Copo de 3: outubro 2005

27 outubro 2005

PROVA Periquita 2001

Marca com mais de 150 anos, produzido na Cova de Periquita (que já não existe), que na altura quando lançado seria o melhor da região, motivo pelo qual vários produtores pediram essa casta para plantarem nos seus terrenos, e fosse também motivo pelo qual este vinho seria conhecido, o vinho da Periquita, o que levou José Maria da Fonseca a engarrafar por volta de 1850 com o nome de Periquita. No início o mesmo vinho era alvo de uma atenção muito especial, sendo que os rótulos eram impressos em Paris e as garrafas produzidas em Inglaterra e França, sendo na altura contratado um técnico Catalão para escolher as melhores rolhas.Em 1880 a produção rondava as 50 mil garrafas coisa pouca comparando com os 4 milhões e meio actuais. Foi também o nome do vinho que colocou o nome alternativo à casta Castelão, também chamada de Periquita, devido ao nome do vinho.

Apresenta-se de tonalidade Ruby escuro, e com 12,5%. Elaborado com Castelão em maior parte e Trincadeira e Aragonêz, e tem um estágio de 5 meses em madeira nova e usada. No vinho já se nota alguma evolução, com a prova de nariz a ter uma entrada leve, a fruta vermelha em compota, algumas leves sensações de chocolate, fumo, tudo muito arrumadinho e sem grandes problemas, simples muito simples e também muito leve. Na boca é fraco de corpo, sem grandes atributos para mostrar, alguma fruta, acidez fraca, tudo muito simples e sem grandes graças. Final de boca fraco, que vai embora sem dizer nada. É um vinho que se bebe sem deixar memória, simples demais para a história que tem... 13

24 outubro 2005

PROVA Vinha do Monte 2002

Mais um vinho da Sogrape por terras do Alentejo em prova, este Vinha do Monte é um vinho de lote, elaborado a partir de uma selecção de uvas das castas tradicionais do Alentejo – incluindo Trincadeira, Alfrocheiro e Aragonês, que predomina – oriundas principalmente da Herdade do Peso (região da Vidigueira).
Teve estágio em cubas de aço inox, durante cerca de 6 meses, seguindo-se a preparação do lote e os tratamentos necessários para engarrafamento. A este seguiu-se um estágio em garrafa, a temperatura controlada de 15ºC durante cerca de 6 meses.
Mostrou um ruby intenso e brilhante e apresenta-se com 13,5%.
Na prova de nariz mostra-se quente, inicialmente algumas notas a fermento de padaria, vai abrindo com o tempo, aparecendo aromas de fruta madura, compota , especiarias (noz moscada, pimentas), alguns aromas verdes acompanhados de floral.
Na prova de boca tem entrada harmoniosa e equilibrada, com corpo médio. alguma acidez a dar frescura ao vinho, que se mostra de persistência média/curta, com final ligeiramente especiado.

A rondar os 3€ e pelo mesmo preço temos ofertas mais sedutoras no panorama nacional.
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22 outubro 2005

PROVA Grão Vasco 2004 Alentejo

A notícia de que a Sogrape Vinhos acaba de alargar a gama Grão Vasco ao Alentejo, que passa assim a ser uma Marca Multi-Regional Portuguesa Forte – Alentejo e Dão – uma nova abordagem que vem facilitar a escolha do consumidor ao juntar duas das suas regiões preferidas sob a mais valia de uma marca de qualidade e confiança estabelecidas.
A embalagem de Grão Vasco foi objecto de uma ligeira intervenção estética que, mantendo a já iconográfica imagem do quadro de Grão Vasco que dá nome à marca, permite diferenciar claramente as regiões através de códigos de cor : o fresco verde para Grão Vasco Dão Branco, o clássico bordeaux para Grão Vasco Dão Tinto e o novo telha ocre a lembrar as terras quentes onde nasce Grão Vasco Alentejo Tinto. O destaque do fio de ouro nos rótulos reforça a sua identidade e permite uma maior identificação visual nas prateleiras e lojas de vinhos.O lançamento de Grão Vasco multi-regional é apoiado por uma forte e continuada campanha de comunicação que suporta o novo conceito da marca, apresenta o novo Grão Vasco Alentejo e reforça os bem conhecidos Grão Vasco Dão. A campanha utilizará os principais meios – TV, outdoor e imprensa – entre Outubro e Novembro de 2005. A campanha de publicidade aposta num tom de comunicação leve, contemporâneo e inesperado sob o claim: “Grão Vasco Dão ou Grão Vasco Alentejo. Não se explica. Saboreia-se.
(Retirado do site
www.sogrape.pt)

