Comenda: benefício que antigamente era concedido a eclesiásticos e a cavaleiros de ordens militares (Ordem de Malta, Templários...), mas que atualmente costuma designar apenas uma distinção puramente honorífica. No passado, podia remeter ainda a uma porção de terra doada oficialmente como recompensa por serviços prestados, ficando o beneficiado com a obrigação de defendê-la de malfeitores e inimigos.
A Comenda que venho falar situa-se perto de Arraiolos, vila famosa pelos seus magníficos tapetes mas também nos dias que correm pela qualidade dos vinhos que vê nascer, vinhos que dignificam a terra e as gentes, mas é mais propriamente em Vale do Pereiro, que se encontra o Monte da Comenda Grande de onde saem os vinhos Comenda Grande, nos cerca de 30 ha reinam nas castas tintas: Trincadeira, Aragonês, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Syrah, Alfrocheiro e Tinta Caiada, e nas castas brancas: Antão Vaz, Arinto e Verdelho.
Os responsáveis pelos vinhos é a dupla bem conhecida de outras paragens e que tanto sucesso já teve no passado, Professor Francisco Colaço do Rosário e o Eng. Francisco Pimenta, e a ver pelos resultados promete bastante:
Comenda Grande Tinto 2004
Castas: Trincadeira, Alicante Bouschet e Aragonês - Estágio: 1 ano em barricas novas e 6 meses de garrafa - 14% Vol.
Tonalidade granada escuro de média concentração.
Nariz a mostrar-se de boa intensidade, após um ligeiro químico que desaparece passado algum tempo o aroma rapidamente nos cativa e prende a atenção, ainda bem porque gosto sempre de vinhos que me digam algo de novo, aqui nota-se uma brisa morna e bem harmoniosa com notas de fruta fresca, compota ligeira, bem colocadas ao lado de notas de baunilha, elegante torrado que não se sobrepõe à fruta, tabaco, chocolate de leite, pitada de especiarias em floral de segundo plano com brisa fresca a dar frescura ao todo.
Boca de estrutura mediana, mostrando-se afinado e muito elegante, dá uma bela passagem de boca, macio e arredondado, fruto bem maduro com alguma especiaria, o final de boca médio e de boa persistência, mostra presença de alguns taninos ainda por sentar mas que com mais algum tempo acabam por encontrar o seu lugar.
Com um preço a rondar os 8€ é um vinho que deu uma bela prova, servido a uma temperatura de 16º foi acompanhada a sua evolução até aos 18º onde se revelou no seu melhor, tudo em grande forma e com notável qualidade, uma entrada com o pé direito de um novo produtor rodeado por uma equipa de luxo, que já deu provas da sua capacidade de produzir belos vinhos... este é mais um deles.
16,5
Comenda Grande Branco 2005
Castas: Antão Vaz, Arinto e Verdelho - Estágio: inox - 13% Vol.
Tonalidade amarelo citrino com leve reflexo dourado.
Nariz de boa intensidade com a frescura a dar presença imediata seguida de aromas cítricos (limão, toranja) e tropical com apontamento para ananás e anona bem maduras, lembra ainda alguma erva com componente floral muito sumida no fundo e acabamento de leve mineral.
Boca com boa entrada, boa estrutura com acidez presente a dar frescura de bom nível ao conjunto com alguma elegância, toque cítrico e algum vegetal, final de boca médio de boa persistência em companhia mineral.
Um vinho em que ao par mais famoso dos brancos Alentejanos se juntou a casta Verdelho, o conjunto não se mostra muito complexo nem exuberante, mas mostrou-se afinado e a dar uma prova agradável, tendo sido provado a uma temperatura de 10ºC que se revelou bastante acertada, o preço ronda os 6€
15
A Comenda que venho falar situa-se perto de Arraiolos, vila famosa pelos seus magníficos tapetes mas também nos dias que correm pela qualidade dos vinhos que vê nascer, vinhos que dignificam a terra e as gentes, mas é mais propriamente em Vale do Pereiro, que se encontra o Monte da Comenda Grande de onde saem os vinhos Comenda Grande, nos cerca de 30 ha reinam nas castas tintas: Trincadeira, Aragonês, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Syrah, Alfrocheiro e Tinta Caiada, e nas castas brancas: Antão Vaz, Arinto e Verdelho.
