Copo de 3: Soalheiro Primeiras Vinhas Alvarinho 2013

13 novembro 2015

Soalheiro Primeiras Vinhas Alvarinho 2013

Se durante largos anos o Soalheiro Alvarinho foi comprado com alguma assiduidade aqui em casa, desde que saiu o Primeiras Vinhas, preço ronda os 15€, que o seu irmão mais velho começou a ter forte concorrência. O produtor tem tido a capacidade de nos conseguir colocar à disposição várias interpretações da casta Alvarinho e este Primeiras Vinhas é a arte da filigrana Portuguesa aplicada ao vinho. Um trabalho meticuloso que combina elegância com uma enorme frescura, pureza e mineralidade. Bebe-se com um prazer tremendo e mais houvesse à mesa a acompanhar uma nobre Garoupa com ameijoas à Bulhão Pato ou os mais variados mariscos da nossa costa, que este vinho consegue descarregar toda a sua energia no nosso palato. Para todos aqueles que o conseguirem guardar por uns anos, direi dois ou quatro e porque não arriscar um bocadinho mais, a recompensa é algo de fantástico a ver pela prova recente das primeiras edições. 94 pts

18 comentários:

Anónimo disse...

Quanto?

94 pontos

Conheço contentores de vinhos melhores que esse e que nunca teriam essa nota.

Isso das notas é uma palhaçada!

João de Carvalho disse...

Esclareça lá então com a sua sapiência, são os contentores que são melhores que o vinho ? e teriam nota inferior sendo melhores ? Ou são os vinhos que são tão melhores que até a nota é inferior ?

Um esclarecimento, as notas mais que não seja servem para atrair anónimos.

Obrigado pela visita.

Anónimo disse...

Gostaria de ver esse vinho perante nomes consagrados do mundo vínico como Domaine Ramonet Montrachet Grand Cru ou Coche-Dury Corton-Charlemagne Grand Cru ou Coche-Dury Corton-Charlemagne Grand Cru ou mesmo Domaine Leflaive Batard Montrachet e já nem falo noutros.

Uma coisa é ser um vinho bem feito que se destaca perante muitos portugueses, agora 94? Qual é a escala?

André Miguel disse...

A escala é o gosto pessoal de cada um. Nem servem para comparar o que não é comparável, julgo eu.
Pessoalmente eu não comparo um chardonnay chileno com um antao vaz, ou um alvarinho com um sauvignon blanc sul africano; não há como comprar castas diferentes, terroirs diferentes, climas diferentes, etc. Gosto mais de uns, desgosto de outros, enfim, em todo o lado há bom e mau.
Mas isto sou eu, cada um lá terá a sua opinião. E escala.

André Miguel disse...

E não estou a responder pelo João, pois já aqui disse que ele é generoso com as notas. Estou apenas a dar a minha humilde contribuição para uma discussão que axo muito interessante.

Anónimo disse...

O anónimo - ou talvez antes "iluminado" esquece que existem ainda 6 números acima de 94, na escala. O primeiras vinhas é excelente. E poderão existir outros melhores. Se calhar, basta terem sotaque francês e partem logo como melhores.

Rui disse...

Vive la France!

Anónimo disse...

O anónimo tem razão. O Soalheiro pode ser bom, mas 94 é um exagero, mas o Copod3 também é conhecido por ser um mãos largas.

João de Carvalho disse...

André Miguel não devemos comparar porque razão ? Era só o que faltava não poder comparar justamente agora quando os nossos brancos estão melhores que nunca. A comparação é sempre possível e desejável, só assim se podem derrubar certos mitos.

O Anónimo para ter do que falar foi buscar ao Google uns nomes sonantes à Borgonha, ficou tão animado que um até lhe repetiu o nome só que se esqueceu de ver as pontuações. É verdade, é que para vinhos com esse calibre ainda aqui tenho guardados os 97,98 e 99 pontos e parecendo impossível a coisa no fim até fica a bater certo querem ver ?

PS: Cuidado com o IP, começas a dar muito nas vistas.

André Miguel disse...

João, é claro que acabamos sempre por comparar, mas são, na minha óptica, comparações difíceis e algo ingratas. Por exemplo, eu gosto imenso dos cabernet do Chile e dos sauvignon blancs da África do Sul, mas só os comparo com exemplares nacionais da mesma casta, daí dizer que a comparação do anónimo não faz sentido. Se ele mencionasse um alvarinho de nuestros hermanos, com qualidade, comprovada ainda vá lá!
A título pessoal axo que os nossos brancos ainda têm muito que evoluir, gosto mais de Chardonnay do Chile e sauvignon blanc da África do Sul. Mas também confesso que muitos anos fora de Portugal me desligaram um pouco da realidade actual dos brancos, os tintos esses ainda acompanho com relativa facilidade.

