Copo de 3: H.M.Borges Pather 1720

25 outubro 2017

H.M.Borges Pather 1720


É mais conhecido pelas garrafas com a letra P lhe dá o nome de Pather (Father), o Pai, e guarda no seu interior um vinho que tem tanto de especial como de misterioso. Henrique Menezes Borges foi o fundador da empresa H.M.Borges (Madeira) em 1877, viria a falecer em 1916 e como legado para os filhos, deixou um conjunto de vinhos muito especiais e que sempre se recusou a vender (Terrantez 1877, Terrantez 1760, Bual 1780, Sercial 1810, Verdelho 1800 e o Pather 1720). Seria o seu filho João a transferir os vinhos para demijohns em 1930, onde iriam permanecer até que parte deles foi engarrafado após a sua morte em 1989 e distribuído entre os membros da família.

Este misterioso Pather, acredita-se que seja da casta Terrantez, surge com uma fantástica tonalidade ambar de centro mais carregado com rebordo de laivos esverdeados tão caracteristicos destes vinhos centenários. Nariz muito preciso, limpo e delicado, camada após camada num compasso muito certo e de grande complexidade qual bazar do oriente. Divagamos pelos tons de melaço, avelã, toffee e frutas cristalizadas num jogo agri-doce interminável. Na boca torna-se algo de fantástico e inesquecível, toque de toffee a dar as boas vindas e a esbater-se numa fina capa acetinada que cobre o palato, delicado, fresco mas de extrema elegância e persistência. São quase três séculos de história que passaram até o poder ter no copo, inesquecível. 100 pts

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