O projecto da Quinta do Encontro, surge, com um novo conceito no ano 2000, tendo como filosofia de base a produção diferenciada em relação à imagem a que está associada esta região. Produzem-se vinhos essencialmente com a denominação Bairrada num estilo moderno e actual. Situada em S. Lourenço do Bairro, Anadia, a Quinta do Encontro deve o seu nome à sua localização próxima da Cruz do Encontro. Iniciou a produção de vinhos em 1930, numa pequena adega situada em Paredes do Bairro. Com a entrada da Dão Sul no projecto, foi realizada uma reestruturação de 10 hectares de vinha, dos 20 que compõem a propriedade. Os solos são de características argilo-calcárias, têm plantadas as castas tintas Baga, Touriga Nacional, Merlot, Cabernet Sauvignon, Tinta Roriz e Castelão e as brancas Bical, Maria Gomes e Arinto. Em 2005, com a necessidade de dinamizar o projecto e aumentar e melhorar a capacidade de vinificação foi iniciada a construção de uma nova adega, continuando o conceito de promoção do Enoturismo, numa perspectiva de Adega de design, com um estilo moderno e inovador. Neste espaço é possível estabelecer um contacto com as várias fases do processo produtivo, desde a vinha à prova. Implantada na paisagem vitícola, a forma cilíndrica da Adega permite ao visitante ter uma perspectiva global do meio circundante, tornando-o parte integrante desse espaço, em plena harmonia com a Natureza. A adega, equipada com as tecnologias de ponta de vinificação, é o local seguinte da visita, onde impera o betão luminoso que arma todo o edifício. Aqui o enófilo poderá contactar com o espaço onde são produzidos os vinhos de qualidade, que já se encontram no mercado e os que serão lançados nos próximos meses. Lançado que foi para o mercado, foi o topo de gama da Quinta do Encontro, o Encontro 1 tinto da colheita de 2007 (também existe em versão branco e merece uma prova atenta), que agora aqui coloco em prova.
Encontro 1 2007
Castas: Baga e Touriga Nacional - Estágio: 12 meses carvalho francês - 14% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração alta.
Nariz de boa intensidade, mostra-se complexo e a mostrar notas de baunilha, cedro, torrado, especiaria. A madeira mostra desde já querer fazer parte de um conjunto harmonioso e equilibrado, todo ele fresco com a fruta negra (groselha, amora, framboesa) igualmente fresca, madura e limpa, quase que se mastiga, leve licor com floral e bálsamo vegetal em segundo plano. Conjunto coeso, com bela presença e a mostrar que vai afinar e refinar com o tempo em garrafa.
Boca muito bem estruturada, um vinho cheio que preenche muito bem toda a boca/boa espacialidade e mostra boa complexidade. Algo bruto na forma como se apresenta, num conjunto que mostra raça/vigor, ao mesmo tempo com boa acidez a amparar, quer a fruta madura quer a madeira com toque torrado, especiaria, algum terroso e os taninos a reclamarem vida longa, num todo harmonioso com belo final de boca.
É um dos novos pesos pesados da Bairrada, a monumental garrafa contribui para isso, mas no que ao vinho toca é um Bairrada a fugir ao conceito Clássico e alia a Baga à Touriga Nacional. É um vinho para guardar ou beber agora com Gastronomia Regional, por exemplo um Cabrito, Xanfana, Feijoada de Javali... pratos pesados para um peso pesado, mas que ao mesmo tempo se mostra fresco. A pouquíssima produção faz com que o preço dispare e se torne tudo menos convidativo, talvez o único senão no que toca a este vinho, pois facilmente se pede 60€ ou mais. Não lhe revejo grande relação preço/qualidade, e pessoalmente apostaria noutros exemplares mais fiéis ao estilo Bairradino, que certamente se aproximam ou mesmo ultrapassam este Encontro em qualidade mas nunca em preço. 17,5 - 94 pts
Encontro 1 2007
Castas: Baga e Touriga Nacional - Estágio: 12 meses carvalho francês - 14% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração alta.
Nariz de boa intensidade, mostra-se complexo e a mostrar notas de baunilha, cedro, torrado, especiaria. A madeira mostra desde já querer fazer parte de um conjunto harmonioso e equilibrado, todo ele fresco com a fruta negra (groselha, amora, framboesa) igualmente fresca, madura e limpa, quase que se mastiga, leve licor com floral e bálsamo vegetal em segundo plano. Conjunto coeso, com bela presença e a mostrar que vai afinar e refinar com o tempo em garrafa.
Boca muito bem estruturada, um vinho cheio que preenche muito bem toda a boca/boa espacialidade e mostra boa complexidade. Algo bruto na forma como se apresenta, num conjunto que mostra raça/vigor, ao mesmo tempo com boa acidez a amparar, quer a fruta madura quer a madeira com toque torrado, especiaria, algum terroso e os taninos a reclamarem vida longa, num todo harmonioso com belo final de boca.
É um dos novos pesos pesados da Bairrada, a monumental garrafa contribui para isso, mas no que ao vinho toca é um Bairrada a fugir ao conceito Clássico e alia a Baga à Touriga Nacional. É um vinho para guardar ou beber agora com Gastronomia Regional, por exemplo um Cabrito, Xanfana, Feijoada de Javali... pratos pesados para um peso pesado, mas que ao mesmo tempo se mostra fresco. A pouquíssima produção faz com que o preço dispare e se torne tudo menos convidativo, talvez o único senão no que toca a este vinho, pois facilmente se pede 60€ ou mais. Não lhe revejo grande relação preço/qualidade, e pessoalmente apostaria noutros exemplares mais fiéis ao estilo Bairradino, que certamente se aproximam ou mesmo ultrapassam este Encontro em qualidade mas nunca em preço. 17,5 - 94 pts
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