Copo de 3: Altas Quintas branco 2010 e tinto 2007

11 dezembro 2011

Altas Quintas branco 2010 e tinto 2007

O que dizer de um produtor que nos acostumou a uma constante de qualidade nos seus vinhos ? O que dizer de vinhos que são feitos com agrado e para agradar ? É dito e mais que sabido que este projecto ainda recente, sempre teve pernas para andar e um passo atrás de outro foi tomando forma ali ao lado de Portalegre, ganhando o seu merecido espaço face ao que nos mostram e dizem os seus vinhos. Os exemplares que agora aqui coloco são os últimos Altas Quintas que saíram para o mercado, branco e tinto... 

Começando pelo branco, Altas Quintas branco 2010, achei-o menos formoso que o da anterior colheita, menor acidez e perde-se na falta de temperamento em boca... dito isto temos um lote de Verdelho e Arinto com fermentação em barrica e posterior estágio de 4 meses, a barrica nota-se muito pouco dando largura suficiente para as castas se mostrarem. O aroma fresco com fruta madura de predominância citrina, leve vegetal verde na folha de limão e relva com um fundo de baunilha a aconchegar. Na boca para o meu gosto com alguma falha na maneira como se comporta, direi algo soft, pedia-lhe um pouco mais de frescura, de esclarecimento e um pouco mais de nervo, mas é como é, melhor no início a lembrar fruta madura, herbáceo e numa passagem fresca que se vai tornando cada vez mais vazia e fina... 89 pts

Enquanto noutros lados se apressa em lançar novidades frescas e ainda de fraldas no mercado, há produtores que vão lançando agora a colheita de 2007 como novidade, é o caso Altas Quintas que colocam no mercado o Altas Quintas 2007, um vinho que vem dentro daquilo que já acostumou os seus apreciadores, eu sou um deles, pois sendo um vinho de Portalegre consegue aliar modernismo na maneira como se mostra, uma piscadela de olho ao trânsito internacional mas a frescura da Serra lá colocada. Frescura de uma fruta pura, madura e bem escura, algo fechado a precisar de tempo, o lote é 100% Alentejano com Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet e o respectivo estágio de 18 meses em barrica com anterior passagem por balseiro. Tudo isto deu complexidade, afinou e refinou, a fruta ficou com frescura embora alguma nota de chá preto, secura vegetal, a madeira muito bem trabalhada e integrada a contribuir com alguma tosta... marca da casa que tanto me agrada. Depois na boca é o que se pretende de um bom vinho, bem comportado na mesa, prontidão num consumo imediato mas possibilidade de evolução, tem aptidão gastronómica, frescura com harmonia e corpo suficientemente capaz para uns pratos mais condimentados. 91 pts

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