Copo de 3: PROVA Valdazar tinto 2005

12 junho 2007

PROVA Valdazar tinto 2005

Era uma vez uma zona produtora de vinhos, que estava meio adormecida, faltava modernidade e estava cada vez mais caída no esquecimento e vivia de memórias passadas, do que teriam sido os seus vinhos no tempo... tempo este passado.Hoje em dia a situação mudou, a zona produtora de vinhos sofreu grandes alterações, novos produtores surgiram, novas técnicas, novas maneira de pensar e acima de tudo novas castas vieram juntar-se à tradicional Baga.
Hoje em dia ao falar de Bairrada um nome que está associado a qualidade, inovação e até mesmo revolução é Campolargo.
É deste produtor que vou falar durante algumas das próximas provas que vou colocar no Copo de 3, vale a pena ficar atento porque são vinhos cheios de personalidade e acima de tudo grande relação preço qualidade.

O primeiro vinho vinho em prova, é o Valdazar tinto 2005, conta a tradição que na Quinta do Valle d´Azar passa um trecho da antiga estrada real, essas estradas que alguém escreveu, em meados do século XIX:
''Correi, se tanto ousais, alguma dessas estradas chamadas reais, melhor direis imaginárias, que dizem existir pelo país... entre o barrocal e o labirinto, a estrada portuguesa ora vos guiará aos despenhadeiros e pedregais, ora vos levará, insensivelmente, a um ponto de que não podereis sair.''
Entre assaltos e desastres lá seguia o velho Portugal.

Valdazar tinto 2005 Castas: Trincadeira da Bairrada, Touriga Nacional, Baga e Tinta Barroca - Estágio: carvalho francês - 13% Vol.

Tonalidade ruby escuro brilhante de concentração média/alta Nariz a mostrar-se boa intensidade com belas notas de fruta, envolvido numa onda fresca e floral de bom nível com toque de madeira bem integrado no seu conjunto. Revela baunilha e torrados que dão uma envolvência muito agradável com notas de incenso, fumo em segundo plano em conjunto com ligeiro toque vegetal. Boca de estrutura mediana com boa complexidade, tudo muito bem articulado, frescura presente com bela passagem de boca, redondo e macio, fruta, especiarias e flores. Equilibrado no seu todo, final de boca médio com ligeiro balsâmico.

Temos um vinho que dá bastante prazer durante a prova, um vinho que ganha com algum tempo no copo e que revela sempre um ligeiro detalhe para descobrir. Harmonioso e equilibrado sem grandes complexidades consegue agradar bastante, e acima de tudo um vinho diferente. O preço indicado é de 8€ o que faz com que seja um alvo de cobiça.
16,5

1 comentário:

Anónimo disse...

Parece-me uma nota exagerada, a menos que não tenha conhecido a colheita de 2004, francamente melhor.
Por prudência reservaria 16,5 ou 17 para a colheita 2004; a colheita 2005 merece 14,5, com possibilidade de melhorar num ou dois anos para 15 ou 15,5.

Morouço

 
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