Copo de 3: dezembro 2009

28 dezembro 2009

TERRAS DO AVÔ branco 2008

Em prova mais uma "novidade" que nos chega da Madeira, um branco feito de Verdelho da Madeira, talvez o "verdadeiro" Verdelho que nos devemos orgulhar de o ter e que deve ser preservado e divulgado.
Este branco VQPRD Madeirense é produzido na freguesia do Seixal na costa norte da Ilha da Madeira, a partir da casta Verdelho da Madeira. Dá pelo curioso nome de Terras do Avô, e é produzido pela Sociedade Duarte Caldeira e Filhos - Seixal Wines, Lda. Com a enologia a cargo de Paulo Laureano e João Pedro Machado, foram produzidas e engarrafadas 4959 garrafas na Adega de São Vicente, no dia 15-02-2009. Os originais rótulos foram desenhados pelo artista plástico madeirense Marco Fagundes Vasconcelos, com os verdes destinados aos brancos e os vermelhos aos tintos.

TERRAS DO AVÔ branco 2008
Castas: 100% Verdelho Madeirense - Estágio: Inox - 12,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino de concentração média/baixa.

Nariz de mediana intensidade, fruta a invocar certa dose de tropicalidade, toque vegetal fresco, conjunto algo contido que se mostra em ambiente fresquinho com mineralidade ligeira e a fazer-se sentir em fundo.

Boca com entrada a mostrar uma fruta assente na tropicalidade e que se mostra bem presente, bom na estrutura, corpo mediano em sintonia com a prova de nariz. Bom equilíbrio entre fruta e acidez, poderia apresentar um pouco mais de largura e comprimento em boca. Final mediano com recordação mineral.

Uma estreia muito simpática e direi mesmo, promissora. Apesar de bem feito e do prazer que deu e dá durante a prova, o único senão é mostrar-se algo contido, quer na forma como se expressa a nível de aromas quer na forma como se comporta na boca. A temperatura de serviço recomendada para , os 10/12ºC, mostra-se perfeito para acompanhar umas ameijoas ao natural. O preço recomendado ronda os 10€. 15,5 - 89 pts

26 dezembro 2009

Quinta da Murta Clássico 2007

Entrando em jeito de conclusão das provas efectuadas aquando da visita à Quinta da Murta (Bucelas), falo do topo de gama da casa no que a vinho branco diz respeito. Este é o Quinta da Murta Clássico, um branco que se tornou uma autêntica lufada de ar fresco e que destaco como das boas surpresas do ano, vindos ali de Bucelas, não por ser novidade mas porque ainda não tinha tido contacto com a nova versão do Fermentado em Barrica deste mesmo produtor.

Quinta da Murta Clássico 2007
Castas: 100% Arinto - Estágio: 3 meses com batonage em carvalho françês e americano - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino com leve apontamento dourado.

Nariz com aroma a mostrar uma boa complexidade, nota-se uma barrica a envolver os citrinos bem frescos e maduros, onde ressalta de imediato um aroma a fazer lembrar broas de canela, com alguma baunilha à mistura. Segundo plano com vegetal fresco/talos cortados, flores brancas, mel e mineralidade em fundo com uma sensação de frescura.

Boca com acidez bem presente, citrinos vivos e frescos em boa espacialidade de conjunto. A madeira onde descansou, confere-lhe mais volume que o apresentado pelos outros brancos da Quinta da Murta, apresentando-se também com um leve polimento e ligeira sensação de untuosidade, mas não o suficiente para lhe tirar qualquer vivacidade, sendo no final de pendor seco, fresco e mineral.

