09 agosto 2012

Beyra Quartz 2011

Mais um vinho da Beyra, novo projecto do enólogo Rui Reboredo Madeira, na Vermiosa. No impacto do rótulo destaca-se a altura das vinhas mas não a idade das mesmas e ficando também a saber-se o solo onde as ditas assentam, entre os xistoso e o granítico com filão de quartzo pelo meio. Quartzo o mineral mais abundante na Terra, está um pouco por todo o lado e até no rótulo onde marca de forma determinante ou não o suposto terroir deste vinho. Foi-se buscar a Síria e a Fonte da Cal, pela informação técnica não cheira sequer a madeira, apenas conheceu o frio do inox. O resultado é um branco seco e mineral, a acidez desponta e os aromas citrinos com toque de pederneira são aquilo que mais se destaca no nariz. Na boca há  frescura inicial, uma acidez cítrica acompanhada por frutinha e mineralidade, num conjunto algo amontoado em perfil moderado que se esvazia ligeiramente em final com acidez um pouco "em pontas".

O vinho não me deixou fascinado, esperava algo um pouco mais afinado e equilibrado, mas entendo os que se agarram a ele qual bóia salva vidas num mar de igualdade... De resto e entrando no campo do (des)gosto pessoal, limita-se a ser um bom vinho, não apreciei a falta de definição que apresenta. Na realidade até o vejo algo forçado no seu conteúdo, dispenso a conversa da altitude, do quartzo e todo esse romantismo enológico. Pelos 5€ que custa não vou voltar a ele, apesar de cumprir aquilo a que se destina (pedir mais seria absurdo), pode ser que melhore, pode ser que não, vou ficar atento... 

4 comentários:

  1. Vou ser sincero eu comprei este vinho e gostei, é mais puro e duro, menos elegante, mais aguerrido e selvagem e quente.
    E acompanhou na perfeiçao broa de milho com um queijo da serra...

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  2. Fico grato pela sinceridade, de facto aqui ninguém disse que não se gostava, apenas que não cativou o suficiente para voltar a ele. Questão de gosto pessoal e do que entendo por um vinho fresco e mineral.

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  3. Claramente nem foi meu intuito dizer que o vinho vale o preço ou afirrmar, apenas acho um vinho engraçado, pesado, mas com uma agressividade engraçada e rebelde, um vinho quente tal como as terras de onde veio.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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