30 agosto 2005
PROVA Vinhos Herdade dos Muachos 2003
Herdade dos Muachos Branco 2003 :
Este vinho é feito com a casta Roupeiro, e tem estágio em barrica.
Apresentou-se com cõr amarelo-dourado.
No nariz mostrou-se de início com fruta tropical e notas florais, interligadas com algumas notas derivadas da madeira (baunilha e torrados). Mesmo assim a madeira, retira algum explendor à casta, para o meu gosto, deixando o vinho um pouco apagado.
Na boca tem uma entrada com fruta e as leves notas do estágio em madeira em destaque, acidez pouco vincada que não dá ao vinho uma frescura muito viva, que talvez fosse necessária para não parecer tão pesado na boca. Persistência final ligeira.
15
Herdade dos Muachos Tinto 2003 VQPRD
Elaborado com Castelão e Trincadeira mostrou uma tonalidade granada de intensidade média.
No nariz, destaque para a fruta vermelha madura, ligeiro toque de aromas verdes ligados com baunilha, torrados, ligeio cacau. Mostrou um bom conjunto entre as duas castas e a madeira.
Na boca, está bem afinado corpo médio, suave e bom de beber, notas de fruta combinados com notas de madeira e algum vegetal da Trincadeira. Bastante agradável e com qualidade apreciável. Persistência final média.
16
29 agosto 2005
Copo de 3 na Herdade das Servas
Com uma adega perfeitamente integrada na paisagem, lembra um monte alentejano, lá fomos entrando.
Depois de recebidos pelo simpático enólogo da casa , Eng Tiago Garcia, fomos visitar as instalações da Herdade das Servas.
Depois uma interessante visita à adega, onde se estava a montar novo equipamento, de origem Portuguesa, é bom ver que se investe no que por cá se faz.
Depois foi a vez da visita à sala das barricas... onde o aroma é mais que agradável, docinho, uma baunilha misturada com o torrado da madeira.
Sendo estes os 3 vinhos que iriam ser provados na bonita e prática sala de provas da Herdade das Servas.
Por último, ainda uma breve passagem pela zona de engarrafamento e rotulagem das garrafas.
No final foi uma tarde muito bem passada onde ainda no final ficamos a conhecer um anexo que tem quartos para futuros estagiários na empresa.
Vinhos provados:
Monte das Servas Branco 2004 Escolha:
Elaborado com Arinto, Rabo de Ovelha e Roupeiro, tem 13% estágio em Inox e foi premiado com Talha de Bronze no Concurso Enófilo Alentejo 2004
No nariz tem uma entrada muito aromática e fresca, com frutos exóticos, erva, ligeiro toque floral, com destaque para a casta Roupeiro no aroma,
Na boca é fresco, com acidez bem colocada, tudo em harmonia com um bom conjunto, onde encontramos a prova de nariz.
Boa persistência final com um ligeiro toque mineral muito leve.
Vinho com um preço a rondar os 3€
15,5
Herdade das Servas Touriga Nacional 2003
Novidade desta casa, o novo Touriga Nacional 2003 teve estágio em madeira, com cerca de 14,5% mostrou-se com uma cor granada intenso com uma boa concentração.No nariz mostrou ao principio grande impacto floral e a fruta bem madura e de grande qualidade. A casta muito presente e de principio em grande destaque juntamente com um trabalho de madeira de se tirar o chapéu. Mas não ficamos por aqui, pois este vinho ainda vai abrindo com o tempo, mais uma voltinha no copo, mais uma revolução nos aromas, saltam as baunilhas e os torrados da madeiras, aliados a um leve cacau, amanteigados, café, tudo num crescendo muito muito bom e com grande harmonia e equilíbrio entre os aromas. Na boca mas do mesmo, vinho quente, que dá um enorme prazer a beber, com os aromas da prova de nariz a serem encontrados na prova de boca, tudo mais que equilibrado. É guloso, mas não em excesso, persistência elevada, de tal maneira que ficamos com o vinho na boca muito e muito tempo depois, tem tudo o que precisa para ser aquilo que é, um Grande Vinho. O melhor de tudo é que ainda promete mais e melhor evolução, pois de momento o único senão é uma leve pontinha de álcool que vai passar segundo palavras do enólogo quando o vinho estiver à venda... 18
Herdade das Servas Reserva 2003
O primeiro Reserva desta casa, e supostamente o novo Topo de Gama. Este Reserva elaborado com um lote de Touriga Nacional, Syrah e Alicante Bouschet apresenta-se com 15% e teve estágio em madeira. Com uma tonalidade granada escura, mostrou-se muito concentrado, mais que o Touriga Nacional. Pela prova de nariz, dá para notar que o vinho é diferente, tem mais estrutura e fala de maneira diferente. No nariz nota-se um grande equilibrio entre as castas, sendo a parte floral e da fruta responsavel pela Touriga, a parte especiada (pimentas) por parte da Syrah e a parte da estrutura e longevidade do vinho cabe à Alicante. Pois bem este vinho mostrou um grande equilibrio entre as três castas, com uma excelente evolução no copo, com aromas a aparecer cada vez mais, fruta de grande qualidade, mais uma vez o trabalho das madeiras é muito bom, no ponto certo mais uma vez, notas de chocolate, charuto, cafe, baunilha. Vinho diferente do anterior, talvez se possa dizer que é mais vinho, tem mais corpo, um pouco mais de estrutura e não tão suave ou sedutor, mas mesmo assim com muita categoria, na boca a harmonia dos aromas é mais que evidente, um vinho que é dificil ficar indiferente e que tem uma persistencia final muito elevada. Gostei tanto que parece complicado descrever este vinho... resta esperar por ele. 18,3
PROVA Herdade da Ajuda Reserva 2002
De tonalidade ruby escuro, mostrou-se no nariz com bom perfil aromático e leve evolução no copo, destacando fruta em compota, notas verdes, tabaco, leve cacau, baunilha, lembra o cheiro das padaria e tem um fundo especiado (pimentas, canela) com acompanhamento eucaliptal.
