22 dezembro 2017
19 dezembro 2017
Duas Quintas Reserva Branco 2016
As uvas foram selecionados nas Quintas de Ervamoira e Bons Ares, quatro castas brancas do Douro: Rabigato, Viosinho, Arinto e Folgazão posteriormente fermentado em barricas de carvalho francês de diferentes capacidades e idade. Do que lhe conheci e elogiei na sua versão de 2009 pouco lhe encontrei neste 2016, cujo preço ronda agora os 16€. A madeira surge ligeiramente dominante no inicio da prova, o que retirou de certa forma algum protagonismo à fruta, agora menos fresca e mais pesada, perdeu-se aquele nervo que o sustentava no palato nas primeiras edições. Harmonioso, equilibrado, com uma passagem com bom nível mas um pouco desiludido por uma prestação ligeiramente abaixo do esperado. 91 pts
16 dezembro 2017
25 Vinhos para o Natal e Passagem de Ano.
São 25 sugestões, agrupadas em 5 tipos, para acompanharem o Natal e a Passagem de Ano. São vinhos com diferentes patamares de preço nos mais variados estilos e perfis, vinhos que se diferenciam pela identidade, frescura, qualidade, muito gastronómicos e pensados para a mesa. São estes, como tantos outros, que podem ajudar a engradecer momentos especiais junto da nossa família e amigos.
Entradas/Aperitivos/Bichos do Mar
Real Companhia Velha Espumante Chardonnay/Pinot Noir Bruto 2013
Messias Millésime Grand Cuvee 2012
Murganheira Millésime Bruto 2009
São Domingos Lopo de Freitas Bruto 2011
Luiz Costa Pinot Noir-Chardonnay Bruto 2010
Marquês de Marialva Blanc de Blancs Bruto 2013
Bacalhau & Amigos
Malhadinha 2015
Muros de Melgaço Alvarinho 2016
Quinta da Falorca Reserva 2013
Quinta das Bágeiras Avô Fausto 2015
Soalheiro Primeiras Vinhas 2016
Quinta dos Roques Encruzado 2015
Aperitivos/Entradas
Quinta do Cardo Reserva Caladoc 2015
Polvo/Perú/Cabrito
Monte da Ravasqueira Vinha das Româs 2014
Herdade do Arrepiado Collection 2015
Casa da Passarella O Fugitivo Vinhas Centenárias 2013
Messias Vinha Santa Bárbara 2011
Herdade do Rocim Terracotta 2015
Tapada do Chaves Vinhas Velhas 2010
Sobremesa
Monte da Ravasqueira Vinha das Româs 2014
Herdade do Arrepiado Collection 2015
Casa da Passarella O Fugitivo Vinhas Centenárias 2013
Messias Vinha Santa Bárbara 2011
Herdade do Rocim Terracotta 2015
Tapada do Chaves Vinhas Velhas 2010
Sobremesa
Grandjó Douro Colheita Tardia 2013
Alambre Moscatel de Setúbal 20 Anos
Carcavelos Superior 15 Anos
Dalva Porto Colheita branco 2007
Barbeito Boal 10 Anos Reserva Velha
Mouchão Abafado
Mouchão Abafado
15 dezembro 2017
Conventual Reserva branco 2016
A Adega de Portalegre Winery nasce pela mão de Manuel Rocha e José Redondo, com a compra de alguns dos activos da antiga Adega Cooperativa de Portalegre, entre eles a Quinta da Cabaça, situada no Reguengo, em plena serra de São Mamede, bem como, as marcas Conventual e Portalegre. Projecto renovado e que se espera com uma dinâmica e qualidade que já por ali andaram noutros tempos. O rótulo mudou e parece que o inquilino também, este Conventual Reserva branco 2016 cujas uvas (Bical, Roupeiro, Arinto e Fernão Pires) provenientes de vinhas velhas localizadas na Serra de São Mamede, apenas teve passagem em inox. De aroma compacto, cheio com muita fruta (pomar e citrinos) a pingar de madura bem embrulhada em notas de perfume de flores brancas, tarte de limão e um fundo a mostrar ligeira austeridade mineral. No palato é amplo, saboroso e com a fruta bem evidente, ligeira geleia a marcar a passagem que termina com secura num longo final. Anda na casa dos 10€ e faz boa companhia com peixe no forno ou um caril de peixe. 90 pts
Monte da Capela Premium Branco 2016
O produtor alentejano Monte da Capela, dos conhecidos tintos Adega de Pias e Terras de Pias, acaba de lançar no mercado o novo Monte da Capela Premium Branco 2016. Este novo branco está integrado na linha de vinhos “premium” bivarietais e monovarietais do produtor e é criado a partir das castas Antão Vaz e Arinto. Vinho de aromas frescos e maduros, com fruta de polpa branca muito presente ao lado de flores brancas e citrinos. Início algo contido mas alarga alegremente os horizontes com o rodopio no copo, tudo isto com uma acidez certinha que marca a passada larga dos aromas. Na boca repete-se, directo, aromas compactados num conjunto que se bebe com prazer. O preço ronda os 7€ e é um daqueles vinhos descomplexados e sempre prontos para o petisco. 89 pts
