Copo de 3: dezembro 2010

21 dezembro 2010

FELIZ NATAL



O Copo de 3, deseja a todos os leitores deste espaço e respectivas famílias, um Santo e Feliz Natal.

16 dezembro 2010

Quinta da Ponte Pedrinha branco 2009

A Quinta da Ponte Pedrinha, de Maria de Lourdes Mendes Oliva Nunes Osório, situa-se na Região do Dão, entre Seia e Gouveia, e está na posse da família desde o Séc. XVIII. A sua vinha, implantada em solos graníticos desde há mais de 30 anos, tem raízes profundas nesta Quinta, raízes que se agarram à terra e à vida das pessoas que nela habitaram, gerando Tradição! Os hectares de vinha que oferecem vida aos seus vinhos dão contornos de rara beleza à paisagem circundante. A tecnologia associada à vinificação levou à construção de uma adega à altura dos pergaminhos dos vinhos que sempre aí se produziram. Estes foram vinhos que sempre me acostumei a ter, a beber e a ver nas prateleiras do Pingo Doce quando aquilo ainda tinha interesse e a feira de vinhos era sobre uns tais Raros e Preciosos... naquele tempo os Ponte Pedrinha faziam parte dos vinhos que costumava beber, depois desapareceu tudo e perdi o contacto, felizmente voltei a encontrar-me com eles num copo. O branco 2009 é feito a partir de 90% Encruzado e 10% Malvasia, com 13% Vol. e um preço de estrondo que ronda os 3€.

Quinta da Ponte Pedrinha branco 2009

Nariz fresco, directo e delicado, mostra as coisas com serenidade, frescura bem patente na fruta fresca e madura, limpa, com limão e lascas de fruto de pomar, sim a bela da maçã, pêra. Coberto de caruma, de vegetal seco a lembrar chá verde, carradas de cascalho cobrem-lhe o fundo, leia-se mineralidade, num conjunto delicado mas bem arranjado, que não se envergonha de ser assim, humilde mas trabalhador.

Boca com entrada fresca e corpo mediano, é quase um peso pluma na elegância do trato e no saltitar pelo copo, ágil e jovem, fresco, fruta de caroço combina com uma bela frescura e novamente tudo aquilo que conhecemos no nariz, vegetal e a tal cama de mineralidade que finaliza com uma boa secura em final de boa persistência.

Longe das modas, longe dos monólitos de fruta, longe do fácil agrado, este vinho vira costas a tudo isso e atira-se de caras ao estilo clássico, à tradição que tanta falta faz e que tantos fazem força para esquecer. Uma lição de que um vinho que custa 3€ pode ser uma aposta mais que viável para um consumo de qualidade e com garantias de uma identidade muito própria. O vinho encerra uma delicada complexidade, nada que o transforme em mais do que ele é, mas penso que gosta de ser assim, pequeno e trabalhador, humilde e conquistador... muito bem. 15,5 - 89 pts

Bajancas branco 2009

Proveniente da Quinta das Bajancas, em Trevões (Douro), propriedade de António Alfredo Lamas, sai este branco do ano 2009, um branco feito à base de Rabigato, Gouveio, Malvasia Fina e Códega do Larinho, com a enologia a cargo da 2PR. O rótulo é bem capaz de ser do mais divertido que tenho visto no panorama nacional, moderno com um claro piscar de olhos a uma clientela mais jovem e irreverente, não podemos esquecer que antigamente os curandeiros realizavam as suas mezinhas nas chamadas Bajancas, o nome do vinho e da Quinta.

Bajancas branco 2009

Nariz com aroma de mediana intensidade, muito directo e com frescura a fazer-se sentir, entrada de rompante de fruta madura (citrinos e pêra verde) com flores brancas e mineralidade (pederneira) em fundo. Esgota-se neste primeiro flash... depois fica como o boneco do rótulo, quieto, parado com os olhos esbugalhados à espera que lhe aconteça alguma coisa.

Boca a mostrar um vinho bem estruturado, corpo de mediana espacialidade com boa dose de frescura, fruta presente (limão, pêra) com algum vegetal  fresco (relva fresca) e a mineralidade a vir ao de cima num final de média persistência.