Com curiosidade o Copo de 3 resolveu provar o dito Fenómeno Multi-Regional, fica aqui a sua nota de prova:

Este Grão Vasco foi elaborado na Herdade do Peso (zona da Vidigueira) com as castas Aragonês, Trincadeira, Alfrocheiro e Alicante Bouschet, provenientes de vinhas próprias e de fornecedores seleccionados.
Com estágio em cubas de aço inox durante cerca de 6 meses, após o engarrafamento, seguiu-se um novo estágio em garrafa, durante cerca de 3 meses.
Mostrou tonalidade ruby e apresenta-se com 14%
Na nariz tem entrada com fruta vermelha e negra, bem madura, de inicio tem aromas animais (pelo e suor) que em nada agradou durante a prova, e lá no fundo uns leves aromas florais. Final com leve presença de álcool.
Na prova de boca mostrou-se muito ligeiro apesar dos seus 14%, com corpo leve, lembrança a fruta com alguma secura e adstrigência na boca, o vinho é pouco mais que isto. Final de boca médio/curto.
Mostrou ser um vinho muito simples, directo de aromas e sem grandes pretensões, que não veio trazer nada de novo ao panorama de vinhos do Alentejo, para o preço praticado de quase 4€ num Hiper encontramos melhores ofertas da mesma região a preços mais baratos.
É caso para dizer: Grão Vasco Alentejo. Não se explica...

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21 outubro 2005

PROVA D´Arada Cabernet Sauvignon-Merlot 2003

Vinho Regional da Estremadura, produzido e engarrafado por Sociedade Agrícola Quinta Margem D´Arada Lda, elaborado com as castas Cabernet Sauvignon e Merlot provenientes de solos calcários, este vinho tem estágio em barrica (carvalho francês) durante 6 meses, apresenta-se com 14% e uma tonalidade Granada.
No nariz mostrou um aroma inicial muito leve a baunilha derivada do estágio em madeira, mostra-se fresco e muito vegetal, com grande destaque para os pimentos do Cabernet Sauvignon e algum floral, que nos invadem o nariz, depois juntamente com aroma terroso surge um leve toque mineral acompanhado de alguma fruta vermelha bem madura, com final especiado.
Na boca mostra-se com uma boa entrada, a fruta marca presença, corpo médio apesar dos seus 14% com acidez a marcar presença, mas bem controlada, dando frescura ao conjunto. Tem um final de boca médio.
Mostrou ser um vinho simples e correcto, com um preço de 2€ a fazer dele uma boa compra. 14,5

19 outubro 2005

14º Festa da Vinha e do Vinho em Borba

A 14ª edição da maior Festa do Concelho de Borba já tem data marcada e Programa.
De 5 a 13 de Novembro, regressam, a Borba, os grandes espectáculos, as provas desportivas que juntam centenas de participantes, as tasquinhas e os petiscos para regar com o bom vinho novo.
Sempre interessante, e com presença de alguns produtores de vinho da zona de Borba e outras zonas do Alentejo, onde se podem provar alguns dos seus vnhos.

Especial destaque para:
DIA 12 - SÁBADO
10.00 H
Colóquio Técnico, "Produção / Protecção Integrada da Vinha", no Pavilhão de Espectáculos(Organização: ATEVA/CVRA)


DIA 13 - DOMINGO
10.30 H
Colóquio, "Marketing dos Vinhos do Alentejo (Org. Associação Portuguesa de Enologia)


Visitas Guiadas:
"Adegas de Borba"

- Adega Cooperativa de Borba - Inscrições no Stand da Adega Cooperativa de Borba
- Sovibor - Sociedade de Vinhos de Borba - Inscrições no Stand da Sovibor
- Marcolino Sebo (Quinta da Pinheira) - Inscrições no Stand Marcolino Sebo

17 outubro 2005

Copo de 3 no Monte Seis Reis

Devido a que a primeira visita não ficou do agrado do Copo de 3, resolveu-se fazer nova visita ao Monte Seis Reis que se destacou no mercado, o ano passado com a sua primeira colheita de 2003.
Vinhos como Boa Memória em Branco e Tinto , Bolonhês Tinto, e dois Varietais de grande qualidade o Syrah e o Touriga Nacional. Alguns dos vinhos devem o seu nome, como tributo aos seis monarcas, que contribuiram para o desenvolvimento da região, escolhendo assim os seus cognomes. Destaque também para uma inovação nos contra-rótulos que são destacáveis, podendo ser lida uma breve história sobre o rei que deu origem ao nome do vinho.
Com um belo projecto, tudo parece dedicado a ser um museu, digamos que com um objectivo de ser mostrado ao visitante.


