... mostra ligeira frescura com toque vegetal, madeira bem casada com o fruto, especiarias (canela).
Boca com boa estrutura, nada de grandes complexidades antes pelo contrário, temos um vinho pelo equilíbrio e a dar uma boa prova de boca, redondo e acetinado com fruta presente e acidez correcta a dar frescura necessária ao vinho.

Enquanto provava este vinho pensava, mas que bela surpresa sim senhor, desligando-me se este vinho é ou não melhor que alguns da Borgonha ou da California ou de alguns da África do Sul, simplesmente deixei-me levar por todos os seus encantos, é um vinho que deu uma bela prova mostrando a sua maneira de ser, um Pinot com raça Alentejana claramente uma aposta ganha e que com um preço que não entra em loucuras ,ronda os 6€, mostra-se uma excelente compra. 16

PROVA Herdade da Figueirinha Syrah 2004

De este recente projecto da zona de Beja, saiu este varietal Syrah com um total de 10.500 garrafas.

Herdade da Figueirinha Syrah 2004
Castas: 100% Syrah - Estágio: não indicado - 13,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de média concentração.
Nariz de aroma de média intensidade, início com algum químico que com o passar do tempo e algum repouso nos deixa para dar lugar a um aroma de baunilha e cacau muito leve, com tabaco e fruta muito madura com ligeira especiaria a marcar presença, em fundo leve vegetal com atenuantes balsâmicas (mentol) responde à chamada envolto em ligeiro fumo.
Boca de corpo mediana sem grande concentração, fresca e especiada ao de leve, entrada com fruto ligeiro em companhia de alguma secura vegetal de fundo, persistência mediana.

É um vinho que não nos deixa mal, mostra qualidade e vontade de se mostrar apesar de se mostrar longe do perfil de outros Syrah que podemos encontrar no Alentejo, o preço ronda os 6€ o que o torna uma boa opção para o dia a dia. 15

PROVA Rose Creek Sauvignon Blanc 2005

É um vinho que foi comprado no Lidl, a sua proveniência é a Nova Zelândia mais propriamente da zona de Marlborough.

Rose Creek - Marlborought - Sauvignon Blanc 2006
Castas: 100% Sauvignon Blanc - Estágio: Inox - 12,5%

Tonalidade amarelo citrino com leve rebordo esverdeado.
Nariz com boa intensidade e frescura, ao primeiro contacto denota aromas de fruta tropical onde a manga madura se destaca com algum maracujá ao seu lado, toque de erva fresca e ligeiro mineral no fundo, em segundo plano dá a sensação de ligeira doçura ainda que muito leve.
Boca a dar boa prova, fruta mais uma vez presente se bem que em menor quantidade, redondo, falta-lhe mais corpo e mais acidez, que apesar de presente dá ligeira frescura ao vinho com mineral de fundo com persistência média.

É um vinho claramente diferente dos que por cá estamos acostumados, alguns até lhe chamaram um vinho para senhoras, pode não ser muito complexo mas encontra-se bem feito e pronto para dar uma prova agradável, em minha opinião seria mais vinho para beber durante o tempo quente de Verão se bem que acompanha muito bem uma salada com «bichos do mar» na companhia de amigos em amena cavaqueira.
Não é um dos melhores exemplares de Sauvignon Blanc mas também não é dos piores, pelos quase 6€ que custa vale a pena experimentar. 14,5

25 dezembro 2006

Feliz Natal



O Copo de 3, deseja a todos os leitores deste espaço e respectivas famílias, um Santo e Feliz Natal.

18 dezembro 2006

Sugestões para o Natal...

Está cada vez mais perto o dia em que costumo receber aqueles presentes que tanto gosto e que nunca consigo comprar nos outros dias do ano, pares de meias, (curioso que deve ser a noite do ano em que se oferecem mais pares de meias a nível Mundial), pijamas ou a simpátia da caneta que o mais tardar vai parar dentro de uma gaveta e juntar-se ao monte que por lá mora... sim, estou a falar do Natal.
Esse dia que cada vez mais é ofuscado pelo negócio, pelo peso das publicidades... enfim, serve para encher a criançada de prendas, enquanto os mais velhos se ficam por umas garrafitas de vinho, ou respectivos destilados...
Sem dúvida que o Natal é um momento especial para reunir a família, nem que seja uma vez por ano, mas é a que sabe bem, e é nestes momentos que são sempre bem vindos alguns vinhos, tanto brancos como tintos e alguns generosos.