Um vinho correcto e indicado para o consumo do dia a dia sem quebras de qualidade, com 13,5% Vol, deve ser consumido a curto prazo para tirar o máximo proveito da frescura que todo o conjunto mostra. 14,5 - 86 pts

Guarda Rios branco 2009

Vinho proveniente do Riba TEJO, do produtor Vale d´Algares. Dos 3,5 hectares de vinha em solos argilo-calcários foram escolhidas as castas Chardonnay (34%), Sauvignon blanc (26%), Fernão pires (24%) e Alvarinho (16%) com 35% do lote a fermentar em barricas de carvalho francês com batonnage durante 6 meses, o resto ficou no inox. No final saíram 27000 garrafas, com preço a rondar os 7€.

Guarda Rios branco 2009

Nariz um pouco calado, leve floral com notas de fruta (citrinos, fruto de pomar e leve tropical) e ponta vegetal fresca (espargos verdes). Aroma agradável, directo e sem mostrar grande complexidade,  agradável e bem feito. Sente-se um leve arredondamento em fundo, provavelmente da ligeira passagem a terá tido direito.

Boca com estrutura mediana, alguma frescura no equilíbrio de todo o conjunto, vegetal ligeiramente agreste a lembrar espargos verdes com a fruta novamente ao nível da prova de nariz, madura e bem composta. Dá uma prova de boca satisfatória, com algum arredondado derivado da barrica, num final de boa persistência.

Um vinho bem feito, bebe-se bem à mesa e acompanha descontraidamente e com facilidade larga panóplia de pratos de peixe. Pelo preço, que já não é uma pechincha, pedia-se um pouco mais de refinamento, identidade e quem sabe, distinção. Não terá sido das provas que mais me entusiasmou no que a brancos de 2009 diz respeito. 15 - 88 pts

15 dezembro 2010

FitaPreta branco 2009

A expressão "sentido de origem" é o fio-de-prumo da criação deste FitaPreta branco. Uma edição limitada que nasce da vindima manual de uma vinha pouco produtiva e de uma enologia de intervenção mínima. A produção é reduzida, limitada a 6000 garrafas lançadas em Maio deste ano, um vinho que é uma novidade na gama de vinhos deste produtor Alentejano, um vinho que como já foi escrito, pretende mostrar o que é a região do Alentejo. Elaborado a partir de castas tipicamente alentejanas, a intervenção enológica é praticamente nula enaltecendo os verdadeiros aromas e sabores da região. Um vinho elaborado a partir das castas Antão Vaz (65%) e Roupeiro (35%), sabendo-se que apenas aprendeu a nadar no inox e que se apresenta com 13,5% Vol.


FitaPreta branco 2009

Nariz com frutos citrinos, alperce e o ananás em boa quantidade, mediano na intensidade e na complexidade, alentejano calmo com alguma frescura a contrabalançar as sensações de calda que lhe conferem algum toque mais "morno". O final é marcado por agradáveis e suaves  notas minerais que se misturam com todo o restante conjunto.

Boca com entrada fresca e muito correcta, corpo a mostrar-se centrado no peso da fruta com o pingo da doce calda que dá ao vinho uma sensação de arredondamento e ao mesmo tempo sensação de maior largueza, a acidez limonada porta-se bem e estica até ao final de boca com apontamento de mineralidade, em persistência média.

É um branco do Alentejo bem apresentado, por um lado mostra a casta Antão Vaz de uma  forma eficaz, se bem que com uns toques frescos ao lado da casta Roupeiro, mas no conjunto resulta um vinho bastante agradável a um preço que ronda os 8€. 15,5 - 89

14 dezembro 2010

Versus Síria 2009

Plantadas em solos xistosos e arenitos da sub-região de Figueira de Castelo Rodrigo e temperadas pelo clima continental da região, as uvas seleccionadas da casta Síria deram origem a este branco que agora aqui falo. A casta Síria que aqui se fala é a mesma que no Alentejo dá por nome de Roupeiro, uma casta boa de aromas com o senão de que oxida precocemente e perde consequentemente aquilo que gostava de mostrar... contrariedades da vida que indicam claramente vinhos para consumir em novos, que é assim que muitos devem ser bebidos e apreciados. Porém nos dias de hoje muita gente gosta de guardar de tudo, conseguindo ter em vez de uma garrafeira uma autêntica colecção de monos...

Versus Síria 2009

Nariz a dar uma prova com boa intensidade, mostrando-se de conjunto delicado, fresco e levemente perfumado com flores brancas e fruta madura (citrinos, maçã). Do giro no copo desenvolve leve aroma vegetal fresco (lúcia-lima), apimentado com suave sensação de aconchego, calda de fruta, creme de baunilha.

Boca com frescura a dar bem conta do recado, mostra-se fresco e frutado, novamente com a calda a mostrar-se, que nos dá ao mesmo tempo temos a sensação de um vinho ligeiramente arredondado, macio, harmonioso e equilibrado, sempre num tom fresco com mineralidade em fundo de persistência mediana.

