Copo de 3: novembro 2008

30 novembro 2008

Adegaborba.pt tinto 2006

Adegaborba.pt tinto 2006
Castas: Aragonez (75%) e Cabernet Sauvignon (25%) - Estágio: 12 meses em depósito de inox e 3 meses em barricas - 13,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de média/baixa intensidade.

Nariz a indicar um vinho com muita fruta vermelha bem madura (morango, framboesa, groselha) presente, emparelhada com aroma de ligeiro especiado (pimentas) e algum vegetal seco. No final mostra um ligeiro toque fumado.

Boca com entrada muito aprumada e fresca, corpo mediano com espacialidade mediana, fruta vermelha bem presente em companhia de toque especiado. Vem no seguimento da prova de nariz, complementando a mesma, num perfil bastante directo, com final de boca de persistência média/baixa.

É mais um bom vinho da Adega Coop. Borba, do qual são feitas 50.000 garrafas com um preço a rondar os 4€. É claramente um vinho para se consumir durante o primeiro ano após entrada no mercado, e uma belíssima aposta para um consumo diário sem grandes preocupações. Pode ser comprado em Bag in Box de 5 litros.
15

Gadiva tinto 2005

Gadiva tinto 2005
Castas: Tinta Roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca - Estágio: uma parte do lote estagiou em barricas de carvalho francês 2º ano - 13,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média.

Nariz de intensidade mediana, sem grandes complexidade mostra-se com fruta vermelha madura (cereja e bagas) presente em sintonia com uma madeira discreta que aporta toque de tosta, cacau e nota de fumo em fundo. Pelo meio ainda se vislumbra um toque de alfazema muito suave como que a perfumar todo o conjunto.

Boca a revelar um vinho afinado, com acidez a proporcionar uma frescura ligeira em boa sintonia com a fruta vermelha que se apresenta bem madura. No final mostra uma ligeira secura derivada de alguns taninos mais reguilas que em nada incomodam, em final de persistência média.

Um exclusivo do grupo Jerónimo Martins (Feira Nova e Pingo Doce), feito pelos Lavradores de Feitoria. Uma aposta muito válida para o dia a dia com qualidade assegurada, com um preço bastante apelativo de 3,99€.
15

29 novembro 2008

Adegaborba.pt Reserva 2005

Situando a conversa no Alentejo, as cinquentenárias Cooperativas foram durante anos a fio (salvo um ou outro produtor), o garante de vinhos com qualidade acima da média, que durante anos se colocou na mesa dos consumidores. Vinhos esses que ainda nos dias de hoje, se encontram em boa forma e capazes de proporcionar autênticos momentos de prazer enófilo.
O que outrora fora sinal de qualidade, rapidamente se viu em queda, em parte por culpa de novos produtores que acompanhados nas tecnologias mais avançadas colocavam os seus vinhos mais apelativos no mercado, remetendo as Cooperativas para um marasmo do qual algumas ainda não conseguiram sair.
Mas se da parte das Cooperativas assistimos a um esforço de inovação e renovação, no que toca à sua imagem e dos seus respectivos vinhos, onde algumas marcas mais conhecidas viram o seu perfil ligeiramente retocado, o mesmo não se pode dizer do consumidor em geral, que vive preso ao preconceito e ao olhar de lado para o vinho de Cooperativa.
Em prova o mais recente lançamento do Adegaborba.pt Reserva, colheita 2005, um vinho que não fica atrás de outros tantos, mas que para muitos nunca vai deixar de ser visto como um vinho de Cooperativa.

Adegaborba.pt Reserva 2005
Castas: Trincadeira (75%), Alicante Bouschet (10%) e Cabernet Sauvignon (15%) - Estágio: - 12 meses em barricas novas de carvalho francês, americano e castanho e estágio final em cave de 12 meses em garrafa - 14% Vol.

Tonalidade granada escuro de concentração alta

Nariz a mostrar um vinho de boa intensidade, a pedir mais um tempo de garrafa necessário para uma maior harmonia, que já a tem, das suas componentes. Mostra desde já, uma fruta vermelha muito madura claramente amparada por um vegetal fresco, num perfil que denota boa presença a tosta e chocolate negro, com fundo bem fresco, mais fresco que a anterior colheita, mas ao mesmo tempo mais coeso.

Boca a mostrar um vinho de entrada ampla, ligeiro arredondamento na passagem de boca, com fruta vermelha a marcar boa presença ao lado de torrados, especiaria, café, vegetal fresco e chocolate negro. Acidez presente a proporcionar uma boa dose de frescura durante toda a prova, uma bela harmonia de conjunto com ligeira secura vegetal no final de boca a mostrar boa persistência e travo de recordação balsâmica.

