Os vinhos da Herdade do Esporão (Reguengos de Monsaraz) desde o seu aparecimento no mercado, umas referências mais que outras, sempre fizeram parte da mesa lá em casa. Fiquei acostumado a ver aqueles rótulos coloridos que mudavam de ano para ano, era engraçado e ficava sempre com aquela curiosidade de ver como seria o rótulo do próximo ano. Foi com este entusiasmo que com o passar do tempo fui assistindo ao lançamento de novas marcas e com óbvia tristeza e saudade, me despedi de outras onde destaco o monocasta de Cabernet Sauvignon.
Verdade seja dita, é daqueles produtores que consegue ter sempre uma enorme consistência na qualidade dos seus vinhos, colheita após colheita, e o grande exemplo disso é o Reserva (seja na versão tinto ou branco). Talvez pelo motivo que acabei de dizer, encaro o Esporão Reserva como o vinho mais emblemático deste produtor, e que por sua vez melhor o representa, sendo que nas minhas memórias mais recentes ficaram vinhos como os Reserva de 1996 , 1997 ou 1999.
Nos dias de hoje e com o surgimento de novos produtores e novos vinhos a eles associados, o afastamento aos Reserva do Esporão foi-se tornando maior, pelo que volto às provas desta vez com o Reserva da colheita de 2002 em formato Magnum (1,5L)
Verdade seja dita, é daqueles produtores que consegue ter sempre uma enorme consistência na qualidade dos seus vinhos, colheita após colheita, e o grande exemplo disso é o Reserva (seja na versão tinto ou branco). Talvez pelo motivo que acabei de dizer, encaro o Esporão Reserva como o vinho mais emblemático deste produtor, e que por sua vez melhor o representa, sendo que nas minhas memórias mais recentes ficaram vinhos como os Reserva de 1996 , 1997 ou 1999.
Nos dias de hoje e com o surgimento de novos produtores e novos vinhos a eles associados, o afastamento aos Reserva do Esporão foi-se tornando maior, pelo que volto às provas desta vez com o Reserva da colheita de 2002 em formato Magnum (1,5L)
Esporão Reserva 2002
Castas: Trincadeira, Aragonês e Cabernet Sauvignon - Estágio: 12 meses em carvalho Americano, seguido de 12 meses em garrafa - 14% Vol.
Tonalidade granada escuro de concentração mediana.
Nariz pouco expressivo, com a fruta a sentir-se madura mas algo pálida e apática, linha de frescura que percorre os recantos de cariz vegetal, a recordar um ramo de cheiros seco, alguma cera de móvel com toque de folha de tabaco em fundo. A mediana complexidade que apresentou não lhe permitiu grandes exibições, entrando em estagnação a meio da refeição.
Boca um pouco melhor que a prova de nariz, a revelar-se com mediana espacialidade, mostrando-se um conjunto de presença moderada. A fruta presente em completo entendimento com a madeira, num conjunto que se mostra bastante polido e com algum desgaste dado pelo tempo. O segundo plano é de cariz vegetal, com alguma secura num final de persistência média/baixa.
É uma verdade que a colheita de 2002 não foi propriamente das que melhor memória vai deixar, alguns até nem querem falar dela qual colheita maldita, isto apesar de alguns dos vinhos de 2002 serem fabulosos.
Mas tal não se passou com este Reserva, o vinho já passou a sua melhor forma e caminha para a despedida, mostrando-se longe dos encantos a que outros Reservas me tinham acostumado.
14,5
Nariz pouco expressivo, com a fruta a sentir-se madura mas algo pálida e apática, linha de frescura que percorre os recantos de cariz vegetal, a recordar um ramo de cheiros seco, alguma cera de móvel com toque de folha de tabaco em fundo. A mediana complexidade que apresentou não lhe permitiu grandes exibições, entrando em estagnação a meio da refeição.
Boca um pouco melhor que a prova de nariz, a revelar-se com mediana espacialidade, mostrando-se um conjunto de presença moderada. A fruta presente em completo entendimento com a madeira, num conjunto que se mostra bastante polido e com algum desgaste dado pelo tempo. O segundo plano é de cariz vegetal, com alguma secura num final de persistência média/baixa.
É uma verdade que a colheita de 2002 não foi propriamente das que melhor memória vai deixar, alguns até nem querem falar dela qual colheita maldita, isto apesar de alguns dos vinhos de 2002 serem fabulosos.
Mas tal não se passou com este Reserva, o vinho já passou a sua melhor forma e caminha para a despedida, mostrando-se longe dos encantos a que outros Reservas me tinham acostumado.
14,5
7 comentários:
Pois eu temabém ainda tenho na memória as colheitas de 1996 e 1997que deram boa prova.
Este post deixa-me um pouco apreensivo quanto à evolução dos Esporão reserva, pois ainda tenho todas as edições desde a colheita de 2002.
Pessoalmente, os Reservas de Esporão são para beber quando saem. Não ganham muito com a guarda. Penso, salvo excepções, que são vinhos para beber jovens, porque já se apresentam redondinhos e prontos a ber. É um erro esperar que eles possam evoluir para patamares mais elevados.
Pessoalmente só os guardo por causa dos rótulos.
Eu concordo com o que foi dito, aliás vejo estes vinhos como para um consumo máximo nos 2 - 4 anos após o lançamento no mercado.
Óbvio que os 4 anos podem e devem ser aplicados naquelas colheitas que se destacam pela qualidade, 1996, 1997 ou 1999 são exemplos disso mesmo.
O que também notei, foi uma ligeira alteração a nível de perfil do vinho em causa, houve por ali qualquer coisa depois da colheita de 1999.
João tb tenho essa sensibilidade. Depois da colheita 1999 parece que a coisa mudou um pouco.
Curiosamente e como já temos falado bastante sobre o assunto, notei o mesmo em relação aos Rótulo Cortiça da Coop. Borba.
Ou foi da mudança do Séc. ou da mudança de perfil... de gosto não foi porque continuo a gostar das colheitas antigas.
Por acaso já tinha pensado nisso. Já o achei melhor. Ainda me lembro de provar o Esporão de 87 e o de 89. Esses sim, eram grandes.
E também tenho saudades do monocasta de Cabernet, que conheci desde que saiu, salvo erro na colheita de 91. Ainda tenho umas quantas de meio-litro de 98.
boas,quanto vale 1 garrafa desas?
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