Foram escolhidos a dedo estes meninos, com alguma ajuda lá fomos encontrando a bons preços vinhos que fossem estandartes da zona. Pois bem a prova foi cega, apenas se sabia que eram Prioratos, o resto seria cega sempre pois nunca se tinha provado qualquer dos vinhos presentes.
Cims de Porrera 2001
De cor granada intenso, mostrou no nariz muita fruta vermelha e preta bem madura com notas de madeira ainda muito presente. Em fundo notas de chocolate e leve mentol acompanhado de bombom de ginja, muito parecido com o MonCherry.
Na boca mostrou-se elegante com corpo médio, acompanha o nariz, acidez equilibrada, bom final sem grandes exageros.
Mostrou-se um vinho fácil de beber, sem grandes concentrações, elegante e que fica penalizado pela madeira que se nota muito para o meu gosto. Preço elevado de 40€ para a qualidade apresentada, neste caso a zona PRIORATO é a responsável pela especulação. 17,6
Clos Garsed 2001
cor rubi, comparando com os restantes vinhos não é tão potente em aromas, destacando-se fruta madura em aroma muito fino com elegantes notas tostadas da madeira, mas ainda que lhe falta uma suavidade que não tem, muita nota de café.
No boca mostrou-se um vinho potente, com fruta madura, redondo e boa estrutura, equilibrado com alguma adstringência que vai ao lugar com o tempo, finaliza muito bem na boca.
Muito bom vinho, mas não chega para os restantes em prova dada a alta qualidade dos mesmos.
Clos Erasmus 2001
Nariz muito intenso com muitos aromas de frutos vermelhos e negros bem maduros aliadas a umas notas de menta. Muito chocolate e torrados com leve toque a madeira bem integrada com o conjunto, e um final de Mon Cherry (bombom Ginja )
Na boca é cheio de força e garra, com um belo esqueleto a dar estrutura, com fruta em quantidade, boa acidez mas ainda algo adstringente, nota-se bem que ainda lhe falta tempo para tudo se harmonizar. Final de boca ficamos com a mesma sensação do nariz do tal bombom Ginja.
Ficou muito próximo do Vall llach, apenas perdeu pela tal adstringência ainda a notar-se facto que o penalizou. Falta-lhe tempo para se tornar um Senhor Vinho.
Vinho de culto para muitos, o preço não ajuda em nada já que ronda os 100 € , mas se pensarmos no que se pode vir a transformar este pequeno Sapo... Se bem que o nome também cobra uns bons Euros. Pessoalmente fico com outros...
Vall Llach 2001
Provado novamente, desta vez mostrou-se mais equilibrado, diferente para melhor. Apresentou-se com uma côr granada intensa e brilhante.
No nariz os ditos frutos vermelhos e negros bem maduros em grande dose, madeira presente em conjunto com notas torradas, chocolate, café e tabaco. Final com ligeiro toque a mina de lápis, os tais aromas minerais.
Potente na boca, mas ao mesmo tempo elegante, encontramos o chocolate a fruta e uma leve ponta de mentol, tudo bastante equilibrado. Grande persistência final mas a mostrar que ainda lhe falta tempo de garrafa para atingir o seu melhor.
Pessoalmente gostei muito deste vinho, parece que mais um tempo esquecido no escuro da garrafeira só lhe veio fazer bem, e ajudou a afinar mais um pouco.
Como tal a nota subiu de 18 para 18,5
Considerado dos grandes de Espanha, entende-se bem o porquê, o seu preço ronda os simpáticos 60 €, não é barato pois não, mas comparando com tantos outros até é justo face à qualidade apresentada. 18,5
Doix 2002
Nariz em que se encontra fruta vermelha e negra bem madura, começa a ser marcante nestes vinhos esta presença, acompanhada de notas de mentol (balsâmicas), leve sensação de mina de lápis (mineral) e torrados da madeira.
É um vinho com boa estrutura, boa acidez, potente e muito concentrado a ver pela quantidade de fruta e torrados que aparecem. Final de boca muito bom mas ainda com os 15% a notarem-se bem.