Pelo bom potencial de envelhecimento que mostrou com as colheitas anteriores colocadas em prova, direi que é vinho que se pode consumir com todo o prazer desde já, ou ir apreciando e acompanhando a sua evolução ao longo dos próximos anos. O preço ronda os 15€, que não sendo barato se mostra adequado à qualidade apresentada. É de aproveitar e ir comprar no produtor que fica quase sempre mais em conta, vale a pena ir visitar a Quinta da Murta, provar e comprar in loco os vinhos aqui falados e provar as novidades. Um vinho para os tempos mais frios, que namora bem com um peixe no forno. 16,5 - 91 pts

21 dezembro 2009

FELIZ NATAL

O Copo de 3, deseja a todos os leitores deste espaço e respectivas famílias, um Santo e Feliz Natal.

17 dezembro 2009

Quinta da Murta branco 2008

No seguimento da prova realizada durante a visita à Quinta da Murta (Bucelas), o próximo vinho de que irei falar é o Quinta da Murta branco, do qual tive a oportunidade de provar as colheitas de 2005, 2006, 2007 e 2008, em que apenas irei destacar 0 2008 e o 2005.
Este branco é um 100% Arinto, apenas com passagem por cuba de Inox, que é sem dúvida alguma a melhor maneira de sentir a pureza da casta sem as intromissões da madeira. Na verdade a casta Arinto não é uma casta muito expressiva, embora com elevada acidez e de acentuada mineralidade no seu perfil. É devido à sua alta acidez que muitas vezes a encontramos a fazer parte do lote de muito vinho branco, quer no Ribatejo ou no Alentejo onde faz par muitas das vezes com a Antão Vaz. Mas é em Bucelas que a casta Arinto tem fama e tem proveito, embora os brancos desta região andem meio esquecidos pelos consumidores que se dizem "mais atentos".

Quinta da Murta branco 2008
Castas: 100% Arinto - Estágio: n/t - 12,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino de baixa concentração com retoque esverdeado.

Nariz de perfil fresco, tem a fruta madura bem presente a lembrar citrinos (lima e limão) seguida de vegetal (talos frescos e ripados) e leve floral em fundo marcadamente mineral.

Boca de estrutura média/baixa, mas com acidez que se mostra com vivacidade e cítrica, sentindo-se a fruta fresca e que vai no sentido da prova de nariz. O vegetal marca novamente presença, a servir de acompanhamento à fruta, num vinho de perfil seco e com fundo mineral, em persistência final média.

É um claro exemplo de vinho branco para acompanhar peixe e marisco, servido à temperatura que merece e de preferência durante os tempos mais quentes. Tem a mais valia de que se aguenta bem em garrafa, tem matéria para tal, o que se vai poder constatar com a prova do 2005.
15,5 - 89 pts

Quinta da Murta branco 2005
Castas: 100% Arinto - Estágio: n/t - 12,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino com leve nuance dourada.

Nariz com aroma centrado nos citrinos, vegetal já não tão fresco e com alguns toques secos, sente-se um ligeiro rebuçadinho de limão, desperta certa untuosidade com fruto seco pelo meio e a tal mineralidade que lhe fica tão bem no fundo. Refinou muito ligeiramente com o tempo em garrafa, perdeu em fulgor e mostra agora tudo um pouco mais cansado de estar ali, a fruta começa a perder frescura e ganha leve doçura, entram frutos secos, o vegetal perde frescura... a idade tem destas coisas.

Boca com acidez presente, fruta a mostrar boa frescura com limão e lima, mineralidade sentida, algum arredondamento de conjunto a meio palato. Boa intensidade, final de boca de boa persistência com leve limonado.

Não há duvidas que se aguentou bastante bem com a passagem de 4 anos em garrafa, apesar de se notar já o curvar da idade, mas como na altura da prova se discutiu, a casta não dá para muitas complexidades ou exuberâncias, tem acidez suficiente para evoluir durante algum tempo em garrafa, ganhando algumas nuances e perdendo outras. Um vinho a passar a fase adulta , a dar desde já uma prova bem prazenteira. 15 - 87 pts

