Mais um que aguardava serenamente a altura de brilhar à mesa, desta vez com uns pasteis de massa tenra foi a vez deste tinto nascido na Ribera del Duero e criado pelas Bodegas Izquierdo. As vinhas com mais de 40 anos, são 100% Tempranillo e alimentam as duas referências que são criados nesta adega, a filosofia assenta na Biodinâmica. Foram cerca de 10.000 garrafas desta colheita de 2007, um tinto que é criado sem pressas, dono e uma enorme elegância onde a fruta madura, muitos frutos silvestres bem ácidos a marcar a passada de todo o conjunto. Pelo meio juntam-se toques de licor, alcaçuz, especiarias e ligeiro balsâmico, tudo envolvo num tom cremoso com cacau e baunilha. Lado a lado com um Rioja, sente-se a diferença para este Ribera del Duero cujo preço ronda os 30€. É sempre bom saber que a identidade da região está patente num vinho cheio de detalhes, dominado por uma elegância em que alia a acidez da fruta, com um excelente trabalho de barrica que o envolve de forma subtil. 94 pts
18 novembro 2016
16 novembro 2016
Concurso Escolha da Imprensa - Encontro com o Vinho e Sabores 2016 by Revista de Vinhos
O ‘Concurso de Vinhos “A Escolha da Imprensa” 2016’ organizado pela Revista de Vinhos, teve este ano em prova (cega) quase 350 vinhos de todas as regiões vitivinícolas nacionais, de Trás-os-Montes ao Algarve, passando pelas Ilhas. O concurso teve lugar semanas antes do EVS no hotel The Vintage Lisboa, tendo reunido trinta e seis jurados Este é um marco importante do Encontro com o Vinho e Sabores, momento que aguça ainda mais a curiosidade de produtores e visitantes, que durante o certame têm a oportunidade de comprovar a qualidade dos vinhos vencedores, que foram:
Branco: Dory Regional Reserva branco 2014
Tinto: MR Premium tinto 2012
Fortificados: Kopke Porto Colheita 1966
11 novembro 2016
Duorum 2014
Nova colheita deste vinho do Douro que se vai afirmando, ano após ano, pela sua consistência e qualidade. Localizado no Douro Superior, a Duorum Vinhos mostra-nos com este Duorum 2014 um tinto marcado pelas encostas onde as suas vinhas estão localizadas. A fruta é madura e musculada, embebida em geleia fresca, chocolate negro com bagas bem ácidas espevitam os sentidos com um ligeiro perfume floral no fundo. É um vinho cheio de sabor, bom volume de boca com energia e boa presença. No segundo plano surge tudo aquilo que ganhou com a passagem por madeira, os detalhes que lhe dão um suplemento de alma na bonita complexidade que tem. O preço que não atinge os 10€ é também ele uma boa notícia para quem gosta de bom vinho sem ter de esfolar a carteira. 90 pts
09 novembro 2016
Famille Perrin Réserve Côtes du Rhône Blanc 2014
O vinho em causa não é com toda a certeza o último raio de sol, mas sabe bem e destaca-se pela diferença de aromas e sabores, tendo em conta o que por cá costumamos encontrar. É criado pela família Perrin, cujo nome está associado ao Château de Beaucastel (Chateauneuf-du-Pape) e de onde sai um branco muito especial já aqui mencionado. Nascido como um Côtes du Rhône, o preço ronda os 12€ em garrafeira, resulta de um lote de Grenache Blanc, Marsanne, Roussanne e Viognier. De perfil muito franco, bem definido com ervas aromáticas, floral com tudo muito fresco e bem embrulhado, num misto de fruta de pomar bem madura e sumarenta. Muita harmonia, equilíbrio e frescura no palato, saboroso com ligeira mineralidade a fazer-se sentir no fundo. Acompanhou queijos, enchidos, uma terrina de caça com frutos vermelhos e muita conversa, nem ele se queixou nem nós. 90 pts
07 novembro 2016
Reichsgraf von Kesselstatt Scharzhofberger Riesling Kabinett 2007
Compramos, guardamos e ficamos à espera de uma ocasião especial em que quase sempre o vinho afinou no tempo as arestas mais espigadas. Este não foge à regra e é daqueles que deviam morar em todas as garrafeiras dos apreciadores de bom vinho. Vem da Alemanha este Riesling com preço a rondar os 17€ a garrafa, mais propriamente do produtor Reichsgraf von Kesselstatt, um dos grandes lá do sítio. Um vinho oriundo de uma vinha mítica, Scharzhofberg, situada numa encosta bem íngreme (inclinação a rondar os 35-60%) e fresca, cujos 6,6 ha são divididos por outros tantos produtores sendo este um dos que mais área detém.
É pois aquilo a que se pode chamar um Kabinett de compêndio, a mostrar aromas delicados, muito focado numa fruta fresca e bem madura (pêra e alperce em calda), ligeiro apontamento mineral em pano de fundo. Grande elegância de conjunto que apetece cheirar uma e outra vez, mostrando um misterioso lado mineral segundo plano. Todo ele muito harmonioso na boca, combina a bela acidez com o notável equilíbrio entre componentes doçura/acidez/fruta. Termina longo e com boa persistência. 92 pts
01 novembro 2016
Cartuxa Colheita Tardia 2011
Um vinho que se insere nas comemorações dos 50 anos da criação da Fundação Eugénio de Almeida por Vasco Maria Eugénio de Almeida. É por isso mesmo um vinho de comemoração, daqueles exemplares raros e únicos que se estimam até ao derradeiro momento de partilha do mesmo. Para muitos que andam mais atentos sabem que não é a primeira vez que a Adega da Cartuxa lança um colheita tardia, remontando as suas primeiras edições aos anos 80. Este segue um caminho diferente e resulta de uma parcela muito especial da casta Riesling que afectada pelo nobre fungo, Botrytis cinerea, da qual se escolheram os melhores bagos a fim de se criar este belíssimo exemplar que na sua fase final estagiou 18 meses em garrafa antes de ser lançado no mercado. Surpreende pela frescura mostrando boa presença de fruta em calda bem fresca, as notas da Botrytis fazem-se notar num conjunto fresco, envolvente e que transmite sensação de untuosidade que no palato ganha outra dimensão de prazer.Com algum tempo no copo expande ligeiramente a sua complexidade, longo, fresco, com um bonito equilíbrio entre doçura/acidez/fruta num conjunto de muita qualidade que nos prende ao copo no final do jantar. Asseguradamente um dos melhores exemplares a ser feito em Portugal, caso tenha a sorte de o encontrar, o preço ronda os 22€ em Garrafeira. 94 pts
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