Copo de 3: Fonte Mouro Colheita Seleccionada Branco 2005

31 janeiro 2008

Fonte Mouro Colheita Seleccionada Branco 2005

A Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha situa-se na herdade com o mesmo nome, perto de S. Brissos, a cerca de 6Km de Beja.
São cerca de 13,500 garrafas que este produtor produz do vinho Fonte Mouro Colheita Seleccionada na versão branco, um extreme de Antão Vaz com direito fermentação em barricas de carvalho francês. A enologia está a cargo do conceituado enólogo António Saramago.
Colocou-se em prova a colheita 2005, e ao lado deste foi colocada a colheita 2004 já aqui provada no Copo de 3, o objectivo seria verificar como se comporta o vinho com a passagem do tempo, e pelas provas que deu, está de parabéns.

Fonte Mouro Colheita Seleccionada Branco 2005
Castas: Antão Vaz - Estágio: Fermentação em barricas de carvalho francês - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo dourado com leve rebordo esverdeado.
Nariz a revelar bom entrosamento entre notas derivadas da passagem (ainda que breve) por madeira, e a fruta madura (tropical e citrinos), com um toque de arredondamento com torrado, a dar bom acolhimento ao conjunto. Marca presença um fundo com toque petrolado, fruto da evidente passagem do tempo, que sem grande complexidade apresenta uma sensação mineral.
Boca de entrada com ligeira frescura, perdendo algum interesse para a prova de nariz. Tem a fruta presente com algum citrino mas deixa no ar uma ligeira sensação de vazio, a estrutura não acompanha o nível imposto pelo nariz. O final de boca relembra um toque mineral em fundo, de leve persistência.

Um vinho que nos trouxe a recordação das sensações da colheita anterior, mas com o gosto a recair claramente para a primeira colheita. Apesar de ser um vinho acima da média, faltou uma prova de boca mais convincente em termos de espacialidade. Por 5€ revela-se uma bela compra capaz de aguentar em garrafa durante algum tempo sem grandes preocupações.
14,5

Fonte Mouro Colheita Seleccionada Branco 2004
Castas: Antão Vaz - Estágio: Fermentação em barricas de carvalho francês - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo dourado médio com rebordo esverdeado
Nariz a mostrar-se já com alguma evolução, na maneira positiva da expressão, mas ainda assim com frescura e vivacidade suficiente para a prova ser mais que agradável. A fruta já não se mostra tão evidente, apesar de mostrar uma outra vertente durante toda a prova, lembra doce de pêra e ligeiro ananás em calda. Delicado em todo o seu conjunto, passa de um suave torrado para um apetrolado de fundo, em jeito de despedida.
Boca com entrada de média estrutura, complexidade e corpo, sentindo-se já um belo arredondamento de conjunto, com uma acidez bem pontual um pouco desgastada. O peso da idade já lhe tira alguns encantos que teve outrora, não sendo por isto que desmerece uma prova atenta. Final de boca com de persistência média/baixa.

Um vinho que claramente está fora da bela prova que proporcionou quando provado da primeira vez. Dando uma prova com interesse, consegue ainda mostrar-se ligeiramente superior à colheita 2005. A nota final revela isso mesmo, os 5€ que custa revelam um vinho que é uma grande aposta para um consumo diário com qualidade, sempre com a possibilidade de guarda nos 2 anos após do seu lançamento.
15

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