Em Espanha na D.O. de Rueda mora uma casta que deu fama aquela região, uma casta que tem vindo a ser trabalhada e melhorada, talvez tenha tido uma atenção merecida e hoje em dia dá mostras do merecido investimento.
Essa casta dá pelo nome de Verdejo, e pelo que apurei não tem nada que ver com a que temos em Portugal sobre o nome Verdelho, o tal Verdelho da Madeira e ao que parece anda um pouco escondido por terras Lusas (caso em prova). Se até aqui tudo bem, a confusão à Portuguesa chega no momento em que se tem outra casta de nome Gouveio que se lembraram de lhe chamar também Verdelho. Ou seja, o consumidor consegue ter numa prateleira dois vinhos varietais, ambos com o mesmo nome (Verdelho) mas que na sua essência são diferentes. Por exemplo este vinho aqui provado é o dito Verdelho, o original, o Verdelho do Esporão é o Gouveio camuflado.
Em prova temos até agora, o único varietal Verdelho de Portugal Continental que nos chega das Terras do Sado.
Domingos Soares Franco Colecção Privada Verdelho 2006
Casta: 100% Verdelho - Estágio: inox - 12% Vol.
Tonalidade amarelo citrino com rebordo esverdeado de média/baixa concentração
Nariz com aroma a mostrar média/baixa intensidade, fruta presente tropical (ananás) e ligeiro citrino com suave verdor (vegetal) a dominar todo o segundo plano. Descritores presentes mas tudo bem superficial e sem grande convicção/concentração, mostra ainda um toque especiado em fundo.
Boca de entrada fresca a com fruta presente, singela complexidade. Mostra vegetal presente com acidez a dar uma frescura correcta mas estreita. Corpo delgado onde o final de boca se mostra sem grande persistência, num vinho que se acaba por esquecer pouco tempo depois de se beber.
Algures foi escrito (mal) que este era o Verdejo que invejamos em Rueda, após ter provado duas garrafas em que ambas se mostraram no mesmo nível a minha opinião não mudou, o vinho não lembra os Verdejo, apesar de aromas similares. Quando se compara devemos fazer com os melhores e não com os menos bons. O vinho aqui provado mostra que a casta não sendo a mesma, falta mais concentração quer a nível de nariz ou de boca, falta uma acidez mais viva... O preço a rondar os 9-10€ não ajuda muito.
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Essa casta dá pelo nome de Verdejo, e pelo que apurei não tem nada que ver com a que temos em Portugal sobre o nome Verdelho, o tal Verdelho da Madeira e ao que parece anda um pouco escondido por terras Lusas (caso em prova). Se até aqui tudo bem, a confusão à Portuguesa chega no momento em que se tem outra casta de nome Gouveio que se lembraram de lhe chamar também Verdelho. Ou seja, o consumidor consegue ter numa prateleira dois vinhos varietais, ambos com o mesmo nome (Verdelho) mas que na sua essência são diferentes. Por exemplo este vinho aqui provado é o dito Verdelho, o original, o Verdelho do Esporão é o Gouveio camuflado.
Em prova temos até agora, o único varietal Verdelho de Portugal Continental que nos chega das Terras do Sado.
Domingos Soares Franco Colecção Privada Verdelho 2006
Casta: 100% Verdelho - Estágio: inox - 12% Vol.
Tonalidade amarelo citrino com rebordo esverdeado de média/baixa concentração
Nariz com aroma a mostrar média/baixa intensidade, fruta presente tropical (ananás) e ligeiro citrino com suave verdor (vegetal) a dominar todo o segundo plano. Descritores presentes mas tudo bem superficial e sem grande convicção/concentração, mostra ainda um toque especiado em fundo.
Boca de entrada fresca a com fruta presente, singela complexidade. Mostra vegetal presente com acidez a dar uma frescura correcta mas estreita. Corpo delgado onde o final de boca se mostra sem grande persistência, num vinho que se acaba por esquecer pouco tempo depois de se beber.
Algures foi escrito (mal) que este era o Verdejo que invejamos em Rueda, após ter provado duas garrafas em que ambas se mostraram no mesmo nível a minha opinião não mudou, o vinho não lembra os Verdejo, apesar de aromas similares. Quando se compara devemos fazer com os melhores e não com os menos bons. O vinho aqui provado mostra que a casta não sendo a mesma, falta mais concentração quer a nível de nariz ou de boca, falta uma acidez mais viva... O preço a rondar os 9-10€ não ajuda muito.
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5 comentários:
Custa menos de 7€ numa grande superficie. Eu comprei por 6€ directamente. E foi dos melhores brancos que já provei.
Este vinho tem dado muita polémica, com reacções ora muito ora pouco entusiasmantes. Por mim gostei, achei-o "original", bastante frutado (sem que esta seja uma característica que, por si só, o pontue). Mas noto que uma das pessoas que me acompanhou nessa degustação não o considerou minimamente interessante. Uma espécie de "ame-o ou deixe-o"...
Este vinho é uma das apostas ganhas na garrafeira que tenho aqui em Santa Maria da Feira. Admito que possa existir diferença para o vinho espanhol de casta similar (que não conheço), mas é sem dúvida um vinho "diferente", e de inegável qualidade.
De acordo com a escala adoptada pelo Copo de 3 este vinho é considerado um vinho de qualidade superior à média, o que a meu ver indica um vinho de inegável qualidade, pode é essa qualidade não ser a suficiente para que seja considerado um vinho muito bom.
Caros,
Boa ideia João Pedro (custa-me chamar-te assim...)
É inegavelmente um bom vinho, contudo, se a ideia é fazer um bom verdelho / verdejo, é necessário ir-se mais longe nas próximas colheitas, porque, se em Portugal funciona pela originalidade (e bom preço), no mundo, qualquer Martivilli (mais barato), é melhor!
Abraços,
Abílio Neto
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