A visita desta vez foi feita pela simpática anfitriâ que foi explicando detalhadamente todas as instalações, começando com a passagem por dois lagares em cimento onde se faz a pisa, passando depois por uma breve sala museu com destaque para instrumentos e fotografias ligadas ao mundo do vinho.

Mais à frente, destaque para duas amostras de solos onde estão colocadas as vinhas, bem interessantes por sinal, passando então para a adega onde se encontra o laboratório, os depósitos de Inox, e a sala de rotulagem e engarrafemento. Destaque para um esquema colocado no local, em que facilmente se tem noção do processo de elaboração do vinho.

inda se ficou a saber que vamos ter novidades nos vinhos de 2004, dos quais um novo varietal de Tinta Caiada e um Reserva ainda sem o nome atribuido.


Depois uma breve passagem por um corredor ao lado da sala de barricas, mais uma vez o aspecto de museu está bem patente, visto que a sala de barricas se encontra isolada por um vidro, foi até agora a primeira adega onde não se entrou na sala de barricas.


Na fase final da visita, ainda passamos por uma parte dedicada a Exposições, seguindo a caminho da sala de provas, onde também se pode contar com uma ampla sala, que a pedido se pode reservar para servir refeições.

Uma chamada de atenção, as notas aqui colocadas são da primeira visita ao Monte Seis Reis, visto que durante a segunda visita a nova prova não foi feita visto que o Syrah já estar esgotado.
Falando de provas e da sala de provas, a meu ver esta sala mais parece um Wine Bar, onde as provas são feitas num pequeno balcão.
Mais um pequeno senão, o vinho servido já estava aberto faz coisa de 3 dias e o seu estado não era o melhor, mesmo abrindo novas garrafas a temperatura de serviço podia e devia ter sido mais baixa, no final da prova os vinhos estavam nos 22º. Penso que este pequeno grande detalhe é muito importante e o suficiente para se ter uma melhor ou pior opinião sobre um vinho.


Monte Seis Reis Touriga Nacional 2003:

Este vinho recentemente venceu a prova cega realizada pela Revista dos Vinhos, colocando e afirmando mais uma vez as Touriga Nacional do Alentejo como dos melhores varietais Nacionais desta casta. Com um estágio em barricas de carvalho francês durante 8 meses, seguido de estágio em garrafa, apresentou-se com 14,5% este vinho de tonalidade granada escuro e bastante concentrado. No nariz com boa entrada floral e com fruta presente, mas pouco se mostra, com algum tempo aparecem torrados da madeira, especiaria, café e cacau. Na boca a presença da fruta madura é mais evidente, tem boa estrutura, acidez colocada de maneira a dar frescura ao conjunto, tem um final longo. Os 14,5% ainda se fazem notar um pouco, mas nada que com um bom tempo de descanso na nossa garrafeira não resolva. Preço que ronda os 15€ para um Touriga Nacional ainda fechado e que se vai revelar com o tempo... aguardemos. 17

Monte Seis Reis Syrah 2003:

Mais um belo vinho desta casta, venceu a prova cega realizada pela Revista dos Vinhos de Varietais Syrah, tem também estágio de 8 meses em carvalho francês, seguido de estágio em garrafa, apresentou-se com 14,5% este vinho de tonalidade escura, muito mas muito concentrado. No nariz tem um belo bouquet, notas verdes, especiarias, muita fruta madura, aliada a uma evolução muito boa do conjunto, com torrados e fumo. Na boca, tem corpo equilibrado, elegante e controlado, acidez bem colocada, tudo muito bem com um final apimentado. Por 15€ uma boa aposta num varietal Syrah, que ainda não disse tudo aquilo que sabe.16,5

Um belo e inovador projecto, com belos vinhos, o Alentejo continua de boa saúde no que toca a novas adegas e novos vinhos. Talvez um pouco mais de atenção a pequenos detalhes como temperatura de serviço. Os parabéns do Copo de 3 ao produtor Monte Seis Reis, pelos seus belos vinhos.

