Desde o conceituado enólogo, passando pelo famoso chefe de cozinha ou pelos bloggers... todos eles enófilos puros e duros, verdadeiros homens da luta que se juntaram para mais uma memorável jornada, mais não fosse pelo convívio, que o vinho é quase sempre a melhor desculpa que se encontra para tal. Junte-se a tudo isto uma mesa farta de iguarias muito bem servidas pelo Salsa&Coentros ali perto dos Bombeiros de Alvalade, e quase duas mãos cheias de vinho.
O desafio tinha surgido a quando do lançamento do novo Esporão 1º Prémio Confraria dos Enófilos do Alentejo, com o objectivo de juntar numa prova os três vinhos do Esporão que até aos dias de hoje conseguiram ganhar o 1º Prémio. Se o novo 2007 é bem mais fácil de encontrar e comprar, a tarefa dos outros dois é quase Hercúlea, com o Esporão 1998 a conseguir passar despercebido para grande parte dos wine-freaks da nossa praça e arriscando a dizer que no caso do Esporão 2000 a tarefa fica quase uma missão impossível dado a raridade da peça. A estes vinhos ainda se juntaram os mais recentes lançamentos da Herdade do Esporão, na sua primeira aparição ao público, com um Espumante Rosé 2008, o novo Verdelho 2009, o novo Esporão Reserva branco 2009 e no final ainda deu para ver como vai de saúde o Esporão Private Selection 2001 e acabou tudo num bailinho da Madeira com um Cossart Gordon Verdelho Colheita 1995.
Em pequeno apontamento, a Confraria dos Enófilos do Alentejo nasce em 1991 e foi neste mesmo ano que se realizou o primeiro concurso dos Melhores do Alentejo, com atribuição dos respectivos prémios. Este aparte surge para colocar na mesa aquele que foi o primeiro branco a ganhar esse concurso, um vinho branco da Fundação Eugénio de Almeida e que carecendo de mais informação, poderá ter sido o primeiro Pera Manca branco.
Deixo uma breve nota sobre cada um dos vinhos, mais tarde falarei um pouco mais detalhadamente sobre alguns deles.
Espumante Esporão Rosé bruto 2008: Feito com Touriga Nacional e Syrah, servido com as entradas, mostrou-se polivalente, fruta madura vermelha e negra bem fresquinha com leve travo vegetal fresco em segundo plano. Boca com leve secura, complementa-se com a prova de nariz.
Esporão Verdelho 2009: Agora com novo rótulo, este V de Verdelho, perdeu em intensidade e tropicalidade e ganhou em finesse, frescura e limpidez, que sabem mostrar-se num belíssimo conjunto, talvez o que mais prazer me deu até hoje com esta casta. Não se perde na boca devido à acidez, e apenas temos de ter cuidado com a temperatura de serviço pois sempre são 14,5% Vol.
Esporão Reserva branco 2009: Rótulo do melhor que tenho visto, o vinho acompanha a qualidade do rótulo, na senda do anterior Reserva branco do Esporão. Boa acidez com fruta qb, numa madeira que está mas não está... apetecível do princípio ao fim, a refinar dentro dos próximos meses.
Fundação Eugénio de Almeida branco 1991 1º Prémio Confraria Enófilos Alentejo: A surpresa da noite foi este branco, deixou todos de queixo caído e a murmurar se teria mesmo 10 anos de vida, pela cor não mostrava sinais e pelo aroma muito menos... impactante, profundo, complexo, rico e ainda fresco, no final da noite o que sobrava era apreciado com deleite. Que grande branco.
Esporão 1998 1º Prémio Confraria Enófilos Alentejo: O mais cansado dos três, claramente com aromas mais "desgastados", o que menos frescura apresenta. Ainda assim a casta está presente e dá boas mostras de um conjunto de fina complexidade, delicadeza e o travo do Alentejo. À medida que ia melhorando no copo foi acabando...
Esporão 2000 1º Prémio Confraria Enófilos Alentejo: Não defraudou desde a última vez que foi provado, por mérito próprio foi novamente a meu ver o vinho que mais alto brilhou, com uma profundidade, frescura e complexidade de fazer inveja tendo em conta que são já 10 anos de vida.
Esporão 2007 1º Prémio Confraria Enófilos Alentejo: Este ainda anda de fraldas, tudo muito novo, falta-lhe tempo para aprender as coisas que os outros já dominam, embora mostre desde já grande apetência para a mesa. Madeira novamente em grande destaque pela positiva, louvável trabalho que não mascara a grande qualidade da fruta. Temos vinho para muitos anos e eu vou guardar as que tenho.
Esporão Private Selection 2001: Confirmação de que não é preciso ser o Melhor do Alentejo, para mesmo assim ter um lugar entre os ditos, acidez, taninos e corpo a fincar os pés de que tempo é coisa que gostam de passar todos juntos. Uma tertúlia de castas muito bem conseguida, animada e de grande qualidade, e não me parece que tenham pressa em ir embora. Pela finesse e complexidade, pela forma como se mostrou foi para mim o segundo vinho da noite, atrás do 2000 e à frente do 2007.