Vem no seguimento da boa colheita anterior (2004), apesar de se mostrar com uma ponta de austeridade que deverá ser ultrapassada com mais algum tempo de cave. São 24.000 garrafas de um vinho que ronda os 9€ e o transforma numa grande relação preço/qualidade. O rótulo talvez não seja o seu ponto forte, mas já se costuma dizer que ''Quem vê caras não vê corações''.
16,5

28 novembro 2008

Adegaborba.pt Reserva 2004

É um facto que a cinquentenária Adega Coop. de Borba tem vindo a renovar a sua imagem ao longo destes últimos anos, principalmente no que toca aos rótulos dos seus vinhos. Esta inquietação resultou num lançamento pleno de sucesso de uma linha de mono e bivarietais, onde se destacam por exemplo o branco Antão Vaz-Arinto ou mesmo o Trincadeira-Alicante Bouschet. Mais recentemente foi a vez de ver a luz do dia a gama de vinhos Adegaborba.pt, de nome moderno e a apelar claramente a um target de consumidor mais jovem, esta gama seria completada com o lançamento do primeiro reserva, do ano 2004 agora aqui em prova:

Adegaborba.pt Reserva 2004
Castas: Trincadeira (75%), Alicante Bouschet (10%) e Cabernet Sauvignon (15%) - Estágio: - 12 meses em barricas novas de carvalho francês, americano e castanho e estágio final em cave de 12 meses em garrafa - 14% Vol.


Tonalidade granada escuro de concentração alta.

Nariz a despertar para um aroma de boa intensidade, onde se sente em grande quantidade a fruta vermelha de boa qualidade e muito madura, em conjunto com notas compotadas. Mostra-se a madeira bem integrada, conferindo baunilha, tosta, café e pimentas ,complementando o travo de vegetal fresco que percorre todo o segundo plano. Harmonioso, balança entre um tom morno e aquela suave frescura que lhe confere o toque balsâmico presente em fundo.

Boca a mostrar um vinho redondo e de corpo bem estruturado e de boa concentração nos sabores que apresenta. Fruta vermelha a marcar boa presença ao lado de tosta, especiaria, café por moer e vegetal fresco que por vezes lembra pimento. Tem boa dose de frescura presente, uma bela harmonia de conjunto com ligeira secura no final de boca a mostrar boa persistência e travo de recordação balsâmica.

É como se indica no site do produtor, um vinho que alia a modernidade à tipicidade. Claramente mais afinado aquando da sua primeira prova, é um vinho que não vira costas a mais uns tempos de cave. São 24.000 garrafas de um vinho que ronda os 9€ e o transforma numa grande relação preço/qualidade, num perfil que muitos podem chamar de Novo Mundo, mas que prefiro chamar Novo Alentejo.
16,5

27 novembro 2008

Trio Chardonnay - Pinot Grigio - Pinot Blanc 2004

Trio Chardonnay - Pinot Grigio - Pinot Blanc 2004
Castas: Chardonnay (70%), Pinot Grigio (15%) e Pinot Blanc (15%) - Estágio: Chardonnay com 20% em barrica francesa, Pinot Grigio em inox e Pinot Blanc em barrica francesa - 13,70% Vol.

Tonalidade amarelo dourado de mediana concentração com reflexos esverdeados.

Nariz a revelar um vinho pouco exuberante, diga-se até algo apagado das suas memórias, sente-se que deveria ter sido consumido enquanto novo. A base de ligação do trio de castas é a Chardonnay, num conjunto com fruta discreta e simples, mais no plano citrino com limão e tangerina, que propriamente numa vaga tropical, em final com fundo mineral muito ténue.

Boca a mostrar aquilo que o nariz já tinha indicado, um vinho claramente na fase descendente da sua vida, acidez muito ligeira tal como a sua presença, com a fruta de malas aviadas com toque citrino a marcar presença mas pouco mais que isto, em final que não deixa grandes saudades.

O preço deste vinho anda na casa dos 8-10€, e merece obviamente o benefício da dúvida e ser provado na sua versão mais recente ainda cheia de vida e força. Realce para as novas colheitas onde o Pinot Blanc dá lugar à Riesling. Pessoalmente este 2004 já pouco tem a dizer, encontrando-se num nível qualitativo abaixo da média.
12

Marques de Casa Concha - Chardonnay 2006

A história remonta ao ano de 1883 quando Don Melchor Concha y Toro, um distinto advogado chileno, decide apostar na zona do Valle del Maipo para a produção de vinho. Tanto as castas escolhidas como o enólogo seriam de proveniência Francesa e volvidos todos estes anos, actualmente a casa Concha y Toro é apenas e só a principal exportadora de vinhos de toda a América Latina e uma das marcas mais importantes a nível mundial com a marca Casillero del Diablo a afirmar-se como um dos vinhos mais vendidos no mundo.
Se por um lado a quantidade de vinho produzido é de assinalar, temos de destacar a qualidade que intrinsecamente fica ligada a essa mesma quantidade, resultando em vinhos com grande relação preço/qualidade que se destacam num mercado global cada vez mais saturado e exigente.

