A DFJ Vinhos tem a maioria da sua produção e referências concentrada na região de Lisboa. Curiosamente, e apesar da dimensão da sua produção média anual – seis milhões de garrafas –, a DFJ não tem vinhas, apenas vinifica, indo buscar a matéria-prima às parcerias estabelecidas com vários viticultores do País. A maior parceria da DFJ é com a empresa da família do Eng. José Neiva Correia a Rui Abreu Correia e Herdeiros, que possui na região de Lisboa em diversas quintas, 200 ha de vinhas em produção. A quinta de Porto Franco, que muitos historiadores consideram ser uma das propriedades mais antigas do concelho de Alenquer e cuja origem é anterior à nacionalidade, é a mais importante, pela sua dimensão, porque aí se encontra o centro de vinificação para mais de 2 milhões de litros, e porque foi onde José Neiva Correia nasceu. Resta lembrar que José Neiva Correia, fundou a DFJ há uma década e que hoje é responsável por 33 marcas e 77 vinhos diferentes, oriundos de todas as regiões portuguesas, do Douro ao Algarve, exceptuando a dos Vinhos Verdes. Em prova deixo o Grand´Arte Pinot Noir 2006:
Grand´Arte Pinot Noir 2006
Castas: 100% Pinot Noir - Estágio: 6 a 9 meses em barricas de 225Lt de Carvalho Francês da Seguin Moreau. Estágio mínimo em garrafa de 3 meses. - 14% Vol.
Tonalidade ruby escuro de média concentração.
Nariz com aroma de boa intensidade, a debitar de início boas quantidades de fruta preta (framboesa, groselha) madura, ligeira compota e alguma fruta em passa, com notas de cacau morno, vegetal seco (mato rasteiro) e especiaria. A barrica está muito bem interligada com tudo muito bem misturado, mostrando-se um vinho de boa harmonia com uma delicada complexidade e frescura.
Boca a mostrar-se com corpo mediano, elegante, macio, espacialidade média num todo bem balanceado entre o peso da fruta com a madeira e a frescura apresentada. Algum cacau, especiaria e compota, bem prazenteiro e harmonioso que termina com leve secura vegetal,
Castas: 100% Pinot Noir - Estágio: 6 a 9 meses em barricas de 225Lt de Carvalho Francês da Seguin Moreau. Estágio mínimo em garrafa de 3 meses. - 14% Vol.
Tonalidade ruby escuro de média concentração.
Nariz com aroma de boa intensidade, a debitar de início boas quantidades de fruta preta (framboesa, groselha) madura, ligeira compota e alguma fruta em passa, com notas de cacau morno, vegetal seco (mato rasteiro) e especiaria. A barrica está muito bem interligada com tudo muito bem misturado, mostrando-se um vinho de boa harmonia com uma delicada complexidade e frescura.
Boca a mostrar-se com corpo mediano, elegante, macio, espacialidade média num todo bem balanceado entre o peso da fruta com a madeira e a frescura apresentada. Algum cacau, especiaria e compota, bem prazenteiro e harmonioso que termina com leve secura vegetal,
Enquanto se prova este vinho, pensar-se no estilo de Pinot Noir que se encontra em França/Borgonha é sem dúvida um erro. Optei pois, por avaliar o vinho pelo que é ou seja, pelo prazer me deu e não pelo que supostamente teria que vir a ser, apenas e só porque do outro lado se faz assim ou assado. Não são assim tantos os exemplares de Pinot Noir em Portugal, embora já se conte um Pinot à moda de Lisboa, como já temos Pinot à moda do Alentejo e assim que me lembre uma versão Duriense que poderá ser a que mais se aproxima do tal sotaque Francês. Aqui temos um vinho, (preço a rondar os 8,90€), que dá prazer a quem o beber nesta altura do "campeonato" e pessoalmente não lhe daria mais tempo de guarda. Pode-se questionar se vale ou não apostar neste tipo de vinhos de castas estrangeiras em Portugal ? Vale sempre a pena desde que o resultado seja positivo. 15,5 - 89 pts
12 comentários:
""Pode-se questionar se vale ou não apostar neste tipo de vinhos de castas estrangeiras em Portugal ? Vale sempre a pena desde que o resultado seja positivo.""
