No espaço de uma década, se tanto, temos vindo a assistir a uma estapafúrdia escalada de preços de alguns vinhos dentro do panorama nacional sem que no entanto a qualidade dos mesmos tenho aumentado. E por muito que se teime nisto do fazer vinho ainda há tanto que aprender e evoluir, que basta pagar coisa de 31,50€ para no imediato se questionar tanta coisa. Oriundo da mais conhecida região produtora de Espanha, a Rioja (ree-OH-hah), produzido pelas Bodegas La Rioja Alta, fundadas em 1890 por um grupo de cinco famílias, que tal como antes procuram criar vinhos de excelência. Com o passar dos anos os seus vinhos permitiram a afirmação dentro e fora de portas como uma das grandes referências dos vinhos da Rioja, aliando tradição bem acompanhada pela inovação tecnológica.
A colheita de 2001 foi considerada excelente, na sua base tem a Tempranillo (90%) proveniente de vinhedo com mais de 40 anos complementado nos restantes 10% com Graciano. Passa depois 48 meses em barricas de carvalho americano com quatro anos de idade, sofrendo nova trasfega a cada seis meses. Destaca-se a finesse do conjunto, toda a frescura de fruta madura e ligeiramente confitada, aroma intenso tabaco com ligeiro chocolate com menta, muita especiaria com ervas aromáticas, mato rasteiro, toque de madeira muito fino num conjunto pleno de requinte e harmonia. Boca com muito boa estrutura a segurar todo um conjunto de luxo, saboroso e fresco, prolongado final num conjunto que transpira elegância. É daqueles que se podem guardar durante muito tempo, o pior é conseguir fazer isso. 96 pts
2 comentários:
Caro João Pedro,
Concordo em gênero, número e grau! É um vinho sensacional! Como você disse, o difícil é guardá-lo. Evapora da taça como substância volátil.
Saudações,
Flavio
Curiosamente provei também um 1992 e fruto de um ano mais fraco o vinho já se ressentiu.
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