Fui buscar o meu exemplar a um produtor que ultimamente tem andado muito apagado, falo da Cooperativa Agricola de Granja, situada perto de Mourão, pertencente à região vitivinícola da Granja/Amareleja.
Terras do Cante 1997
Castas: Trincadeira, Periquita, Moreto Preto e Aragonês - Estágio: envelhecido em madeira e estagiado em garrafa - 12,5% Vol.
Tonalidade ruby escuro muito bonito de concentração média/baixa mostrando já a passagem do tempo com leve laranja no rebordo.
Nariz que não se mostra de grandes exuberâncias, aqui tudo se conjuga num equilibrio e numa afinação muito delicada que tornam o conjunto agradavel, a mostrar-se com frescura de aromas, inicialmente aparece a componente vegetal bem mais presente com uma componente especiada ainda que leve e fina, acompanhada de uma pontinha de químico, com mais um tempo de copo surgem então de forma progressiva frutos silvestres, marcando presença com alguma compota/geleia muito ligeira, em acompanhamento um ligeiro caramelo de leite que nos transporta para notas ligeiras de tabaco(charuto), massapão e final com sensação de fumo e queimado.
Boca com estrutura suave, redondo e sem arestas, macio com a acidez suficiente para o vinho mostrar ainda frescura, boa passagem de boca com notas de geleia, tabaco e madeira, algum vegetal e o final mostra uma ponta de balsamico com ligeira especiaria, em persistência final mediana.
Um vinho fora de modas, um Alentejano com um estilo já pouco visto nos dias que correm, apesar de tudo está em boa forma e a dar uma prova muito interessante, o vinho não tem tanta graduação como os vinhos que se fazem nos dias de hoje, não é um vinho madurão nem de grandes concentrações, está isto sim um vinho fino, elegante e macio, capaz de ficar mais um tempo na garrafeira sem muitos problemas.
16,5
É aqui que se podem colocar as vossas notas de prova em jeito de comentário...
PS: O novo desafio foi lançado pelo Vinho da Casa, bem interessante por sinal.
Terras do Cante 1997
Castas: Trincadeira, Periquita, Moreto Preto e Aragonês - Estágio: envelhecido em madeira e estagiado em garrafa - 12,5% Vol.
Tonalidade ruby escuro muito bonito de concentração média/baixa mostrando já a passagem do tempo com leve laranja no rebordo.
Nariz que não se mostra de grandes exuberâncias, aqui tudo se conjuga num equilibrio e numa afinação muito delicada que tornam o conjunto agradavel, a mostrar-se com frescura de aromas, inicialmente aparece a componente vegetal bem mais presente com uma componente especiada ainda que leve e fina, acompanhada de uma pontinha de químico, com mais um tempo de copo surgem então de forma progressiva frutos silvestres, marcando presença com alguma compota/geleia muito ligeira, em acompanhamento um ligeiro caramelo de leite que nos transporta para notas ligeiras de tabaco(charuto), massapão e final com sensação de fumo e queimado.
Boca com estrutura suave, redondo e sem arestas, macio com a acidez suficiente para o vinho mostrar ainda frescura, boa passagem de boca com notas de geleia, tabaco e madeira, algum vegetal e o final mostra uma ponta de balsamico com ligeira especiaria, em persistência final mediana.
Um vinho fora de modas, um Alentejano com um estilo já pouco visto nos dias que correm, apesar de tudo está em boa forma e a dar uma prova muito interessante, o vinho não tem tanta graduação como os vinhos que se fazem nos dias de hoje, não é um vinho madurão nem de grandes concentrações, está isto sim um vinho fino, elegante e macio, capaz de ficar mais um tempo na garrafeira sem muitos problemas.
16,5
É aqui que se podem colocar as vossas notas de prova em jeito de comentário...
PS: O novo desafio foi lançado pelo Vinho da Casa, bem interessante por sinal.
18 comentários:
O primeiro Touriga Nacional feito pela COOP de Tazém. Nascido em 2000. Nesse ano nasceram quatro varietais. Tinta Roriz, Alfrocheiro Preto, Jaen e naturalmente o Touriga Nacional. Foi o inicio da mudança na Cooperativa de Vila Nova De tazem.
