O Copo de 3 esteve mais uma vez presente no Encontro do Vinho e Sabores, dois dias permitiram repartir da melhor forma o tempo, o número de provas e poder estar mais algum tempo de conversa com produtores e enólogos (temos sempre qualquer coisa a aprender).
Além de poder provar vinhos que já conheço e gosto, estes Encontros servem sempre para tentar encontrar algumas novidades que me consigam surpreender, claro que também encaro estes eventos como uma forma de encontrar os amigos da mesma causa, produtores, enólogos, amigos bloguistas... acima de tudo sempre com boa disposição e uma dose de divertimento à mistura, porque isto é para nos divertirmos e distrairmos, falar do que se provou, se já se provou o vinho X do produtor Y que está excelente, qual o branco que mais gostou... são estes momentos que valem a pena e que apenas são possíveis devido a estes Eventos.
Este ano para não faltar a regra, e nem o Encontro seria o mesmo, lá me encontrei com vários conhecidos destas andanças, uns mais recentes que outros, bloguistas em peso não faltaram à chamada, abraço para o amigo Paulo Silva do Vinho da Casa (sempre que te encontrei estavas em stands do Alentejo ou é impressão minha), o grande Rui Miguel do Pingas no Copo (estou como tu, falei mais do que provei), o Nuno Oliveira Garcia do Saca a Rolha (que em conjunto fomos visitar um amigo abandonado que por lá estava, só abriu a porta depois de termos batido 3 vezes mas pronto...), paragem no blogger/produtor João Roseira sempre bem disposto e um mestre na arte de bem receber (Em vez de Bombas bebam mas é Gouvyas...) e sem esquecer o grupo do Vinho a Copo.
Uma breve passagem pelo concurso «A escolha da imprensa», os vinhos que participaram no concurso estavam colocados nessa mesma zona em formato de Self-Service que mais parecia o festival da Sopa tal a temperatura a que alguns podiam ser provados, sinceramente os vinhos mais pareciam um conjunto de desterrados ali colocados e a uma temperatura nada agradável.
Destacar mais uma vez a grande prestação dos vinhos tintos do Alentejo que fizeram o pleno, para mais detalhes consultar a fotografia.
Outro ponto deste Encontro que não gostei muito foi a zona dos Sabores... onde a destacar pela positiva claramente os produtos Sanchez Romero ou alguns produtores de queijo, o requeijão com doce de abóbora, simplesmente genial ou os chocolates presentes... mas pela negativa o preço e o serviço das variadas sandes que lá eram servidas, é que pagar 3€ por uma sandes de chouriço industrial ao melhor estilo Nobre, ainda por cima uma sandes mal feita, é destas vezes que sinto a falta dos expositores dos «sabores» da FIAPE ou da Feira da Vinha e do Vinho em Borba.
Durante dois dias de provas, alguns vinhos destacaram-se mais que outros, fica aqui a lista:
Brancos
Secret Stone 2005 - Um Sauvignon Blanc da Nova Zelândia/Marlborough onde as notas tropicais (em primeiro plano manga e depois ananás) se destacam com bastante intensidade aliadas a uma forte vertente floral, tudo isto acompanhado por um grande frescura de conjunto que se complementa na prova de boca, com a acidez a marcar presença num vinho que conquista de imediato. Preço a rondar os 13€, a encomenda já foi feita.
Schloss Gobelsburg Grüner Veltliner 2005 - Vem no seguimento da colheita já aqui provada, segue por isso a mesma apreciação, muito mineral e fresco com nível de acidez bem marcado... com corpo que aguenta o vinho durante toda a prova, belos aromas, um tipo de vinho completamente diferente dos nossos, de grande categoria e que me agradou muito.
Montes Alpha Chardonnay 2004 - De todos os Chardonnay provados este foi o que mais gostei, pela forma como a fruta e algumas notas de amanteigado que bem definem esta casta, se conjugam com a madeira, tudo extremamente fino e muito apelativo, untuosidade com alguma frescura marca presença na quantidade necessária, um belíssimo Chardonnay.
Madrigal 2005 - É a segunda colheita desta marca, um 100% Viognier que mudou ligeiramente para melhor, conjuga um elegante perfume com um equilibrio quase imaculado entre acidez e uma suave dose de doçura que parece apresentar, é um vinho que não deixa ninguém indiferente após a sua prova.