Penso que seja vinho para se tirar partido nos primeiros dois anos de vida, a produção não é muito grande sendo apenas 10700 garrafas, nesta colheita apresenta-se com 13,2% Vol. e com um preço apetecível e direi democrático pois ronda os 6€. Se o vir não lhe vire as costas e de-lhe uma oportunidade, a aptidão para a mesa faz dele uma aposta mais que certeira. 15,5 - 89 pts

11 dezembro 2010

Maria Mansa branco 2009

Vinho branco feito na Quinta do Noval, no coração da Região Demarcada do Douro, proveniente das zonas altas da região, com predominancia das castas Malvasia Fina, Viozinho e Gouveio. Foram engarrafas 10.500 garrafas, mostrando-se com 13% Vol. e um preço a rondar os 6,50€.

Maria Mansa branco 2009

Nariz que me chamou a atenção logo no primeiro instante, não por ser demasiado exuberante, mas sim pelo arrumo e aprumo com que se mostra, desde a fruta de bela qualidade, nas vertentes mais citrinas embora com alguma fruta de caroço e de polpa branca em pouca quantidade, cheiro e rebuçadinho muito leve. O conjunto é fresco e bastante interessante de se seguir, mineralidade a marcar todo o fundo do vinho com sensação de fumado muito ténue, mostrando pelo meio uns rasgos vegetais.

Boca com rasgos de frescura da fruta, muito bom comportamento tal como muito bem delineado, mineralidade, percepção de um pedaço de fruta mais arredondado a meio palato numa bela passagem, muito equilibrado, fresco, corpo mediano em final médio/longo. Sintonia com a prova de nariz, prazenteiro e um vinho que se veio a revelar uma bela surpresa.

Foi aquilo que posso chamar de surpresa, este foi um dos vinhos que nas provas dos brancos de 2009 mais me piscou o olho, gostei bastante da prova que deu a solo e da prova que deu à mesa, polivalente desde a temperatura inicial de serviço até com um pouco mais de calor... deu-se bem com o tempo que passou no copo, agradável, fresco, com alma e saber estar. O preço a rondar os 6,50€ torna-o bastante apetecível e apetece ter mais algumas em stock para ir abrindo. Estranho que se fale tão pouco deste vinho, quer no papel quer na net... 16 - 90 pts

08 dezembro 2010

Crasto branco 2009

É a terceira colheita deste vinho, nesta colheita de 2009, com menos garrafas que na anterior colheita viu passar das 41600 garrafas de 2008 para as 27797 da colheita de 2009. As uvas, provenientes de talhões previamente seleccionados, foram transportadas em caixas de plástico alimentar de 25 kg e sujeitas a uma rigorosa triagem à entrada da adega. Foram posteriormente desengaçadas e prensadas. O mosto prensado foi transferido para uma cuba de inox onde se manteve a uma 
temperatura de 8ºC durante 48 horas até à sua decantação. Seguidamente decorreu a fermentação alcoólica em cuba de inox com temperaturas controladas de 15º C durante um período de 45 dias

Crasto branco 2009
Castas: Gouveio, Roupeiro e Rabigato - Estágio: Inox - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino de ligeiro toque esverdeado.

Nariz com boa intensidade, a variar entre uma fruta limpa e bem madura (citrinos, alperce, tropical) em ambiente fresco com um travo de espargo verde, relva cortada e suave floral. Um vinho que se mostra jovem, bastante fresco e aprumado com certa dose de delicadeza, assente em fundo mineral.

Boca de corpo médio, bem estruturado com frescura a percorrer toda a boca, do principio ao fim. Sente-se a fruta madura presente ao mesmo nível do nariz, segundo plano com toque vegetal (espargo), onde a mineralidade se faz notar muito refinada no modo como aparece. Um vinho que agrada bastante, que se bebe e torna a beber, com persistência final média/alta.