14 outubro 2005

PROVA Quinta do Abrunhal Colheita 2003

Vem das terras do Dão, este D.O.C. Colheita de 2003, Quinta do Abrunhal.
Dos terrenos arenoso-graníticos, foram escolhidas as castas, Alfrocheiro, Touriga Nacional e Tinta Roriz, com cerca de 40 anos, esmagamento sem desengace e fermentação espontânea em lagares abertos de pequena dimensão.
Estagiou em tonéis de madeira e foram produzidas 6530 garrafas, sendo esta o nº0672 e apresenta-se com 13% e custou cerca de 3,70€.
Tonalidade granada intenso, em nariz aroma inicial a cacau, abrindo para notas de fruta vermelha e negra madura, juntando-se ao conjunto alguns aromas de madeira, torrados, alguma esteva, notas florais acompanhadas de alguns aromas balsâmicos (mentol).
Tem entrada forte na boca, com corpo presente mas sem grandes exageros e conjunto controlado, ligeira secura dos taninos, bom entendimento entre nariz e boca, mostra um final médio/longo.
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12 outubro 2005

5 , 6 e 7 de Novembro - Encontro com o Vinho e Sabores 2005

Está cada vez mais próximo o encontro mais esperado por todo e qualquer Enófilo que seja digno do nome, o Encontro com o Vinho e Sabores 2005 que este ano que decorre entre 5 e 7 de Novembro em Lisboa, no Centro de Congressos (antiga FIL), à Junqueira.
É sem dúvida o maior evento do género por terras de Portugal, e cada vez se encontra em melhor forma, contando este ano mais uma vez com excelentes condições, no mesmo espaço do ano passado. Aqui vamos poder provar os melhores vinhos de Portugal e alguns Estrangeiros, falar directamente com os produtores, enólogos, distribuidores e quem sabe alguns críticos da nossa praça.
Mais uma vez, vamos poder contar com uma loja, onde se podem comprar alguns dos vinhos que estão em prova, a preços bem simpáticos, e como no ano passado, vamos ter um concurso dos melhores vinhos em prova no Encontro.
Promete muito, mais uma vez este Encontro, em que certamente o Copo de 3 vai marcar presença.
Com os dias 5 e 6 destinados ao público em geral, e o dia 7 para profissionais do ramo.
As portas do Encontro abrem às 13:00 horas e encerram às 21:00 horas.
Ano após ano, o Encontro promove um número de Provas Especiais, sempre interessantes, aqui ficam as provas deste ano:


Dia 5 de Novembro de 2005 - Sábado

13:30 h – Pav 3 – Sala 3B

Vinho do Porto – Harmonia de sabores e aromas:
Preço: 25,00 €
Prova do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, conduzida pelo Engº Bento Amaral

15:00 h – Pav. 3 – Sala 3C

Bodegas Torres: 135 anos de um dos mais conhecidos e prestigiados produtores espanhóis Preço: 35,00 €
Prova dirigida por Alberto Puig, enólogo e director de relações públicas e comunicação.

16:30 h – Pav. 3 – Sala 3B

Uma viagem pelo Sul de França
Preço: 35,00 €
Prova de vinhos das regiões Provence, Côtes du Rhône Languedoc-Roussillon, Grand Sud Ouest

18:00 h – Pav. 3 – Sala 3C

Douro – Duero
Preço: 35,00 €
Os melhores vinhos da célebre prova dos «Dois Douros» 2005, conduzida por José Ramon Peiró (director da revista Sobremesa) e Luís Lopes (director da Revista de Vinhos)

19:30 h – Pav. 3 – Sala 3B

Um Vintage na idade adulta: Prova de Porto Vintages 1987:
Preço: 35,00 €
O desafio de provar grandes Vintages na idade ideal de consumo. Prova dirigida pelo jornalista João Paulo Martins

Dia 6 de Novembro de 2005 - Domingo

13:30 h – Pav. 3 – Sala 3B

Alvarinhos – Um vinho a descobrir
Preço: 35,00 €
Uma viagem pelo mundo fascinante dos Vinhos Verdes Alvarinhos de Monçãoe Melgaço. Prova conduzida pelo enólogo Anselmo Mendes.
De esperar a apresentação de alguns exemplos de alvarinhos com várias idades para verificar a sua evolução, e a demonstração de diferentes estilos e terroirs dos mesmos.