É no Valle del Maipo, a mais famosa região produtora de vinhos do Chile, e mais precisamente na D.O. de Pirque, das vinhas de Santa Isabel, influenciadas pelos Andes é a mais fresca zona de todo o Valle del Maipo, que nos chega o vinho em prova.

Marques de Casa Concha - Chardonnay 2006
Castas: 100% Chardonnay - Estágio: Fermentação ''sur lies'' durante 11 meses, em barrica de carvalho francês (32%) nova e restante (68%) de 2º e 3º ano - 14% Vol.

Tonalidade amarelo dourado de leve concentração.

Nariz em que se sente uma imediata sintonia entre a fruta presente e a madeira por onde passou. É com notas de ananás e nuances tropicais, pêssego e alguma outra nota de melão bem maduro, que se funde num ligeiro amanteigado, e sensações de frutos secos torrados. É neste conjunto elegante a transmitir algum aconchego, que no final se vislumbram ligeiras notas minerais, como que a complementar com um toque de frescura.

Boca a entrar muito redondo e harmonioso, com grande sintonia com a prova de nariz, onde a fruta marca presença com notas da passagem por madeira muito bem integradas. Sente-se boa dose de untuosidade com alguns frutos secos torrados, tudo em espacialidade mediana com boa presença e em final ligeiramente mineral.

Tal como o exemplar de Cabernet Sauvignon, este vinho mostra-se a um nível muito apetecível e com qualidade bem acima da média, preço a rondar os 13€. Merece prova atenta, acompanhando por exemplo, um bacalhau com natas.
16,5

26 novembro 2008

Monte das Servas Colheita Seleccionada 2006

Monte das Servas Colheita Seleccionada 2006
Castas: Touriga Nacional, Aragonês, Trincadeira e Alicante Bouschet - Estágio: passagem por madeira - 14,5% Vol.

Tonalidade granada escuro de concentração média/alta.

Nariz a mostrar um aroma de intensidade média, onde a fruta (ameixa, amora, framboesa) se mostra muito madura e concentrada, alguma sensação de compota presente e perfume floral (violetas) ao lado de ligeiro vegetal seco (tabaco). A passagem por madeira dá a todo o conjunto uma complexidade mais interessante, sugerindo notas de cacau morno, baunilha, especiaria e alguma tosta, tudo juntinho num conjunto de belo efeito.

Boca de entrada bem estruturada, apresentando espacialidade média, com fruta bem madura a sentir-se presente junto a toque especiado e ligeiro vegetal. Afinado e já pronto a beber, sente-se fresco e muito equilibrado, sem excessos e sem falhas, num final de persistência média.

É um vinho que claramente se enquadra no perfil que este produtor imprime nos seus vinhos São vinhos onde a fruta marca presença com bela concentração, e a barrica de qualidade se dá a mostrar essencialmente com toque de tosta. Todo o conjunto, e convém ter em conta o vinho em questão, pode beneficiar com tempo em garrafa, neste caso está pronto a dar prazer durante a prova, com um preço que ronda os 8€.
15,5

25 novembro 2008

Cortes de Cima 2005

Cortes de Cima 2005
Castas: 67% Syrah, 16% Aragonez, 12% Touriga Nacional, 5% Cabernet Sauvignon - Estágio: 12 meses em carvalho francês (80%) e carvalho americano (20%) - 14,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta.

Nariz de boa intensidade, evidencia um vinho com boa presença da fruta vermelha (amora, framboesa, groselha) bem madura, com sensação fresca em conjunto que se sente equilibrado e coeso. Especiaria ligeira com notas vegetais, algum caramelo de leite, tosta muito ligeira numa barrica muito bem colocada, e toque balsâmico a terminar lá no fundo.

Boca de entrada estruturada, amplo e redondo, com mais frescura que a anterior colheita, sente-se a fruta muito madura em companhia com as especiarias e o travo ligeiro do vegetal. Morde-se o chocolate preto e balsâmico de boa persistência no final de boca.

É um vinho que se mostra mais fresco que a versão de 2004, em que se o lote final é também diferente, com o domínio neste 2005 a recair sobre a Syrah , sendo que entram em campo a Touriga Nacional e a Cabernet Sauvignon e sai a Trincadeira. Num total de 122.267 garrafas a rondar os 12€ em grande superfície comercial, naquele que é uma aposta séria e que nunca deixa ficar mal, onde a qualidade constante ano após ano é de louvar por parte do consumidor.
16

21 novembro 2008

Porto & Douro Wine Show 2008


O Convento do Beato, em Lisboa, volta a ser palco de mais um evento que reúne grandes vinhos do Douro e do Porto. Numa atmosfera descontraída, num espaço confortável, com o “glamour” que os vinhos durienses merecem.