O Copo de 3 deixa aqui uma pequena lista de vinhos que podem acompanhar na perfeição a seia de Natal, deixo 3 pequenas listas com várias sugestões, uma delas com vinhos que facilmente se encontram nas grandes superficies comerciais para pessoas que procurem boas relação preço/qualidade sem gastar muito dinheiro e fáceis de encontrar, as outras como será óbvio com vinhos mais caros e em que alguns casos o melhor é procurar nas garrafeiras especializadas...

Vinhos até 10€
Brancos
Quinta de Cidrô Chardonnay Reserva 2004
Castello D´alba Reserva 2005
Fonte Mouro Colheita Seleccionada Branco 2004
Esporão Reserva 2005

Tintos
Azamor 2004
Quinta dos Quatro Ventos 2004
Prazo de Roriz 2003
Quinta da Garrida Touriga Nacional Reserva 2003

Generoso
Bacalhoa Moscatel 1996

Vinhos de 10€ até 20€
Brancos
Quinta dos Roques Encruzado 2005
Campolargo Arinto 2005
Esporão Private Selection Branco 2005
Redoma 2005

Tintos
Evel Grande Escolha 2003
Casa de Sabicos Reserva 2004
Herdade das Servas Touriga Nacional 2003

Generoso
José Maria da Fonseca Moscatel 20 anos 500ml

Vinhos a + de 20€
Brancos
Redoma Reserva 2005

Tintos
Esporão Private Selection 2003
Hexagon 2004
Anima L4
Charme 2004

Generoso
Poças Vintage 1996

17 dezembro 2006

PROVA À QUINTA nº3 Bairrada Clássico

Ora para responder ao desafio lançado pelo blog Krónikas Vinícolas, de provar um vinho tinto da Bairrada onde a casta Baga seja rainha, ou seja o típico clássico Bairradino.
Digamos que na minha garrafeira os vinhos da Bairrada são caso raro, dos poucos que tenho dominam claramente os chamados clássicos sendo a última colheita adquirida a de 1997, falta de interesse, perfil de vinho que não agrada, talvez a casta Baga nunca me tenha convencido realmente... enfim muitos podem ser os motivos, o certo é que dos novos já tenho comprado alguns e tenho gostado bem mais.
O vinho que provei para a PROVA À QUINTA é um dos chamados clássicos, um vinho da Coop da Mealhada, 100% Baga com 12,5% seria bem encaixado na primeira iniciativa.

Encosta de Mouros Baga Reserva 1995
Castas: 100% Baga - Estágio: Não indicado - 12,5% Vol.

Tonalidade com centro granada e rebordo bem marcado pelo tempo apresentando uma tonalidade tijolo bem marcante.
Nariz de aroma a mostrar sinal de um vinho muito evoluido, fruta em compota, couro, madeira velha, cacau e tabaco, baunilha suave em fundo com ligeiro vegetal em companhia de notas de licor.
Boca com estrutura muito ligeira, a acidez ainda se encontra presente a dar frescura ao conjunto, fruta em compota, rasto vegetal presente mas sem incomodar, tudo muito simples e delicado, digamos que preso por arames, final curto e sem vida.

Um vinho sem memória que se encontra perdido no espaço e no tempo...
10

PS: o novo desafio foi lançado pelo Elixir de Baco e consiste em saber se existem além das castas: Touriga Nacional, Aragones (Tinta Roriz), Trincadeira e Baga, boas castas para a realização de bons varietais, resta desejar boa caçada.

