Copo de 3: Incógnito - Cortes de Cima 2003

09 agosto 2007

Incógnito - Cortes de Cima 2003

Segundo o site oficial do produtor Cortes de Cima, o Incógnito aparece quando Quando Hans e Carrie Jorgensen viram Cortes de Cima pela primeira vez em 1988, souberam logo que este era o sítio que tanto procuraram. Quando viu a paisagem, Carrie lembrou-se logo da sua terra natal, a Califórnia; e o clima mediterrânico, bem diferente do frio da Dinamarca foi do agrado do Hans.
Para começar, eles decidiram fazer coisas diferentes, como plantar castas tintas numa área tradicionalmente de brancas. Deste modo introduziram o Syrah (na altura não aprovado) e um sistema de condução da vinha bem diferente do local. Em 1998, quando engarrafaram o primeiro monocasta Syrah, tiveram alguns problemas na escolha do seu rótulo, uma vez que a casta Syrah ainda não estava autorizada na produção de “Vinho Regional”. Daí o nome “Incógnito”.
Passado todos estes anos o nome ficou e o vinho em prova já é da colheita 2003.

Incógnito - Cortes de Cima 2003
Castas: 100% Syrah - Estágio: 8 meses em barricas de carvalho americano (50%) e de carvalho francês (50%) - 14,5% Vol.

Tonalidade ruby muito escuro com rebordo azulado.
Nariz de bela intensidade e complexidade, mostra grande maturação de conjunto com muita fruta madura (frutos silvestres) com apontamentos que recordam marmelada. Os empireumáticos resultantes da passagem por madeira estão bem integrados dando uma bela complexidade a todo o conjunto. Temos então suave baunilha, cacau, ervas aromáticas, especiarias (cravinho, canela) que se fundem em brisa fresca de fundo. No final tem um toque balsâmico, num vinho cheio e a mostrar-se bem guloso e pleno de encantos.
Boca com belíssima estrutura, pleno de solidez, com muita fruta madura bem presente com frescura suficiente. Um vinho cheio, redondo, mostra-se com uma ponta de gulodice, que se colmata com toque balsâmico e especiado. Pronto a seduzir e a encantar, em final longo e persistente.


Um vinho que se desmarca claramente dos restantes vinhos do Alentejo, em que o perfil claramente Novo Mundo se mostra em belo nível pronto a dar grandes alegrias.
Este 2003 parece estar num ponto alto para ser consumido, apesar de um pouco longe das performances de outros tempos.

17,5

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