Copo de 3: Vinha do Putto 2005

04 março 2008

Vinha do Putto 2005

É na Anadia (Bairrada), mais propriamente na Quinta de São Mateus que o produtor Manuel dos Santos Campolargo tem instalada a sua adega. Este produtor com história na região, vai já na 4ª geração de uma família dedicada à produção de vinho na região, e que tanto tem feito para colocar o nome Bairrada na boca dos consumidores.
Os primeiros vinhos da marca Campolargo foram os da colheita de 2000, sendo que a nova adega apenas foi construída em 2004.
As vinhas agrupam-se em duas propriedades: Quinta de S. Mateus, 110ha. na freguesia de S. Lourenço do Bairro e Quinta de Vale de Azar, 60ha. na freguesia de Arcos.
É dos nomes das vinhas, das quintas e dos nomes dos lugares onde estão as vinhas, que surgem grande parte dos nomes dos vinhos deste produtor, contando com um impressionante leque de castas, desde as tintas com: Baga, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Pinot Noir, Trincadeira da Bairrada (Periquita), Cabernet Sauvignon, Castelão Nacional, Souzão, Tinta Roriz, Syrah, Merlot, Alfrocheiro, Tinto Cão, Alvarelhão, Tinta Francisca, Touriga Francesa, Alicante Bouschet, Malbec, Petit Verdot, Tinta Pinheira e Bastardo.
Nas castas brancas são: Bical, Arinto, Cerceal, Verdelho, Viognier, Sauvignon Blanc e Chardonnay.
Conta com uma vasta (são 22 vinhos) e completa gama de vinhos, desde o rosé, branco, tinto e espumante. Em prova um dos mais recentes lançamentos, o Vinha do Putto tinto 2005

Vinha do Putto 2005
Castas: Tinta Roriz, Touriga Nacional, Syrah e Cabernet Sauvignon - Estágio: 3 a 6 meses em barricas de 3º ano - 13,5% Vol.

Tonalidade ruby escuro de média concentração
Nariz a mostrar um vinho que nos aponta de imediato para sugestões fresca com muita fruta madura (frutos do bosque) e toque vegetal integrado pelo meio. Directo na forma como se mostra, tem um ligeiro especiado que envolve um suave e fugaz torrado de segundo plano, onde a parte floral se mostrar algo contida.
Boca a mostrar entrosamento entre vegetal e fruta, pimenta verde presente. Tem ligeiro corpo que lhe dá algum encanto, acidez comedida dá toque fresco e agradável ao vinho. Mostra alguma secura no final da boca derivado de alguns taninos mais mariolas, com final de boca de persistência média baixa.

Um vinho que rondou os 4,5€ numa grande superfície comercial, dando uma prova agradável e bastante descomprometida. Pelo preço revela-se uma boa aposta para o dia a dia.
14,5

8 comentários:

Anónimo disse...

Sai do produtor a 1.98€ + IVA.
É incrível o dinheiro que se ganha pelo caminho.
Acho que tenho de me dedicar à distribuição.

João de Carvalho disse...

Um tema interessante de se debater, vejamos que o mesmo vinho estava no Continente à venda por 5,98€

Outra nota para juntar é o preço de referência indicado no Guia da Revista de Vinhos que é de 3€.

Pedro Sousa P.T. disse...

Isto nos hiper`s está a ficar como na bolsa, é andar antento, esperar, e quando há uma promoção, avançar. Só que nem toda a gente tem vida para andar dia a dia nos corredores das grandes superfícies.
Abraço.

João de Carvalho disse...

É ir aproveitando os pequenos deslizes que vão aparecendo... o último bonus que apanhei foi o Quinta dos Quatro Ventos 2004 a 7,5€ no Feira Nova em Loures.

Vinixá - Produtos Gourmet disse...

Subscrevo totalmente as notas de prova aqui presentes. Provei este mesmo vinho ontem, acompanhando um leitãozinho assado, e fiquei fã incondicional.É um vinho despretensioso, mas extremamente bem feito. A palavra que me parece poder classificar melhor este vinho é talvez "equilíbrio"... até em termos de relaçãopreço/qualidade... uma boa compra!

Anónimo disse...

O produtor é, formalmente, Manuel dos Santos Campolargo, o patriarca da família, sendo Carlos Campolargo um dos dois filhos efectivamente por de trás do projecto.

João de Carvalho disse...

Agradeço a chamada de atenção, que já tive a oportunidade de alterar devidamente.

graça Matos disse...

Gostei do artigo. Apesar do reparo que faço a seguir.
Apenas uma correção e acréscimo:
A frase "É na Anadia (Bairrada" deveria ser escrita: "É em Anadia" e na parte em parêntesis referir "capital da Bairrada".

 
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