A TERCEIRA EDIÇÃO do PORTO & DOURO WINE SHOW apresenta-se no lisboeta Convento do Beato, nos dias 22 e 23 de Novembro. A iniciativa é do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), em parceria com a Essência do Vinho. O programa do evento contempla nova edição do LISBOA GOURMET, um espaço onde lojas e marcas “gourmet” poderão divulgar produtos através de degustações junto dos visitantes. Ainda nesta área será possível assistir a sessões de “Cozinha ao Vivo” protagonizadas por grandes chefes de cozinha. Do lado dos vinhos, algumas dezenas de produtores terão oportunidade de dar a conhecer os lançamentos mais recentes, proporcionando degustações livres de vinhos das denominações de origem Porto e Douro. Os mais sedentos de conhecimento poderão ainda participar em provas comentadas de vinho e nos “Wine Talk”. Música ao vivo e “wine parties” ajudarão a conferir um ambiente único.

O evento decorre nos dias 22 e 23 de Novembro em Lisboa no Convento do Beato, entre as 16h e as 21h.

20 novembro 2008

Dona Matilde branco 2007

A Quinta Dona Matilde, é uma quinta familiar localizada nas margens do Rio Douro, e está entre as mais antigas e famosas Quintas da região do Douro.
Com uma superfície total de 93 hectares, a quinta conta com 28 hectares de vinha de alta qualidade, todas classificadas com letra A - a mais alta classificação da Região Demarcada Douro.
É um projecto de Manuel Ângelo Barros e dos seus filhos (Filipe e Nuno) para produzir e comercializar vinhos DOC do Douro e Vinho do Porto de alta qualidade.
A empresa actualmente produz uma quantidade limitada de vinhos tinto e branco DOC Douro que comercializa sob a marca Dona Matilde, marca registada que pertence à família de Manuel de Barros desde 1927, ano em que o seu avô, Manoel Moreira de Barros (fundador do grupo Barros) comprou a quinta e em honra da sua mulher mudou o nome da Quinta do Enxodreiro para Quinta Dona Matilde.

Dona Matilde branco 2007
Castas: Arinto, Viosinho, Rabigato e Verdelho - Estágio: inox - 12,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino de laivos esverdeados.

Nariz com boa exuberância, fruta madura a mostrar um pendor assente em notas citrinas (limão, lima), mas a jogar também com tropical ligeiro (kiwi, carambola e physalis) e alguma fruta de polpa branca. Completa-se na boa profundidade que apresenta, com ramo de flores e sensações de ligeira geleia pelo meio. Mostra-se fresco, jovem e bem harmonioso, com mineral a rematar todo o conjunto.

Boca a mostrar um vinho com boa estrutura, médio na espacialidade e onde se sente e bem a presença da fruta (neste caso da componente citrina), em companhia de algum vegetal bem fresco. Tudo isto aparece amarrado a uma bela dose de frescura presente durante a prova, com sensação de geleia a meio palato, dando lugar de destaque ao travo mineral que impera no final, com persistência final média/alta.

É uma bela novidade este Dona Matilde, um branco a um preço que se pode chamar de sensato (indicado na casa dos 7€) e que mostra uma boa apetência gastronómica.
16

19 novembro 2008

Trilho branco 2007

Trilho branco 2007
Castas: Rabigato, Gouveio, Códega do Larinho - Estágio: 6 meses em barricas novas de carvalho francês de 225 litros - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo dourado de média intensidade com reflexos esverdeados.

Nariz a mostrar um conjunto com uma bela intensidade de aromas, sentindo-se um conjunto fresco com cesta de fruta (ananás, maçã, melão e algum citrino) bem madura e em boa quantidade , com nuance de vegetal fresco a lembrar relva cortada bem integrado e presente. A madeira por onde passou, apresenta-se em grande harmonia e integração de conjunto, aportando leve sensação de tosta, com final de lembrança acentuadamente mineral.

Boca de entrada muito frutada e fresca, equilíbrio sentido num perfil de bela estrutura e média espacialidade, dando lugar imediato a vegetal fresco que nessa mesma forma se assemelha à prova de nariz. Resulta um todo pleno de harmonia entre frescura/fruta/madeira num final com despedida mineral e de persistência média/alta.

São 3.000 garrafas a um preço recomendado pelo produtor de 15€. Um vinho que devido à pouca quantidade de açúcar residual que apresenta, torna-se um vinho com perfil mais seco e convidativo a ser servido por exemplo com uma cataplana de ameijoas.
16,5

Bajancas branco 2007

Bajancas branco 2007
Castas: Rabigato, Gouveio, Códega do Larinho e Malvasia Fina - Estágio: Cuba de Inox -

Tonalidade amarelo citrino de leve dourado.