Segue a mesma onda/perfil da colheita anterior, pareceu.me mais afinado e refinado, sim e talvez um pouquinho menos Duriense de gema. Sente-se aquilo que se cheira, nada está escondido ou difuso, muito menos aglomerado, direi que o aroma está limpo e bastante "palpável". Compra-se por cerca de 9€ um vinho que não nega a terra que o viu nascer, embora com um piscar de olho bastante lascivo para outras paragens mais novo mundo, é claramente um vinho para se ir bebendo com muito prazer e muito calmamente até à chegada da próxima colheita. 16 - 90 pts

Duas Quintas branco 2009


Dando uma espreita no que a Ramos Pinto diz sobre este vinho, consta que  "O Duas Quintas Branco é um vinho do Douro Superior, elaborado com castas tradicionais (50% Viozinho, 30% Rabigato e 20% Arinto), que exprime o potencial desta região extrema. É um branco estruturado, gorduroso, mas igualmente fino e elegante. As diferenças entre a Quinta de Ervamoira e a Quinta dos Bons Ares, que são a base do blend na busca do equilíbrio, foram levadas ao limite em 2009. Na Quinta de Ervamoira, tivemos uma maturação rápida e elevada com diminuição de rendimento, enquanto que nos Bons Ares, as uvas demoraram a amadurecer e tivemos uma boa produção." Acrescenta-se que apenas 15% do mosto fermentou em cascos de carvalho francês.

Duas Quintas branco 2009

Nariz algo cerrado em si mesmo, precisa de algum tempo em garrafa, vem muito embrulhado portanto. Sente-se uma rispidez mineral (pederneira) que se funde com notas de fruta madura (citrinos, tropical, pêssego), aromas bem coesos e apertados, finura no que mostra agora mas condensado, fresco, flores brancas. Ligeira sensação de arredondamento lá a meio com travo vegetal fresco em segundo plano.

Boca a mostrar um vinho estruturado, encorpado até, arredondado a meio com boa acidez que sabe agarrar a fruta que se mostra aqui ao nível do nariz e todo o conjunto e dar prova prazenteira... mas os 14% com que se apresenta conferem-lhe algum calor incómodo que surge com o aumento da temperatura no copo. Final de boca médio.

A pergunta depois de provar este e outros brancos de 2009, é qual a necessidade de fazer um branco com 14% Vol. quando outros da mesma região conseguiram a "proeza" de lançar vinhos no mercado com 12% ou mesmo 13% ? Talvez o motivo principal pelo qual a nota sai penalizada... o preço ronda os 8,50€ em garrafeira. 15 - 88 pts

Quinta dos Avidagos branco 2009

Branco Duriense proveniente da Quinta dos Avidagos, pertencente à família Nunes de Matos, a firma explora quatro quintas com vinhas localizadas num raio de 5 quilómetros do Peso da Régua, das quais a mais antiga é a Quinta da Varanda adquirida em 1695, sendo uma das mais antigas da região. Mas é na Quinta dos Avidagos e nos seus 19 hectares, beneficiando de uma excelente exposição solar, que as castas Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca se encontram plantadas por talhões. A idade média das vinhas é de 25 anos, existindo também uma pequena vinha para a produção de uvas brancas na qual predominam as castas Malvasia Fina, Verdelho e Viozinho. O branco da Quinta dos Avidagos, é feito com base nas castas Malvasia Fina, Gouveio e Vital e apresentou-se com 12%.


Quinta dos Avidagos branco 2009


Nariz de mediana intensidade, algo delicado, harmonioso mas sem grande complexidade, perfume suave de flores brancas misturadas com fruta madura (citrinos, melão, pêra verde). É um vinho que transmite frescura, num fundo marcado por alguma mineralidade.
Boca com mediana estrutura, sem grande espacialidade é suave no que mostra, novamente assente na fruta com toque mineral em fundo, num todo em que a frescura sem ser muita, comanda a prova de fio a pavio, final de persistência média/baixa.
É um branco modesto naquilo que apresenta durante a sua prova, mostra-se muito bem feito e capaz de fazer boa companhia por um preço que julgo ser bastante convidativo, cerca de 4€, o que o torna uma bela referência para um consumo diário com qualidade assegurada. 14 - 85 pts

07 dezembro 2010

Loios branco 2009

Em jeito de homenagem aos membros da antiga Congregação de São João Evangelista, conhecidos como Monges de Loios, o enólogo e produtor João Portugal Ramos criou a marca Loios. Esta é a primeira marca dos vinhos de João Portugal Ramos em Estremoz, na sua produção tem por base as castas mais tradicionais da região, neste caso Rabo de Ovelha e Roupeiro, com respectiva passeata apenas por inox apresentando-se com uns agradáveis 12,5% Vol.

Loios branco 2009

Tonalidade amarelo palha de mediana concentração.

Nariz jovem e bem fresco com a fruta madura e limpa, a sentir-se muito bem com citrinos, pêssego e melão, ligeiro tropical com suave maracujá. Não tem muita expressividade apesar de o que mostra, mostra bem, com ponta de vegeta fresco em segundo plano.