16 dezembro 2009

Quinta da Murta fermentado em barrica 2003

Foi a convite do enólogo Hugo Mendes, que visitei recentemente a Quinta da Murta (Bucelas).
A Quinta da Murta é uma propriedade vinícola com 27 hectares, situada a 2,5 km de Bucelas e aproximadamente 20 km a norte de Lisboa. A propriedade possui 14,5 hectares de vinha, implantadas a 250 metros de altitude nas encostas do vale da ribeira do Boição, onde beneficia de solos, exposição e de microclima com características próprias. São constituídas por encepamentos das castas Arinto, Rabo de Ovelha, Touriga Nacional e Syrah, produzindo vinhos brancos DOC Bucelas e tintos Regional da Estremadura. A primeira colheita data de 1994. A Quinta está inserida na Rota dos Vinhos, constituindo também um destino de turismo rural, nas vertentes de provas, vendas de vinho e eventos, oferecendo um enquadramento paisagístico de belo impacto.
Após uma visita bastante animada pelas instalações, sempre acompanhado pelo Hugo Mendes, jovem dinâmico e bastante apaixonado em fazer e mostrar o que faz, que no final da visita tinha já preparada uma prova alargada tanto em referências da casa, como espaçada em várias colheitas. Que melhor maneira de verificar o comportamento de cada marca ao longo do tempo senão esta, e da qual resultaram algumas notas de prova que irei colocar aqui. Agradecer em meu nome e da minha mulher, pela simpatia e atenção prestada. Em jeito de conclusão, no geral pode-se afirmar que o peculiar terroir que ali encontrámos se manifesta tanto nos brancos como nos tintos, notando-se nos brancos um perfil mais seco, fresco, limonado e com ligeira austeridade mineral em fundo, enquanto os tintos mostram uma Touriga Nacional menos expressiva, coesa e de abordagem menos fácil que tantas outras que por aí andam, mas com igual pendente mineral em fundo. São vinhos com identidade bem marcada, à espera de serem conhecidos aqui mesmo ao virar da esquina.

Quinta da Murta fermentado em barrica 2003
Castas: Arinto - Estágio: barricas novas carvalho francês durante 3 meses, com batonage - 12% Vol.

Tonalidade amarelo dourado de média concentração.

Nariz a mostrar aroma com evidentes notas de evolução, toque petrolado ligeiro, envolvente na calda/melado e fruta cristalizada, sensação de untuosidade com frutos secos torrados. Fruta ainda com alguma vivacidade, sente-se frescura, citrinos (limão, lima), flores brancas, tudo muito arranjadinho numa fina complexidade, com toque mineral de fundo.

Boca com acidez bem presente logo na entrada, o vinho tem uma boa sensação de untuosidade que se conjuga com fruta a lembrar limão, floral e fruto seco. Mostra-se de corpo mediano e fresco, fina complexidade e secura, num final longo e marcadamente mineral, estando em plena sintonia com a prova de nariz.

Já tinha tido o prazer de o provar, voltei a encontrar-me com ele e ainda bem. Arriscaria a dizer que é dos melhores exemplares que provei, com idade, da região de Bucelas, um vinho ainda com vivacidade tanto de acidez como da fruta. O tempo fez-lhe maravilhas, lapidou-o e deu-lhe outros encantos que fizeram as minhas delícias durante a prova. Poderia aguentar mais algum tempo em cave, mas é nesta altura que o vou querer aproveitar com um pargo assado no forno. 16 - 90 pts

15 dezembro 2009

Adega de Vila Real Grande Reserva 2007

Podia falar deste vinho como um Grande Reserva branco que foi produzido na Adega Cooperativa de Vila Real (Douro), mas não. É que depois de se ter caído no exagero de dizer à boca cheia que tínhamos por cá o "melhor tinto do mundo" proveniente ali dos lados de Palmela, eis que a parelha não podia ficar desfalcada e rapidamente se encontrou em mais um dos tais concursos, talvez até tenha sido no mesmo, o "melhor branco do mundo". Embora este campeão por mérito próprio não tenha sido afectado pela onda especulativa como o seu camarada tinto, a verdade é que voltou a aparecer em tudo o que é comunicação social como "o melhor branco do mundo é nosso" e vem ali da Adega Cooperativa de Vila Real.
Não querendo tirar mérito ao vinho em causa, vencedor do Concurso Mundial de Bruxelas na categoria de Best White Wine 2009. Isto vale o que vale e não deixa de ser um concurso com mais ou menos prestigio, isso agora cabe a cada um decidir, mas ao menos naquela prova foi o que se porto melhor ou foi mais ao gosto dos que o provaram.
Chega a altura de ver se o vinho em causa é mesmo o melhor branco do mundo, ou é apenas e só o vencedor da sua categoria num concurso realizado em Bruxelas.