Um vinho com alguma elegância, suave e discreto. Uma forte componente vegetal aliada a interessantes sugestões florais. Todo o ambiente aromático anda à volta dos pinhais, do mato e folhas secas. Impressão de lagar, dá-lhe um certo carácter.
Na boca, com boa frescura, taninos finos. Com sabores vegetais, mentolado. Final médio/curto.
Um correcto Touriga Nacional, vindo lá da Terra.
Nota Pessoal: 14
Escolho um de 2005, das beiras claro, porque é difícil encontrar vinhos com menos de 13º noutras zonas.
Joõ Pato Touriga Nacional 2005
12,5%vol.
Da autoria de Luís Pato é um vinho pensado só para o mercado estrangeiro, apesar de estar à venda à porta da adega. PVP aprox 6 euros.
Apenas tem estágio em inox.
Negro, com ligeiros reflexes rubi.
Com um bom primeiro impacto floral, com notas de violeta, alguma tinta da china, muita menta, arbustro e bagas silvestres.
Apresenta um aroma muito fresco e enérgico, cheio de força, com um fundo mineral interessante.
Na boca o vinho permite uma prova agradável, com taninos firmes e bem educados, trazendo algum equilíbrio com a boa acidez que apresenta. Com boas notas herbáceas e frutadas, permitindo um bom final de boca, longo e mastigável, lembrando frutos silvestres.
Talvez um pouco mais de garrafa, poderá vir a trazer mais elegância ao vinho, mas para já está muito bem este Touriga Nacional.
Nota 16
Por falta de oportunidade para uma escolha mais criteriosa, aproveitei um vinho que me ofereceram à saída do Encontro com o Vinho, um Cister da Ribeira de 2001, da Quinta de Ventozelo.
Feito com as castas mais representativas da região do Douro: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca.
Apesar de ter boa matéria-prima, o resultado é francamente pobre. Tem uma cor rubi carregada, o aroma é discreto, a prova na boca pouco exuberante, com algumas notas de especiarias muito pouco pronunciadas, talvez um pouco de couro e um final curto, corpo delgado e acidez talvez um pouco acima do ideal para a graduação do vinho: 12,5%.
Fui depois consultar os catálogos das feiras de vinhos e percebi porque é que este vinho custa o preço que custa. Está mesmo na gama mais baixa, mas neste patamar ainda se consegue comprar e beber muito melhor.
Vinho: Cister da Ribeira 2001
Região: Douro
Produtor: Quinta de Ventozelo
Grau alcoólico: 12,5%
Preço em feira de vinhos: 1,68 €
Nota (0 a 10): 5
Na escala de 20: 10
A minha escolha: “Quinta de S. Francisco (T) 2000”. Um tinto de Óbidos, uma das denominações controladas da sempre ecléctica região da Estremadura.
A partir de Castelão (predominante), Tinta-Miúda e Carignan apresenta-se com cor rubi clarinha, com concentração mas de corpo mediano como é comum por estas bandas. Aqui (na Estremadura litoral) produzem-se vinhos com um toque gaulês, são as geadas e nevoeiros matinais.
Com evidentes aromas a frutos vermelhos (lá está o Castelão!), não é aborrecido nem pesadão (bem pelo contrário), é macio com um final longo, elegante e levemente especiado derivado dos 8 meses de estágio em barricas de carvalho francês e americano.
Produzido na Companhia Agrícola do Sanguinhal (fundada nos anos vinte por Abel Pereira da Fonseca), com sede no Concelho do Bombarral e vinhas em diversos concelhos (Bombarral, Cadaval, Alenquer e Torres Vedras).
Com 12,5%, e uma acidez fantástica, é ideal para acompanhar pratos ligeiros como legumes confeccionados, peixe, e carnes brancas. A capacidade de envelhecer com imensa dignidade é outra mais-valia deste néctar.
Bom (16). A menos de € 10.
A escolha do grupo Puros & Vinhos recaiu num vinho que estava esquecido na garrafeira de um dos elementos.