12 dezembro 2017
Arrepiado Collection 2015
Está a chegar a colheita 2015 do Arrepiado Collection tinto e é a melhor de todas até à data. Ainda muito novo é daqueles vinhos que encanta desde o primeiro momento que nos cai no copo. Junta toda a força do conjunto com a austeridade que se deve esperar num vinho jovem deste calibre, mas ao mesmo tempo mostra que foi educado para se saber apresentar com grande equilibrio. A fruta surge em grande plano, ampla, madura e sumarenta, envolta em grande dose de frescura. Todo o conjunto proporciona prazer ao cheirar e beber, não cansa e pede sempre mais um trago, mais um rodopiar no copo. O tempo deixa escapar um ligeiro balsâmico, ervas de cheiro, ao fundo novamente a frescura a zelar por tudo. Na boca uma explosão de sabores, vincados pela juventude de um vinho suportado por uma belíssima estrutura e um longo final, fica na boca e na nossa memória. A beber com muito prazer desde já, mas é brinquedo para durar muito tempo se conseguirmos resistir em guardar algumas. 94 pts
06 dezembro 2017
Casa da Passarella - O Fugitivo Vinhas Centenárias 2013
Vem do Dão e é dos vinhos que de momento mais prazer e gozo me dá a beber. Nasce pelas mãos do enólogo Paulo Nunes na Casa da Passarella, de pequenas parcelas de vinha muito velha. É um daqueles vinhos intemporais, que se bebe com um prazer maior, que nos mete um sorriso alarve e prazenteiro enquanto o rodopiamos no copo e damos mais um gole. É e continuará a ser durante muitos anos, tem estrutura para isso, um grande vinho nacional e que honra a tradição da sua região. A tonalidade é mais aberta, os aromas são puros e invocam o perfil mais clássico da região, embrulhado na frescura natural da Serra com aqueles travos de notas de pinhal e mato rasteiro, frutos do bosque bem ácidos e suculentos, bonita complexidade com tanto ainda para mostrar. Custa coisa de 25€, ao lado assamos uns nacos de vitela à moda de Lafões, acompanhada pela batata como manda a regra, depois servimos este tinto e ficamos em paz. Bem haja. 94 pts
João Portugal Ramos Alvarinho Reserva 2015
Durante largos anos a casta Alvarinho conviveu apenas com o estágio em inox, eram poucos ou quase nenhuns os produtores que ousavam sequer colocar a casta em contacto com a madeira. Os ensaios iam sendo feitos às escondidas com lançamentos algo tímidos e em quantidades quase sempre diminutas. Os primeiros que surgiram apenas fermentavam em barrica e o resto do "trabalho" era para o inox, até que com a aprendizagem que o tempo e a prática dão, começaram a surgir os primeiros Alvarinhos fermentados e estagiados em barrica que hoje se destacam por entre os melhores brancos nacionais. Este é o primeiro Alvarinho Reserva do produtor João Portugal Ramos e resulta de um lote de Alvarinho que fermentou e estagiou em barrica. O resultado é um branco elegante onde o carácter fresco e exuberante da casta se mostra envolta pelo toque aconchegante da madeira, embora muito ligeira. Diz-se bem integrada e concordamos, o resto é a casta no seu melhor e que todos lhe reconhemos quando bem tratada. Um belíssimo vinho com preço a rondar os 18€ para levar à mesa a acompanhar peixes nobres assados no forno. 92 pts
04 dezembro 2017
Manual de Cozinha Asiática por Paulo Morais
Manual de Cozinha Asiática por Paulo Morais
(A Esfera dos Livros, 2017, 25€)
(A Esfera dos Livros, 2017, 25€)
Paulo Morais para além de chef de cozinha é professor na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril desde 1997, onde leciona cozinha asiática e dietetica. Foi o primeiro sushichefe português e é reconhecido como o pioneiro da cozinha asiática em Portugal. Conta com mais de 28 anos de experiência no mundo da cozinha asiática, onde realizou eságios profissionais no Japão, assim como diversas viagens gastronómicas ao sudeste asiático. Ao longo das 256 páginas o autor leva-nos numa viagen de sabores pelo Sudoeste da Ásia – pelo Vietname, Tailândia, Camboja, Laos, Myanmar, Malásia, Indonésia, Singapura e Filipinas.