Na boca, boa entrada, vinho redondo, com equilíbrio de conjunto, bem afinado, cacau, fruta, corpo médio com final apimentado com uma persistência média/alta.
Vinho de bom nível, ligeiramente acima da média.
16
PROVA Herdade de São Miguel 2003
Em prova apresentou-se com uma tonalidade granada escuro.
No nariz tem uma entrada com aromas verdes, fruta vermelha madura bem presente, algum charuto, torrados e chocolate com alguma baunilha do estágio em madeira.
Ne boca mostrou um corpo médio, equilibrado e com uma acidez que lhe confere uma frescura ao conjunto. Final com lembrança de chocolate com uma persistência média.
Este vinho custou cerca de 5,80€ é bastante agradável de se beber, e não entramos em euforias de preços.
15
28 agosto 2005
PROVA WARRE´S OTIMA Porto 10 anos
Este vinho é mais que conhecido, agora irmão mais novo do 20 anos, e digamos que vem com uma apresentação muito bem conseguida este 10 anos com 20%.
Cõr ambar escura, cheio de vigor na prova de nariz, frutos secos e mel em grande harmonia em destaque com alguma fruta em compota, elegante, bem feito e de bom nível.
Na boca novamente o destaque dos frutos secos, fruta em compota, mel, tudo equilibrado e muito suave e bem afinado, com uma frescura muito elegante e persistência média-alta.
Um 10 anos bem feito, certinho com tudo no sítio, e que dá grande prazer em beber.
PROVA COCKBURNS Fine Tawny ACORDO
Este Tawny apresenta-se com 20% e uma tonaldidade Ruby escuro, mostrando já sinais de alguma idade com bordo acastanhado.
No nariz, mostra-se com aromas a frutos secos, figos em passa, fumo, charuto e mel.
Evoluindo com o tempo em copo, para uns aromas mais refinados, aparecendo um leve toque especiado lembrando a pimenta.
Na boca a entrada corresponde à prova de nariz, com impacto dos frutos secos, mel e a leve acidez que dá um toque fresco ao conjunto, e fica muito bem na boca com a persistência alta com notas apimentadas.
27 agosto 2005
PROVA Fundação Eugénio de Almeida Branco 2004
Mostrou uma tonalidade amarela palha de fraca intensidade.
No nariz tem um impacto muito fraquinho, com uns tímidos aromas frutados (fruta tropical) e florais.
Tem tão pouco para mostrar que estas palavras são mais do que pode encontrar no copo. E limita-se apenas a ser isto.
Na boca, o que tinha no nariz, desaparece muito rápidamente, muito fraco de corpo, sem alma, vinho sem nada mesmo, parece uma águada de vinho branco.Completamente plano na boca, muito fraquinho com final de boca que nem se nota, ponta de álcool que incomoda juntamente com uma acidez pouco presente, este vinho tem uma relação preço/qualidade de fugir.
10,5
PROVA Fundação Eugénio de Almeida Rosé 2004
Novo Rosé no mercado, e nova prova no Copo de 3.
Desta vez um Rosé feito com Grenache, penso ser o único em Portugal feito com esta casta.
Apresenta-se com 13,5 % e de tonalidade rosa salmão.
No nariz mostrou-se pouco concentrado, com destaque para fruta vermelha (morango, framboesa, groselha) ligeiro floral e uma ponta de álcool que fica mal neste conjunto.
Na boca, parece um cocktail de fruta, com um doce acompanhado de mais uma vez o álcool. Está desequilibrado, com falta de acidez que permite ser mais doce do que fresco, o que torna o vinho pesado e algo enjoativo. Vinho pouco atractivo para um vinho que se quer, fresco e refrescante.
12
22 agosto 2005
PROVA Quinta Alorna Rosé 2004 Touriga Nacional
Desta vez mais um Rosé provado, o Quinta da Alorna Touriga Nacional 2004, que mais uma vez consegue sair vencedor na prova de Rosés da Revista do Vinho, colocando de lado vinhos ditos sempre como superiores.
Apresentou-se com 13% e uma côr rosada bastante intensa e brilhante.
No nariz, grande impacto inicial de notas florais e fruta madura em destaque (morango, framboesa), toque de rebuçado, tudo com grande qualidade e bem colocado no conjunto. Final com ligeiras notas especiadas, erva fresca e um aroma muito fresco e sedutor.
A Touriga Nacional bem presente em toda a prova.
Na boca tem uma entrada muito fresca, acompanhada da fruta e das notas florais, com o toque de rebuçado, tudo bem equilibrado com uma acidez no ponto que lhe confere uma frescura muito agradável.
Tem um final muito persistente e com grande harmonia de conjunto.
Grande Rosé este Alorna, a dominar por completo o panorama nacional com este magnífico exemplar.
16,5
PROVA Convento da Tomina 2003
De côr granada intensa, tem um prova de nariz dominada por um impacto inicial a fruta madura, fruta preta e vermelha, surge depois um toque de compota, aromas florais muito leves com ligeiro mentol que dá alguma frescura ao aroma.
Na boca mostrou-se ligeiramente encorpado, um vinho quente, com a fruta em destaque com um final apimentado. Ligeira presença de álcool, e pontinha de adstrigência no final de boca, que se revela médio.