Nariz a mostrar-se bem directo, com flores e mel das mesmas, fresco com a fruta a mostrar boa qualidade. É a fruta que domina por completo o panorama, vagueando pela lima, limão, toranja, toques de pêra e maçã verde e alguma geleia muito fina acompanhando aroma de relva fresca. O vinho termina num toque mineral, num conjunto de parca complexidade.

Boca a apresentar estrutura média/baixa, diga-se que se mostra algo ligeiro nos passos que dá durante toda a prova, com a fruta de cariz citrino a mostrar grande domínio, em claro toque acidulado, que já de si se mostra um pouco delgado. O toque vegetal ainda surge em jeito de despedida com final mineral de persistência média/curta.

Foram produzidas 2.200 garrafas com preço a rondar os 5€, num vinho de qualidade média, correcto e bem feito.
14

Bajancas 2005

Bajancas 2005
Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca - Estágio: 12 meses em barricas novas de carvalho francês de 500 litros - 13,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta.

Nariz a revelar-se de média intensidade, a sentir-se fresco no seu todo, com fruta vermelha e negra bem madura, com componente vegetal presente com toques de mato rasteiro e alguma esteva em flor. Complementa o conjunto um ligeiro torrado, chocolate preto e notas fumadas derivadas da passagem por madeira, com final a apresentar alguma mineralidade.

Boca de estrutura média, mostrando-se redondo e com grande maciez, boa dose de frescura que nos acompanha de início ao fim, fruta bem presente e bem madura, quase que a dar um toque de leve doçura ao vinho. Presença de especiaria e balsâmico ligeiro, o pendor vegetal mostra-se ligeiramente no final de boca com ligeira secura vegetal e alguns taninos por domar, final de boa persistência.

Este vinho com enologia a cargo da equipa 2PR, vem no seguimento da boa colheita de 2004. Com o preço a rondar os 8€, num total de 9.300 garrafas produzidas, nota-se neste 2005 uma presença bem maior da fruta em detrimento do vegetal, que se mostra presente mas mais comedido. Um vinho pronto a beber e que fará muito boa companhia a grande variedade de propostas gastronómicas.
15,5

15 novembro 2008

Branco da Gaivosa Reserva 2006

Branco da Gaivosa Reserva 2006
Castas: Malvasia Fina, Arinto e Gouveio - Estágio: n/d - 12,5% Vol.

Tonalidade amarelo dourado ligeiro de concentração.

Nariz a indicar que estamos presentes um vinho delicado de aromas, com a fruta madura (citrinos, melão e pêssego) com frescura ligeira a ser sentida logo de inicio, ao lado de ligeiro aroma floral (laranjeira) e alguma resina de esteva. Madeira discreta e muito equilibrada, num conjunto que prima por uma prova elegante e bastante harmoniosa, com frescura cuidada, em fundo descoberto de toque fumado com ligeiro mineral.

Boca a prestar uma prova que confirma a prova de nariz, tudo no mesmo plano de harmonia e de delicadeza, sem grandes concentrações. Com espacialidade moderada, tem uma boa dose de frescura que transmite durante toda a prova de boca, onde a fruta se mostra mais uma vez muito bem ao lado de toque de relva fresca e ligeiro mineral. O final de boca é de persistência moderada.

É um vinho que primando pela elegância de conjunto, dá a clara sensação de que lhe falta um pouco mais de expressão e vivacidade. O preço anda na casa dos 18€, o que não o transforma num alvo muito apetecível se pensarmos por exemplo no Alves de Sousa Reserva Pessoal Branco, se bem que este último apresenta um perfil completamente diferente.
15,5

14 novembro 2008

Redoma branco 2006

Redoma branco 2006
Castas: Rabigato, Codega, Donzelinho, Viosinho e Arinto - Estágio: 8 meses em barricas carvalho francês - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino com leve nuance dourada.

Nariz a mostrar-se com fruta (citrinos, pêra e alperce) bem madura e de frescura dominante, com suave madeira presente e muito bem integrada com o restante conjunto. É no seu todo um vinho de boa complexidade, com um segundo plano a ser complementado por notas florais que se fundem com uma elegante e fina tosta, dando por momentos uma sensação de ligeiro amanteigado ao conjunto que se mostra fresco e com pendor mineral a dominar o seu final.

Boca onde se sente um vinho harmonioso, com fruta muito presente a dialogar muito bem com a madeira presente mas em grande harmonia e guiada por uma belíssima acidez, que nos guia durante toda a passagem de boca. No fundo sente-se um toque mineral que sustem o conjunto, aprumado e de final médio/longo.