15:00 h – Pav. 3 – Sala 3C

Os vinhos de quinta das Caves Aliança
Preço: 35,00 €
Os melhores vinhos da Quinta dos Quatros Ventos, Quinta das Baceladas, Quinta da Garrida e Quinta da Terrugem. Prova conduzida pelo enólogo Francisco Antunes

16:30 h – Pav 3 – Sala 3 B

Volta ao Mundo «Vinho & Coisas:
Preço: 35,00 €
Paul Blanck Sommerberg 2001 (Alsácia, França)
Michel Laroche Chablis Les Blanchots Gran Cru 2001(Chabilis, França)
Villa Maria Cellar Selection 2002 (Marlborough, Nova Zelândia)
Quinta do Vale Dona Maria CV 2003 (Douro, Portugal)
Herdade dos Grous Reserva 2004 (Alentejo, Portugal)
Torre Muga 2000 (Rioja, Espanha)
Villa Cafaggio - Cortaccio 2001 (Toscana, Itália)
Louis Latour - Corton “Domaine Latour” 1999 (Borgonha, França)
Rosemount - Balmoral 2000 (Austrália)
Casa Lapostolle - Clos Apalta 2002 (Chile)
Royal Tokaji – Nyulaszo 6 Puttonyos 1996 (Tokaij, Hungria)
Inniskillin - Vidal Oak Aged 2002 (Niagara, Canadá)

18:00 h – Pav. 3 – Sala 3C

Quinta do Mouro
Preço: 35,00 €
Prova vertical dos vinhos Quinta do Mouro, o mais novo dos clássicos alentejanos. Prova conduzida por Miguel Louro e enólogo Luís Duarte

19:30 h – Pav. 3 – Sala 3C

Os vinhos da Quinta do Crasto
Preço: 35,00 €
Os vinhos do Douro do mais pontuado produtor português pela crítica internacional.Prova dos vinhos mais representativos dos últimos anos, conduzida por Tomás Roquete e a enóloga Susana Esteban.

As inscrições podem ser feitas para:
Fax: 21 436 95 89 ou
dbandeira@mce.iol.pt

11 outubro 2005

PROVA Valle Pradinhos 2004 Branco

Vinho Regional da zona de Trás-os-Montes, apresenta-se com 14% e é feito com as castas Gewurstraminer, Riesling e Malvasia Fina.
Com uma tom amarelo , quase dourado, o vinho apresenta-se na prova de nariz bastante aromático, com a casta Gewurstraminer a marcar a presença, com notas florais (rosas) acompanhadas de notas a mel e rebuçado, a fruta tropical também marca presença, muito bem colocada em toda a prova de nariz, com banana e pêra madura e um fundo de lima.
Na boca tem uma boa entrada, mostrando bom corpo, aliando uma acidez colocada de maneira a dar frescura ao vinho, com um final seco, notas minerais com alguma fruta, lembra laranja sendo o final de boca médio/longo, talvez com os 14% a notarem-se no final. Vinho para guardar e ir bebendo, pois tem vida pela frente.
Como todos os outros, é um vinho que pede ser servido a temperatura adequada para que seja possível tirar um pleno prazer das suas capacidades. Custou cerca de 3,98€
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08 outubro 2005

PROVA CSR 2004

O vinho provado vem das terras de Montoito, produzido pelo produtor Casa Agrícola Santana Ramalho, que tem como vinho mais famoso o Casa Sabicos.
Este é o vinho mais barato da casa, feito pelo Enólogo Paulo Laureano, este CSR Regional Alentejano 2004, com 14% e elaborado com Aragonez 50%, Trincadeira 30% e Alicante Bouschet 20%, tem estágio em carvalho francês e americano durante 6 meses e mais 6 meses em garrafa, com uma produção total de 7.000 garrafas.
Côr granada, de boa concentração, no nariz entrada inicial a fruta negra madura e de boa intensidade, surgem no conjunto as notas verdes, alguma esteva, da Trincadeira com algum floral. Com o tempo as notas derivadas do estágio em barrica vão surgindo, com algum fumo, leves torrados, baunilha, bem integradas no restante conjunto com alguma especiaria e notas balsâmicas.
Na boca tem corpo médio, bem integrado com a prova de nariz, com fruta em destaque, acidez equilibrada a dar alguma frescura ao vinho, leve adstrigência que não prejudica o conjunto, com um final de boca médio/longo e ligeiro toque mentolado.
Mostra ser um vinho com boa qualidade, com um preço muito bom para a qualidade apresentada. 15