Os responsáveis pelos vinhos é a dupla bem conhecida de outras paragens e que tanto sucesso já teve no passado, Professor Francisco Colaço do Rosário e o Eng. Francisco Pimenta, e a ver pelos resultados promete bastante:
Comenda Grande Tinto 2004
Castas: Trincadeira, Alicante Bouschet e Aragonês - Estágio: 1 ano em barricas novas e 6 meses de garrafa - 14% Vol.
Tonalidade granada escuro de média concentração.
Nariz a mostrar-se de boa intensidade, após um ligeiro químico que desaparece passado algum tempo o aroma rapidamente nos cativa e prende a atenção, ainda bem porque gosto sempre de vinhos que me digam algo de novo, aqui nota-se uma brisa morna e bem harmoniosa com notas de fruta fresca, compota ligeira, bem colocadas ao lado de notas de baunilha, elegante torrado que não se sobrepõe à fruta, tabaco, chocolate de leite, pitada de especiarias em floral de segundo plano com brisa fresca a dar frescura ao todo.
Boca de estrutura mediana, mostrando-se afinado e muito elegante, dá uma bela passagem de boca, macio e arredondado, fruto bem maduro com alguma especiaria, o final de boca médio e de boa persistência, mostra presença de alguns taninos ainda por sentar mas que com mais algum tempo acabam por encontrar o seu lugar.
Com um preço a rondar os 8€ é um vinho que deu uma bela prova, servido a uma temperatura de 16º foi acompanhada a sua evolução até aos 18º onde se revelou no seu melhor, tudo em grande forma e com notável qualidade, uma entrada com o pé direito de um novo produtor rodeado por uma equipa de luxo, que já deu provas da sua capacidade de produzir belos vinhos... este é mais um deles.
16,5
Comenda Grande Branco 2005
Castas: Antão Vaz, Arinto e Verdelho - Estágio: inox - 13% Vol.
Tonalidade amarelo citrino com leve reflexo dourado.
Nariz de boa intensidade com a frescura a dar presença imediata seguida de aromas cítricos (limão, toranja) e tropical com apontamento para ananás e anona bem maduras, lembra ainda alguma erva com componente floral muito sumida no fundo e acabamento de leve mineral.
Boca com boa entrada, boa estrutura com acidez presente a dar frescura de bom nível ao conjunto com alguma elegância, toque cítrico e algum vegetal, final de boca médio de boa persistência em companhia mineral.
Um vinho em que ao par mais famoso dos brancos Alentejanos se juntou a casta Verdelho, o conjunto não se mostra muito complexo nem exuberante, mas mostrou-se afinado e a dar uma prova agradável, tendo sido provado a uma temperatura de 10ºC que se revelou bastante acertada, o preço ronda os 6€
15
3 comentários:
Parece que temos tinto a provar...
Boas provas!
Foi uma enorme surpresa, mas pela equipa de enólogos que tem como responsáveis, seria de esperar um vinho de qualidade, lembra outras paragens de outros anos...
Provei este vinho há alguns dias atrás, e efectivamente mostrou-se um vinho extremamente agradável. É daqueles em que podemos quase "mastigar" tanto aroma, e por isso recomendo vivamente que o provem. Foi uma surpresa muito agradável, e creio sinceramente que será brevemente um caso de sucesso... Já agora, aproveito para informar que somos uma garrafeira em Sta. Maria da Feira. Temos este e muitos outros igualmente bons...
Enviar um comentário