Já aqui tinha falado acerca do António Madeira com o seu primeiro vinho, sendo agora motivo de interesse este seu primeiro branco, da colheita 2013, que resultou em pouco mais do que 600 garrafas fruto do trabalho de precisão e da vetusta idade das cepas cuja produção é bastante reduzida. António chama-lhe vinho de terroir, obviamente não poderia estar mais de acordo pois o vinho mostra um carácter tão diferenciador que apenas de aquele local poderia nascer um vinho assim. O António Madeira branco 2013 tem de delicado o que tem de profundo, denso e com uma bonita austeridade mineral que lhe domina os fundos. A fruta mostra-se limpa, pura, arrebitada e bonita, cheirosa com alguns ramalhetes de flores das giestas ali do campo. É daqueles vinhos que precisa de atenção, até de uma decantação prévia para que se mostre em condições, tal como no palato vincado pela força e austeridade do granito, muito boa acidez com a fruta a aconchegar. Sente-se alma e nervo, sente-se que temos aqui vinho para muitos anos, temos aqui um grande vinho do Dão. Perfeito a acompanhar peixes nobres de carne delicada ou simplesmente para apreciar em companhia de grandes amigos. 94 pts
Que pena que ainda não encontramos este aqui pelo Brasil, João Pedro! Quem sabe um dia...
ResponderEliminarAbraços,
Flávio
Pois é Flavio Henrique, de facto é uma pena que vinhos desta qualidade não cheguem ao Brasil. De certo que muito enófilo por aí iria ficar bastante satisfeito.
ResponderEliminarUm abraço