13 dezembro 2006

JANTAR DE CAÇA DO COPO DE 3

Sábado dia 9 de Dezembro, era noite cerrada e o frio percorria as ruas da velha Callipole, procurando algum incauto que se fosse aventurar nas mesmas sem o devido agasalho.
Mesmo assim, ouviam-se passos apressados que se esgueiravam pela noite, dirigindo-se para uma ruela, onde duas luzes tremendo sinalizam a Taverna dos Conjurados.
Uma após outra, várias pessoas passavam o portão e entravam na Taverna, respondendo à chamada que tinha sido feita... lá dentro a conversa animava e aquecia a noite, fazendo esquecer o frio que se ia instalando lá fora, era hora de começar o Jantar de Caça do Copo de 3.

Como é costume nestes encontros, realizou-se uma pequena prova de vinhos antes do jantar, o objectivo é dar a conhecer alguns vinhos menos conhecidos, vinhos de outras regiões, algumas novidades, mas acima de tudo para que se fale de vinho, se troquem impressões e se promova o diálogo entre pessoas e obviamente se fique a saber sempre um pouco mais.
Desta vez o leque de vinhos em prova aumentou ligeiramente tal como a qualidade dos mesmos, neste jantar estiveram presentes os enólogos Luis Chouriço (Quinta do Mouro), Sandra Gonçalves (Dona Maria), Tiago Garcia (Herdade das Servas) e Allison Luiz-Gomes (Azamor Wines) que nos brindaram com a sua simpatia e nos falaram um pouco dos vinhos pelos quais são responsáveis.
Durante a prova foram servidas algumas entradas com destaque para:

Coelho à S.Cristóvão
Paté de Veado com molho de Frutos do Bosque
Mostra de Enchidos de Caça : enchido grosso de veado, de javali; chouriço de javali e de veado; alheira de caça.
Queijo Chevre com doce de framboesa
Queijo de ovelha gratinado em azeite


Marcolino Sebo Rosé 2006: curiosamente costuma ser sempre o primeiro rosé da nova colheita, desta vez o 2006 mostrou-se ao nível do seu anterior, muito frutado com ligeira doçura presente e uma ponta refrescante no final, é um vinho a conhecer.

Viña Mocén Verdejo 2005: um vinho da famosa região espanhola RUEDA onde a casta Verdejo é rainha, este exemplar não se mostrou com um nível muito exuberante ficando um pouco escondido e tímido, talvez a presença perante tanto estrangeiro o tenha deixado mais recatado, boas notas florais com fruta (citrinos) e erva cortada tudo em nível médio e com uma boca de boa entrada, fresco e alguma acidez presente mas não tanta como seria de esperar, final persistente.

Quinta do Cerrado Encruzado 2005: de passagem pelo Dão, foi colocado em prova um vinho que não aparece por terras do Alentejo, um varietal Encruzado que tem uma belíssima relação preço/qualidade, nariz mineral com ligeira fruta presente, frescura, herbáceo, tudo em boa harmonia. A dar uma bela prova de boca, boa acidez com final mineral, um vinho que foi do agrado geral.

Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc 2005: foi em geito de brincadeira que este vinho apareceu em prova colocado lado a lado com o Duriense Lavradores de Feitoria Sauvignon Blanc 2005.
Neste caso temos um vinho numa versão mais concentrada e menos exuberante, com perfil próprio com mais corpo e a encher mais a boca, digamos que não é tão delicado.

Lavradores de Feitoria Sauvignon Blanc 2005: mostrou-se mais exuberante que o anterior, aromas a querer saltar do copo, perfil mais internacional, pessoalmente penso que o 2003 estava bem mais conseguido que este 2005, é muito fresco e tem tudo para agradar, corpo delgado com acidez a marcar presença, talvez na boca perca para o vinho anterior visto que se perde um pouco do entusiasmo que tem no nariz. Como seria de esperar foi o eleito entre os dois.

Dona Maria branco 2005: o representante das terras do Alentejo, vem de Estremoz e é um lote das castas que reinam no Alentejo, Antão Vaz, Arinto e Roupeiro... o seu perfil é mais formal, menos exuberancia mas mais consistência e harmonia de conjunto, nariz a fugir nitidamente aos anteriores mais complexo e seguro, na boca mais do mesmo num vinho que tem tudo para agradar.