06 outubro 2005

Copo de 3 na Quinta do Mouro


Desta vez mais uma visita a um famoso produtor da zona de Estremoz, a Quinta do Mouro, conhecido pela boa relação preço/qualidade dos seus vinhos, e considerado um dos grandes do Alentejo.
Lançado pela primeira vez no mercado, e considerado como o vinho bandeira da casa, apareceu o Quinta do Mouro, pouco tempo depois aparece o Casa de Zagalos, de um nível inferior mas com a qualidade bem patente. O último vinho a ser lançado foi o Quinta do Mouro Rótulo Dourado, e apenas aparece em anos considerados de excepção.


Fomos entrando na Quinta do Mouro, rodeada pelas suas vinhas, onde o simpático e atarefado Enólogo Luís Chouriço nos esperava, para nos guiar na visita e nas provas.


Na primeira sala, deu para observar os vários depósitos e lagares em inox, onde num dos lagares ainda repousava um lote de Cabernet Sauvignon.


Deu para provar , o lote de Aragonês 2005, pisado com engaço durante dois dias, retirado de um depósito de 10.000 litros. Muita levedura, engaço, com boa tonalidade, tem cerca de 14% doce e guloso, a notar-se bem a casta Aragonês.



Passando depois para a sala de estágio em barrica. Aqui ficámos a saber que o ano de 2005 promete ser um ano de grandes vinhos, tal como que para finais do ano vamos ter novo Rótulo Dourado, desta vez foram 10 barricas de Rótulo Dourado 2002, tal como vamos ter uma novidade Quinta do Mouro Touriga Nacional a sair também para o fim do ano. Ambos os vinhos ainda se encontram em estágio. Nesta sala repousa também o Quinta do Mouro 2004, que pelo que foi dito, temos vinho.

Foi ainda apresentado durante a prova, um novo vinho feito pela Quinta do Mouro para um distribuidor de Évora, SimBebe, de seu nome Vinha do Mouro 2004, com um rótulo bastante bem conseguido.



Na parte final deu ainda para provar o Quinta do Mouro 2002 , com 14% e elaborado com as castas Alicante Bouschet, Aragonês, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon. Estagiou em Barricas de Carvalho Português, Francês e Americano com meia tosta. Mostrou côr granada de boa intensidade, no nariz inicialmente com algum álcool misturado com fruta, que com algum tempo de copo vai abrindo e dando destaque para as notas da Touriga Nacional em conjunto com a Aragonês, aromas balsâmicos, café, tabaco (aromas do estágio em madeira). Tem o corpo bem marcado pela Alicante, e um final marcado pela Cabernet, com notas de pimentos e notas verdes, sendo um toque fresco e mentolado a ficar no final com alguma especiaria. Na boca é como no nariz, fruta viva e bem ligada com o resto, nota-se o verde do Cabernet com um final mentolado bem agradável. Ainda vai merecer mais um tempo de guarda, para afinar mais um pouco, mas mostrou-se já com grande nível. 17

Foi mais uma boa visita, sempre interessante e onde se aprende sempre algo e ficamos a saber como são feitos os vinhos que se bebem em casa com os amigos. Este produtor tem uma peculiar característica, mostrando-se num ambiente mais familiar e acolhedor, visto que a adega foi adaptada à Quinta já existente, muito parecido com um vinho de garagem mas com maior produção.

O Copo de 3 agradece a disponibilidade do Enólogo Luís Chouriço, e dá os Parabéns à Quinta do Mouro pelo bom trabalho que tem vindo a realizar.