João de Carvalho disse...

A comparação é apenas a nível qualitativo e de vinhos do mesmo tipo. Saber entender se um determinado vinho em comparação com outro tem mais ou menos intensidade, acidez, definição, persistência, complexidade, profundidade, harmonia...

A realidade não nos envergonha em nada, podemos não ter Sauvignon Blanc ou Chardonnay fora de série, mas dentro das castas nacionais aquilo que produzimos um pouco por todas as regiões em nada fica atrás quer a nível de qualidade ou até de capacidade de guarda, e é isto é que se tem de ter consciência.

André Miguel disse...

Claro que não nos envergonha. Principalmente nos tintos, onde o nosso Alentejo faz algumas das melhores coisas que se bebem pelo mundo, se for de Alicante bouschet, então, nem se fala! Só nos falta maior projecção internacional, ainda não nos vendemos como deveríamos. Mas estamos no caminho certo.

Anónimo disse...

Caros,
O Soalheiro Primeiras Vinhas ê um super vinho. Assim como o são o Curtimenta de Anselmo Mendes, o Campolargo, Primus de Alvaro Castro, Buçaco, Redoma branco de Niepoort etc. Orgulhem-se dos vossos vinhos brancos, pois são ótimos! Dos tintos, nem se fale...
Conheço com a palma de minhas mãos, aliás, com as papilas de minha lingua, muito bem os brancos chilenos. E digo que nem os melhores se comparam aos ótimos brancos portugueses.
Quanto aos Chardonnay chilenos, ainda não tirei de minha garrafeira o caro Aristos, nota máxima da Decanter. Mas não acho que ele possa enfrentar grandes borgonheses. O Sol de Sol, da Aquitânia, é para mim um dos melhores Chardonnay chilenos, e a preço melhor que o Aristos, mas também não acho que brigue com bons borgonheses. Os Sauvignon Blanc chilenos melhoram a cada ano, mas ainda não são comparáveis a grandes Sauvignon do Vale do Loire. Mas brigam forte com Sauvignon da Africa do Sul (berço dos ótimos Reyneke) ou Nova Zelândia (dos ótimos Cloudy Bay, Vila Maria e tantos outros).
Mas para mim, nenhum branco do novo mundo tem a riqueza de um Buçaco! Pelo menos aqueles que apreciei.
Abraços,
Flavio (www.vinhobao.blogspot.com.br)

João de Carvalho disse...

Caro Flavio obrigado pelo testemunho, sobre os vinhos de Portugal estamos plenamente de acordo. Quanto aos outros que refere são vinhos que desconheço se há por Portugal.

André Miguel disse...

Estamos aqui a falar de vinhos comuns, relativamente acessíveis e vem o Flávio falar do Buçaco...

Anónimo disse...

Caro André,
Inacessĩveis são os borgonhas citados pelo Anônimo acima. Uma amiga me trouxe Buçaco de Portugal por pouco mais de 30 Euros. Aqui no Brasil, é vendido por cerca de 120! O Soalheiro Reserva nos custa cerca de 80 Euros! Ou seja, o preço de 15 Euros que vocês pagam no Primeiras Vinhas é uma beleza! Os chilenos que citei também não são baratos. Seja aqui no Brasil, ou no próprio paĩs de origem. O Aristos custa aqui ou lá, mais de 200 dólares! Por isso digo que os brancos portugueses, além de ótimos, ainda têm bons preços comparados com outros de outros países. Mas posso citar ótimos brancos de vosso país por ótimos preços aqui também: Esporão Verdelho 2014, Esporão Reserva 2014, Quinta das Bágeiras Garrafeira 2011 etc. Ou seja, vocês estão muito bem servidos.
Abraços
Flavio

André Miguel disse...

Flávio por isso é que o vinho é um tema tão interessante de discutir. Tenho a ideia que Buçaco não é fácil de conseguir, mas como já disse ando há uns anos longe de Portugal e não tenho acompanhado a evolução dos brancos, os tintos são mais fáceis de seguir. Tenho de provar alguns dos exemplares mais recentes nas próximas férias em Portugal!
Abraço

João de Carvalho disse...

André Miguel, a minha sugestão para conseguir os tais Buçaco é uma visita ao site da Niepoort-Projectos. Aqui http://www.niepoort-projectos.com/

 
Powered By Blogger Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-Noncommercial-No Derivative Works 2.5 Portugal License.