O desafio tinha surgido a quando do lançamento do novo Esporão 1º Prémio Confraria dos Enófilos do Alentejo, com o objectivo de juntar numa prova os três vinhos do Esporão que até aos dias de hoje conseguiram ganhar o 1º Prémio. Se o novo 2007 é bem mais fácil de encontrar e comprar, a tarefa dos outros dois é quase Hercúlea, com o Esporão 1998 a conseguir passar despercebido para grande parte dos wine-freaks da nossa praça e arriscando a dizer que no caso do Esporão 2000 a tarefa fica quase uma missão impossível dado a raridade da peça. A estes vinhos ainda se juntaram os mais recentes lançamentos da Herdade do Esporão, na sua primeira aparição ao público, com um Espumante Rosé 2008, o novo Verdelho 2009, o novo Esporão Reserva branco 2009 e no final ainda deu para ver como vai de saúde o Esporão Private Selection 2001 e acabou tudo num bailinho da Madeira com um Cossart Gordon Verdelho Colheita 1995.
Em pequeno apontamento, a Confraria dos Enófilos do Alentejo nasce em 1991 e foi neste mesmo ano que se realizou o primeiro concurso dos Melhores do Alentejo, com atribuição dos respectivos prémios. Este aparte surge para colocar na mesa aquele que foi o primeiro branco a ganhar esse concurso, um vinho branco da Fundação Eugénio de Almeida e que carecendo de mais informação, poderá ter sido o primeiro Pera Manca branco.
Deixo uma breve nota sobre cada um dos vinhos, mais tarde falarei um pouco mais detalhadamente sobre alguns deles.
Espumante Esporão Rosé bruto 2008: Feito com Touriga Nacional e Syrah, servido com as entradas, mostrou-se polivalente, fruta madura vermelha e negra bem fresquinha com leve travo vegetal fresco em segundo plano. Boca com leve secura, complementa-se com a prova de nariz.
Esporão Verdelho 2009: Agora com novo rótulo, este V de Verdelho, perdeu em intensidade e tropicalidade e ganhou em finesse, frescura e limpidez, que sabem mostrar-se num belíssimo conjunto, talvez o que mais prazer me deu até hoje com esta casta. Não se perde na boca devido à acidez, e apenas temos de ter cuidado com a temperatura de serviço pois sempre são 14,5% Vol.
Esporão Reserva branco 2009: Rótulo do melhor que tenho visto, o vinho acompanha a qualidade do rótulo, na senda do anterior Reserva branco do Esporão. Boa acidez com fruta qb, numa madeira que está mas não está... apetecível do princípio ao fim, a refinar dentro dos próximos meses.
Fundação Eugénio de Almeida branco 1991 1º Prémio Confraria Enófilos Alentejo: A surpresa da noite foi este branco, deixou todos de queixo caído e a murmurar se teria mesmo 10 anos de vida, pela cor não mostrava sinais e pelo aroma muito menos... impactante, profundo, complexo, rico e ainda fresco, no final da noite o que sobrava era apreciado com deleite. Que grande branco.
Esporão 1998 1º Prémio Confraria Enófilos Alentejo: O mais cansado dos três, claramente com aromas mais "desgastados", o que menos frescura apresenta. Ainda assim a casta está presente e dá boas mostras de um conjunto de fina complexidade, delicadeza e o travo do Alentejo. À medida que ia melhorando no copo foi acabando...
Esporão 2000 1º Prémio Confraria Enófilos Alentejo: Não defraudou desde a última vez que foi provado, por mérito próprio foi novamente a meu ver o vinho que mais alto brilhou, com uma profundidade, frescura e complexidade de fazer inveja tendo em conta que são já 10 anos de vida.
Esporão 2007 1º Prémio Confraria Enófilos Alentejo: Este ainda anda de fraldas, tudo muito novo, falta-lhe tempo para aprender as coisas que os outros já dominam, embora mostre desde já grande apetência para a mesa. Madeira novamente em grande destaque pela positiva, louvável trabalho que não mascara a grande qualidade da fruta. Temos vinho para muitos anos e eu vou guardar as que tenho.
Esporão Private Selection 2001: Confirmação de que não é preciso ser o Melhor do Alentejo, para mesmo assim ter um lugar entre os ditos, acidez, taninos e corpo a fincar os pés de que tempo é coisa que gostam de passar todos juntos. Uma tertúlia de castas muito bem conseguida, animada e de grande qualidade, e não me parece que tenham pressa em ir embora. Pela finesse e complexidade, pela forma como se mostrou foi para mim o segundo vinho da noite, atrás do 2000 e à frente do 2007.
1 comentário:
Ganda bando de malucos....
Enviar um comentário