Castello Dalba Reserva 2005: este vinho foi escolhido por ser de lote e obviamente por representar os bons Douros com estágio em madeira, um branco de Inverno mais encorpado que veio dar entrada à prova dos tintos... já tendo sido aqui provado, o vinho encontra-se em grande forma e fez as delicias de quem o provou, acompanhou em grande estilo uns queijos de ovelha gratinados com ervas aromáticas tal como outras entradas...

A partir deste momento a prova mudou de tonalidade, passando para os tintos:

Herdade da Figueirinha Syrah 2004: Foi o vinho de abertura, fugiu um pouco ao esperado, um Syrah apagadinho, bem feito mas nada de mais... valeu como curiosidade. A ser provado mais tarde no Copo de 3.

Azamor 2004: depois de um muito bem conseguido 2003, surge este novo 2004 mudou ligeiramente de perfil, é o digno representante das terras Callipolenses visto que o vinho é feito no concelho de Vila Viçosa, para surpresa de alguns dos presentes. Este vinho será alvo de prova mais detalhada no Copo de 3.

Quinta da Garrida Reserva Touriga Nacional 2003: ora aqui temos um vinho que muito deu que falar, ao servir assusta tal a tonalidade escura que apresenta, um impacto de violetas atinge o nariz com fruta muito madura cercada de notas de madeira de grande qualidade, a evolução no copo é digna de registo, grande vinho era o que se ouvia, na boca alguns taninos mais rebeldes revelam que o vinho precisa de um tempo na garrafeira, mais um ano e o nível vai ser superior ao 2001, nitidamente o típico Tourifa do Dão e um dos melhores Touriga Nacional provados, e o preço... ai o preço...

Quinta do Mouro Touriga Nacional 2003: para que o anterior vinho não andasse a brilhar sozinho por terras do Alentejo, chegou este Sr Vinho, são os dois da mesma idade e com tanto para dizer a quem os prova, aqui o perfil muda completamente, temos mais Alentejo, vegetal, fruta e floral, menos frescura e mais equilibrio de conjunto, está mais pronto a beber mas com tanto tempo pela frente... são estes diamantes que vale a pena perder tempo em lapidar como deve de ser para se ficar com uma grande jóia...

Esporão Touriga Nacional 2001: nestas coisas quando um pensa que está tudo dito no que toca a vinhos de alta expressão... acontece sempre algo que nos muda as ideias... sorte dizem uns, intervenção divina dizem os outros, mas lá no fundo uma garrafa empurrava as outras como que a dizer que deixem passar que agora falo eu... este Touriga Nacional é o Aquiles dos Touriga Nacional tal o número de batalhas que já travou e obviamente ganhou sem grandes hipóteses para o adversário... neste momento brilha como uma estrela, tem tudo no seu sítio, um aroma digno do melhor perfume, um corpo perfeitamente talhado para o herói mítico que é... só tem um ponto fraco... é quando se acaba.

Herdade do Portocarro 2004 (amostra): foi uma curiosidade apenas provada por alguns, os restantes ainda estavam deliciados com o anterior... do grupo que provou este Portocarro foi concluido que o vinho se encontra em grande forma dando uma prova bastante interessante e de bom nível, estando no ponto para ser consumido, vamos então esperar por ele que vale bem a pena, será alvo de prova atenta no Copo de 3.

Alves de Sousa - Vinha Lordelo 2005 (amostra): mera curiosidade, o vinho atrapalhou-se durante a prova e ao que parece trocou o seu discurso... não tem importância pois é algo que pode acontecer com amostras.

Acabando aqui a prova de vinho, foi servido jantar:

Sopa:
Canja de faisão

Sabores de Caça:
Perdiz à Infanta Dª. Maria
Escalopes de Veado com Maçã Reineta flamejada em Vinho do Porto

Os vinhos que acompanharam o jantar foram:
Duradero 2004: É um vinho que se pode chamar de Ibérico, feito por duas adegas, a portuguesa Quinta do Portal e a espanhola Liberalia, um Douro e um Toro onde se juntaram as castas Tinta Roriz e Tinta de Toro, com 15% é um vinho em que domina a pendente balsâmica, caramelo, cacau, vegetal e flores... a madeira está presente com torrados e baunilhas, tudo muito presente, o vinho é gordo e enche a boca, um pouco enjoativo após o segundo copo, não foi vinho que viesse despertar grandes emoções.

