Copo de 3: Campolargo Arinto

16 julho 2007

Campolargo Arinto

Da casa Campolargo saiu da colheita 2003 um Arinto em formato Magnum, seria um vinho que imediatamente iria deixar os apreciadores com os olhos postos neste branco para colheitas futuras. Agora é altura de provar as duas colheitas que sairam depois o 2003 inaugural.
Temos o 2004 bastante aclamado pelos consumidores, neste momento a contar quase com 3 anos de idade, e que em grande medida se espera que o tempo tenho tratado bem dele, como todos os grandes brancos merecem.
Já o 2005 é uma colheita mais recente no mercado, igualmente promissora e que é com alguma curiosidade que se vai provar.

Campolargo Arinto 2004
Castas: 100% Arinto - Estágio: fermentação em carvalho francês durante 6 meses - 13% Vol.

Tonalidade amarelo citrino de boa concentração com ligeiro toque dourado.
Nariz de boa intensidade, fruta bem madura nas vertentes tropical, citrina abraçada a ramalhete de flores brancas de belo efeito. Alguma calda de fruta escorre pelo copo com ponta vegetal que se une a leve mineral, chá com baunilha e toque sumido de tosta.
Boca de muito bom nível, tudo aqui está correcto e sem desalinhar, confirma-se a boca num vinho que se mostra capaz de agradar ao mais incauto dos provadores, as notas de fruta integram-se com baunilhas e tosta dando um arredondamento e untuosidade final ao conjunto bastante agradável. A frescura não vira costas ao conjunto e guia-nos durante toda a passagem de boca até um final de boa persistência.

Um vinho de grande nível, o tempo apenas acentuou a sua qualidade, refinou e poliu algumas arestas, um Arinto a conhecer sem dúvida.
16,5

Campolargo Arinto 2005
Castas: 100% Arinto - Estágio: fermentação em carvalho francês durante 6 meses - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo de baixa concentração com toque esverdeado
Nariz a sentir-se menos complexo que a colheita anterior, mas de igual perfil, com a fruta (citrinos e tropical) e alguma fruta de caroço (pêssego) mais fresca, envolto em ligeira baunilha com torrado, mineralidade ligeira abraçada por toque floral.
Boca a mostrar um vinho bem estruturado, com bom corpo, entrosamento entre fruta e madeira, com a frescura a cumprir o papel que seria de esperar. Mineral joga com alguma calda de fruta no segundo plano, que se arrasta para um travo vegetal.

Não se mostrando com o mesmo nível, quer de estrutura, quer de complexidade que a colheita de 2004, este Arinto 2005 não deixa de ser um belíssimo exemplar do que a casta Arinto pode proporcionar.
16

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