Mostra-se um vinho quente, de bom perfil e que ainda pode evoluir mais em garrafa, mas muito longe da qualidade do 2001, apesar de estar mais afinado do que da última vez que foi provado, digamos que acompanhou muito bem umas Plumas de Porco Preto.
16
21 agosto 2005
PROVA SANDEMAN Founders Reserve
Pois bem o vinho provado vem dessa mesma casa, um Sandeman Founders Reserve, que pelo que diz no site da marca, tem o nome em honra dos Fundadores desta casa. Este Reserva é um dos melhores portos da marca, escolhido entre os melhores lotes de cada ano, e envelhecido durante 5 anos.
A garrafa em prova tem ainda uma leve indicação do Bicentenário da Sandeman 1790-1990.
Apresentou-se com uma cõr ruby intenso.
No nariz mostra uns aromas bem colocados a fruta vermelha em compota, frutos secos, iodo, leve toque a mel, e uma ponta especiada com pimentas presentes. Nota-se já alguma idade, aliada a um bom conjunto aromático.
Na boca mostra-se de vigoroso, com notas apimentadas e fruta, lá no fundo os frutos secos e uma lembrança de iodo. Tudo num conjunto muito bem conseguido e com uma boa persistencia final.
17
20 agosto 2005
PROVA JP Moscatel Roxo 1991
Provado este Moscatel Roxo, feito com uma casta em perigo de extinção, de produções sempre muito reduzidas.
Este Moscatel Roxo, estagiou 9 anos em pipas de 200 litros, e apresenta 168,2 g/L de açucar resídual, com cerca de 18% álcool.
Servido a uma temperatura adequada, e em copos para a ocasião este vinho portou-se brilhantemente:
Apresentando-se com uma bonita côr ãmbar, com leve tonalidade a lembrar o cobre.
No nariz destaca-se uma grande concentração aromática de grande qualidade, de tal forma que os aromas parece saltarem do copo, temos então laranja, mel, passas, esteva, alguns frutos secos.
Esta pequena maravilha vai abrindo com o tempo, e a sua evolução no copo revela novos aromas, leve toque a café e caixa de charutos, tudo num conjunto muito bem equilibrado, aliado a uma frescura muito elegante.
Na prova de boca, um grande impacto incial, que enche o palato com frutos secos, laranja e mel, uns aromas que quase dão para mastigar, potente, glicérico e ao mesmo tempo refrescante com um equilibrio de conjunto excepcional.
Com uma persistência elevada, fica na boca durante muito muito tempo.
Um grande Moscatel Roxo para apreciar com tempo.
18
17 agosto 2005
Maceração Carbónica.... O que é ?
Uma dessas variantes é uma técnica já muito antiga chamada de Maceração Carbónica, que alguns dizem vir dos Romanos, outros dos Egípcios, o que é certo é que a Maceração Carbónica é a origem do vinho, e foi o processo utilizado até perto do Séc XIX.
Tudo começou ao colocar as uvas em talhas de barro, o peso das uvas de cima fazia com que as uvas de baixo rebentassem e aí começavam um processo de fermentação.
Subindo a temperatura da talha, as uvas inteiras com a ajuda do CO2, gás Carbónico, daí o nome, entravam num processo de maceração.
Nos tempos que correm com as novas técnicas, surgem os novos vinhos de Maceração Carbónica, os mais famosos os chamados Beaujolais franceses, por Portugal temos alguns exemplos como o Dão Novo.
Com um processo um pouco diferente, em que se mantém os cachos das uvas inteiros, sem serem esmagados, antes da fermentação em cuba hermeticamente fechada com controle de temperatura e em contacto com um gás inerte (nitrogénio ou carbónico), utilizando no fundo do depósito uma pequena quantidade de mosto em fermentação para dar origem a gás carbónico natural. A uva vai então iniciar um processo anaeróbio, pelo que se consegue uma diminuição da acidez e um início de fermentação dentro dos próprios bagos. Devido ao facto das películas se tornarem mais frágeis, obtém-se uma maior difusão dos polifenóis da pele da uva para a polpa.
A duração do processo pode variar, dependendo do factores como a densidade do mosto, da prova, e do abrandamento de produção de gás carbónico, o que deve acontecer entre 8 a 10 dias.
Depois é engarrafar e consumir, mas normalmente deixa-se o vinho repousar uns meses.
O resutado é um vinho leve e muito frutado, florais e aromáticos, com grande vinosidade e côr forte, para consumir novo.
Este tipo de vinho normalmente tem um grau que ronda os 12 a 13% e devem ser servidos a uma temperatura de 13º ,sugerem o acompanhamento de saladas e carnes ligeiras.
Alguns exemplos de vinhos nacionais elaborados com este método:
http://www.valepequeno.com/Terras%20Olaia.htm%20Olaia.htm
http://www.domteodosio.com/po/regionalwine.html?id=62
http://www.vinhoverde.pt/pt/vinhoverde/marcas/bin/uma-marca.asp?codigo=174
Confusão na prova dos Rosés...
Mas como se pode beber este vinho com prazer, se o álcool está mais que presente, prejudicando a prova, mesmo com o vinho fresco, sendo o mesmo desequilibrado ??? Será que provaram outro vinho ???
Pelo que parece não vou sendo o único a ter esta opinião, o que me deixa mais descansado.
Outro exemplo que ainda estou para entender, é o dos Rosés Redoma 2004 e do Quinta do Portal 2004, sendo que o primeiro teve a nota de 14,5 , e o segundo 13,5 (Médio, honesto, simples, correcto, sem grandes pretensões), enquanto que o Alorna Touriga Nacional 2004 ficou considerado como Recomendado, e na tal Revista foi vencedor da prova.
