Se havia coisa que gostava de ver numa garrafeira eram as antigas garrafas dos vinhos da Herdade do Peso. Todo aquele colorido fazia-me recordar as várias paisagens do Alentejo nas várias estações do ano. Agora por obra da moda em que se pega no que as pessoas já se tinham acostumado e se apresenta a "cousa" com nova roupagem acaba-se por estranhar e pensar que temos algo de diferente à frente do nariz. Vendo bem, talvez seja este um dos objectivos da mudança de visual, o novo look mais sério, pesado e sem a alegria que tinha antes... o vinho continua o mesmo. Tipicamente Alentejano, ali da Vidigueira, já com uns anos em cima que apenas o ajudam a acomodar-se melhor no copo, Aragonez, Alicante Bouschet e Alfrocheiro nadam em barrica durante 12 meses e mais 12 meses em garrafa por causa das teimosias. Da frutaria vermelha e preta com amoras, framboesa, ameixa redonda com toque de geleia, tem cacau fino, bálsamo e algum couro. Notei um ligeiro espaçamento a meio da prova, por vezes dava impressão que o vinho ficava meio perdido... na boca repete a gracinha, bom de sabor, suave na frescura com compota, toque morno com passagem suave no palato. Ganha claramente a boca ao nariz, mas esperava dele um pouquinho mais pelo que já me tinha acostumado anteriormente, aguenta mais uns aninhos mas sem grandes deslumbres face ao apresentado. 90 pts
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