Da casa Brites Aguiar, situada em Várzea de Trevões, pequena aldeia do concelho de S. João da Pesqueira, sai este novo Bafarela 17 2006.
São apenas e só 17% Vol. com que este Bafarela 17 2006 se apresenta no mercado, os mesmos 17% que no Alentejo fazem com que um vinho passe para Vinho de Mesa, no Douro continua como D.O.C. tentando mostrar uma região que não mora na sua alma por muito que se queira.
É sim uma alma conservada em álcool massivo e exagerado onde qualquer semelhança com um shot de black vodka é pura coincidência.
Contrariando aquilo que se pretende num vinho, harmonia, classe de trato, que se consiga manter o melhor possível durante toda uma refeição e acima de tudo que apeteça beber e não seja maçador, neste caso acontece exactamente o contrário.
Afinal de contas este vinho para se poder beber, eu direi mesmo «tentar beber», é preciso manter uma temperatura sempre abaixo dos 16ºC (atenua a sensação ardente do álcool) com a certeza que bebido fresquinho até vai, faltando o aviso para que ao levantar da mesa, a sensação é tudo menos boa.
A prova deste vinho teve dois momentos, sempre com destaque para a prova de nariz que com a subida da temperatura é a menos afectada, o mesmo não se pode dizer da prova de boca.
De difícil análise pois poderia pontuar o vinho pelo que mostra, servido a 14ºC ou pelo que se transforma aos 18ºC. Entendo que o vinho se deve avaliar pelo que é durante toda a sua prova, tendo em conta as variações de temperatura e devida evolução no copo, sendo assim resolvi colocar a nota de prova deste vinho que se revela um autêntico Dr. Jekyll and Mr. Hyde:
São apenas e só 17% Vol. com que este Bafarela 17 2006 se apresenta no mercado, os mesmos 17% que no Alentejo fazem com que um vinho passe para Vinho de Mesa, no Douro continua como D.O.C. tentando mostrar uma região que não mora na sua alma por muito que se queira.
É sim uma alma conservada em álcool massivo e exagerado onde qualquer semelhança com um shot de black vodka é pura coincidência.
Contrariando aquilo que se pretende num vinho, harmonia, classe de trato, que se consiga manter o melhor possível durante toda uma refeição e acima de tudo que apeteça beber e não seja maçador, neste caso acontece exactamente o contrário.
Afinal de contas este vinho para se poder beber, eu direi mesmo «tentar beber», é preciso manter uma temperatura sempre abaixo dos 16ºC (atenua a sensação ardente do álcool) com a certeza que bebido fresquinho até vai, faltando o aviso para que ao levantar da mesa, a sensação é tudo menos boa.
A prova deste vinho teve dois momentos, sempre com destaque para a prova de nariz que com a subida da temperatura é a menos afectada, o mesmo não se pode dizer da prova de boca.
De difícil análise pois poderia pontuar o vinho pelo que mostra, servido a 14ºC ou pelo que se transforma aos 18ºC. Entendo que o vinho se deve avaliar pelo que é durante toda a sua prova, tendo em conta as variações de temperatura e devida evolução no copo, sendo assim resolvi colocar a nota de prova deste vinho que se revela um autêntico Dr. Jekyll and Mr. Hyde:
Bafarela 17 2006
Castas: Touriga Franca, Tinta Roriz e Touriga Nacional - Estágio: cuba de inox - 17% Vol.
Tonalidade muito escura a lembrar um LBV, toque glicérico bem presente.
Nariz onde a fruta (cereja, ameixa, amora) muito madura acomodada em vegetal seco presente se mostra bem presente. Tem uma austeridade (em ligeiro químico) que desafia e é colmatada por um toque guloso que emerge por entre sensações que recordam After Eight. Sente-se o álcool presente em fundo que de certa forma acaba por tirar interesse e encanto à prova.
Boca com entrada enganadora, o que ao principio parece ser um vinho que até apresenta um certo equilíbrio dentro do possível, mal damos conta e desperta a besta negra e torna-se arrasador, levanto tudo à frente e apagando o que de bom se poderia ter encontrado até ao momento. Ficam pelo caminho algumas frutas pisadas que não conseguem transmitir muito mais do que aquilo que nos passou por cima.
Foram feitas 13.333 garrafas cabendo a esta o nº 5653, com o preço a rondar os 10€ num vinho que foge de tudo aquilo que entendo como modelo a seguir. Se por um lado devemos elogiar os vinhos elegantes e harmoniosos, onde o trabalho de madeiras quando é o caso, é bem feito e não tapa a fruta, por outro lado não se deve deixar passar em branco vinhos que tapam a fruta com madeira, ou como é o caso onde o álcool se transforma numa força devastadora a partir do momento em que alguém se esqueceu de refrescar a garrafa.
A nota final reflecte apenas e só, a prova efectuada a 15ºC, com a prova a passar para os 18ºC o vinho seria desclassificado.
13
Castas: Touriga Franca, Tinta Roriz e Touriga Nacional - Estágio: cuba de inox - 17% Vol.
Tonalidade muito escura a lembrar um LBV, toque glicérico bem presente.
Nariz onde a fruta (cereja, ameixa, amora) muito madura acomodada em vegetal seco presente se mostra bem presente. Tem uma austeridade (em ligeiro químico) que desafia e é colmatada por um toque guloso que emerge por entre sensações que recordam After Eight. Sente-se o álcool presente em fundo que de certa forma acaba por tirar interesse e encanto à prova.
Boca com entrada enganadora, o que ao principio parece ser um vinho que até apresenta um certo equilíbrio dentro do possível, mal damos conta e desperta a besta negra e torna-se arrasador, levanto tudo à frente e apagando o que de bom se poderia ter encontrado até ao momento. Ficam pelo caminho algumas frutas pisadas que não conseguem transmitir muito mais do que aquilo que nos passou por cima.
Foram feitas 13.333 garrafas cabendo a esta o nº 5653, com o preço a rondar os 10€ num vinho que foge de tudo aquilo que entendo como modelo a seguir. Se por um lado devemos elogiar os vinhos elegantes e harmoniosos, onde o trabalho de madeiras quando é o caso, é bem feito e não tapa a fruta, por outro lado não se deve deixar passar em branco vinhos que tapam a fruta com madeira, ou como é o caso onde o álcool se transforma numa força devastadora a partir do momento em que alguém se esqueceu de refrescar a garrafa.
A nota final reflecte apenas e só, a prova efectuada a 15ºC, com a prova a passar para os 18ºC o vinho seria desclassificado.
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