Estes mesmo vinhos, numa prova com 250 Rosés realizada pela Decanter, conseguiram o Decanter Award e as notas são:
Quinta do Portal, Tinta Roriz, Touriga Nacional-Touriga Franca, Douro (2004)(Portugal) Vibrant, intense strawberry nose. Very fresh, clean, tangy fruit and a pleasant refreshing bitter twist at the end. Lovely. Drink now.
Niepoort, Redoma, Douro (2004)(Portugal) Quite open, expressive rhubarb aromas, attractive. Fresh, crunchy fruit, clean raspberry and rhubarb notes. Some weight and a little tanninc structure. Drink now.
Lendo isto, deixa algo que pensar, e que a razão seja dada pelo simples facto de o gosto pessoal é quem manda, e não me venham dizer que não.
15 agosto 2005
Albariño, Ribeiro e companhia...
Quando se fala da Galiza em termos de vinhos, vem logo o nome Albariño e Rias Baixas, um pouco mais desfalcado aparece o nome Ribeiro...
Pois a casta Albariño, que se diz, ter sido trazida desde a zona de Rin, pelos monjes a caminho de Santiago... mas também é provável que a mesma casta tenha sido fruto da evolução das castas plantadas na Península quando da invasão dos Romanos, a verdade é que a Alvarinho, dá origem a alguns dos melhores vinhos do mundo e de Espanha, e é a responsavel pela D.O Rias Baixas.
Esta casta de grande complexidade aromática e que com o tempo em garrafa, adquire mais expressão do seu todo, com estágio em inox, consegue-se tirar todo o seu pontencial, sendo que com leve estágio em madeira, ganha uns aromas diferentes e bem interessantes e complexos.
Parece que pela Galiza as experiências continuam com a madeira, enquanto que estas Rias Baixas que há uns anos não eram nada e neste momento os resultados estão à vista de todos, com excelentes vinhos, cada vez melhores, e reconhecidos a nível Mundial.
Pois bem, falando do vinho da Galiza, temos 5 zonas D.O, as Rias Baixas, Ribeiro, Ribeira Sacra, Valdeorras e Monterrei.
Rias Baixas:
Surge como D.O em 1988 estendida por 5 comarcas da provincia de Pontevedra, Val do Salnés com centro em Cambados e a maior de todas, Condado de Tea situada na margem direita do rio Minho desde Salvaterra até a fronteira com Ourense, O Rosal na foz do rio Minho, Soutomaior entrou na D.O em 1996 e fica situada na ligação do rio Verdugo com a Ria de Vigo e Ribeira de Ulla entrou em 2000 e situa-se nas margens do rio Ulla.
Como vinhos representantes desta zona podemos encontrar entre outros:
Fillaboa - Bodegas Fillaboa
As Laxas - Bodegas As Laxas
Dávila - Adegas Valmiñor
Terras Gauda - Bodegas Terras Gauda
Pazo de Señorans- Bodegas Pazo Señorans
Condes de Albarei -Bodegas Condes de Albarei
Do Ferreiro - Gerardo Méndez Lázaro
Viña Mein - Bodegas Viña Mein
Abadía San Campio - Terras Gauda
Ribeiro:
D.O desde 1957, tem 17 variedades de uva, como a Treixadura, Torrontés, Loureira, Godello, Albariño...
O branco Ribeiro é o mais famoso, esta zona fica situada perto de Ourense, perto do leito dos rios Minho, Arnoia e Avia.
Como curiosidade temos um vinho feito com Treixadura, el Tostado do Ribeiro, vinho doce, feito com uvas passificadas ao sol durante 3 a 6 meses, vinho que se encontra em perigo de desaparecer.
Como vinhos representantes desta zona podemos encontrar entre outros:
Gran Reboreda - Bodega Campante
Viña Reboreda - Bodega Campante
Pazo do Mar - Adegas Pazo do Mar
Ribeira Sacra: Está situada no interior da Galiza, sul de Lugo e norte de Ourense. Tem como ícone o sítio onde as vinhas estão colocadas. Para os tintos a casta Mencía domina, e nos brancos Albariño, Treixadura e Godello.
Como vinhos representantes desta zona podemos encontrar entre outros:
Abadía da Cova Albariño - Adegas Moure
Monterrei: Zona dentral de Ourense, vale guiado pelo rio Támega. Vinhos marcados pelas castas Dona Blanca, Verdello, Treixadura, Mencía, Gran Negro e Merenzao...
Como vinhos representantes desta zona podemos encontrar entre outros:
Terra do Gargalo - Bodega Terra do Gargalo
Valdeorras: Zona norte de Ourense, com vinhas a mais de 700 metros de altitude. Brancos com Godello e tintos com Mencía.
Como vinhos representantes desta zona podemos encontrar entre outros:
Guitian Godello - Bodega A Tapada
Guitian Godello Fermentado Barrica - Bodega A Tapada
Viña Godeval - Bodega Godeval
São estes os vinhos da Galiza, que bem merecem uma prova atenta, ou somente que sejam apreciados em boa companhia nestes dias de calor, pois a qualidade está mais uma vez presente.
Copo de 3 por Santiago de Compostela
Se ir como Peregrino é uma aventura e uma experiência única na vida, andar pelas suas ruas é algo de extraordinário.
Recaindo aqui, apenas as atenções para a sua oferta quer de vinho quer de comida, então falamos de algo que não encontramos todos os dias... se juntarmos o especial bem receber e simpatia do povo Galego, com a habilidade de fazer as belas Tapas, Pinchos, Tapaditos... com uma oferta de vinho a copo a preços dignos de registo então estamos mais que falados.