Lindo! Apesar de alguns produtores se estarem a esquecer de em primeiro lugar pôr o que é portugues e fazer o que é tipico portugues e.......... só depois, como "curiosidade", fazer um vinho à moda do tal país.
João, cumprimentos
Fazer um vinho à moda de tal país cheira a fazer um prato regional fora da zona do dito cujo, pode-se fazer mas nunca sabe tão bem como o original.
É um forma um bocado obtusa de dizer as coisas, mas penso que dá para entender.
Interesting post and bottle. My impression, so far, from PN grown in Portugal, does not quite provide the same complexity as PN from Bourgogne.
The Portuguese bottles appear more ripe, full bodied, and less complex! The best Portuguese PN, has been from Niepoorts projects - but even so, its still not quite bourgogne. its fun to try, and I still test portuguese PN, but I have not had a real bourgogne experience till today.
To your question is it worth producing and does it sell on the international markets?
From what I have tried of Portuguese PN, I doubt it. Countries like New Zealand, Germany and Oregon (USA), and some would include Argentina, are doing a good job with PN in their colder climates.
To me their results are generally better than what Portugal has produced of PN till today.
Instead, I hope that consumers (in the future) will look for diversity - and hence that it will pay off to "go back to the roots" and produce wines from the many native plants that Portugal have.
Nice to see you here Grapejuices.
I totally agree with your opinion, and the best PN made in Portugal comes from Niepoort.
Cheers
Na minha opinião, esta coisa de utilizar castas estrangeiras tem muito que se lhe diga. Primeiro, teremos de analisar qual o pendor da empresa e, segundo o que me é dado saber, a DFJ, aposta maioritariamente na internacionalização dos seus produtos, por isso, e só por isso, acho lícito que se faça uma prova comparada (entre vinhos com a mesma casta, mas de origens distintas!).
Fiquei curioso por provar este vinho!
Se fazes prova comparada com outros Pinot Noir não vejo que o exemplar em causa tenha grande sucesso... não o vejo como um mau vinho, mas foge um pouco dos melhores exemplos que tenho de vinhos feitos com esta casta.
Quanto ao fazer-se um vinho cá a pensar nos lá de fora, é o mesmo que fazer um filho à imagem do Cristiano Ronaldo... por muito que tentes nunca vai sair igual.
Graças a Deus, diria eu....lol
Efectivamente por vezes torna-se algo difícil, mantermo-nos isentos de comparações, essencialmente quando se trata de vinhos varietais, a tendência será logo, referencia-lo com o melhor que guardamos na nossa memória.
Como já tive oportunidade de me prenunciar no Lugar de Baco, “julgo que deverá ser dada primazia às castas nacionais, pois são estas que promovem com maior evidência a unicidade dos vinhos portugueses. Contudo, acho que as excelentes castas estrangeiras que se tem vindo introduzir em Portugal, só têm contribuído para o enriquecimento da nossa oferta”, e como diz o nosso amigo Copo de 3, o importante é que o resultado seja positivo.
Rui Teixeira, concordo, mas temos de ter sempre em conta que mesmo quando esse resultado é positivo, há melhores exemplares do outro lado da fronteira... coisa que por vezes fica esquecido ou se faz por esquecer.
Oh João tens aqui tipos nos comentários a fazer publicidade á Nokia ....
estranho
nâo filtrado
Isto uma pessoa deixa o postigo aberto e eles entram sem darmos conta. Agradeço a chamada de atenção.
PS: Agradecia antes publicidades do tipo onde se vendem vinhos baratos.
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