Adega de Vila Real Grande Reserva 2007
Castas: Viosinho, Malvasia Fina e Fernão Pires - Estágio: passagem por madeira - 12,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino com toque dourado de mediana concentração.

Nariz de mediana intensidade, revelador de uma barrica com peso suficiente para tapar grande parte da exuberância da fruta. Mostra sensação de untuosidade, baunilha duracell e torrada com manteiga, o suficiente para saturar ligeiramente na prova de nariz. A fruta meio atordoada mostra-se fresquinha com toque tropical (ananás) e citrinos (limão, laranja, toranja) meio em calda, talos verdes e flores, depois vem a madeira e manda tudo recolher que já é hora.

Boca entra gordo com mediana espacialidade e frescura ligeira, quase que limonado, fruta aqui um pouco mais presente, com leve toque melado. Parece perder-se nos fundos, dando a sensação que o próprio vinho não conhece os cantos à casa, onde mostra novamente alguma fruta branca (melão). A precisar para o meu gosto, de um pouco mais de vivacidade e harmonia entre madeira/fruta/acidez.

Um vinho que mais parece um TGV anafado a passar na boca, entrada com algum peso e vagueia ao lado de uma brisa fresca mas quando o queremos apanhar, já não está lá. Peca na falta de identidade, não gostei de me sentir tapado pela madeira, nem de sentir a fruta sufocada por aquelas baunilhas teimosas. Talvez um pouco mais de vivacidade na boca, e acima de tudo um pouco mais de entusiasmo na forma como se mostra. Não desgostei, até porque é daqueles vinhos de fácil agrado pois de tanto retoque, acaba por apelar à gulodice. Está claramente fora do patamar do melhor branco do mundo, ou mesmo dos melhores brancos de Portugal. Nota curiosa para o facto de 2 semanas depois de ter aberto a garrafa, o vinho que ainda restava tinha exactamente o mesmo aroma a baunilha que quando foi aberto. 15 - 87 pts

11 dezembro 2009

QUINTA DOS ROQUES RESERVA 2005

Cada vez mais me afasto de tudo o que é vinho pastoso e mandrião, vinhos que acabam por ficar na garrafa após um jantar de amigos, porque não se consegue beber mais do que um copo... fartam, enjoam, enchem, saturam. Do outro lado moram os vinhos elegantes, frescos, apelativos, vinhos com quem dá prazer estar e partilhar com os amigos, essencialmente são aqueles vinhos que nos tratam bem durante toda uma refeição, que ligam bem com comida, que em variados locais são apelidados de vinhos gastronómicos.
Os vinhos da Quinta dos Roques (Dão) são um claro exemplo do que falo e enquadram-se perfeitamente no conceito de vinho gastronómico, um conceito que define à partida a qualidade de um vinho, ou dá ou não dá, e os da Quinta dos Roques Dão todos. Conheci estes vinhos, graças a um grande amigo e companheiro de blogosfera (Pingas no Copo), nascido e criado na da dita região e que tanto defende os aromas e sabores da terra que o viu nascer, foi com ele que fui conhecendo um pouco melhor os primeiros vinhos dos novos produtores que dali iam surgindo. Passados todos estes anos, o bichinho ficou, e a Quinta dos Roques é um dos produtores que faz as minhas delícias à mesa, e nada melhor para acompanhar uma Chanfana de Vitela que este Quinta dos Roques Reserva 2005... e tão bem que se deram:

Quinta dos Roques Reserva 2005
Castas: Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz, Jaen e Tinto Cão - Estágio: 14 meses em barricas carvalho francês de 1º e 2º ano - 14% Vol.

