Copo de 3: Foral de Évora... as novas colheitas

24 novembro 2010

Foral de Évora... as novas colheitas

O Foral de Évora foi um vinho lançado na colheita de 2000 pela Fundação Eugénio de Almeida numa edição comemorativa dos 500 anos da entrega do foral à cidade de Évora por D. Manuel I. Da primeira colheita foram bastantes as garrafas bebidas em conjunto com amigos, vinho que se mostrava bem feito, diferente e muito apetecível e amigo da patuscada, bom para os dias frios de Inverno e que acompanhava e animava as conversas. O preço que rondaria os 8€ não seria alto não senhor, comedido e que fazia dele um constante parceiro das tertúlias... porém a certa altura "o mercado" resolveu puxar o preço do vinho para cima, houve o esperado afastamento porque o preço já não se mostrava compatível com as vontades do grupo... caiu então no que pior pode acontecer a uma marca, esquecimento, as novidades vindouras de outras paragens foram desviando os olhares, a ganância não do produtor mas de quem o revendia fazia com que cada vez mais o fosso fosse alargando. Passaram com isto várias colheitas até que me chegou às mãos 5 anos depois o tinto 2007 e o branco 2009, matei as saudades e revi bons velhos amigos... o preço esse parece que foi ajustado, mas nunca mais será o mesmo pelo qual comprei e bebi as duas primeiras colheitas.

Foral de Évora branco 2009:  Produzido a partir da casta Assario (Malvasia Fina) que num conjunto que debita 14% , a largar um aroma de média intensidade, fresco com fruta madura a lembrar melão, pêssego e citrinos com toque de rebuçado/mel, sente-se algum arredondamento com toque floral pelo meio. Boca gostosa e fresca, bem frutada com presença de calda de fruta, algum vegetal ajuda a preencher a boa espacialidade que comporta. Final com leve apimentado, o álcool podia ser menos que se agradecia... fora isso estamos perante um belo branco vendido a um preço que ronda os 6,50€ numa boa garrafeira. 16 - 90 pts

Foral de Évora tinto 2007: Lote composto por Trincadeira, Aragones e Alicante Bouschet, brincaram 12 meses em barrica de carvalho francês com mais 12 de garrafa, a debitar também ele 14%. Nariz envolvente com bom aconchego da fruta fresca, alguma nota de geleia, bem madura com a barrica já em plena harmonia com o conjunto, suave tosta com baunilha, café, caramelo leite, num fundo que se esbate em vegetal seco. Boca de boa estrutura, frutado de início, muita harmonia de conjunto, afinado e pronto a beber, frescura a brincar com madeira e doçura da fruta, que em cópia do nariz aparece com uma leve secura vegetal. O preço ronda os 12€ num vinho pronto para a mesa desde já... 16 - 90 pts

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