Copo de 3: Casa Aranda Encruzado 2006

19 fevereiro 2008

Casa Aranda Encruzado 2006

Quando se fala de vinho branco proveniente do Dão, imediatamente associamos o nome Encruzado, aquela que sem grandes dúvidas é a casta branca que dá origem a alguns dos brancos na versão varietal ou lote, de maior prestígio da região e mesmo a nível nacional.
É em Oliveirinha - Carregado do Sal, que fica situada a Casa Aranda ou Casa d´Além, uma casa rural do início do séc. XVIII fundada pelo fidalgo Augusto Carlos de Aranda.
Deste produtor sai o varietal Encruzado que ostenta o nome da casa que o vê nascer, com enologia a cargo do enólogo António Narciso, com fermentação a ocorrer em barricas de carvalho francês com estágio de 6 meses, sendo produzidas apenas 3500 garrafas.

Casa Aranda Encruzado 2006
Castas: 100% Encruzado - Estágio: 6 meses em carvalho francês - 13,5% Vol.

Tonalidade amarelo citrino de média/leve concentração
Nariz fresco e com boa intensidade, remete à casta naquilo que apresenta, fruta bem madura com citrinos e alperce. Pelo meio recorda as flores de limoeiro em conjunto com as suas folhas, no fundo um travo mineral juntamente com toque fumado dão uma complexidade que se mostra franca e bastante linear, com o vinho a ganhar um pouco com algum tempo em copo.
Boca com acidez presente em dose afinada e suficiente para o vinho mostrar uma boa frescura durante toda a passagem de boca. O mineral está novamente presente, com folha de limoeiro e toque de citrinos verdes mais uma vez presente. Revela-se franco e bem directo na sua prova, consegue uma prova agradável com final de boca a recordar pimenta branca.

Este vinho foi comprado numa grande superfície comercial por um preço que rondou os 3,80€. Fugindo claramente aos preços por vezes mais altos praticados por outros varietais desta casta, o vinho revela-se prazenteiro e com um belo preço para o preço pedido, dando indicações de capacidade de envelhecimento em garrafa, ganhando alguma complexidade.
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2 comentários:

Pingas no Copo disse...

Um branco muito interessante. A colheita 2005, parece-me, melhor que a 2006. Deixemos este a descansar mais um pouco para ver no que dá.

João de Carvalho disse...

É certo, se bem que este não é muito novo no mercado o provar vinhos mal saem para o mercado por vezes pode resultar numa análise um pouco precipitada do vinho em questão.

 
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