Redoma Reserva 2005 - É a consagração do já consagrado Redoma Reserva, com um 2005 superior ao já grandioso 2004, elegância, finesse, talvez sejam poucas as palavras que definem um vinho desta qualidade.
Gouvyas Reserva 2004 - O melhor branco desta casa até aos dias de hoje, pois todos nós consumidores esperamos que a qualidade continue a aumentar. Começa a ser um assunto muito sério este Reserva, continua a ser colocado injustamente de lado quando se fala em brancos da moda.
CARM Reserva 2005 - É uma novidade de parte deste produtor, um Reserva Branco 2005, pela prova que deu mostrou-se um vinho bastante agradável, com boa dose de frescura a marcar passo ao lado de flora ligeiro, mineral e fruta. Um vinho a dar sensações muito positivas e que merece prova atenta.
Campolargo Arinto 2005 - Depois de ter provado e gostado bastante do Arinto 2004, chegou altura de provar o novo 2005 que se mostrou mais redondo na boca, algo mais cheio que lhe veio tirar de certa maneira aquela acidez marcante. Mesmo assim um grande Arinto.
Hugel gewurztraminer - É um vinho que conquista imediatamente pelos aromas intensos a pétalas de rosas, lembra aqueles saquinhos de cheiro que se metiam nas gavetas, um aroma intenso com uma mineralidade de braço dado, tudo bem cativante e muito agradável.
Pascal Jolivet Pouilly-Fumé 2005 - Os dois vinhos que se seguem são dois vinhos feitos a partir de Sauvignon Blanc, onde o produtor aproveita os terroir de cada zona (Sancerre e Pouilly-Fumé) para fazer dois brancos de grande qualidade.
Neste caso este foi o que mais gostei, mais exuberante no nariz e mais fresco e elegante na boca, com boa mineralidade presente, um grande branco.
Pascal Jolivet Sancerre 2005 - Depois do que já disse, este mostrou-se um pouco mais tímido de aromas, um pouco mais citrico, a acidez está mais notória, mas tudo bem equilibrado e de grande nível.
Tintos
Anima L4 - Era um dos vinhos que ia com curiosidade para provar, mas que grande surpresa este vinho elaborado com uma casta italiana, a Sangiovese. Um vinho que se pode dizer com uma costela Alentejana, vem da zona do Torrão, e apresenta-se em grande forma, muito equilibrado e apetecível, é um vinho a seguir com bastante atenção.
Charme 2004 e Batuta 2004 - Parecem dois irmãos, andam sempre pegados, principalmente na qualidade que se mostra ao mais alto nível, como já se falou tanto destes dois vinhos o que se pode dizer é que são de prova obrigatória num Encontro destes.
Gouvyas Vinhas Velhas 2004 - O melhor Gouvyas de sempre, foram as palavras de João Roseira enquanto nos apresentava este seu novo tesouro, obviamente que concordo e ainda foi provado o VV 2003 mas este 2004 mostrou-se num outro nível muito superior, o melhor de tudo é que não é daqueles vinhos cheios de fruta e álcool que alguns produtores teimam em lançar, aqui fala o equilibrio de forças e a harmonia, resta desejar os parabéns aos responsáveis por este excelente vinho de Portugal.
Abandonado - Alves de Sousa 2004 - Domingos Alves de Sousa é um Senhor do Vinho, uma daquelas figuras que marcam sem dúvida a história da enologia em Portugal, falar de vinhos com este Sr. é um autêntico prazer, a forma apaixonada e simpática como fala dos vinhos e como trata os interessados pelo vinho, é algo que raramente tenho encontrado. Foi com essa sua maneira bem disposta que apresentou o seu novo tesouro, um vinho que limpou em grande estilo toda a concorrência na prova dos Douro da última Revista de Vinhos. O preço esse é associado à pouca quantidade, à diferença, à excelência, ao trabalho que deu, à vinha do Abandonado e a tudo o resto... 50€, resta ao consumidor provar e dizer se concorda.
Campolargo Diga? 2005 - Foi o primeiro varietal Petit Verdot a aparecer em terras Lusas, segundo palavras do próprio produtor, e é sem dúvida alguma um exemplo a seguir.
