A casta em questão é a Mencía, a mais nobre da denominação Bierzo (Espanha), uma casta associada ao Camino de Santiago e aos seus "pelegrins". Na Galiza espalha-se pela região de Valdeorras (Orense) , Ribera Sacra, e estende-se até à província de León onde ocupa 2/3 do vinhedo da Denominação de Origem El Bierzo. Dá vinhos de tonalidade púrpura, de aroma intenso de delicado, digamos vinhos de nariz elegante com frutos vermelhos e com bom equilíbrio entre álcool/acidez, boa evolução em garrafa.
Para os mais distraídos esta é a mesma casta que no Dão se chama Jaen, onde curiosamente é raramente vista engarrafada a solo, apesar de ser uma das mais plantadas no concelho de Mangualde e também no concelho de Gouveia, sendo que neste último atinge uma percentagem próxima dos 90% de todas as castas tintas cultivadas. De maturação precoce e de generosa produção, torna-se sensível a zonas demasiado húmidas e férteis. Os vinhos enquanto novos, arredondam muito depressa, e diz-se que para envelhecer precisam da pujança da Touriga Nacional e da acidez da Alfrocheiro Preto, isto claro está se quisermos ter vinhos com vida longa.
O que será que se entende por vida longa ? Será que falamos de quantos anos... 5, 10, 15, 20 anos ? Recentemente tive oportunidade de beber um Tilenus Pagos de Posada 2001 e não lhe notei falta nem de pujança ou mesmo de acidez, encontrei sim um vinho que contraria simplesmente aquilo que por cá se vai dizendo. Ou só vamos ligar à Jaen quando estivermos todos saturados de Touriga Nacional ? Não se faz melhor porque não se pode ou porque não se sabe ? Felizmente há em Portugal alguns irreverentes que tentam contrariar tudo isto e tentam produzir no Dão, bons exemplares de Jaen, os quais vão ter destaque em breve no Copo de 3. Por agora coloco em prova um fiel exemplar da casta Mencía, das Bodegas Estefania, proveniente do município de Villafranca del Bierzo, vinhas com idades compreendidas entre os 60-80 anos, situadas entre os 600 - 700 metros de altitude. Foi com esta marca e com "este" crianza, que tive o primeiro contacto com a casta Mencía, foi este o responsável por querer conhecer mais vinhos, mais adegas da região, enfim, direi que foi um entrar com o pé direito e ainda bem que assim foi.
Para os mais distraídos esta é a mesma casta que no Dão se chama Jaen, onde curiosamente é raramente vista engarrafada a solo, apesar de ser uma das mais plantadas no concelho de Mangualde e também no concelho de Gouveia, sendo que neste último atinge uma percentagem próxima dos 90% de todas as castas tintas cultivadas. De maturação precoce e de generosa produção, torna-se sensível a zonas demasiado húmidas e férteis. Os vinhos enquanto novos, arredondam muito depressa, e diz-se que para envelhecer precisam da pujança da Touriga Nacional e da acidez da Alfrocheiro Preto, isto claro está se quisermos ter vinhos com vida longa.
O que será que se entende por vida longa ? Será que falamos de quantos anos... 5, 10, 15, 20 anos ? Recentemente tive oportunidade de beber um Tilenus Pagos de Posada 2001 e não lhe notei falta nem de pujança ou mesmo de acidez, encontrei sim um vinho que contraria simplesmente aquilo que por cá se vai dizendo. Ou só vamos ligar à Jaen quando estivermos todos saturados de Touriga Nacional ? Não se faz melhor porque não se pode ou porque não se sabe ? Felizmente há em Portugal alguns irreverentes que tentam contrariar tudo isto e tentam produzir no Dão, bons exemplares de Jaen, os quais vão ter destaque em breve no Copo de 3. Por agora coloco em prova um fiel exemplar da casta Mencía, das Bodegas Estefania, proveniente do município de Villafranca del Bierzo, vinhas com idades compreendidas entre os 60-80 anos, situadas entre os 600 - 700 metros de altitude. Foi com esta marca e com "este" crianza, que tive o primeiro contacto com a casta Mencía, foi este o responsável por querer conhecer mais vinhos, mais adegas da região, enfim, direi que foi um entrar com o pé direito e ainda bem que assim foi.
TILENUS CRIANZA 2004
Castas: 100% Mencía - Estágio: 12 meses barricas carvalho francês - 13,5% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração média/alta.
Nariz com aroma de boa intensidade, baunilha e fruta vermelha bem delineada e madura (groselha, framboesa) apresentado um ligeiro toque de fruta confitada em harmonia com aroma floral (lembra violetas e não é Touriga Nacional). A barrica mostra-se fina e muito bem integrada, combinando muito bem com um lado mais fresco que se faz sentir ao mesmo tempo que em segundo plano surgem aromas mais mornos como o couro, cacau, cravinho e toque fumado no final.
Boca com todos os seus atributos bem arrumados, direi bem estruturada, sabe a fruta vermelha bem madura acompanhada por leve apontamento vegetal. É um vinho que se mostra arredondado, macio, com a barrica em plena harmonia, o vinho mostra frescura, boa espacialidade e elegância. No fundo dá sinais que aguenta mais uns tempinho em garrafa, embora a prova que dá seja bastante satisfatória neste momento.
É daqueles vinhos que se deve tentar conhecer/beber, está muito bem feito, apelativo e capaz de agradar a um leque bem alargado de consumidores. Um vinho que gosta de comida, muito vocacionado para a mesa, para a chamada cozinha de tacho. Com um preço que ronda os 14€, é uma aposta mais que ganha para todos aqueles que pretendem conhecer um dos bons exemplares de Mencía sem ter de gastar muito €€€, ainda com a mais valia de que vai refinar um pouco mais em garrafa. 16 - 90 pts
Castas: 100% Mencía - Estágio: 12 meses barricas carvalho francês - 13,5% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração média/alta.
Nariz com aroma de boa intensidade, baunilha e fruta vermelha bem delineada e madura (groselha, framboesa) apresentado um ligeiro toque de fruta confitada em harmonia com aroma floral (lembra violetas e não é Touriga Nacional). A barrica mostra-se fina e muito bem integrada, combinando muito bem com um lado mais fresco que se faz sentir ao mesmo tempo que em segundo plano surgem aromas mais mornos como o couro, cacau, cravinho e toque fumado no final.
Boca com todos os seus atributos bem arrumados, direi bem estruturada, sabe a fruta vermelha bem madura acompanhada por leve apontamento vegetal. É um vinho que se mostra arredondado, macio, com a barrica em plena harmonia, o vinho mostra frescura, boa espacialidade e elegância. No fundo dá sinais que aguenta mais uns tempinho em garrafa, embora a prova que dá seja bastante satisfatória neste momento.
É daqueles vinhos que se deve tentar conhecer/beber, está muito bem feito, apelativo e capaz de agradar a um leque bem alargado de consumidores. Um vinho que gosta de comida, muito vocacionado para a mesa, para a chamada cozinha de tacho. Com um preço que ronda os 14€, é uma aposta mais que ganha para todos aqueles que pretendem conhecer um dos bons exemplares de Mencía sem ter de gastar muito €€€, ainda com a mais valia de que vai refinar um pouco mais em garrafa. 16 - 90 pts