Copo de 3: Marquês de Borba Reserva 2004

16 novembro 2007

Marquês de Borba Reserva 2004

Corria o ano de 1990, quando João Portugal Ramos plantou os primeiros cinco hectares de vinha em Estremoz, onde vive desde 1988, dando início ao seu projecto pessoal.
A primeira vindima realizou-se em 1992 e nos anos que se seguiram o vinho foi elaborado em instalações arrendadas, sendo 1997 o primeiro ano em que foi vinificado nas novas instalações. A construção da adega em Estremoz, no Monte da Caldeira, iniciou-se em 1997, tendo sido ampliada em 2000.
Este nome incontornável do vinho em Portugal, tem como topo de gama no Alentejo o Marquês de Borba Reserva, um vinho que dispensa muitas apresentações face à alta qualidade que apresenta sempre que sai para o mercado. Uma entrada para o mercado com o pé direito com o magnífico Reserva 1997 projectou esta marca muito alto, foi depois lançado um 1999, 2000 e 2003. Em prova temos então o novo Reserva 2004, ainda na fotografia com rótulo provisório que deve estar quase a sair para o mercado.

Marquês de Borba Reserva 2004
Castas: Trincadeira, Aragonês, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon - Estágio: 12 meses em meias pipas de carvalho francês. - 14% Vol.

Tonalidade granada muito escuro de concentração média/alta
Nariz a mostrar um vinho que se mostra já muito bem, pleno de harmonia com alguma solidez/concentração nos aromas que apresenta, baunilha abraça frutos vermelhos (amora, morango, cereja) muito maduros e de bela presença, mesmo com alguma compota de grande qualidade. Nota-se um trabalho de grande nível entre fruta e madeira como vem sendo apanágio deste vinho. É com algum tempo de copo que se desdobra em aromas que lembram café, couro, cacau e especiarias. No fundo envolvido por alguns torrados, e suave vegetal/balsâmico em final.
Boca com bela estrutura, frescura bem presente num vinho a mostrar arredondamento, finesse de conjunto a dar prazer, fruta presente com compota, especiado, torrados, café e caramelo. Mostra-se com bom equilíbrio de conjunto, corpo de boa complexidade e espacialidade. Tem ligeira secura vegetal no final de boca, que mostra persistência média/alta.

Temos então o regresso de um clássico da planície Alentejana, um vinho que vem marcando cada vez mais um estatuto entre os melhores, o que merece plenamente na minha opinião.
De todas as colheitas já provadas tenho o 1997 como o melhor de todos, seguido de muito perto do 2000 e agora este 2004.
17,5

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