BUÇACO TINTO RESERVA 2000
11% Vol
100% baga
Engarrafado por: Alexandre D’Almeida
Pouco poderei falar sobre a história deste vinho, porque ela (história) não está acessível. Penso que é uma garrafeira própria e exclusiva do Hotel Palace do Bussaco, mencionada nos principais roteiros báquicos nacionais e internacionais, como por exemplo numa prova feita aqui á uns anos, não sei precisar quantos, pela Jacis Robinson dos vinhos portugueses, e publicada em livro.
Quanto ao vinho em si , ele apresentou-se com tonalidades rubi que começam a esbater-se no bordo e a ser substituídas por tons telha, mas o núcleo é de uma concentração impressionante. Aroma a farmácia que vai e vem, quase imperceptível ,que se entrelaça com tabaco, ameixa e figo secos e suave silvestre. Na boca, suave no ataque, elegante na evolução, com enorme robustez final "esticada" pelos excelência dos taninos e da acidez. Está lá a sobriedade e austeridade típicas dos Baga "clássicos", e que muitos rejeitam, mas também lá estão a originalidade e tipicidade regionais que tantos buscam. Enfim é um vinho contra a corrente actual, onde mais que nunca se procura a exuberância e a potência, contra a elegância e a harmonia.
Nota: 15,5
(Foi uma oferta)
Ora bem.. parece-me que a maior parte dos vinhos seão dos idos de 2000 ou antes, o que realmente significa muito.
No entanto descobri um KOPKE tinto 2003 Douro com 12,5º que me maravilhou pelo seu equilibrio aroma fino e já com alguma evolução. é um vinho de trato fácil o que me faz pensar o que leva todos os produtores a por vezes exagerarem no alcool (vide marques de borba 2005 .. mesmo bom "p'ás aftas")
KOPKE 2003
vale 4 euros
custou quase 5 numa grande superficie.
A minha resposta ao desafio foi o Quinta das Cerejeiras Reserva de 1990.
Ver em http://a-adega.blogspot.com/2006/11/quinta-das-cerejeiras-reserva-1990.html
Abraços
Herdade Pinheiro Reserva 2002.
12,5% Vol.
Cor com boa concentração. Aroma com boas notas evoluídas. Fruta doce, licorosa. Chocolate e suave balsâmico. Boca com boa intensidade, redonda. Acidez muito bem integrada. Final longo com algum amargor.
Nota pessoal: 16.5.
Caro P.Rosendo achei por bem colocar a sua nota de prova junto das restantes, penso que não leve a mal.
Nota de prova do Blog A Adega
Quinta das Cerejeiras Reserva 1990
Efectuado com as Casta Trincadeiro (João de Santarêm ou Periquita). Estagiou em toneis e meias pipas de carvalho. Foi engarrafado em 1999. Foram cheias 19166 garrafas de 750ml, 3000 de 375 ml e 3000 magnun.
Provada garrafa 14635.
Região: Óbidos
Produtor: Quinta do Sanguinal Lda
Álcool: 12,5%
Dizia J.P.Martins no seu guia de 2001, "vinho provado em 2000; A cor sugere mais evolução do que aquilo que o vinho tem na verdade, os aromas estão evoluidos mas ainda cheios de força, com notas de bolo inglês. Na boca surge-nos um tinto muito fino e elegante. É um clássico dos vinhos Portugueses." Quanto ao bolo inglês não sei mas no resto concordo inteiramente ainda hoje, passado 6 anos continua assim. Fantástico mesmo, para um vinho desta idade. Infelizmente era a minha ultima garrafa.. ;((
Nota 7/10.
Ora bem, parece que o pessoal só acordou no dia 17.
Qual é o desafio que se segue?
Ups, não vi o post-scriptum...
Eu peço desculpa pelo atraso. Não era para participar,porque não tinha em casa uma única garrafa inferior a 13%, mas comecei a matutar... E, um dia encontrava-me no famoso Lidl, e vi uma garrafinha 12,5% em promoção, ainda por cima! E não resisti...
Então cá vai:
São Domingos Dão colheita 2001
Caves solar de São Domingos - Anadia
Um vinho tinto leve, pouco encorpado, uma espécie de "português suave", mas sem preconceitos, sincero. Não refere as castas no rótulo, mas nota-se as presenças tipicas do Dão, provávelmente lá estarão a touriga naciona, trincadeira e jaen.
