Um breve escrito sobre um vinho que me disse pouco, da gama pessoal do enólogo este é o entrada de gama. De início estava à espera de algo um pouco melhor, mais arrumado e atraente, mas pela maneira demasiadamente atabalhoada que o torna até tolinho, simplesmente quando o provei não me transmitiu grande prazer, fiquei indiferente e acabei por deixar a garrafa na mesa caso alguém o quisesse provar. Afinal não há obrigatoriedade de se agradar a todos quando se faz um vinho, não há a mesma obrigatoriedade quando se prova de se gostar... e este não me convenceu.
O vinho é um branco do Douro, feito pelo Luis Soares Duarte, enólogo que costumo atinar com os vinhos que produz, este Pragmático mostra-se ou pretende-se mostrar mais moderno, talvez para um consumidor alvo jovem e urbano, o boneco até está bem esgalhado mas o vinho deixa algo a desejar, muito em evidência o travo herbáceo que ao lado do mineral e de um toque de limão mete o conjunto demasiadamente amargoso para o meu gosto, a meu ver desequilibrado. É um aroma que mistura espargos verdes com limão e o cheiro das pedras do rio ainda molhadas... quase que dá a sensação de metálico e um pouco pesado.
Na boca pouco melhora mas continua na mesma toada de mostrar o pouco que tem bem amontoado sem grande definição, continuo a olhar para o rótulo e achar pesado demais para a garrafa que é e para o vinho em questão... não joga a bota com a perdigota, questão de gostos. 84 pts
Sem comentários:
Enviar um comentário