É bem recente a renovação da cara daquele que é um dos mais reconhecidos rótulos do vinho do Dão, o Grão Vasco. A origem da marca remonta ao final dos anos 50, com a compra da Vinícola do Super-Dão Ltd., e que homenageia o pseudónimo adoptado cinco séculos antes pelo famoso português Vasco Fernandes (1480-1543). O retrato de "S. Pedro", considerado a sua obra-prima, faz até hoje parte da imagem de marca, ainda que neste novo reformular da marca tenha sido deixado para segundo plano apenas de soslaio na cápsula da garrafa. Quanto aos vinhos são de fácil abordagem, vinhos feitos a pensar no consumo diário, muito directos e francos, feitos com o objectivo de agradar ao mais alargado número de consumidores e nestes casos apenas a dizer que cumpre com os requisitos. O Grão Vasco branco 2013 elaborado a partir das castas Encruzado, Malvasia, Bical e Sercial é fresco e apelativo, muito centrado na fruta em modo salada, boca em sintonia 86pts. O Grão Vasco tinto 2010 é muito harmonioso, frescura ligeira com a fruta também aqui a comandar, corpo mediano idêntico ao final de boca.. 86pts
30 setembro 2014
20 setembro 2014
Pala da Lebre branco 2013
E assim do nada eis que alguns produtores decidiram, e ainda bem que o fizeram, apostar em rótulos mais arrojados, alguns deles cheios de bonecada. Uns mais atrevidos que outros esta nova vaga parece que veio para ficar, de certo modo dá a sensação que se perdeu a "vergonha" e se decidiu arriscar, será pois esta uma normal e necessária adaptação aos tempos modernos, a busca do respectivo nicho de consumidores que será certamente o caminho mais certeiro a percorrer. Neste reboliço chega do Douro o Pala da Lebre branco de 2013, um vinho com imagem renovada, rótulo divertido e diferente do direi tradicional ou até mais formal. O vinho, cujo preço fica abaixo dos 6€, corresponde de uma forma graciosa, a mostrar frescura, certinho e direitinho, com aromas convidativos e perfumados num conjunto bastante agradável. Sem desmesurada complexidade é um vinho à imagem do seu rótulo, divertido. 89 pts
16 setembro 2014
Marquês de Borba branco 2013
Depois de uma breve pausa retoma-se o leme e enfrentam-se as ondas de um tempo mais atribulado que nunca, matreiro para quem por esta altura desespera por poder sair para o campo e vindimar o fruto de 2014. Enquanto isto abro um Marquês de Borba branco 2013, vinho correcto e simpático, menos nervoso e muito mais afinado se o comparar com as primeiras colheitas. Na altura não havia o Loios nem o Vila Santa formato branco, havia um saudoso Antão Vaz e o branco mais sonante e que metia respeito era o tal Marquês de Borba.
Esse estatuto continua no dia de hoje, a solidez da marca resiste às ligeiras e naturais flutuações das colheitas, o preço sem grande oscilação a rondar os 5€ com uns 12,5%Vol. torna o Marquês de Borba um daqueles que não falha e cumpre todos os requisitos que leva os consumidores a apostarem nele. Do lote de Arinto, Antão Vaz e Viognier, assenta num aroma frutado (tropical e citrino) com leve floral envolto em boa frescura que o acompanha por todo o palato, marcado pela boa e sumarenta presença da fruta, delicado e muito equilibrado com boa secura no final de boca. 89 pts
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