É um vinho muito equilibrado e harmonioso, onde a fruta marca presença ao lado de uma madeira muito bem integrada e bastante subtil pela maneira como se mostra. Envolvendo todo o conjunto temos uma acidez bastante presente que aporta uma belíssima frescura que guia o vinho durante toda a prova, culminando com num final mineral, num todo de bela complexidade. O preço ronda os 18€ numa boa garrafeira.
16,5

13 novembro 2008

Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2005 conquista 3º lugar Top 10 Wine Spectator

Todos os anos a conceituada Wine Spectator, lança uma lista dos 100 melhores vinhos do ano, onde o mais aguardado como será de prever é o anúncio do seu Top 10, sempre seguido com bastante atenção e algum entusiasmo por parte da comunidade enófila.
Durante anos, questionou-se o para quando a presença de um vinho Português nesse tão cobiçado Top 10, muitos não acreditavam e pensavam que seriam lugares destinados a nomes conceituados de outros lados, outros lugares.
A verdade é que o trabalho dentro de portas tem sido cada vez mais e melhor e os resultados começaram a aparecer ainda que tímidos ao principio. Hoje em dia, cada vez mais o mundo do vinho coloca os olhos em Portugal, e desta vez as atenções vão ser ainda maiores, pois é com a maior das satisfações que anuncio que um vinho Português consta no Top 10 de 2008 da Wine Spectator.

Factores como preço (ronda os 25€), qualidade (pontuado na WS com 95 pontos), quantidade produzida e o factor entusiasmo, fizeram com que o vinho Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2005 conquistasse este ano o 3º lugar no Top 10 2008, um vinho que é o primeiro vinho de mesa Português a entrar no Top 10 da Wine Spectator.

Os meus parabéns à Quinta do Crasto.

12 novembro 2008

Flor das Maias 2005

A história da Quinta das Maias, já vem de longe, remontando ao ano de 1897. Desse tempo pouco resta, ficou a adega antiga e as maias, ramos de giesta em flor, que todos os anos anunciam a Primavera, símbolo adoptado pelo produtor, que podemos encontrar no rótulo dos seus vinhos.
Situada entre Nabais e S.Paio de Gouveia, mesmo no sopé da Serra da Estrela e dentro do perímetro do Parque Natural, conta, actualmente, com uma área total de cerca de trinta e cinco hectares, dos quais treze com vinhas velhas e dois com vinhas recentemente plantadas. O encepamento das vinhas velhas é o característico da região, pontificando o Jaen e a Tinta Amarela nas tintas e a Malvasia Fina nas brancas. O encepamento das vinhas novas é diferente, obedecendo a uma estratégia que se pretende inovadora na produção de vinhos do Dão. Nas castas brancas dominam o Verdelho, o Barcelo e o Encruzado, enquanto nas tintas pontificam o Jaen, o Tinto Cão, a Tinta Roriz, Touriga Nacional e o Alfrocheio Preto.
O vinho em prova é o novo topo de gama desta casa, o Flor das Maias 2005.
(foto retirada deste site http://momentoseolhares.blogs.sapo.pt )

Flor das Maias 2005
Castas: Touriga Nacional, Alfrocheiro e Jaen - Estágio: n/d - 14% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração alta.

Nariz a mostrar um vinho que se sente fresco e com fruta (frutos silvestres) bem madura adornada de leve compota, socorrida de imediato de aromas florais num belo ramalhete a lembrar giestas, esteva e outras tantas. Sente-se o reconforto da madeira, que não marca em demasia o conjunto, coloca um leve chocolate preto, especiaria,tabaco e toque balsâmico, tudo muito aconchegado e quase que a dar aquela sensação de ambiente morno. Na boa complexidade que apresenta, o vinho transmite elegância e acima de tudo bastante prazer, com fundo mineral tal como a serra que o viu nascer.

Boca que indica um vinho bem estruturado, tem entrada com presença sentida de fruta em vertente silvestre, em tom fresco e bem apaladado, deambula pelos toques florais novamente acompanhado de perto com alguns derivados da madeira. Tem uma secura derivada de alguns taninos ainda mais marotos, que apesar de presente não incomoda em nada a prova, de bela espacialidade e de maioritária harmonia. O final fica entre uns ligeiros balsâmicos e um firme fundo mineral, em final de bela persistência.

É um vinho que tanto se pode beber agora com bastante prazer, como se pode deixar na garrafeira por mais alguns anos e deixar que o tempo faça a sua magia. Uma bela estreia, este Flor das Maias, que beneficiou claramente ao ser decantado 30 minutos antes de ser servido. O preço indicado ronda os 30€.
17

Quinta das Maias Malvasia Fina 2007

Quinta das Maias Malvasia Fina 2007
Castas: 100% Malvasia Fina - Estágio: 10% fermentou em barricas de carvalho francês -13% Vol.

Tonalidade amarelo citrino pálido de baixa concentração.