Depois de explicar a dieta asiática onde uma das principais características é o consumo diminuto de gorduras, é feita a devida apresentação da cozinha de cada um dos 9 países representados no livro. No final temos um pequeno Glossário e as recomendações de locais onde poder comprar os ingredientes mais exóticos que surgem ao longo das 90 receitas. Mas indo ao que interessa, as receitas estão divididas por Peixe, Marisco, Carne, Vegetais, Massas, entre outras sempre acompanhadas de belíssimas fotografias do prato em questão.
Tirando alguma dificuldade em arranjar ingredientes mais específicos como por exemplo as folhas de pamdam (as lojas sugeridas no final do livro ajudam) as receitas funcionam e quando se podia esperar algo de complicado, são facilmente executáveis. Ora isto é o melhor elogio que se pode fazer a um livro deste tipo, não fosse o seu autor para além de Chef também professor. Juntamos a tudo isto as dicas e pequenas informações que são colocadas junto a cada receita. Um Manual de Cozinha Asiática que para além de se tornar uma referência é também um bilhete para uma fantástica viagem repleta de aromas e sabores.
03 dezembro 2017
José Maria da Fonseca 'Trilogia' Moscatel de Setúbal
A José Maria da Fonseca é o mais antigo produtor de Moscatel em Portugal sendo os vinhos desta casta um dos seus patrimónios mais raros e preciosos que remonta a 1834. O Trilogia é a todos os níveis um vinho único e muito especial, mas também irrepetível, resultante de três das melhores colheitas do século XX, 1900, 1934 e 1965. Os vinhos que dele fazem parte envelheceram em pipas usadas de carvalho até à data do primeiro engarrafamento, foram cerca de 14.000 garrafas que se colocaram no mercado em Outubro de 1999. Agora restam apenas 2400 desta edição rara e especial, que saltam para o mercado com nova imagem e preço a rondar os 300€.
Mas e o que podemos esperar de um vinho como este quando nos cai no copo ? Denso, untuoso, carregado de caramelo e notas de passas de fruta, melaço, frutos secos e a meio termo o toque de vinagrinho para espevitar o nariz, muita harmonia entre acidez/doçura que convidam a sempre mais um trago. A complexidade deste vinho é tremenda sendo capaz de um copo perfumar toda a sala de jantar, muito tabaco, terciários de luxo tal como a prova de boca com uma entrada cheia de força, untuosidade e quase que se mastiga num final interminável. É um vinho que nos faz esquecer do tempo e são poucos os que o conseguem fazer. 99 pts
Permitido branco 2015
Um branco oriundo do Douro pela mão do produtor Márcio Lopes que em vinhas situadas a 700 metros de altitude foi buscar a casta Rabigato para criar este Permitido branco 2015. Apresenta-se com uma bonita austeridade aromática onde a fruta de pomar surge muito sólida e bem madura, boa complexidade com ervas de cheiro num laivo mais fresco e vegetal. Boca a mostrar uma fruta muito limpa em destaque, tenso com muita frescura. e equilibrio, a mostrar uma boa persistência final. O preço ronda os 15€ em garrafeira. 91 pts
02 dezembro 2017
Maçanita Os Canivéis Branco 2015
É certamente um dos grandes brancos que se deram a conhecer este ano, é também uma surpresa e uma confirmação entre tantas outras coisas bonitas que lhe podemos associar. Os irmãos Maçanita (António e Joana) que são também enólogos, reproduziram todo o carácter do vinhedo ancestral dos Canivéis num coro de mais de 17 vozes, leia-se castas, que ecoa no nosso copo. O vinho teve todo o carinho que necessitava, 25% aconchegado em barrica e o restante em inox, deu apenas para 860 garrafas a 25€ a unidade. Bem fresco e elegante, fruta de polpa branca e citrinos a surgirem cheios de vigor, leve tisana de ervas do monte, cêra de abelha num fundo com auteridade mineral. Palato amplo e tenso, com a fruta bem limpa em tons citrinos com enorme frescura, profundo, alguma geleia a meio com austeridade mineral em pano de fundo. Um belíssimo vinho de carácter bem vincado servido a acompanhar uns achigâs grelhados com hortelã da ribeira. 94 pts
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