Aroma incerto, talvez a água pé.
Na boca , soube-me a nozes amargas, mas não desgradável, a acidez a trabalhar. Um sabor apimentado com picante no fim de boca.
Acabou por acompanhar, e nada mal, uma posta de bacalhau cozida com todos.
Não ponho em causa os vinhos vendidos pelo Lidle, mas não sei porquê, desconfio sempre. Pelo preço que custou, cerca de 2euros, não se pode exigir muito.
Nota: 12,5
Um abraço.
Nome : Tinto da Anfora
Região : Alentejo
País : Portugal
Ano : 1997
Produtor : J.P. Vinhos S.A.
Tipo : Tinto
Castas : Periquita, Trincadeira Preta, Aragonez, Moreto, Alfrocheiro
Graduação(%) : 12,5
Tipo de Guarda : Consumir
Data de Compra : 16-11-2005
Data de Consumo : 10-11-2006
Preço aprox.(€) : 8
Provador : Pedro Brandão
Apreciação (0-20) : 16,5
Preparação : Preparar a prova tendo o vinho à temperatura de 17º
Nota de prova : Cor de uma limpidez perfeita, com o centro vermelho e a auréola atijolada (chegando ao final da garrafa, devido ao depósito, vinha um pouco mais turvo, pelo que se recomenda cuidado ao servir). Aroma bastante elegante. Algo balsâmico, a dar frescura às notas de torrados e borralho de lareira. Vegetal, trazendo memórias de pimento assado regado com azeite. À beira da década de vida, ainda ostenta alguma fruta semelhante a doce de cereja. É de tacto macio, com mediano porte ácido e um toque alcoólico guloso. Muita torrefação, temperada com especiarias e de novo o apimentado. Ainda mostra estrutura no palato.
Comentários : Rebusquei nas minhas garrafas por um vinho tinto que tivesse menos de 13% para participar na iniciativa "Prova da quinta". Em perto de uma centena de garrafas, só duas ou três obedeciam à regra. Esta era uma delas, ainda tinha o Post Scriptum 2002, mas como o desafio foi colocado por um Alentejano, resolvi apostar num produto da zona. Hoje em dia é quase impossível ver vinhos com esta graduação, mas temos aqui um exemplar digno de registo e que dá muito prazer. A rolha estava impressionante no seu estado imaculado.
Conclusões???
Penso que as conclusões seriam interessantes tirar entre todos, pessoalmente verifico que os vinhos abaixo dos 13% não fazem parte das novas modas, hoje em dia encontrar um topo de gama com menos de 13% é caso raro mas não impossível.
Se por algum motivo os mesmos não abundam nas nossas garrafeiras, por outro lado encontramos vinhos com menos de 13% principalmente em gamas mais baixas, achei curioso que os vinhos de perfil mais clássico por exemplo os Bairrada mais conservadores.
Mas a principal conclusão que se pode retirar é que um vinho não precisa de ter mais de 13% para saber evoluir nobremente e dar prazer no momento da prova, foram aqui provados vinhos de várias regiões de Portugal onde todos agradaram, uns mais que outros.
Fica lançada a discussão, alguem quer colocar a sua conclusão ?
Pessoalmente á muito tempo que não provo um vinho com menos de 13º,que me tenha agradado.Vem-me á memória os sucessivos barretes com vinhos Franceses...É um estilo que não me agrada...Já agora alguém me pode dizer qual o grau do último Barca Velha?
Um abraço
Paulo Sousa o Barca Velha de 1999 tem de graduação 13,5%.
A minha conclusão é a mesma, não há necessidade de haver vinhos tão alcoólicos como agora, que muitas vezes acabam por abafar os aromas do vinho com tanto álcool. É uma moda que não compreendo, muito menos quando se tornou vulgar encontrar vinhos com 14, 14,5 e até 15 graus, coisa que ainda não há 10 anos era absolutamente impensável. Há algumas semanas provámos um Dão Porta dos Caveleiros de 75, espantoso, com 12,5%.
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