Nariz fresco, com aromas delicados a revelar uma fusão entre a a componente vegetal (espargo e relva cortada) que parece perdurar durante toda a prova ao lado da fruta madura e delicada, bem fresca (citrinos e algum toque de alperce) com alguma geleia presente. Conjunto envolvido num toque floral que perfuma e aporta mais um pouco de complexidade, ao mesmo tempo que se sente um abraço de leve tosta que ampara todo o conjunto, assente em recordação mineral.

Boca com entrada média, moderado na acidez presente em toda a passagem de boca, o vegetal presente com fruta (citrinos) lado a lado, sensação de leve tosta, mostra um perfil bastante afinado e muito prazenteiro, com fundo de rasgo mineral.

É sem delongas um dos melhores exemplares de Malvasia Fina que podemos encontrar em Portugal. Bastante afinado e delicado no fruto que o acompanha, um vinho a beber em novo para aproveitar toda a sua frescura, mas que não deixará de ser curioso averiguar a sua evolução em garrafa, durante 1 a 2 anos. Servir a 12ºC a acompanhar por exemplo, umas Amêijoas à Bulhão Pato.
15,5

05 novembro 2008

PROVA TEMÁTICA: Denominação de origem Dão 100 anos de grandes vinhos!

É verdade que a prova temática, respectiva ao mês de Outubro não chegou a ser publicada, tudo se deve às provas especiais organizadas pela Revista de Vinhos, inseridas no programa deste ano do Encontro com Vinho e Sabores, motivo suficientemente forte pelo que optei por colocar como provas temáticas as duas provas especiais onde tive o prazer de participar.
Desta maneira a prova alusiva ao mês de Outubro será a Denominação de origem Dão 100 anos de grandes vinhos!, e a prova de Novembro os 100 Anos do Moscatel de Setúbal.

É no presente ano que se comemoram os 100 anos da Denominação de Origem do Dão, foi no passado dia 18 de Outubro que a data foi comemorada, mas têm sido vários os eventos alusivos à efeméride.
A Revista de Vinhos, organizou uma prova especial onde daria ênfase a essa mesma celebração, uma prova que foi guiada pelo director da Revista de Vinhos, Luís Ramos Lopes, responsável pela escolha dos vinhos em prova.
(na foto ao lado, a fantástica tonalidade do Centro de Estudo de Nelas 1963)

A introdução foi breve e focou essencialmente a história da região, com uma alusão quase que obrigatória sobre o Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão (Centro de Estudo de Nelas).
O Centro de Estudo de Nelas, nasceu no ano de 1964 com a necessidade de se fazer um estudo mais detalhado sobre o vasto património de castas que o Dão tinha e tem actualmente.
É no ano de 1948, que se começa a dar atenção a uma casta branca, que tem vida difícil nos primeiros anos de vida, mas que se torna depois uma grande mais valia, conhecida pelo seu grande equilíbrio álcool/acidez, que lhe conferem características de bom envelhecimento, esta casta é a Encruzado.
Uma casta que seria olhada, contrariamente às restantes, como a única capaz de se dar bem em versão solitária/varietal, sendo a opinião que no Dão o vinho de lote terá sempre como mais valia o facto de poder aproveitar as características das várias castas que dele fazem parte.
Na foto ao lado pode-se reparar no cuidado que se tinha já naquela altura no Centro de Estudo de Nelas, em optar por colocar rolhas de alta qualidade, pois entendia-se que seriam (e são) um garante de longevidade para os vinhos. A prova que se segue disso é testemunha.

A primeira ronda de vinhos em prova, foi constituída por brancos, com destaque para os dois exemplares provenientes do CEN, ambos vinho de lote com a sua base a incidir claramente no Encruzado. Os restantes vinhos foram como que uma amostra do bom trabalho que se faz hoje em dia na região, apresentando-se 3 diferentes perfis para a mesma casta (Encruzado).
Irei colocar breves comentários sobre cada um dos vinhos, sendo que apenas os vinhos do Centro de Estudo de Nelas vão ter direito a nota de prova independente.