Protos Reserva 2000: Foi o representante dos vinhos de Espanha no jantar, um Ribera del Duero no seu explendor, notável o trabalho das madeiras que é diferente do que se faz em Portugal, são vinhos com uma envolvencia muito grande e que transbordam elegancia durante toda a prova, sedosos e bastante equilibrados é dificil passar ao lado de vinhos com esta qualidade.

Dona Maria - Amantis 2004: Aquele que já foi uma boa surpresa é agora uma boa confirmação, o gama média/alta deste produtor vai sair para o mercado no início de 2007 e já se mostra ao mais alto nível, tem o seu Q de enigmático dando provas de que o melhor estará para vir, um vinho onde a cumplicidade provador/vinho os pode transformar em puros Amantis, a seguir com muita atenção.

Herdade das Servas Aragones 2004: Os vinhos deste produtor tem algo que é digno de realçar... saiem bem à primeira, depois de bons exemplos como é o caso do Reserva e do Touriga Nacional, vem agora este Sr. Aragonês mostrar aquilo que vale, e vale muito tendo em conta o que mostra nesta altura e o que ainda vai poder mostrar com a idade, um grande Aragones bastante elogiado durante todo o jantar.

Azamor Petit Verdot 2004: Se o Rui Veloso canta Não há estrelas no céu, canta muito bem, estavam todas aqui neste jantar, e este Petit Verdot é mais uma, já tinha sido provado antes do seu lançamento e tinha deixado uma vontade de repetir, o vinho nesta altura melhorou mais um pouco, mais afinado, mais harmonioso, dá bastante prazer em provar este vinho, a perdiz que o diga, sem sombra de dúvidas um vinho diferente para melhor, o Alentejo tem destas coisas.

No final com o respectivo café e a Tiborna, o doce típico de Vila Viçosa, foi servido um Poças LBV 1998, que se mostrou em boa altura para ser consumido, frescura e equilibrio entre nariz e boca são o que definem este LBV.
E foi assim que se realizou mais um jantar de convívio em redor do vinho e neste caso da caça, a boa disposição foi reinante com alguns momentos para mais tarde recordar, pessoalmente considero este jantar ainda melhor que o primeiro, a qualidade dos vinhos, a qualidade dos pratos e mesmo número de participantes que tem vindo a aumentar... aos cantadores, oradores, provadores, enólogos e restantes participantes um muito obrigado e até à próxima...

PROVA Alfaraz Reserva 2004

Proveniente das terras do Baixo Alentejo, perto de Beja mais propriamente da Herdade da Mingorra, sai este Alfaraz Reserva, medalha de ouro no I Concurso de Vinhos do Baixo Alentejo.

Alfaraz Reserva 2004
Castas: Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon e Trincadeira - Estágio: 12 meses em carvalho francês - 14% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta.
Nariz a apresentar fruta madura com componente vegetal em destaque durante a prova, abre ligeiramente com o tempo dando lugar a ligeiro fumo de fundo, baunilha, chocolate negro, tabaco e ligeira frescura de conjunto.
Boca de boa estrutura, certa harmonia de conjunto, com vegetal presente na prova de boca, fruta presente em boa percentagem, a madeira encontra-se bem integrada, fresco e com certa macieza inicial, final balsâmico de persistência média.

Um vinho a apresentar um perfil interessante, com certa frescura que nem o faz associar a um vinho de Beja, a beber nos próximos tempos que não parece melhorar mais com o tempo em garrafeira
16

PROVA Quinta de Alcube Reserva 2003

Após se ter provado o Castelão e o Trincadeira desta casa, chegou a vez de se provar o topo de gama, o Reserva 2003:

Quinta de Alcube Reserva 2003
Castas: Cabernet Sauvignon, Trincadeira e Syrah - Estágio: 10 meses carvalho americano e francês e 8 meses em garrafa. - 14,5% Vol.

