A aposta no consumidor mais jovem e irreverente, com vinhos onde acima de tudo o prazer está garantido à mesa e onde se destacam rótulos apelativos e até atrevidos, tem sido colocada em prática muito timidamente por parte dos produtores nacionais. É esse o caso do projecto Giroflé (FAP Wines) onde o enólogo João Matos, após a experiência acumulada em empresas como a VDS ou a Beyra Vinhos de Altitude, sem adega própria decidiu estabelecer parceria com produtores onde produz e engarrafa os seus Giroflé. João Matos posta claramente numa linha de vinhos que se enquadra em tudo o que já aqui foi dito, aliando um forte pendor gastronómico, neste caso o rótulo do Alvarinho é da autoria de António Queirós Design.
Um Alvarinho de 2013 cujo preço ronda os 10€, a mostrar-se algo tenso de início, precisando de algum tempo no copo. Desdobra-se em toques de fruta madura, citrinos com ligeiro apontamento tropical, alguma geleia, muita frescura num vinho jovial com rasgo fumado em fundo. Na boca alguma austeridade a marcar o início de prova, abertura para ponto de mel com toda a frescura da fruta, saboroso e com boa persistência final. Grande companhia de umas gambas al ajillo. 90 pts
4 comentários:
E porque não gambas ao alho?
Porque os pratos devem ser chamados pelo nome pelo qual são mais conhecidos. Certo dessa forma ou como gambas ao alhinho, agora não me chame o Guilho ao barulho.
E no talho compra entrecosto ou entrecote?
Não queira desviar o assunto, as gambas al ajillo é um prato oriundo de Espanha que toda a gente conhece pelo nome original. Tal como se pede um roti ou um carré. PS: gostei da sua piada.
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