Copo de 3: agosto 2018

30 agosto 2018

DSF Verdelho 2017


Um daqueles brancos que se vai num piscar de olhos com uma mesa repleta de petiscos variados, servido fresco em ambiente descontraido. Um Verdelho com alguma garra, que se mostra maduro e bem fresco, vincado nos sabores mas com grande equilibrio e um final longo e vegetal. Esse mesmo tom vegetal fresco a lembrar a rama de tomate que parece ter desaparecido de grande parte dos vinhos, conseguimos encontrar aqui. Provavelmente a melhor edição até à data, com um preço que ronda os 10€ na loja do produtor José Maria da Fonseca. 90 pts

29 agosto 2018

Friedrich Wilhelm Gymnasium Riesling Trocken 2017

Um daqueles vinhos que nos acaba por saltar para a mão porque no Aldi a promoção já tinha terminado, como é normal o tuga não bebe vinho que nem sabe dizer o nome, por isso acaba por ficar ali um amontoado de garrafas ignoradas. Resultado da brincadeira, as que havia ficaram a coisa de 1,89€ cada garrafa, um escandalo que não dá para pagar a uva mais a garrafa e mais o transporte. Vem do Friedrich Wilhelm Gymnasium e deve ser o genérico da casa, sendo aquilo que se procura num Riesling e é aquilo que se paga para ter no copo, um Riesling que sabe e cheira ao que é e sem merdices pelo meio. É seco, tenso, não é daqueles de se ficar de joelhos mas cumpre bde forma satisfatória com um final daqueles austeros que repuxa a língua com aquela austeridade mineral que tem e alguns dizem ser pura invenção de quem prova. No rescaldo são 11,5% Vol. com uma rosca que equiparo a maneira como abre à maneira como se esvazia a garrafa ao jantar a acompanhar uma massada de corvina, fácil. 88 pts

28 agosto 2018

Marquês de Borba Vinhas Velhas branco 2017


É a novidade mais recente de João Portugal Ramos pelas terras de Estremoz (Alentejo) este Marquês de Borba Vinhas Velhas tinto e branco. Neste caso o branco que leva Arinto, Antão Vaz, Alvarinho e Roupeiro num estágio de 8 meses em barricas para acondicionar tudo muito bem. E não falha, aliás nunca falha seja qual for o vinho que dali saia. O rigor, a frescura aliada a uma harmonia que se funde com um toque de gulodice dada pela baunilha da madeira, aquele fundo de fruta bem suculenta e ácida que nos deixa a xuxar na lingua. Por momentos divago e penso se este é assim como será se alguma vez tivermos um Marquês de Borba Reserva branco ? Por enquanto vou-me regalando com este belo branco com preço a rondar os 13€. 91 pts

16 agosto 2018

Quinta dos Roques Cerceal branco 2017


Daqueles brancos que começa calmo e muito sereno, sempre num tom fino e muito delicado, mas vivo e cheio de frescura. Não anda a encher o copo de perfumes desconcertantes, alinha pelo diapasão da elegância, frescura e precisão de aromas e sabores. O domínio citrino espalha-se com algum vegetal fresco, fundo mineral, coeso e de rasto persistente. 12€ 90 pts

12 agosto 2018

Quinta da Aveleda Alvarinho 2017


Um Alvarinho da Quinta da Aveleda que se apresenta bem harmonioso, talvez demasiadamente harmonioso e aveludado, que faz com que a casta perca energia e fique mais parada do que o costume. O preço ronda os 5€ para um vinho de fácil agrado, tem tudo para se gostar dele, frescura, fruta no ponto, perde-se depois naquela falta de energia e presença que o faria agitar um pouco mais os sentidos. 89 pts

11 agosto 2018

Justino’s Malmsey 1933


O que torna únicos os Vinhos da Madeira é a maneira como a longevidade coabita com uma complexidade/frescura difícil de encontrar noutro local. Sente-se pelo perfil da casta que o resultado é mais guloso que os vinhos das outras castas da Madeira. Grande complexidade com notas de caramelo de leite, passas de figo, laca, frutos secos, elegância entre conjunto e aquela acidez necessária que lhe dá enorme vida, café moído, caixa de charutos, especiarias, tudo muito bem pronunciado numa perfeita harmonia entre nariz e boca. Palato com passagem fresca, arredondado com aquela pontinha doce no final que o torna pecaminoso. 95 pts

10 agosto 2018

Murganheira Grande Reserva Bruto 2002



Este Grande Reserva da Murganheira resulta de uma "assemblage" das castas Malvasia Fina, Tinta Roriz e Touriga Nacional que após nove meses em madeira de carvalho, recolheram a um profundo sono de mais de 10 anos no silêncio das caves. Com preço a rondar os 22€ a garrafa, dominado por aromas frescos ao lado de notas derivadas do tempo que passou na garrafa. Elegante, cheio de notas de fruta com apontamentos de biscoito, alguma tosta, leve calda, muito cativante, persistente, equilibrado e cheio de classe. Um puro exemplo de que podemos ter um excelente espumante no copo de produção nacional sem ter de recorrer a champanhe corriqueiro quase sempre mais caro e de pior qualidade. 93 pts

09 agosto 2018

DSF Moscatel Roxo Rosé 2017


A Colecção Privada de Domingos Soares Franco (José Maria da Fonseca) mostra uma linha de total liberdade no que toca ao perfil de vinho apresentado colheita após colheita. Nesta rosado onde se tem como base a casta Moscatel Roxo, o vinho ganha um perfil muito cativante e atraente pelas suas fragrâncias num tom libidinoso associado a uma acidez que lhe confere a dose certa de frescura. Um festim para os sentidos, uma delicia no copo que se move com elegância e suavidade. Dá uma boa prova conseguindo balancear leve docinho com ponta de secura, mediano no corpo, fruta e flores, sem exageros é delicado mas com boa presença. 9,90€ 90 pts

06 agosto 2018

João Portugal Ramos Loureiro 2017


Um Loureiro da autoria do produtor João Portugal Ramos na região dos Vinhos Verdes. Fresco e com boa dose de elegância, com fruta sem excesso, que se mostra limpa e bem fresca. E nessa sua apetência para a mesa, sobressai o tom mais citrino da fruta envolta em flores. O rasto de fundo mineral muito ligeiro limpa o palato, tornando-se muito agradável de ter e de ir bebendo. Preço a rondar os 3,99€. 89 pts

05 agosto 2018

QM Alvarinho 2017


Das Quintas de Melgaço sai este QM Alvarinho 2017,  um vinho feito exclusivamente com uvas da casta Alvarinho, da Sub-Região de Monção e Melgaço. O preço ronda os 8,50€ num branco de perfil fresco com boa harmonia e equilíbrio em destaque, com aromas de fruta tropical, algum pêssego, flores e notas cítricas. A sua acidez fornece a vivacidade suficiente para lhe prolongar o prazer durante toda a refeição. Um daqueles valores seguros colheita após colheita. 90 pts

03 agosto 2018

Quinta da Aveleda Loureiro/Alvarinho 2017



Produzido em exclusivo com as melhores uvas da Quinta, o Quinta da Aveleda é a expressão máxima da paixão da Família Guedes pelo vinho. Lote das castas Loureiro e Alvarinho, um branco pleno de harmonia com aromas frescos e polidos, muito franco e de abordagem jovial. Casamento feliz das duas castas, flores brancas e notas de alguma fruta tropical, que pelos 3,50€ que custa e pela boa qualidade vale a pena ter a sua companhia sempre por perto. 88 pts
 
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