Saber que se pode fazer uma ronda pelas principais ruas, e ir provando os grandes petiscos com os produtos tradicionais em destaque, acompanhados de vinho a copo, e onde a oferta permite provar belíssimos vinhos servidos a temperatura adequada e com um copo como deve de ser.
É tudo isto que faz, com que Santiago de Compostela seja um dos meus retiros de férias... e conhecer os seus recantos um dos meus passatempos.. porque por mais vezes que por lá ande, descubro sempre mais uma tasca, mais um recanto, mais um encanto...
Se pensarmos que às 11 da noite estou encostado a uma janela a pedir um tapadito de Pemento Recheado de Salsa de Bonito e Mexillon de Galicia... acompanhado por um copo de Albarino Fillaboa 2004 as palavras vão ser certamente poucas.
Se a tudo isto acrescentar-mos que o Tapadito custa 0,95€ e o copo de Albarino 2 €.... então é que não vale a pena dizer mesmo nada e limitar-me a saborear o momento.
Santiago de Compostela, tal como toda a Galicia, é um mar de sabores, desde as Empanadas de Bonito, Bacalao, Maiz... Pimentos de Padrón, as ditas Tortilhas, o Caldo Gallego, o Lacon, o Jamon Assado... dispondo de uns produtos de primeira categoria, os tais com Denominação de Origem (D.O)... contamos então com:
Mexillon de Galicia
Mel de Galicia
Lacón Gallego: Resulta da pata da frente do porco, que depois de salgado, lavado e curado adquire umas características especiais. Prato mais famoso é o Lacón con Grelos.
Queixo Tetilla: Feito com leite de vaca , de pasta mole e cremosa, suave e de bom paladar
Queixo Arzúa-Ulloa: feito de leite de vaca é ligeiramente doce, muito cremoso e pouco salgado. Pode ser mole ou semicurado.
Queixo de San Simón da Costa: com leite de vaca, parecido ao Tetilla mas é fumado com uma madeira típica da zona, Abedul.
Patata de Galicia
Ternera Gallega
Queixo do Cebreiro
e depois ainda temos os licores onde destaco o Licôr Luna de Café Blue Mountain, uma verdadeira delícia, os Orujos, e claro estó o Vinho Alvarinho, Ribeiro ... de doces o destaque vai para a Tarte de Santiago entre outros...
A oferta de Restaurantes vai desde os mais simples até aos mais caros, desde o Restaurante dos Reis, no Hostal dos Reis Católicos, antigo Hospital de Peregrinos e talvez o mais antigo Hotel do Mundo, até ao restaurante da famosa chefe Toñi Vicente... a escolha depende da vontade e da carteira.
Para não perder uma passagem pelo chocolate do bar Metate situado numa antiga fábrica de chocolate, simplesmente delicioso.
Com tudo isto, as saudades já apertam, e só penso em voltar de novo...
08 agosto 2005
Uma questão de temperatura...
Ao que se chama "chambrer" está hoje em dia, fora de uso. Este processo que vem da época em que os nossos antepassados, em certos lugares frios da Europa, faziam os seus banquetes em quartos ou salas de jantar difíceis de aquecer, cuja temperatura média era de 13ºC a 15ºC (castelos, paços, etc.). O vinho guardava-se numa adega, muita das vezes subterrânea e ainda mais fria, pelo que necessitava de se aquecer ou atingir a temperatura ambiente da própria sala umas horas antes do seu consumo.
Resolvido este assunto, passamos então para a questão das temperaturas de serviço dos vários tipos de vinho.
Mas porque é tão importante a temperatura de serviço de um vinho ?
A temperatura de serviço é factor importante na prova de um vinho, pois controla os factores que actuam directamente na libertação de aromas e na percepção dos sabores do vinho, as chamadas virtudes organolépticas.
Sendo assim os vinhos tintos devem ser bebidos suficientemente quentes para que os aromas e o bouquet se volatilizem , enquanto que os brancos devem estar suficientemente frios para serem refrescantes.
Tendo atenção a que o calor aumenta a acidez e o frio a adstringência, e como os brancos não têm taninos, estes são servidos mais frescos para diminuir a sensação de acidez, quer isto dizer que a dita acidez vai-se juntar aos componentes frutados tornando o vinho refrescante quando bebido.
Um excesso de calor, faz com que o álcool se destaque, já um excesso de frio faz com que a intensidade olfactiva diminua, é por isto que a sua temperatura de serviço deverá ser a correcta, tendo em atenção a que uma variação de 1 ou 2 graus não afecta em nada, e que é sempre bom servir o vinho uns graus abaixo do indicado para que melhor se acompanhe a sua evolução no copo, e também para que o vinho quando bebido atinja a temperatura dita como ideal.
Deixo aqui uma indicação das temperaturas de serviço para cada tipo de vinho, mas devemos ter em conta que não é regra absoluta e que em muito sítio podemos encontrar variações das mesmas:
Vinhos Temperaturas (ºC)
Espumantes e Champagnes - 6/8ºC
Rosés - 8/12ºC
Brancos doces/Colheitas Tardias - 5/7ºC
Brancos secos e Jerez fino - 8/10ºC
Brancos encorpados - 14/16ºC
Tintos leves - 12/13ºC
Tintos médios - 16/17ºC
Tintos encorpados - 17/18ºC
Licoroso (Porto, Moscatel, Madeira) - 12/16ºC
NOTA: Uma garrafa deixada durante 8 minutos em água com gelo sofrerá uma redução de 5 graus na temperatura, que corresponde a 60 minutos de permanência no congelador.
07 agosto 2005
PROVA Conde de Vimioso Rosé 2004
O novo rosé desta casa, e também o primeiro rosé com a assinatura de João Portugal Ramos, feito com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Cabernet Sauvignon.
