Copo de 3: Quinta dos Roques Touriga Nacional 2002

14 dezembro 2008

Quinta dos Roques Touriga Nacional 2002

Certos vinhos dispensam grandes apresentações, ou porque por si só já são uma referência obrigatória, ou porque a sua consistência como marca ao longo de mais de uma década, fazem dele um exemplo a seguir por todos os consumidores.
O Touriga Nacional da Quinta dos Roques é por si só um fiel exemplo do que foi dito anteriormente. Conquistou o coração dos consumidores, com a colheita de 1996, que viria a dar início a uma caminhada de sucesso, marcando o percurso de um dos melhores exemplares de Touriga Nacional que o Dão, e Portugal nos podem oferecer.
É dito e sabido que a colheita de 2002, não terá sido das melhores dos últimos tempos, mas curiosamente é desta mesma colheita que tem surgido grandes vinhos, tal como este Touriga Nacional da Quinta dos Roques.

Quinta dos Roques Touriga Nacional 2002
Castas: 100% Touriga Nacional - Estágio: 11 meses em barrica de carvalho francês de 225 litros, de primeiro e segundo ano - 13% Vol.

Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta.

Nariz a mostrar conjunto coeso, aprumado, mediano na intensidade com grande elegância e finura de aromas. Fruto preto (amoras, cereja) maduro acompanhado de perfume muito ténue de violetas, em conjunto com baunilha, especiarias (pimentas) e cacau. O segundo plano é envolvido em vegetal seco, alguma nota fumada, com fundo repartido entre balsâmico e mineral.

Boca com entrada que alia o fruto preto ao toque apimentado, acidez média que guia durante toda a passagem de boca, revelando pelo caminho cacau, mato rasteiro, fumo e balsâmico de fundo. Muito arredondado, harmonioso e de espacialidade mediana, dá uma prova bastante integra sem qualquer sinal de desgaste evidente, com final de boca de persistência média/alta.

Tendo provado outras colheitas do Touriga Nacional desta casa, chega-se à conclusão que este se mostra ligeiramente diferente, menos efusivo nos aromas florais, menos expansivo, mas ao mesmo tempo é um vinho muito integro e elegante, chamemos-lhe polido. Provando este Touriga quem é que diz que 2002 foi ano mau ?
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2 comentários:

Pingas no Copo disse...

Um belo vinho. Tenho muito admiração por este Touriga de 2002. Um vinho que quase ninguém liga.
Um abraço

João de Carvalho disse...

E muito te agradeço, por teres sido tu a colocar o dito cujo em prova.

 
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