A Gonzales Byass foi fundada em Jerez no ano de 1835 por Manuel Maria Gonzalez quando tinha apenas 23 anos de idade. Uns anos depois entra na empresa um novo sócio então distribuidor no Reino Unido de seu nome Robert Blake Byass. O tempo passou e hoje a Gonzales Byass é apenas comandada pela quinta geração da família Gonzalez cujo grande legado dos seus antepassados resulta numa enorme quantidade de vinhos velhos de enorme qualidade. A empresa detém cerca de 800 ha de vinhedo com 95% Palomino e 5% de Pedro Ximenez, sendo este o único produtor de Jerez a produzir esta variedade. O processo de elaboração começa numa vindima tardia das uvas Pedro Ximenez que são submetidas ao processo do "soleo" onde se deixam as uvas sobre esteiras ao sol, neste caso foram 20 dias. O resultado final é um vinho extraordinariamente denso que irá passar mais de 30 anos na centenária Solera de Noé. Por ano apenas 2000 garrafas vêm a luz do dia, com preço de 55€ na loja do produtor.
A pergunta inicial é quase sempre a mesma, o que esperar de um vinho com mais de 400 g de açúcar por litro? O melhor é apertar o cinto pois a experiência é sempre intensa, num vinho que se entranha e conquista de forma arrebatadora a nossa boca, todo o palato fica imediatamente refém. A complexidade aumenta conforme a qualidade e idade do vinho em questão, neste caso é um vinho com grande definição de aromas e sabores, com um balanço extraordinário de todas as componentes. Os aromas surgem por camadas com muito Bolo Inglês, as mais variadas frutas passificadas, caramelo líquido, café, caixa de charutos, muitas especiarias, muita frescura que aguenta todo o peso de forma brilhante. Boca poderosa, concentrado, muito saboroso, forra o palato, algum caril, toque do nougat, nozes, a doçura bem acompanhada por uma muito boa acidez, suave toque de nozes no fundo, longo e interminável final. Para acompanhar nada melhor que um fondant de chocolate ou uma bola de gelado de baunilha. Arrebatador. 95 pts