Com uma leve tonalidade rosada, mostrou fraca concentração de aromas, alguma fruta (morango, frutos vermelhos), ligeiro toque floral e uma ponta de álcool que lhe tira muito da graça.
Na boca o álcool mostra presença mais uma vez, desequilibrando o conjunto com a presença da fruta, uma acidez presente que também pouco ajuda, neste vinho que quando deixa de estar fresco perde toda a pouca graça que tem. Corpo muito leve, foi uma pequena desilução este vinho que esperava bem melhor... dos rosé que tenho provado foi dos que menos gostei.
12,5
06 agosto 2005
Cidade do Vinho Marqués de Riscal por Frank O. Gehry
Pouco a pouco vai surgindo em Elciego, aquilo que se vai chamar Ciudad del Vino Marqués de Riscal, onde a complexidade e inovação de formas e materiais fazem desta Cidade do Vinho algo de outro mundo.
Este projecto apresenta uma superfície com cerca de 100.000 m2 dedicados exclusivamente ao vinho.
No coração desta Cidade, vamos encontrar a antiga adega datada de 1860, e ainda todo o conforto e instalações que fazem desta Cidade do Vinho um autêntico Paraíso do Enófilo.
A Cidade do Vinho vai dispôr de um Hotel, um SPA de Vinoterapia, um Restaurante de Luxo, centro de conferencias, areas de festas, uma loja, museu temático...
Para tal, foram-se procurar os melhores dentro de cada actividade, Starwood, através da sua marca Luxury Collection , a cargo do Restaurante da Cidade do Vinho estará o famoso restaurante Echaurren, e Caudalie no centro SPA de vinoterapia.
Ficha Tecnica da Cidade do Vinho:
- Superficie: 100.000 m2- Serviços: Hotel, SPA de Vinoterapia, restaurante de Luxo, área de banquetes, conferencias e área de reuniões, centro de vinificação, escritórios, boutique, parque automóvel, zona de jardins, museu.
Hotel: Operador Starwood (Luxury Collection): 1. Edificio Principal: - Superficie construída: 2.800 m2 (incluindo superficie do restaurante). - Altura Máxima sobre rasante: 26 mts. em 4 alturas. - O Hotel Marqués de Riscal será o mais vanguardista e inovador de todos os hotéis da Luxury Collection da Starwood, podendo os clientes apreciar de uma variedade única de quartos especialmente desenhados pelo Arquitecto.
Vai ter cerca de 43 quartos, com mobiliário desenhado por Frank Gehry, com 14 desses mesmos quartos no edificio principal e os resntantes 29 no anexo.
2. Edificio Vinoterapia:
- Superficie construída: 4.140 m2.
- Altura Máxima: 12 mts. Ligação através de uma passagem com o terceiro andar do edifíco principal
- Nº de Quartos: 29
Vinoterapia:
- Superficie construída: 1.000 m2
- Operador: Caudalie
- Serviços: Tratamentos exclusivos de belesa e anti-stress baseados nas propiedades naturais (polifenóis) tanto da uva como do vinho
Restaurante:
- Superficie construída: 350 m2
- Nº de pessoas: 70-80 (Salão de banquetes à parte)
- Qualidade do Restaurante: Alta cozinha
- Tipo de pratos: Cozinha regional tanto tradicional como moderna, com ajuda do Restaurante Echaurren que teve a primeira estrela Michelín concedida à Rioja, e onde vai ficar responsável o Chef José Ramón Piñeiro, que foi campeão de cozinheiros da Rioja em 2004
Programado para abrir em 2006, vai estar equipado com sala de provas, terraços, salas privadas com vista para as vinhas...
Com tudo isto resta esperar, para uma futura e merecida visita.
Info retirada do site:
www.marquesderiscal.com
05 agosto 2005
PROVA Marqués Cáceres Rosado 2004
Mais um Rosado vindo de Espanha, desta vez da Rioja...
Vinho mais que famoso por lados de Espanha, nesta versão Rosado com 13%
Apresenta-se com 80% de Tempranillo e 20% de Garnacha.
Bonita côr rosada, de leve concentração cromática.
Aromas frutados com boa concentração,fruta madura (morango e frambuesa), fresco e agradável, com leve aroma floral a rosas.
Na boca, é fresco e agradável, com boa acidez, fruta presente, boa persistência e bem equilibrado, com final frutado.
Vinho bem estruturado, equilibrado e de bom nível.
16
Bodegas Ysios de Santiago Calatrava
Quando se pede a um dos... senão mesmo, o maior arquitecto de Espanha, de seu nome Santiago Calatrava, só podia sair uma obra de luxo, direi mesmo um Monumento.
Situada na melhor zona da Rioja Alavesa, Laguardia, encontramos as Bodegas Ysios, sendo já classificada como a mais inovadora da Rioja.
Com um desenho fora do normal para uma adega, não deixa de ser uma autentica maravilha, e um prazer olhar para esta obra, baseada em madeira, alumínio e cimento.
Recomendo uma visita atenta ao site onde se pode fazer uma visita virtual, em que os detalhes do seu interior, das salas de estágio... são simplesmente maravilhosos.
http://www.allieddomecqbodegas.com/clubysios/index.htm
http://www.allieddomecqbodegas.com/esp/home.htm
04 agosto 2005
PROVA Anta da Serra 2004 Branco
Anta da Serra 2004, com 13% feito com Fernão Pires e Arinto,2/3 da fermentação em cubas inox, com temperatura de fermentação controlada a 17 º C, e 1/3 em barricas de carvalho francês , este vinho que ficou com a Talha de Prata 2004, custou 2,40€ fantástico preço para a qualidade apresentada.