Tonalidade granada escuro de concentração mediana.

Nariz ligeiramente fechado de inicio, ganha com algum tempo no copo, mostrando uma boa complexidade de conjunto. Sente-se um vinho fresco, com notas de vegetal seco (mato, esteva), flores, algum balsâmico e toques de fumo, fruta (cereja, groselha preta, amora) bem madura e de qualidade com ligeiro toque a licor de cereja. Madeira a mostrar uma boa integração no conjunto, com leve especiado no final, em perfil elegante e fresco.

Boca a revelar entrada fresca e estruturada, fruta madura bem presente, tal como a frescura que envolve toda a prova do princípio ao fim. A passagem é bastante agradável e harmoniosa, com a madeira por onde passou, a conferir a harmonia necessária e calma necessária ao conjunto; especiaria, cacau e algum mato seco complementam o final de boca, em boa persistência.

É um belíssimo exemplar dos vinhos do Dão, sem máscaras nem tiques de pop star. Aqui tal como noutros exemplares da região respira-se qualidade e acima de tudo identidade. Se a qualidade é um pouco mais fácil de encontrar, a identidade cada vez mais aparece transfigurada à medida que os progressos enológicos tomam conta da cabeça dos produtores... será isto o preço a pagar pelo progresso ? Ainda bem que nem todos caminham pelos mesmos trilhos e que nos dias de hoje me continuo a deliciar com vinhos como este Quinta dos Roques Reserva 2005. O preço ronda os 25€, e a longevidade em cave está assegurada. 16,5 - 91 pts

ESPORÃO RESERVA 2007

Depois de já aqui ter falado do Esporão Reserva branco 2008 e do Esporão Private Selection branco 2008, é altura do Reserva tinto 2007.
Marca de enorme consistência, surgiu na década de 80 e tem vindo cada vez mais a conquistar um lugar muito próximo junto ao copo do consumidor. Tanto o Reserva tinto como o branco, são vinhos que não deixam indiferente quem a eles se aproxima e prova, são vinhos que gozam de uma das melhores relações preço/qualidade do mercado nacional e que deveria ser olhados por muitos com a devida atenção. Agora com nova roupagem, pode-se dizer que muda por fora mas continua igual por dentro.

Esporão Reserva 2007
Castas: Aragonês, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet - Estágio: 12 meses em barricas de carvalho Americano 70% e Francês 30%. Após o engarrafamento seguiram-se mais 12 meses de estágio em garrafa. - 14,5% Vol.

Tonalidade granada escuro de concentração média/alta.

Nariz com a madeira por onde passou a fazer-se sentir, mas sem exageros, envolvente na baunilha, tosta, fumo, tudo a levar-nos no sentido de uma boa integração com o conjunto. A fruta (framboesa, amora, ameixa) mostra-se bem madura e fresca, alguma geleia e toque floral, vegetal seco, mostrando um conjunto de boa complexidade com uma boa dose de frescura que lhe enche a alma.

Boca a mostrar um vinho estruturado, com frescura a interligar a fruta e a madeira, sentindo-se ao mesmo tempo aquele aconchego temperado da planície Alentejana. A fruta aparece na forma que mostrou no nariz, compotada, fresca e de grande qualidade, num segundo plano marcado por alguma secura, que irá ao lugar com algum tempo de garrafa, direi mais 1 a 2 anos.

Um Esporão Reserva de encher as medidas a qualquer apreciador de bom vinho, muito bem feito, bastante apelativo, com uma madeira muito bem trabalhada e que apesar de uma piscadela de olho a um perfil mais actual, não deixa de ser uma compra bastante acertada, principalmente quando o Natal está à porta e não se pretende gastar muito dinheiro no vinho da consoada, ronda os 16€ em grande superfície comercial. 16,5 - 91 pts
 
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