Tonalidade granada escuro mostrando boa concentração.
Nariz de boa intensidade, bem maduro com notas de suave baunilha, tabaco, em boa harmonia com fruta madura, abre para notas de cacau, especiarias, leve hortelã dando a sensação de balsâmico no final, tudo em boa harmonia e com uma envolvência que o tornam um vinho muito apelativo e equilibrado com uma leve frescura presente.
Boca com boa estrutura, fruta presente com tosta e cacau, vinho que proporciona uma boa prova de boca, redondo e de bom recorte, mentolado no final que se mostra com alguma persistência, ligeira frescura de conjunto que é bem vinda num vinho que está a dar uma bela prova neste momento.

São vinhos destes que marcam a diferença num mar de marcas cada vez mais igual nos dias que correm, sem dúvida um produtor que se destaca pela qualidade e diferença dos seus vinhos.
16,5

11 dezembro 2006

PROVA Herdade São Miguel Reserva 2004

Em prova temos o novo topo de gama da Herdade de São Miguel, situada no concelho de Redondo com os seus vinhos já aqui provados anteriormente, chegou agora a vez de ser provado o seu topo gama do qual foram engarrafadas 6137 garrafas:

Herdade São Miguel Reserva 2004
Castas: Aragones, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon - Estágio: 12 meses carvalho Francês mais 6 meses em garrafa - 14% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta.
Nariz com aromas de boa intensidade, frescura evidente e com fruta bem madura (morango, framboesa) emparelhada com notas balsâmicas e ligeiro toque floral, em segundo plano surge a componente vegetal acompanhada por alguns ainda que muito suaves, aromas derivados do estágio em madeira como baunilha e ligeiro torrado, bem colocada no conjunto , especiaria e ligeiro toque de fumo no final.
Boca a denotar bom corpo, forte e estruturado, é vinho que enche a boca, alguns taninos ainda fora do lugar, deixa um ligeiro travo vegetal na boca com um final balsâmico de boa persistência.

Um vinho que pede que o deixem repousar mais um tempo em garrafa, a prova que dá neste momento mostra um vinho mais em força que propriamente em elegância do seu conjunto. Vendido a um preço que ronda os 15€, a nota final revela isso mesmo um vinho que precisa de tempo para se mostrar.

15,5

PROVA Herdade Porto da Bouga Reserva 2005

Proveniente da zona de Portalegre, é um vinho que ano após ano mantém um bom nível de qualidade aliado a um preço muito apelativo que ronda os 5€ no Pingo Doce.

Herdade Porto da Bouga Reserva 2005
Castas: não indicadas - Estágio: 8 meses carvalho francês e americano - 13,5% Vol.

Tonalidade granada escuro de boa concentração.
Nariz a não se mostrar com muita intensidade, algo contido, mostrando-se fechado e algo duro, sensação de alcatrão no nariz, fruta madura (frutos negros) com notas de tosta bem presente, vegetal a surgir de seguida marcando quase sempre a prova com chocolate negro, tabaco e caramelo de fundo, sem querer deixar de destacar a frescura ligeira que se faz notar.
Boca com boa entrada, estrutura a prever boa evolução, dá uma boa passagem pela boca, fruta presente, frescura, certo vegetal que se prolonga até um leve mentol de fundo em final de boa persistência.

Um vinho a precisar de descansar pois melhora com a idade, como já demostraram as colheitas anteriores, não deixa de ser uma compra interessante atendendo ao preço praticado e ao vinho que nos espera daqui a um tempo.
15

06 dezembro 2006

PROVA CUVÉE DES LYS - NICOLAS FRANÇOIS - Blanc de Blancs Brut

Em prova temos um vinho espumante Francês, de notar que apesar de ser Francês não é Champagne pois não é proveniente da zona que dá o nome aos ditos espumantes, temos por isso um espumante Brut, e Blanc des Blancs ou para quem não sabe elaborado a partir da casta Chardonnay.