Cor amarelo pálido com reflexos esverdeados, brilhante e límpido.
No nariz tem uma entrada muito freca e expressiva, aromas de erva acabada de cortar, fruta (pêra, tangerina, maracujá), toque floral, ligeira pitada de mel e manteiga, em conjunto com um ligeiro e elegante toque da madeira onde estagiou.
Na boca mostrou-se equilibrado, com uma acidez que lhe dá uma frescura agradável, é um vinho persistente que fica na boca, bastante agradável e excelente companheiro para estes calores.
Ao preço que foi comprado é caso para não ter muitas desculpas e voltar a comprar...
16
03 agosto 2005
Os melhores vinhos do Alentejo
Neste concurso para se ter o primeiro prémio, isto é, a Talha de Ouro, um vinho tem de ter uma média de mais de 82 pontos. Este ano nos brancos ficou-se apenas pelos 79 pontos pelo qual apenas foi atribuida a Talha de Prata. Fica aqui a lista:
Brancos:
Talha de Prata: Anta da Serra 2004 - Adega Coop Redondo
Talha de Bronze: Herdade das Servas - Serrano Mira
Tintos:
Talha de Ouro: Herdade dos Grous - Herdade dos Grous
Talha de Prata: Sem nome - Adega Coop Borba
Talha de Bronze: Sem nome - Roquevale
III Concurso de Vinhos Engarrafados do Alentejo
Brancos:
Excelência: Esporão Verdelho 2004
1º Prémio: Pêra Manca 2003
1º Prémio: Roquevale 2003
1º Prémio:Paço do Conde 2003
Tintos:
Excelência: Esporão Private Selection 2001
1º Prémio: Paço do Conde Reserva 2003
1º Prémio: Vinha D´Ervideira Col Sel 2003
1º Prémio: Bolonhês 2003
1º Prémio: Herdade Grande 2003
1º Prémio: Monte da Ravasqueira 2003
1º Prémio: Coop Borba Cabernet & Syrah 2003
O ataque dos Clones...
Mas isto hoje em dia já não é bem assim, pois além da casta ser por exemplo Fernão Pires, esta mesma casta tem vários clones, que estão catalogados e cada um com determinadas caracteristicas... parece confuso mas o mundo da clonagem é mesmo assim.
Ora bem, é sempre bom ter um levantamento de uma casta, dentro da Touriga saber qual é esta ou aquela variedade, de modo a que se aumente a qualidade de um vinho, e óbviamente um melhor apuramento da casta.
Se tivermos um pequeno terreno, onde não sabemos as castas, convém fazer um estudo e apurar o que por lá temos... mas se soubermos que uma parcela é apenas de Trincadeira, então dentro da mesma parcela a variedade genética pode ser enorme e encontrar algumas variedades diferentes dentro da mesma casta.
Por isso qualquer dia temos um rótulo a dizer Touriga Nacional Clone X...com Aragones Clone Y.
Ou quem sabe um Mono Varietal pluri Clone, com Touriga Nacional clone x , clone y e clone z, tudo de parcelas diferentes, mas a mesma casta.
Mas como se faz a escolha dos Clones ???
- Numa primeira fase do respectivo melhoramento genético é feita uma prospecção de pés mães.
- A segunda fase a partir da enxertia, onde são feitas múltiplas observações e avaliações que culminam com a eleição dos melhores clones segundo o rendimento.
- Surge a terceira fase ,onde estes clones são enxertados em campos de experimentação clonal e as avaliações incidem sobre o rendimento, o açúcar e a acidez total, e a riqueza antociânica.
Nesta fase, que se inicia 5 a 6 anos após o começo dos trabalhos, os campos de experimentação clonal são simultaneamente campos de multiplicação, que permitem, desde logo, o fornecimento à viticultura de garfos para enxertia.
-Numa quarta fase vamos seleccionar um novo grupo de clones, integrando os melhores em cada um dos quatro parâmetros referidos e os melhores no conjunto. Este grupo, já com uma grande pressão de selecção e bastante restrito, tem sido alvo de aprofundados estudos, incluindo microvinificações e indexagens para despiste de vírus considerados nocivos para a vinha.
-Na fase final resta a homologação pelos Serviços do Ministério da Agricultura .
passado este tempo, a Viticultura Nacional passará a dispor de material de propagação vegetativa com outro gabarito genético e sanitário, o qual contribuirá para o alargamento da importância das castas e para a subida qualitativa dos seus vinhos.
Temos o exemplo da Fernão Pires, que após estudos, se foram homologar sete clones FP 0315, FP 0912, FP 2211, FP 2622, FP 8001, FP 8002, FP 8204.
A amplitude e profundidade dos trabalhos experimentais realizados permitiram conhecer e caracterizar estes clones de molde a classificá-los como se segue:
Os mais equilibrados em todas as características (culturais e enológicas) FP 2234, FP 3029, FP 8003, FP 8204
Os de melhor rendimento FP 2211, FP 8001, FP 8105
Os de melhor álcool provável FP 0315, FP 0912, FP 2622
O de melhor acidez FP 8002
Os dados apresentados foram retirados duma comunicação apresentada no V Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo, Intitulada " Obtenção de clones das castas Castelão, Trincadeira, Fernão Pires e Arinto da autoria da Engª Kátia Teixeira e outros distintos Agrónomos da referida Rede Nacional de Selecção da Videira.
