Castas: 70% Grenache, 10% Syrah, 10% Mourvèdre, and 10% Cinsault e outras - Estágio: 12 meses em barrica - 14,5% Vol.
Tonalidade ruby escuro de concentração média alta.
Nariz coeso, com boa complexidade a mostrar fruta negra bem fresca e limpa (cereja, amora e groselha) com ligeira nota de licor de groselha a dar uma sensação adocicada muito ténue, especiarias (pimenta), tabaco, leve floral acompanha a madeira que embala todo o conjunto, diga-se que a madeira nem faz por se notar, está mas não está. Equilíbrio e harmonia de conjunto, leve tosta com sensação de vegetal seco e boa mineralidade em fundo, num todo elegante, algo arredondado com misto entre a frescura da fruta e o toque mineral de fundo.
Boca bastante elegante e de corpo mediano, guloso no sentido em que apetece beber, com boa frescura a balancear a leve doçura da fruta, tudo com uma boa intensidade juntamente com um bom comprimento no palato, especiarias (pimenta), tosta da madeira, tabaco, novamente o toque de licor de groselha, fundo entre o mineral e o leve bálsamo vegetal. Mostra ao mesmo tempo uns taninos que lhe dão vigor e auguram boa estadia em garrafa, por agora já se bebe com bastante prazer, tem presença, harmonia, boa espacialidade e final de persistência média.
A mais valia num vinho destes é maneira como permite uma fácil abordagem, fácil de gostar e com o conveniente de que se pode guardar sem problemas que envelhece ou sabe manter a postura durante mais alguns bons anos. Muito virado para a mesa, gostei bastante da maneira como se comportou com um assado de borrego. A qualidade é bem patente, apesar de não ser daqueles vinhos que nos enchem a alma, é sim um bom exemplar, direi mesmo uma compra segura no que a Châteauneuf-du-Pape diz respeito. Obviamente que o preço de compra pode afastar muita gente, mas para quem procura uma entrada firme e sem grandes gastos por este caminho, o exemplo em prova serve perfeitamente. 16 - 90 pts