Copo de 3: Esporão Reserva branco 2008

22 junho 2009

Esporão Reserva branco 2008

O Grupo Esporão, onde a Finagra S.A. passou a denominar-se Esporão S.A, renovou a identidade do vinho Esporão Reserva, no seguimento do rebranding dos produtos da Herdade do Esporão e que é agora divulgada com a nova colheita de branco 2008. José Pedro Croft foi o artista plástico convidado para ilustrar o novo rótulo, numa aliança entre o vinho e a arte, que desde 1985 representa o carácter único da marca Esporão.
Os elementos gráficos que compõem o rótulo de Esporão Reserva foram reorganizados, com o objectivo de enfatizar a marca, o nome do produto, a sua especificidade e o ano de colheita. A nova proposta visual, integrada e clara, permite a harmonia entre a identidade do vinho e a intervenção do artista.

O artista inspirou-se “na complexidade de aromas, sabores e cores que diferenciam o vinho Esporão Reserva para criar um rótulo exclusivo, de desenho geometrizado e policromático”

Recorde-se que, desde 1985, ano da primeira colheita de Esporão, mais de 23 artistas deram o seu contributo para os rótulos deste vinho intimamente ligado às artes: António Ole, Armando Alves, Artur Bual, Costa Pinheiro, Dórdio Gomes, Gabriel e Gilberto Colaço, Graça Morais, Guilherme Parente, João Hogan, José de Guimarães, José Manuel Rodrigues, Julião Sarmento, Júlio Pomar, Júlio Resende, Luís Pinto Coelho, Manuel Cargaleiro, Mestre Isabelino, Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez, Pedro Proença e Rubens Gerschman.

Esporão Reserva branco 2008
Castas: Antão Vaz, Arinto e Roupeiro - Estágio: Barricas novas carvalho francês e americano - 14% Vol.

Tonalidade amarelo citrino de concentração média/baixa.

Nariz que entra com fragrância fresca e citrina (limão, toranja), com vegetal fresco (relva cortada) e novamente com fruta bem madura a fazer lembrar, banana, abacaxi, pêssego e melão, por algumas vezes a parecer envolto em calda. A barrica está muito bem trabalhada, não afagando a fruta mas sim compensando a mesma com uma belíssima base de apoio, permite sentir-se a frescura ao mesmo tempo que aporta baunilha e torradas. O tempo em decanter faz-lhe bem, tal como num copo largo para permitir que com o tempo exale aromas de flores brancas com fundo mineral

Boca com corpo bem delíneado e uma acidez a aportar bastante frescura que contrabalança com os toques derivados das madeiras por onde passou. Espacialidade média com a fruta ao nível de nariz a marcar presença, juntamente com vegetal fresco e mineralidade em fundo, de persistência final média.

Marca sólida ao longo dos tempos, que tem sabido refinar o seu perfil ao gosto dos consumidores, mas sempre sem perder a sua identidade. Bastante agradável neste momento, mas também dá segurança para uma guarda a curto/médio prazo. Será sempre um valor seguro no que toca a qualidade, com produção avantajada que permite o fácil acesso um pouco por todo o Portugal. Acompanha muito bem um leque variado de peixes no forno ou na grelha, desde a Dourada ao Bacalhau, podendo-se optar por uma salada de frango com molho de iogurte e cebolinho. 16,5

6 comentários:

Rui Pereira disse...

João,

Só tenho ouvido boas opiniões sobre este vinho. Depois de ver a tua nota façoa aseguinte questão: a garrafa não estva boa ou não achaste o vinho nada de especial?

Nota: ainda não provei o vinho.

João de Carvalho disse...

Rui

Olhando para a nota que lhe atribui, e tendo em conta o intervalo onde se enquadra:

16 - 17,5 (90-94): Muito Bom, vinhos com identidade marcada, dá muito prazer a beber, altamente recomendado.

Não sei como podes dizer que não o achei nada de especial.

Rui Pereira disse...

Já o encontrei com pontuações mais altas. O melhor branco do Alentejo dos últimos anos, um dos melhores do País,.....Por isso faço a questão.

Contudo, quem dera a muitos vinhos terem 16,5 (91,5)

João de Carvalho disse...

Rui, seria atribuída uma nota mais alta a este vinho se durante a sua prova apresentasse mais e melhores atributos. No entanto volto a realçar que este mesmo vinho acabou classificado como Muito Bom.

Por acaso já reparaste que na blogosfera as notas a este mesmo vinho foram: 16 - 16,5 - 16,5.

É capaz de ser revelador de uma consistência no que toca à real qualidade do vinho ou não ?

Rui Pereira disse...

OK.

Recebeste-o em casa ou já se encontra à venda. Tenho de o provar.

Já agora tenho aqui cerca de 20 para provar: Bairrada, Toro, Priorat, Vinho Verde e um Pinot Gris vindo directamente dos EUA.


Abraço

João de Carvalho disse...

O vinho encontra-se à venda no Continente, e recomendo que o proves e agradeço que depois aqui passes para dizeres a tua justiça.

Quanto a esses que tens para provar, sabes que estou sempre pronto para ajudar um amigo em dificuldades :)

 
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