Mais alguns exemplos retirados do site http://www.plansel.com/ na primeira foto temos um esquema de selecção clonal:
Neste segundo quadro, exemplo da definição de grupos de "performance" no caso do Aragonez:
B = Alto potencial de transformação alcoólica
D = Tendência para uma reduzida performance
Como se pode osbervar, este levantamento genético das nossas castas, e melhoramento das mesmas, só vai ajudar a que se conheça melhor aquilo que é nosso, e que assim a qualidade dos nossos vinhos aumente.
Numa notícia recente, no site www.elmundovino.com , dizia que a DO Rias Baixas ficou com os 11 melhores clones , que durante 8 anos, os investigadores Galegos estiveram a estudar.
Deste modo os Produtores vão ter ao seu dispor, material homologado, sem vírus, e que podem escolher de acordo com as necessidades.
Certamente que a qualidade do Albarino vai melhorar ainda mais...
01 agosto 2005
53 FIESTA DEL VINO ALBARIÑO DE CAMBADOS
A Festa do Vinho Alvarinho de Cambados realiza-se no primeiro Domingo de Agosto e é uma das festas do vinho mais antigas da Galiza e de Espanha, sendo a mesma catalogada de Festa de Interesse Turístico Nacional. Este ano será dos dias 3 ao dia 7 que é o Grande Dia do Albariño.
Festa sempre muito concorrida, com milhares de pessoas, onde estão à prova os melhores Albariños do ano. No ano passado abriram-se mais de 40.000 garrafas e certas adegas esgotaram o vinho disponível.
Mais que uma festa, além de provar este Príncipe dos Vinhos, temos à nossa disposição os belos mariscos, de grande qualidade nesta zona de Espanha.
Vale sempre a pena ir a estes eventos, por mais que não seja, pela festa, pelo divertimento e também pelo vinho.
Escolhas para este Verão
Vinhos baratos e que dão um grande prazer, uns mais frescos que outros as propostas são as seguintes:
Brancos:
É o vinho que reina quase sempre no Verão, o branquinho fresco sabe sempre bem...
Anta da Serra 2004 - Seria impensável deixar o vinho que ganhou o prémio da Confraria dos Enófilos do Alentejo, fora deste painel, visto a qualidade do 2003, este 2004 com Arinto e Fernão Pires (penso ser isto) aumentou um pouco mais a sua qualidade, afinou aromas e está com um preço de adega que ronda os 3€ . E depois não venham dizer que não avisei...
Esporão Verdelho 2004 - Mais um vinho do Alentejo, mais uma excelência na mesa, este Verdelho é o vinho excelência do Concurso de Vinhos Engarrafados do Alentejo... Claro está que mais uma vez uma o Alentejo se mostra senhor com castas que não são normais na região... esperemos pelo Alvarinho que aí vem... Este Verdelho é um vinho que custa cerca de 6€ e vai proporcionar muitos bons momentos a quem souber aproveitar enquanto há...
Coop Borba Roupeiro 2004 -Vinho que também aqui foi provado e aprovado, vale bem o seu preço, um pouco diferente dos dois tubarões que já falei, mas não deixa de ser um mau vinho... Ronda os 3€ e mostra grande qualidade face ao preço. Uma boa aposta.
João Portugal Ramos Antão Vaz 2004 - Procurei um Antão Vaz que não fosse pesado, e sem madeira, eis esta pérola do Alentejo e excelente representante desta casta. Vinho mais no tom mineral, com um preço a rondar os 5-6 euros no produtor, é uma aposta sempre fiel no que toca a qualidade ano após ano... e depois ainda vem gente dizer que estes vinhos são Parkerizados, no comments... Venha a Dourada no carvão que já se abre uma fresquinha...
Companhia das Lezírias Fernão Pires 2004 - Depois de um belo 2003, este 2004 ainda promete mais, vinho que ronda os 3-4 € no Hiper, dá uma boa prova e faz uma boa companhia. Mais uma boa aposta, e mais uma vez numa casta cá das nossas.
Alvarinho Deu la Deu 2004 - No reino dos Alvarinhos é sempre uma aposta segura e onde nunca se gasta muito dinheiro, por 6€ um Alvarinho que não defrauda.
Muros Antigos 2004 - Ganhou a prova dos Alvarinhos de uma Revista da especialidade, se procura um Alvarinho de uma maior qualidade com o aumento de mais uns euros, esta aposta está mais que ganha.
Muros de Melgaço Vinho Verde 2004 - No campo dos Vinhos Verdes este é quase sempre a escolha mais feliz, porque uns não se conhecem, outros a qualidade varia de ano para ano, este é mais fiável... e é isso que se pretende. Por coisa de 4-5 € ficamos muito bem servidos.
Rosés:
Para muitos é assunto Tabu, é vinho feito com tudo menos com uva, para os mais Snobs descobriram agora o rosé e então é moda enquanto antes se envergonhavam de pedir estes vinho num restaurante, e para aqueles que costumam beber com alguma frequência vinho deste tipo, é coisa mais que normal. Enfim, aqui fica uma amostra dos bons Rosés que por cá se fazem...
Rosé da Peceguina 2004 - Este simplesmente é uma maravilha, é provar e depois começar a beber. Vale os 5-7 € pedidos por ele, e já é um Rosé de grande qualidade.
Quinta da Alorna Touriga Nacional 2004 - Depois do 2003 ser considerado o melhor, este 2004 não se deixa ficar atrás, nota-se a casta e temos vinho de muito boa qualidade sim senhor, eu gosto muito, o preço anda na casa dos 5-6€.
Esporão Vinha da Defesa 2004 Rosé - Mantém um grande nível, merece ser conhecido, também é sempre uma boa aposta. 4-6 €
NOTA: É sempre bom quando bebidos num Restaurante ser a colheita mais recente pois tirando raras excepções, é vinho para consumo no ano. Atenção a este detalhe...