Copo de 3: Heidsieck & Co. Monopole Brut Blue Top NV

02 abril 2008

Heidsieck & Co. Monopole Brut Blue Top NV

Champagne é hoje em dia sinónimo de festa ou celebração com prestígio em todo o mundo, marcando presença nos mais importantes eventos. Enquanto outras regiões produzem bons vinhos gaseificados, nada se compara com um bom Champagne.
Aquela que é a região vinícola mais nortenha de França, goza de um clima fresco onde o amadurecimento lento da fruta permite assegurar uma acidez elevada, tudo isto a juntar aos solos calcários e ao saber do homem.
Na grande maioria dos casos, os Champagne são fruto de uma mistura de 3 castas (Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier) provenientes de várias vinhas (Crus), e cujo blend final (chega a misturar até 100 crus para criar o sabor que se pretende) é feito com vinhos de várias colheitas (NV ou Non Vintage). É raro o caso em que as casas de Champagne possuem as suas próprias vinhas, comprando a uva aos agricultores da appelattion.
O momento da escolha é difícil, pois ou se recai nas marcas costumeiras da publicidade, ou a escolha pode ser muito complicada, ainda por mais quando o preço é elevado.
O destaque dado a este tipo de vinho gaseificado em Portugal é escasso, as provas em revistas da especialidade são poucas e quase sempre a contemplar os topo de gama. Nos guias de vinho a oferta é um pouco maior, o que de certa forma pode ajudar na hora da compra.

A casa Heidsieck & Co. Monopole, é uma das mais antigas e respeitadas casas de Champagne e também uma das primeiras Grandes Marques de Champagne. Surge em 1785 pelas mãos de Florens-Louis Heidsieck em Epernay, hoje em dia é propriedade da Vranken Company, sediada em Vernay, que gere também as casas Pommery, Demoiselle, Charles Lafitte e Rozés.

Heidsieck & Co. Monopole Brut Blue Top NV
Castas: 70% Pinot Noir, 10% Pinot Meunier, 20% Chardonnay

Tonalidade amarelo citrino e nuance esverdeada com toque platinado conferido pela bolha fina, a mostrar boa vivacidade.

Nariz com boa expressão aromática, mostra-se fresco e frutado, com citrinos (laranja, limão) a marcarem boa presença com ligeiro toque tropical oferecido pelo ananás. Dentro da bela frescura com que nos brinda, a brisa floral e primaveril junta-se ao conjunto, que com um ligeiro torrado complementa muito bem a prova, dando a sensação de alguma cremosidade., terminando com um toque mineral que complementa ainda mais a delicada e sedutora complexidade que este vinho apresenta.

Boca com entrada elegante e plena de vivacidade, aliada à fruta com citrinos em claro destaque, temos uma cremosidade (amanteigado) bem ligeira e que tão bem liga todo o conjunto durante a passagem de boca. Sente-se um toque fresco e revigorante, dado por uma acidez bem equilibrada, conjugando o fundo mineral com uma presença de boca mediana, ficando um pouco fora da envolvência sentida quando se prova um Champagne de maior qualidade.

Este belo exemplar, fruto de um lote de castas e de um blend de vários anos, consegue dar uma bela noção do real mundo dos Champagne. O preço rondou os 28€ numa grande superficie comercial, ficando mais barato que por exemplo o tão badalado Moët & Chandon Brut Impérial, que curiosamente numa prova conjunta ficou bem longe dos predicados que se esperava.
É um Champagne que dá muito prazer a beber, e pode ser guardado por vários anos desde que bem acondicionado.
16,5

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