Desde a última vez que provei este vinho já passaram 4 anos, daquele conjunto raçudo e pujante o que se apresenta agora é um colossal amontoado de "coisas". O vinho que naquela altura já de si era pesado e abusava de uma madeira que tapava e ofuscava a fruta, surge agora com essa mesma fruta num plano pouco fresco, enfadonho e madurão com reminiscência para a compota. Com tudo isto a madeira ainda teima em andar por ali aos saltos com tostados que tornam o vinho pesado, chato e com pouca graça, apesar de um ligeiro bálsamo com especiarias ir surgindo e até consegue colocar ali alguma alegria (pouca) à prova. Depois o vinho começa a enrolar e a tornar-se repetitivo, pouco apelativo, na boca todo ele muito estruturado e compacto, amplo e redondo, com os 15% a tornarem-se pesados, sabor a tosta, já com arredondamento a fazer-se sentir, vigor e secura no final de boca que mostra ser longo. Um vinho que tinha tudo para ser feliz mas que acaba num final triste, enfadonho e igual a tantos outros... a fruta coitada não teve direito à frescura e à felicidade que devia, mas talvez nunca o tivesse sido e por isso foi preciso tapar o desgosto. 89 pts
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2 comentários:
uma avaliação destas e fica 2 pontos abaixo do que se segue ? e o segundo é uma referência de segurança ? há 4 anos cada garrafa eram mais de 20 €, e por esse preço o que fica é madeira ...? ou a fraseologia ou a pontuação-algo não me parece bater certo... mas eu só vim aqui ler.
O Quinta do Infantado é uma referência sólida ano após ano no que a qualidade e consistência diz respeito, recomendo vivamente tal como o Quinta do Infantado Reserva.
Sim ficou 2 pontos abaixo.
O que não bate certo é não entender que o vinho que antes era dominado por madeira agora vê a fruta surgir já num plano doce e enjoativo, onde a madeira deixou de ser protagonista apesar de por lá andar.
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