Este vinho mostrou-se muito bem, e agradou bastante a todos os provadores, talvez a razão seja porque se mostrou mais pronto a beber do que os seus colegas, com mais harmonia de conjunto, por isso ficou à frente de Vall llach e Erasmus.
A fama deste vinho é grande do outro lado da fronteira, o motivo é porque estamos com um grande vinho à frente e porque não temos de esperar muitos anos para o beber no ponto, pronto um pouco menos de tempo é verdade, mas por vezes esperar cansa e eu neste momento gostei bastante desta pinga. 18,7
Finca Dofí 2001
Nariz com aroma de fruta vermelha e preta madura, que com o tempo vai-se misturando com umas notas de tabaco e café e uns suaves toques de madeira muito bem integrada em todo o conjunto e torrados vindos da mesma. Fundo com refrescante mentol e uma ponta mineral a grafite e o tão famoso bombom ginja também a marcar presença na prova.
Na boca é muito frutado com uma excelente entrada, vinho guloso, com madeira e fruta em excelente equilíbrio e ligação mostrando um sábio trabalho de enologia. Vão surgindo com o tempo chocolate e o dito mentol, acompanham com uns toques de torrados. Acidez excelente com um final muito persistente e com alguma frescura.
É um Vinho com V grande, muito expressivo e que fala com a gente, aprecio vinhos destes, com quem se pode ter sempre uma interessante conversa e aprender sempre algo.
Elaborado por um Senhor do Vinho Álvaro Palácios pai do mítico L´Ermita este é o irmão do
meio e o nível é mais que muito.
São 75 € de vinho que se justificam e muito e a nota também, quanto ao L´Ermita resta continuar a sonhar... 19
Clos Martinet 2001
Potente e Intenso, com aromas de fruta vermelha e preta bem madura, envolvidos entre aromas de madeira muito bem integrada.
Surgem também chocolate, café, notas balsâmicas de mentol, especiarias com canela e baunilha, tabaco e uma ponta de pimenta preta.
Este vinho com um excelente Bouquet, muito harmonioso onde todos os seus aromas parecem estar ligados entre si.
Na boca podemos contar com o mesmo do nariz, potente e cheio de harmonia, redondo, guloso, dotado de uma persistência magnífica.
Acidez e adstringência ?? O que é isso ?? Gostei mais do nariz, que maravilha, do que a boca, ficou penalizado por tal por isso ficou em segundo. Temos tudo o que se pode encontrar num grande tinto Extraordinário.
Custou cerca de 45€, acho que não preciso de falar muito mais... para um vinho com esta qualidade e preço. 19.2
Clos Mogador 2001
Apresenta-se Granada com toques roxos.
Mais uma bomba de aromas de grande qualidade e elegância.
A fruta vermelha e preta madura marcam presença, a estas juntam-se com o tempo no copo tabáco, chocolate, café e notas excelentemente integradas de torrados da madeira de altíssima qualidade.
Fundo de especiarias (baunilha, pimentas) e ligeiramente balsâmico (mentol).
Como não podia deixar de ser no final temos o famoso e quase sempre presente Mon Cherry.
Este vinho dá vontade de cheirar e voltar a cheirar, simplesmente súblime.
Na boca o que se pode esperar de um grande vinho... Potência excelentemente controlada, digamos que deve ter ABS, com uma entrada frutada, aparece chocolate, leves notas de madeira dão a restante elegância ao conjunto sendo o final igual ao do nariz.
Grande em todos os sentidos, fiquei apaixonado por este vinho, por 60 € um bocadinho do céu dentro do copo... e ainda vai melhorar dentro da garrafa. 19.5
Após a prova concluímos que:
-À presença das castas Garnacha\Carinhena se juntam outras como Cabernet Sauvignon, Syrah e Merlot.
-São vinhos de elevadas graduações 14%-15% salvo raras excepções Finca Dofí com 13,5%
-Que a prova é dominada por fruta vermelha e negra, licôr, mineral e fundo mentolado.
Sem comentários:
Enviar um comentário