Copo de 3: Alicante
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21 maio 2013

Beryna Seleccion 2005

Abraçando o objectivo de promover a casta local, a Monastrell, escolheu-se o local certo e em 2000 deu-se o pontapé de saída das Bodegas Bernabé Navarro (Alicante). Às cepas com idade a rondar 40-50 anos e em pé franco juntam-se Tempranillo, Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, castas que vão complementar a Monastrell. Neste caso temos um vinho 50% Monastrell, 40% Tempranillo e 10% Cabernet Sauvignon, vinho que como os restantes desta casa primam pelo cuidado e diferença, fora de modas portanto.

De aroma muito bem composto em boa intensidade, fruta (amora, bagas silvestres) concentrada que parece escorrer pelas paredes do copo bem fresca num conjunto que mostra uma boa evolução no copo, café, chocolate preto, tabaco em folha, bálsamo com toque vegetal seco a recordar ervas aromáticas (tomilho, alecrim) em fundo mineral, todo ele profundo e complexo, apetece cheirar e rodopiar no copo. 

Na boca é o peso da fruta bem delineada e concentrada que marca o ritmo, plena harmonia com a prova de nariz, mostra boa amplitude, saboroso e com arredondamento a fazer-se sentir  num conjunto fresco que enche o palato de sabor, ligeiro travo vegetal, balsâmico e especiaria em fundo. Acaba com leve secura que lhe augura ainda vida em garrafa, um belíssimo vinho que tem sabido evoluir da melhor maneira. O preço ronda os 18/20€.  92 pts 

Fotografia tirada por Miguel Pereira

21 janeiro 2012

Beryna 2007

Ainda bem que nos dias que correm há quem se empenhe a fundo em demonstrar que em determinado local, naquela determinada zona com fama de vinho a granel, se pode fazer vinho de grande qualidade com base na casta local. Foi com esta vontade que surgiu o projecto Bodegas Bernabé Navarro, cuja base são as velhas cepas de Monastrell que enchem de alma os vinhos deste produtor localizado na D.O. Alicante.
O vinho em causa não é novo, já outras colheitas sairam para o mercado (o mais recente é 2009), mas da altura que o provei aquando do seu lançamento o vinho ainda estava fechado e com boa carga de austeridade, resmungão fechou a persiana e voltou-me voltar uns tempos depois... fiz-lhe a vontade e não me arrependi, dei de caras com um vinho mais refinado e que ganhou claramente clarividência nos seus atributos. 

O lote com castas a serem vinificadas por separado, é composto maioritariamente por 60% Monastrell e restantes 40% com Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah e Tempranillo, com 14 meses de molho em barrica de carvalho francês. O vinho mostra-se com um aroma claramente diferente ao "habitual", a madeira muito bem metida contribui com refinada complexidade, bom toque fumado a dar lugar a fruta toda ela de boa expressão, limpa e madura, em quantidade e em tons de fruta vermelha e negra com destaque para cereja e amora. Boa frescura, bálsamo, mato rasteiro, chocolate, pimenta preta e um ligeiro toque mineral de fundo. Consegue manter esta firmeza aromática durante bastante tempo, o tempo em copo só lhe faz bem tal como uma breve decantação. Na boca é bem fresco, a fruta surge de igual modo, o seu comportamento é harmonioso e similar ao que se encontrou na prova de nariz, cheio, acidez a contrabalançar o peso da fruta com o trabalho da madeira, num arrasto prolongado e consistente que termina com rasgo mineral. No final da prova fica-se com a ideia de que ainda vai durar algo mais, apesar de ter bastante afinação e dar uma prova substancialmente melhor do que quando saiu para o mercado... a espera compensou neste caso. Do outro lado este vinho é um caso sério de popularidade, a qualidade oferecida a um preço que ronda os  escandalosos 8,50€ e torna este vinho uma compra mais do que obrigatória. 92 pts 
 
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