Copo de 3: julho 2017

28 julho 2017

Foz Tua 2014

Pertence ao grupo dos tintos mais vigorosos do Douro sendo aos olhos de alguns "puristas" como vinhos levados a um extremo quase inaceitável.Porém a qualidade está bem patente num vinho que foi pisado em lagar e estagiou 17 meses em barrica, mostrando-se cheio e opulento, fruta bem madura e suculenta apesar do evidente toque de licor, compota, tudo envolto pela madeira e por uma acidez que o aguenta firme e sem tremores. Queira pois um prato de bom condimento como um bom pernil de porco no forno e este tinto fará um brilharete. O preço ronda os 25€ e será certamente vinho para aguentar calmamente a passada do tempo. 92 pts

Casa do Arrabalde branco 2015


Salta no copo este branco carregado de aromas de fruta tropical, citrinos com apontamentos florais, o lote é composto pelas castas Arinto, Avesso e Alvarinho. Passando este impacto inicial o vinho pouco mais tem a dizer, tem a lição bem estudada e mostra-se directo e linear, boa presença de boca em corpo mediano num branco que refresca com predominante citrina a perdurar no final de boca. Um branco que cumpre embora lhe gostasse de ver algo mais de alma e um pouco mais de nervo. O preço ronda os 7€. 88 pts

14 julho 2017

Carvalhas branco 2015

Oriundo da mítica Quinta das Carvalhas (Real Companhia Velha) em pleno Douro e ali bem perto do Pinhão, este branco afirma-se a cada colheita (nasceu em 2010) como um dos grandes exemplares da região. Na sua base as castas Viosinho e Gouveio oriundas de um dos pontos mais altos da Quinta. Estagia cerca de 8 meses em barrica de carvalho francês antes de sair para o mercado. Neste caso é a mais recente colheita, ainda muito novo e a pedir tempo de garrafa. Nota-se que temos um vinho cheio de detalhes e complexidade, onde de momento a madeira doce ainda surge num plano superior ao da fruta e aqui apenas e só o tempo irá conseguir inverter os papeis. De resto temos a fruta acompanhada por notas de baunilha que confere algo de cremosidade, rebatida por um fundo bem fresco e com alguma austeridade mineral. O preço ronda os 25€ e é daqueles vinhos que apetece ter na garrafeira. 94 pts

11 julho 2017

Vinhas Antigas da Beira Anterior by Rui Madeira 2011

Começar pelo fim e dizer que é mais um vinho que passou entre tantos outros sem deixar vontade nem saudade. Não emociona, não cativa nem mete aquela sineta pequenina atrás da orelha a tocar. Um vinho casmurro ou talvez fruto da idade que não sendo muita, parece a responsável para se apresentar destes modos, pouco falador, rugas da idade, conversa com pouco conteúdo e um leve desequilíbrio que o faz cambalear. Dito por outros modos, a fruta surge madura com evidentes toques de licor a envolver um conjunto enfadonho sem grande graça ou complexidade. Esperava-se mais de um vinho que nos aponta para vinhas velhas situadas em altitude e cujo preço atinge quase os 30€. 88 pts
 
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