Marcolino Sebo Garrafeira 2003 - Falava-se em segredo de um lote especial de Alicante Bouschet que teimava em sair para o mercado, os anos foram passando e o tal lote foi sendo guardado, o tal diamante foi sendo polido, aresta por aresta... não sendo uma das jóias de coroa é uma pedra preciosa a merecer a devida atenção. O preço vai rondar os 18-20€
Além de poder provar vinhos que já conheço e gosto, estes Encontros servem sempre para tentar encontrar algumas novidades que me consigam surpreender, claro que também encaro estes eventos como uma forma de encontrar os amigos da mesma causa, produtores, enólogos, amigos bloguistas... acima de tudo sempre com boa disposição e uma dose de divertimento à mistura, porque isto é para nos divertirmos e distrairmos, falar do que se provou, se já se provou o vinho X do produtor Y que está excelente, qual o branco que mais gostou... são estes momentos que valem a pena e que apenas são possíveis devido a estes Eventos.
Este ano para não faltar a regra, e nem o Encontro seria o mesmo, lá me encontrei com vários conhecidos destas andanças, uns mais recentes que outros, bloguistas em peso não faltaram à chamada, abraço para o amigo Paulo Silva do Vinho da Casa (sempre que te encontrei estavas em stands do Alentejo ou é impressão minha), o grande Rui Miguel do Pingas no Copo (estou como tu, falei mais do que provei), o Nuno Oliveira Garcia do Saca a Rolha (que em conjunto fomos visitar um amigo abandonado que por lá estava, só abriu a porta depois de termos batido 3 vezes mas pronto...), paragem no blogger/produtor João Roseira sempre bem disposto e um mestre na arte de bem receber (Em vez de Bombas bebam mas é Gouvyas...) e sem esquecer o grupo do Vinho a Copo.
Uma breve passagem pelo concurso «A escolha da imprensa», os vinhos que participaram no concurso estavam colocados nessa mesma zona em formato de Self-Service que mais parecia o festival da Sopa tal a temperatura a que alguns podiam ser provados, sinceramente os vinhos mais pareciam um conjunto de desterrados ali colocados e a uma temperatura nada agradável.
Destacar mais uma vez a grande prestação dos vinhos tintos do Alentejo que fizeram o pleno, para mais detalhes consultar a fotografia.
Outro ponto deste Encontro que não gostei muito foi a zona dos Sabores... onde a destacar pela positiva claramente os produtos Sanchez Romero ou alguns produtores de queijo, o requeijão com doce de abóbora, simplesmente genial ou os chocolates presentes... mas pela negativa o preço e o serviço das variadas sandes que lá eram servidas, é que pagar 3€ por uma sandes de chouriço industrial ao melhor estilo Nobre, ainda por cima uma sandes mal feita, é destas vezes que sinto a falta dos expositores dos «sabores» da FIAPE ou da Feira da Vinha e do Vinho em Borba.
Durante dois dias de provas, alguns vinhos destacaram-se mais que outros, fica aqui a lista:
Brancos
Secret Stone 2005 - Um Sauvignon Blanc da Nova Zelândia/Marlborough onde as notas tropicais (em primeiro plano manga e depois ananás) se destacam com bastante intensidade aliadas a uma forte vertente floral, tudo isto acompanhado por um grande frescura de conjunto que se complementa na prova de boca, com a acidez a marcar presença num vinho que conquista de imediato. Preço a rondar os 13€, a encomenda já foi feita.
Schloss Gobelsburg Grüner Veltliner 2005 - Vem no seguimento da colheita já aqui provada, segue por isso a mesma apreciação, muito mineral e fresco com nível de acidez bem marcado... com corpo que aguenta o vinho durante toda a prova, belos aromas, um tipo de vinho completamente diferente dos nossos, de grande categoria e que me agradou muito.
Montes Alpha Chardonnay 2004 - De todos os Chardonnay provados este foi o que mais gostei, pela forma como a fruta e algumas notas de amanteigado que bem definem esta casta, se conjugam com a madeira, tudo extremamente fino e muito apelativo, untuosidade com alguma frescura marca presença na quantidade necessária, um belíssimo Chardonnay.
Madrigal 2005 - É a segunda colheita desta marca, um 100% Viognier que mudou ligeiramente para melhor, conjuga um elegante perfume com um equilibrio quase imaculado entre acidez e uma suave dose de doçura que parece apresentar, é um vinho que não deixa ninguém indiferente após a sua prova.
Redoma Reserva 2005 - É a consagração do já consagrado Redoma Reserva, com um 2005 superior ao já grandioso 2004, elegância, finesse, talvez sejam poucas as palavras que definem um vinho desta qualidade.