03 outubro 2005

Caves Aliança no TOP 20 Winnery da Wine Spectator

As Caves Aliança, foram escolhidas como uma das 20 melhores empresas de vinho do Mundo com melhor relação preço/qualidade pela Revista Wine Spectator, com base nas notas das 12.000 amostras de 170 vinhos e 12 castas (já que cada produtor tem de disponibilizar cerca de 4.000 garrafas de três tipos diferentes de vinho, com um preço inferior a 4 dólares) elaboradas pelos jornalistas de Wine Spectator. Das Caves Aliança foi um lote de seis vinhos que integrava as regiões Douro, Dão, Bairrada, Beiras e Alentejo, com vinhos como Alabastro Reserva e Douro Foral Grande Escolha.
Os países eleitos foram Portugal, França, Itália, Argentina, Austrália, Chile, Nova Zelandia, África do Sul, e Estados Unidos com a grande parte, 5 empresas.
Curiosamente do gigante Espanhol não foi escolhido nenhum produtor.
Segundo a Wine Spectator “a Aliança é uma empresa familiar das mais avançadas e modernas produtoras de vinho de Portugal, em que a qualidade tem sido um guia no caminho ascensional das recentes colheitas.”

Mais uma boa maneira de promover o nosso vinho e a nossa imagem... o Copo de 3 dá os PARABÉNS às CAVES ALIANÇA.

02 outubro 2005

PROVA Alento 2004

Este vinho é mais uma novidade nos vinhos Alentejanos, recentemente lançada no mercado e com uma excelente apresentação do conjunto rótulo/cápsula. É feito pelo filho do dono da famosa Quinta do Mouro em Estremoz, Luís Louro.
Com um preço de 4,98€ mostrou uma tonalidade granada e apresentou-se com 14%.
Côr granada, mostra no nariz uma boa entrada de aromas de fruta vermelha e negra, com ligação a aromas derivados do estágio em madeira (baunilha, torrados, cacau ) leve floral, toque especiado, tudo muito bem ligado entre si.

Na boca, entrada com corpo moderado, redondo na boca, bem equilibrado e harmonioso no seu conjunto nariz/boca, presença da fruta, num conjunto com taninos bem colocados, e com uma frescura bem agradável do conjunto
Mostrou ser um vinho bem feito, afinado e com um belo preço. É caso para dizer, que veio trazer um novo Alento ao consumidor... 15,5

PROVA Terras do Pó 2004 Branco

Este vinho Regional Terras do Sado é elaborado pela Casa Ermelinda Freitas, das mãos de Jaime Quendera sai este Fernão Pires, apresentando-se com 12,5%, e uma tonalidade amarela de fraca intensidade com rebordo esverdeado.
No nariz tem impacto frutado de bom nível, com fruta bem madura e de boa qualidade, fruta tropical (ananáz, maracujá),alguns aromas citrínos, mel, aromas florais presentes, acidez marcada no aroma e fundo mineral.
Na boca encontra-se em harmonia com a prova de nariz, destaque para a fruta e as flôres, tal como para o toque melado em conjunto com o final mineral. Bem estruturado, com acidez a colocar a frescura no ponto, tudo muito bem conseguido, final de boca com persistência média.
Vinho que custou cerca de 1,98€ e em que o perfil da Fernão Pires está bem vincado. 15

PROVA Barbera D´Asti D.O.C. Tempus Fugit

Vinho Italiano comprado no Lidl, sem ano de colheita, nem indicação de castas.
Apresenta-se com 12%, e uma tonalidade ruby.
No nariz após algum tempo de decantação, o vinho liberta-se e aparecem aromas de fruta em compota, algum tabaco, leves aromas
torrados,chocolate, ponta floral de um vinho que em nariz se mostra quente e suave com algumas notas de fumo no final.
Na boca mostra um corpo de pouca intensidade, em que a fruta e alguma madeira se destaca, com final adstrigente, e persistência média. 14

01 outubro 2005

PROVA Casaleiro Rosé 2004

Desta vez, mais um rosé provado, neste caso mais um Ribatejano, o Casaleiro Rosé 2004, feito a partir das castas Castelão e Trincadeira e custou 1,98€. Apresenta-se com 13,5% e uma tonalidade salmão pouco concentrada, na prova de nariz mostra-se muito tímido de aromas, leve fruto vermelho a lembrar morango, groselha, um ligeiro e muito discreto toque de rebuçado, um cheirinho a flores e uma presença incómoda de álcool. Na prova de boca, ainda fica mais simples do que no nariz, com uma entrada ácida e fruta vermelha à mistura, lembra uma Vodka Morango, mostra-se muito desequilibrado, final com um resquício de fruta e pouco mais, com uma frescura que mal se nota. Persistência final rico em álcool e que se apaga em menos de um ai. 11,5

 
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