CUVÉE DES LYS - NICOLAS FRANÇOIS - Blanc de Blancs Brut
Casta: Chardonnay - 11% Vol.

Tonalidade amarelo citrino, «Pérlage» Razoável de pequeno diâmetro e mediana persistência.
Nariz a evindenciar frescura com fruta tropical e citrino presente, mineralidade com leve fumado de fundo, tudo em conjunto delicado e muito cativante.
Boca de corpo suave e elegante, agulha agradável de boa persistência, com fruta presente (citrino)e uma acidez a dar boa frescura que nos acompanha no final de boca.

Uma boa surpresa, fresco e muito elegante a dar uma boa prova, bom nível a um bom preço, cerca de 5,60€

15

PROVA Beaujolais Nouveau 2006

O Beaujolais [BOE-zjoh-lay] Nouveau é proveniente da região Francesa de Beaujolais, que recebe o nome devido à localidade de nome Beaujeu, onde as uvas são por lei, apanhadas manualmente, e sai sempre para o mercado na terceira terça-feira de Novembro.
São vinhos elaborados pelo processo de maceração carbónica com o objectivo de extrair côr, aromas, colocando a adstringência de lado, onde a uva Gamay é protagonista.

Beaujolais Nouveau 2006
Castas: Gamay - Estágio: inox - 12% Vol.

Tonalidade ruby de concentração mediana.
Nariz com boa intensidade a aparecer fruta muito madura (amoras e framboesas), floral com uma leve sensação de açucar queimado do leite creme contribuindo com uma sensação de adocicado, no fundo leve ponta de álcool que não chega a incomodar.
Boca com entrada simples e directa, fruta bem presente e algum vegetal, mostra-se com frescura leve mas nada que seja merecedor de grande atenção em final mediano.

Um vinho que se mostra melhor no nariz que na boca, qualidade muito abaixo da média, parece que aqui o marketing fala mais alto num perfil que de marca para marca pouco ou nada dizem, agradáveis o suficiente, valem como uma curiosidade que após ser conhecida se pode bem passar sem ele.
Como dizia num livro em geito de piada, o Beaujolais não passa de um excelente relações públicas inventado pelos Franceses, a tal corrida dos produtores para ver qual deles mete o vinho primeiro nas mesas de Londres, New York, San Francisco... ou como se dizia, é a hipótese de mostrar que o teu vinho é infinitamente mais jovem que a tua namorada.
A rondar os 3,5€ má relação preço/qualidade.
12

01 dezembro 2006

PROVA À QUINTA nº 2 - Vinho de 2002

Respondendo ao desafio do Vinho da Casa, apresento o meu vinho do ano de 2002, um vinho em algo especial pois foi o primeiro Touriga Nacional feito pela Coop de Borba, um vinho que teve na Wine Spectator 90 Pontos, com grande relação preço/qualidade na altura da sua saida visto custar 5,60€ na Wine Shop da Cooperativa.
Passado todo este tempo descobri uma garrafa perdida na minha garrafeira, veio mesmo a calhar pensei eu, deixo então a nota de prova:

Adega Cooperativa de Borba Touriga Nacional 2002
Castas: 100% Touriga Nacional - Estágio: 4 meses carvalho francês - 13% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta em que apesar da idade não mostra sinais de grande evolução.
Nariz com principio vegetal, leve floral (violeta) seguido de fruta (ameixa e amora) bem madura em ligeira compota, fumo, torrado, aniz e toque de tabaco (caixa de cigarrilhas), suave baunilha e especiaria.
Boca com boa entrada, fresco com acidez ainda presente,macio e suave com fruta presente ainda que leve, torrado, final com leve balsâmico e secura vegetal muito leve, tudo a apontar para um final de boca de persistencia média.

Um vinho que já passou pelo seu melhor momento de forma, apesar de dar uma prova correcta não merece ser guardado por mais tempo, por sorte minha era a última garrafa.
14

PS: O novo desafio foi colocado pelo blog Kronicas Vinicolas, que propôe um vinho da Bairrada em que a casta Baga esteja presente... vamos lá então procurar esses clássicos Bairradinos.

 
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