Gouvyas Reserva 2004 - O melhor branco desta casa até aos dias de hoje, pois todos nós consumidores esperamos que a qualidade continue a aumentar. Começa a ser um assunto muito sério este Reserva, continua a ser colocado injustamente de lado quando se fala em brancos da moda.
CARM Reserva 2005 - É uma novidade de parte deste produtor, um Reserva Branco 2005, pela prova que deu mostrou-se um vinho bastante agradável, com boa dose de frescura a marcar passo ao lado de flora ligeiro, mineral e fruta. Um vinho a dar sensações muito positivas e que merece prova atenta.
Campolargo Arinto 2005 - Depois de ter provado e gostado bastante do Arinto 2004, chegou altura de provar o novo 2005 que se mostrou mais redondo na boca, algo mais cheio que lhe veio tirar de certa maneira aquela acidez marcante. Mesmo assim um grande Arinto.
Hugel gewurztraminer - É um vinho que conquista imediatamente pelos aromas intensos a pétalas de rosas, lembra aqueles saquinhos de cheiro que se metiam nas gavetas, um aroma intenso com uma mineralidade de braço dado, tudo bem cativante e muito agradável.
Pascal Jolivet Pouilly-Fumé 2005 - Os dois vinhos que se seguem são dois vinhos feitos a partir de Sauvignon Blanc, onde o produtor aproveita os terroir de cada zona (Sancerre e Pouilly-Fumé) para fazer dois brancos de grande qualidade.
Neste caso este foi o que mais gostei, mais exuberante no nariz e mais fresco e elegante na boca, com boa mineralidade presente, um grande branco.
Pascal Jolivet Sancerre 2005 - Depois do que já disse, este mostrou-se um pouco mais tímido de aromas, um pouco mais citrico, a acidez está mais notória, mas tudo bem equilibrado e de grande nível.
Tintos
Anima L4 - Era um dos vinhos que ia com curiosidade para provar, mas que grande surpresa este vinho elaborado com uma casta italiana, a Sangiovese. Um vinho que se pode dizer com uma costela Alentejana, vem da zona do Torrão, e apresenta-se em grande forma, muito equilibrado e apetecível, é um vinho a seguir com bastante atenção.
Charme 2004 e Batuta 2004 - Parecem dois irmãos, andam sempre pegados, principalmente na qualidade que se mostra ao mais alto nível, como já se falou tanto destes dois vinhos o que se pode dizer é que são de prova obrigatória num Encontro destes.
Gouvyas Vinhas Velhas 2004 - O melhor Gouvyas de sempre, foram as palavras de João Roseira enquanto nos apresentava este seu novo tesouro, obviamente que concordo e ainda foi provado o VV 2003 mas este 2004 mostrou-se num outro nível muito superior, o melhor de tudo é que não é daqueles vinhos cheios de fruta e álcool que alguns produtores teimam em lançar, aqui fala o equilibrio de forças e a harmonia, resta desejar os parabéns aos responsáveis por este excelente vinho de Portugal.
Abandonado - Alves de Sousa 2004 - Domingos Alves de Sousa é um Senhor do Vinho, uma daquelas figuras que marcam sem dúvida a história da enologia em Portugal, falar de vinhos com este Sr. é um autêntico prazer, a forma apaixonada e simpática como fala dos vinhos e como trata os interessados pelo vinho, é algo que raramente tenho encontrado. Foi com essa sua maneira bem disposta que apresentou o seu novo tesouro, um vinho que limpou em grande estilo toda a concorrência na prova dos Douro da última Revista de Vinhos. O preço esse é associado à pouca quantidade, à diferença, à excelência, ao trabalho que deu, à vinha do Abandonado e a tudo o resto... 50€, resta ao consumidor provar e dizer se concorda.
Campolargo Diga? 2005 - Foi o primeiro varietal Petit Verdot a aparecer em terras Lusas, segundo palavras do próprio produtor, e é sem dúvida alguma um exemplo a seguir.
Marcolino Sebo Garrafeira 2003 - Falava-se em segredo de um lote especial de Alicante Bouschet que teimava em sair para o mercado, os anos foram passando e o tal lote foi sendo guardado, o tal diamante foi sendo polido, aresta por aresta... não sendo uma das jóias de coroa é uma pedra preciosa a merecer a devida atenção. O preço vai rondar os 18-20€