Da glória que viveu no passado, a Bairrada tem vindo lentamente a tentar cativar a atenção dos consumidores. Nos últimos anos é de assinalar a tentativa de revitalizar a região, com alguns novos nomes a surgirem no panorama Bairradino que se vieram a juntar a nomes sonantes daquela zona e com isso alguns dos seus produtos foram ganhando algum destaque. Este vinho é disso exemplo, da famosa Quinta de Baixo, agora nas mãos da Niepoort. Aliado ao carácter bem vincado que mostra ter, tem o preço que por estas bandas ainda não se compara por exemplo aos Douro da mesma casa, a festa pode ser muito interessante como é o caso deste Poeirinho 2015 cujo preço ronda os 27€. Um vinho que dá um tremendo gozo no copo, pleno de fruta vermelha, expressiva com tom austero a mostrar ligeiro vegetal fresco acompanhado de alguma caruma. Corpo coeso e expressivo, ao mesmo tempo preciso e harmonioso, cheio de vida e sabor, fresco e com nervo que o suportará longos anos em garrafa. Neste momento é um deleite com umas burras estufadas. 95 pts
21 junho 2019
18 junho 2019
Monsaraz Premium 2014
Sobressai ao falar-se dos vinhos da CARMIM o perfil clássico a que o Reguengos Garrafeira dos Sócios nos acostumou ao longo de décadas. Este Monsaraz Premium vem mostrar um perfil mais moderno, mas ao mesmo tempo requintado e sedutor. O vinho em causa passa por madeira que o marca sem alarido, apenas o suficiente para envolver com elegância, aconchegando a fruta bem carnuda e suculenta em tons negros e silvestres, o cacau com notas de licor de cereja e café. Boca cheia de sabor, bom volume e marcante no palato com rasto suculento da fruta, as notas de mocaccino a aveludarem e arredondar os cantos. A frescura presente dá-lhe vida e profundidade, um belíssimo tinto com preço a rondar os 25€. 94 pts
Domaine des Herbauges Château de la Pierre Muscadet Côtes de Grandlieu Sur Lie 2018
Ora um branco vindo de França, mais propriamente do Loire, criado a partir da casta Melon de Bourgogne. O produtor é o Domaine des Herbauges e o vinho nasce no Château de la Pierre a partir de uma vinha velha com idade a rondar os 70 anos de idade. Apenas estagiado em inox, com batonnages periódicas entre 8 a 14 meses, até ser lançado no mercado. É um branco muito focado na fruta com tom tropical e raspas de citrinos, boa frescura a embrulhar tudo com fundo mineral. Boca com a fruta a mostrar-se logo de inicio, certinha, limpa e a conferir bom travo para terminar fresco e seco. Uma daquelas compras perfeitas para acompanhar uns mexilhões ao natural, uma sardinhas assadas, umas conquilhas ou uma salada de polvo, tudo possível por um vinho de perfil clássico bem divertido de se ter no copo e que se deixa beber com bastante satisfação. Preço a rondar os 3,99€. 90 pts
17 junho 2019
Quinta do Ameal Escolha branco 2016
A Quinta do Ameal (Ponte de Lima) é sinónimo de vinhos brancos de altíssima qualidade onde disponta a casta Loureiro. Este é o Escolha, lote fermentado em barrica usada que acaba por ganhar uma complexidade extra, porque a longevidade essa já é uma garantia dos vinhos deste produtor. Apareceu-me com uma nova roupagem, muito puro de aromas e sabores, fiel ao que sempre foi e a mostrar os atributos com que facilmente cativa os consumidores, equilíbrio, uma belíssima frescura e um extra de corpo ligeiramente mais cheio a pedir uma boa caldeirada. São 16,50€ num daqueles brancos que é um prazer ter no copo e na garrafeira por muito tempo. 93 pts
07 junho 2019
Romano Cunha 2010
Os vinhos de Mário Romano Cunha (Mirandela) são vinhos com uma vontade muito própria onde podemos afirmar como dizem do lado de lá da fronteira, com os taninos bem postos. São vinhos onde o tempo é que manda, por isso não se estranhe que depois da colheita de 2009 tenha saido o 2008 e só agora o 2010, preço na casa dos 20€. Um tinto que invoca castas como a Tinta Amarela, Tinta Roriz e Touriga Nacional que estagiaram em madeira por algum tempo. Quando olho para estes Romano Cunha não consigo deixar de me lembrar dos Ultreia (Bierzo) também criados por Raúl Pérez.
A qualidade da fruta sempre muito elegante, fresca e com grande definição aromática, aliada a uma madeira que soube fazer o seu trabalho, afinando e dando suporte a um conjunto amplo e muito agradável. Bonita a complexidade, com notas de cacau, flores e vegetal fresco, explodem as frutas silvestres com elegância e frescura, saboroso e com boa intensidade, evolui de forma calma e serena no copo. Está para durar e encantar, haja coragem para as manter guardadas. 94 pts
A qualidade da fruta sempre muito elegante, fresca e com grande definição aromática, aliada a uma madeira que soube fazer o seu trabalho, afinando e dando suporte a um conjunto amplo e muito agradável. Bonita a complexidade, com notas de cacau, flores e vegetal fresco, explodem as frutas silvestres com elegância e frescura, saboroso e com boa intensidade, evolui de forma calma e serena no copo. Está para durar e encantar, haja coragem para as manter guardadas. 94 pts
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