Brancos:
Os dois primeiros brancos em prova foram o Centro de Estudo de Nelas 1964 e o Centro de Estudo de Nelas 1980 (foto ao lado).
O primeiro foi uma grata surpresa, um vinho que deu uma prova interessante mais pela idade e pelo que aporta na perspectiva didáctica do que propriamente pela qualidade em si, a destacar os seus 14% Vol. Já o 1980, fruto de um grande ano na região e também mais novo, apresentava-se de outra forma, mais jovem, mais fresco, com ligeiros toques petrolados e uma mineralidade muito interessante no final.
Se pudesse escolher uma garrafa para ter e beber com um pargo assado no forno, seria sem dúvida alguma o 1980.
Entrando naqueles que se podem denominar os novos brancos do Dão, começou-se com um belo exemplar de Malvasia Fina, o Quinta do Cerrado Malvasia Fina 2007, muito fresco, com notas florais e minerais a ampararem toda a fruta que dele faz parte. Uma casta que parece tem melhores resultados no Dão que no seu vizinho Douro.
De seguida entraram 3 vinhos em que se pretendia mostrar diferentes abordagens para uma mesma casta, a Encruzado, seriam servidos o Munda 2007, um vinho novo na região que claramente se mostra marcado pela madeira onde fermentou, mas não uma madeira pesada e dominadora, é mais uma madeira que envolve a fruta, muita baunilha, tosta, amanteigado e a sentir-se toda a frescura e jovialidade do Encruzado lá ao fundo. Já o Quinta dos Roques Encruzado 2007 é um clássico dos vinhos do Dão e uma referência a nível nacional no que toca a brancos, e um dos meus brancos de eleição, por todo o seu conjunto e harmonia entre acidez, alcool e o toque ligeiro de madeira que lhe aporta aquela complexidade suave e ligeira mas que lhe assenta que nem uma luva, mas sempre com uma mineralidade muito viva e presente. Por último o Condessa de Santar 2007, onde se junta ao Encruzado a casta Cerceal, resultante um conjunto que lembra um cocktail de fruta fresca com toque floral, uma boa dose de perfume, com a presença da madeira a dar polimento a um conjunto de grande nível e finura.

Tintos:
A prova teve início com dois vinhos de respeito, pela sua história e pela sua idade, o primeiro foi o Centro de Estudo de Nelas 1963, um vinho marcante por tudo aquilo que tem (reparem que podia ter escrito ''ainda tem''). Apresentado com pompa e circunstancia pelo orador de serviço, este vinho foi capaz de mexer com tudo aquilo que eu não estava ou talvez estivesse à espera para um vinho com 45 anos de vida. A realçar toda a sua acidez, mostrando-se alguma fruta ainda presente, rodeada de toques de verniz, com a tonalidade que apresenta sem uma marca muito pesada dos seus 45 anos de idade, um vinho marcante bem mais pelo seu lado didáctico do que pelas virtudes apresentadas. Nota curiosa com o álcool a fugir dos tão aclamados 12,5% para uns 15,4% Vol (que durante a prova nem sinal deles). O segundo vinho seria um autêntico clássico da região e dos vinhos antigos de Portugal, falo do Porta de Cavaleiros Reserva 1970, um vinho que pela tonalidade bem mais atijolada se mostrava uma mais clara passagem do tempo. Mesmo a nível de aromas e prova de boca, o vinho em comparação com o anterior mostrava-se já, bem mais desgastado, com menos para dizer, mas mesmo assim com uma forma bastante respeitável para os seus 38 anos.
Deu-se passagem para dois varietais, um Quinta dos Carvalhais - Tinta Roriz 1998, fino, fresco e bastante elegante, invocando nos seus aromas claramente a casta, mas com todo o background característico dos vinhos do Dão. O segundo varietal foi o Quinta das Maias - Jaen 1997, que impressionou pela exuberância farta no nariz, uns toques adocicados, semelhante a uma tarde de iogurte com frutos silvestres, e o rol de aromas desfilava no copo cada vez mais e melhor, o que me leva pessoalmente a gostar mais deste Jaen que do Tinta Roriz.
O seguinte lote de vinhos servido não foi completamente provado (Quinta das Marias Garrafeira 2005, Paço dos Cunhas de Santar - Vinha do Contador e Carrossel - Álvaro Castro ), pois por ter outros compromissos e com uma prova tão extensa no tempo tornou-se impossível permanecer até ao final da mesma. Fiquei-me pela prova do Quinta da Garrida Reserva Touriga Nacional 2005, que deu um salto qualitativo (parece que em preço também) enorme em relação às colheitas anteriores. É talvez um dos melhores exemplares de Touriga Nacional que tenho provado nos últimos tempos, jovem, cheio de garra, a transbordar aromas pelo copo fora, transpira exuberância e frescura. É daqueles vinhos que é uma flor de cheiro, mas na boca confirma tudo aquilo que poderiamos esperar ou querer que fosse, e ele consegue ser, firme, cheio, redondo, fresco e bastante equilibrado, um Touriga Nacional no seu melhor.

Em geito de despedida, o centenário Dão está de parabéns, é cada vez mais uma região que aprecio, pelos seus brancos frescos e minerais, marcados pela terra que os vê nascer, e tintos capazes de mostrar uma elegância entre fruta, acidez e alcool muito boa. O melhor de tudo isto é que os exemplos de evolução ao longo do tempo são muito positivos o que nos retira o medo de poder deixar alguma garrafa esquecida na garrafeira por muito tempo.
 
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