Aproveitei este post para falar do tempo, coisa sem interesse e que muitos podem pensar... é para passar o tempo sem dizer nada que se aproveite, o que também não deixa de ser verdade.
Mas a verdade é que o tempo tem estado muito bom, o calor que se vai fazendo sentir, já convida à esplanada, já apela pelo vinho fresco e frutado, começamos a querer encostar os vinhos mais estruturados e pesados para outras alturas, outras estações... outros tempos.
Esta é uma fase de mudança nos gostos dos enófilos, começam a ficar esquecidas e guardadas aquelas garrafas que nesta altura entram na fase menos boa, quase que o vinho adivinha e se resguarda, é dar lugar aos novos dizem as garrafas mais velhas, e nós aceitamos o sábio conselho e procuramos aqueles vinhos que mais se adequam a um tempo descontraído, fresco mas ao mesmo tempo morno, a Primavera.
Com tudo isto quero falar de um Rosé que provei recentemente em muito boa companhia, a prova durante o almoço tinha sido longa e luxuosa, o tempo já dava horas e os minutos avisavam insistentemente que o jantar estava na mesa. Escolhi um vinho que já conhecia, um Regional Minho (que fica ali entre Douro e Minho) feito à base de Touriga Nacional, Cabernet Franc e Merlot. Dá pelo nome de Covelha Escolha Palhete 2007 e a prova que deu foi assim:
Mas a verdade é que o tempo tem estado muito bom, o calor que se vai fazendo sentir, já convida à esplanada, já apela pelo vinho fresco e frutado, começamos a querer encostar os vinhos mais estruturados e pesados para outras alturas, outras estações... outros tempos.
Esta é uma fase de mudança nos gostos dos enófilos, começam a ficar esquecidas e guardadas aquelas garrafas que nesta altura entram na fase menos boa, quase que o vinho adivinha e se resguarda, é dar lugar aos novos dizem as garrafas mais velhas, e nós aceitamos o sábio conselho e procuramos aqueles vinhos que mais se adequam a um tempo descontraído, fresco mas ao mesmo tempo morno, a Primavera.
Com tudo isto quero falar de um Rosé que provei recentemente em muito boa companhia, a prova durante o almoço tinha sido longa e luxuosa, o tempo já dava horas e os minutos avisavam insistentemente que o jantar estava na mesa. Escolhi um vinho que já conhecia, um Regional Minho (que fica ali entre Douro e Minho) feito à base de Touriga Nacional, Cabernet Franc e Merlot. Dá pelo nome de Covelha Escolha Palhete 2007 e a prova que deu foi assim:
Covela Escolha Palhete 2007
Castas: Touriga Nacional, Cabernet Franc, Merlot - Estágio: estágio em cubas de aço inoxidável, a temperatura controlada - 13,5% Vol.
Tonalidade aproximada à romã madura.
Nariz de delicada complexidade a mostrar muita fruta vermelha, onde se destaca claramente o morango, aquele morango grande e rechonchudo, sumarento e cheiroso, ainda com o toque da rama verde e fresca. No segundo plano mostra que tem mais uns ligeiros retoques, mineral, fumo, embrulhando-se tudo numa bela dose de frescura.
Boca de entrada fresca e de imediato a dar uma sensação convincente de que temos aquilo que esperamos e tantas vezes fica por encontrar. Sabor de concentração moderada a recair novamente na fruta madura, sem qualquer ponta de doçura maçadora, antes pelo contrário o perfil é sóbrio, estruturado quanto baste, mantem-se em grande harmonia. É novamente o morango e um pouco de framboesa, boa espacialidade, passagem fresca com a tal rama do morango a ser trincada nas pontas, apimentado e em final de bela persistência.
Foi servido a 10ºC onde se mostrou um pouco fresco demais, deixando subir para os 12-13ºC onde me pareceu mostrar tudo aquilo que lhe ia na alma. Sente-se no seu todo um vinho fresco, muito ponderado na maneira como se manifesta mas que dá muito prazer durante a prova. Não é o perfil mais jovial, este é bem mais indicado para carnes ou peixes grelhados, e quem sabe uma pizza carbonara. Se o vir não o deixe escapar, é sem sombra de dúvida dos mais sérios rosés que temos em Portugal.
16
Castas: Touriga Nacional, Cabernet Franc, Merlot - Estágio: estágio em cubas de aço inoxidável, a temperatura controlada - 13,5% Vol.
Tonalidade aproximada à romã madura.
Nariz de delicada complexidade a mostrar muita fruta vermelha, onde se destaca claramente o morango, aquele morango grande e rechonchudo, sumarento e cheiroso, ainda com o toque da rama verde e fresca. No segundo plano mostra que tem mais uns ligeiros retoques, mineral, fumo, embrulhando-se tudo numa bela dose de frescura.
Boca de entrada fresca e de imediato a dar uma sensação convincente de que temos aquilo que esperamos e tantas vezes fica por encontrar. Sabor de concentração moderada a recair novamente na fruta madura, sem qualquer ponta de doçura maçadora, antes pelo contrário o perfil é sóbrio, estruturado quanto baste, mantem-se em grande harmonia. É novamente o morango e um pouco de framboesa, boa espacialidade, passagem fresca com a tal rama do morango a ser trincada nas pontas, apimentado e em final de bela persistência.
Foi servido a 10ºC onde se mostrou um pouco fresco demais, deixando subir para os 12-13ºC onde me pareceu mostrar tudo aquilo que lhe ia na alma. Sente-se no seu todo um vinho fresco, muito ponderado na maneira como se manifesta mas que dá muito prazer durante a prova. Não é o perfil mais jovial, este é bem mais indicado para carnes ou peixes grelhados, e quem sabe uma pizza carbonara. Se o vir não o deixe escapar, é sem sombra de dúvida dos mais sérios rosés que temos em Portugal.
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Belo vinho, muito bom mesmo.
ResponderEliminarIsso até parece um sumo de morango...
ResponderEliminarTens de mandar um vinho desses para Viseu...
Abraços
www.do-nariz-a-boca.blogspot.com
Podes indicar onde poderei comprar este vinho?
ResponderEliminarTenta na Wine o Clock, ou então nas CAV.
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