Boca com entrada simpática, fresco e frutado, mediano de estrutura o vinho é basicamente a fruta madura e muito limpa com frescura e um ligeiro vegetal fresco pelo meio. A meio da boca parece ter toque de rebuçado de limão, laranja, acidez a marcar presença mas muito correcto dentro da simplicidade que tem.

Quando se fala em vinho para o dia a dia, com qualidade assegurada, este vinho será sempre uma compra a ter em conta, muito correcto na maneira como se mostra e pelo que mostra. O preço ronda os 3,50€ e a facilidade de encontrar faz com que não haja desculpa para se beber mau vinho nos dias que correm. 14,5 - 86

Altas Quintas Crescendo tinto 2007

De uma selecção de uvas da casta Aragonez a que se adicionaram pequenas percentagens de Trincadeira, Alfrocheiro e Alicante Bouschet, obteve-se este vinho que fermentou em balseiro de carvalho francês Seguin Moreau com temperatura controlada e ligeira maceração. Após 6 meses em barrica de carvalho francês e americano e uma filtração grosseira foi colocado em garrafa. Uma maturação em garrafa nas caves da adega, garantiu um vinho mais equilibrado e atractivo, que se apresenta com 14% Vol.

Altas Quintas Crescendo tinto 2007

Nariz de fácil agrado e de bom aconchego, centrado na fruta madura (frutos silvestres e ameixas ) fresca e com alguma geleia, com aquela sensação de arredondamento derivado da passagem por madeira que pouco se nota, sem grandes desvarios, porta-se bastante bem e está bem integrada no perfil com notas fumadas, que se complementam com especiarias, ligeiro vegetal e cacau. Tudo muito bem embrulhado e pronto a beber num perfil "Novo" Alentejo muito bem feito e apelativo.

Boca com entrada fresca e saborosa, boa envergadura mostrando empatia com a prova de nariz, fruta madura e bem fresca, novamente o toque de geleia se faz notar com o amparo da barrica. O vinho tem muito boa presença durante toda a prova, mostrando-se bem delineado num todo muito prazenteiro, especiado, cacau e ligeira secura vegetal no final que mostra uma boa persistência final.

Este produtor é um caso muito sério de sucesso na empatia que os seus vinhos conseguem ter junto do consumidor, não é fácil ficar indiferente aos vinhos Altas Quintas e os Crescendo são um bom exemplo disso. O preço situa-se perto dos 8,5€ mostrando-se de igual modo como o branco... nem caro nem barato, fica no limbo, agora a qualidade e o prazer que dá isso é mais que certo. 16 - 90 pts

Altas Quintas Crescendo branco 2009

Segundo indica a ficha técnica deste vinho, foi desenhado a partir de uma selecção de uvas das castas Arinto, Verdelho e Fernão Pires, dos melhores blocos das vinhas de Altas Quintas. O mosto foi clarificado, de forma estática a 10ºC numa câmara frigorífica, onde fermentou de seguida a uma temperatura de 15ºC. Após esse processo o vinho foi mantido a 8ºC e posteriormente estabilizado e filtrado. O engarrafamento decorreu durante o mês de Fevereiro, para garantir a conservação de todas as suas características organolépticas, num vinho que viu a sua garrafa mudar para melhor, apresentando-se com 13%.

Altas Quintas Crescendo branco 2009

Nariz de aroma fresco com boa intensidade, assente num aroma frutado com citrinos e travo tropical. Mostra-se bem trabalhado no seu cuidado conjunto, harmonioso, jovem e bastante fresco, com flores brancas e vegetal fresco a combinar com algum rebuçado (ligeiramente a recordar sensação de doce) de limão, notas levemente fumadas em fundo com ligeira pederneira.

Boca com uma entrada bem fresca e fulgurante, direi refrescante, plena de sabores cítricos com lima, limão e ligeiramente tropicais, vegetal fresco, boa espacialidade de conjunto que se mostra cheio de energia e com final a dar boa persistência.Complementa muito bem o que se sente na prova de nariz, o que é sempre bom sinal.

Gostei essencialmente pela maneira fresca como se apresentou, a fruta sente-se saudável e madura, limpa, com um conjunto muito bem desenhado que a suporta. Uma belíssima aposta num branco de Serra, feito para agradar a todos mas que não deixa de respeitar a terra que o viu nascer. Custa cerca de 8€ o que o transporta para aquele limbo do não ser nem caro nem barato... 16 - 90 pts

O que acontece se escolherem um vinho sem rolha natural

 
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